Viagem Família______________________________________

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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Lençóis Maranhenses - Barreirinhas - Maranhão

Dia 12/jan/2016
Rio ladeado de buritis, a caminho dos Lençóis Maranhenses
Pela manhã, após mais histórias do Rai sobre o navio naufragado na costa de Tutóia, nos despedimos do casal Rai e Nilza e seguimos rumo a Barreirinhas, seguindo 30 km em direção a Paulino Neves.
Junto com os amigos Rai e Nilza - Pousada Âncora (Tutóia - MA)
Um dos lindos rios às margens da estradinha
Um pouco antes desta cidade, no povoado de Tingidor, pegamos uma rua de terra e areia a seguimos por ela uns 80 km, passando por diversos povoados e rios de águas cristalinas. Em um destes rios, já perto de Cardosa, não resistimos e caímos na água!! O calor estava grande, já era próximo do meio dia e estávamos quase chegando ao nosso destino...

Barreirinhas é a cidade base para se visitar o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Ela fica às margens do Rio Preguiças e possui boa infraestrutura, porém o Centro de Atendimento ao Turista está desativado e, por este motivo, há dezenas de mototáxis que prestam serviço de guias e que são extremamente insistentes e desagradáveis.

Quando estávamos entrando na cidade, um desses motoqueiros malucos começou a nos seguir e oferecer serviços. Agradecemos e deixamos claro que não estávamos interessados. Continuamos percorrendo as ruas da cidade e observando os comércios e lá estava o motociclista atrás da gente novamente. Até que, finalmente, encontramos uma pousada na qual havia espaço para acamparmos. Entramos e... lá estava o motoqueiro novamente, procurando o proprietário da Pousada e nos apresentando o Sr. Chico.
Combinamos o preço da diária para pernoite em R$ 20,00, com uso do banheiro exclusivo para nós, pois não havia outros hóspedes e, finalmente, conversamos com o motoqueiro, cujo nome era Rodrigo, e que nos falou que dali a 10 min (14h) estava saindo o passeio para as dunas dos Lençóis, com custo de R$ 80,00 por pessoa, mas ele pediria um desconto na agência para o valor de R$ 60,00 por pessoa visto que somos de uma ONG e temos um blog para divulgação. Fechamos negócio e em menos de 15 min já estávamos na carroceria de uma Toyota Hilux, juntamente com um grupo de outras 09 pessoas, nos dirigindo ao famoso cartão postal da região... a lagoa Esperança, a única que tem água dentro da área dos Lençóis durante o ano todo.

Embarcando na balsa para atravessar o Rio Preguiças

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses ocupa uma área de 155 mil ha e é formado por dunas de areia branca e lagoas de águas azuis cristalinas (durante os meses de maio a outubro – meses de verão no Nordeste e caracterizados pela seca). Como estamos no “inverno” nordestino e a época de chuvas está começando, as lagoas ainda estão secas, o que não tira o esplendor da paisagem... a imensidão de dunas que se estendem até onde o olhar alcança é fantástico!
Após atravessarmos o Rio Preguiças de balsa, seguimos chacoalhando por aproximadamente uma hora para percorrermos 25 km entre estradinhas de areia e vegetação de transição até chegarmos à Lagoa Esperança. É claro que neste tempo aproveitamos para conhecer os nossos companheiros de aventura, praticamente todos paraibanos e muito divertidos! O casal que estava ao nosso lado na carroceria da van é natural de Carolina e mora atualmente em São Luís: Railda e Hildebrando.
Estradinha que leva às lagoas, dentro da área do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses
Iniciando a subida das dunas

Quando chegamos ao nosso ponto de parada, fomos todos nos dispersando e procurando o melhor lugar para fotos... havia, além de nossa caminhonete, pelo menos outras 25 carregadas de turistas ávidos por fotos e pelas melhores dunas... Fomos no nosso ritmo, conversando um pouco com nosso guia, Marquinhos, que nos explicou que o parque recebe este nome por conter muitos lençóis de água que são facilmente encontrados, bastando para isso cavar buracos nas áreas onde a areia é mais escura e outras particularidades da região.
Conversando com Marquinhos
Vista da Lagoa Esperança


Ao subirmos a duna mais alta, a paisagem realmente ficou linda: uma lagoa enorme, de águas azuis claras, brilhando com o sol! Ao seu lado, um povoado pequeno de pescadores que tem de se mudar de tempos em tempos, por conta do avanço das dunas. Ficamos caminhando sobre as dunas até um canto mais tranquilo, longe de todos, onde tomamos banho e tiramos mais fotos. 
Marcos nadando na Lagoa Esperança


Mais perto do entardecer, por volta das 17h45min, o sol se pôs e nós nos despedimos das dunas de Lençóis, voltando na carroceria da Hilux por mais uma hora, chacoalhando e pulando feito cabritos, dando muitas risadas e falando muita besteira!!!



Chegamos à cidade à noite (18h50min) e rapidamente nos lavamos e trocamos de roupa, seguindo para o único restaurante aberto que ficava próximo de nossa pousada: Restaurante Saborear. Lá encontramos o casal Hildebrando e Railda, com quem ficamos conversando enquanto jantávamos e discutíamos o passeio do dia seguinte: descida do Rio Preguiças de lancha, com três paradas: Vassouras, Mandacaru e Caburé.
Cabritos sobre as dunas
A comida estava deliciosa e o local é muito legal, às margens do Rio Preguiças. Jantamos um prato com mignon e acompanhamentos e suco de cupuaçu. Ao retornamos para a Pousada, ainda precisávamos armar nossa barraca, o que foi feito em poucos minutos. Já de banho tomado, nos recolhemos colocamos o despertador para às 7h30min, visto que nosso passeio sairia às 8h30min.

Dia 13/jan/2016

Durante o café da manhã, aproveitamos para conversar com o Sr. Chico, proprietário de nossa pousada, que tem um tanque de peixes nos fundos e está construindo outro tanque para cultivar tilápias e outros peixes da região.
Navegando pelos igarapés... um pequeno atalho no Rio Preguiças
Vegetação às margens do rio
Chegando à Vassouras: primeira parada
No horário combinado pela empresa Malibu estávamos prontos e seguimos até o porto onde nossa lancha já estava à espera. O piloto, Miúdo, foi pegando o grupo em cada píer e após três paradas nosso grupo estava completo. Seguimos pelo Rio Preguiças por aproximadamente meia hora, quando paramos no povoado de Vassouras, onde um dos atrativos é a presença de macacos pregos que interagem com os visitantes em uma lanchonete. Outra opção é caminhar pelas dunas e vislumbrar a vista do rio e do povoado. Esta foi a nossa escolha. Subimos a uma duna alta e ficamos curtindo o vento, o momento...
Na volta para o barco, 45 min depois, aproveitamos para ver um pouco de artesanato que estava à venda numa barraquinha.
Caminhando pelas dunas do povoado de Vassouras

Farol Preguiças, em Mandacaru

Já embarcados, seguimos adiante até Mandacaru, outro povoado (bastante pobre) onde está localizado o Farol Preguiças, cujos espelhos vieram da França em 1909 e as bases foram corroídas e reconstruídas na década de 1940, como réplica de um farol francês de 35 m de altura e com 160 degraus em escada caracol.

Fato curioso que se pode destacar é que foi aqui, na costa do Maranhão e no delta do Rio Preguiças que naufragou o navio onde Gonçalves Dias viajava retornando ao país depois de fazer tratamento de saúde na Europa. Pra quem não se lembra, ele foi o poeta indianista que escreveu o famoso poema "Canção do Exílio" ("Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá; as aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá...")

Vista da vila de Mandacaru e do Rio Preguiças
Após mais 45 min, seguimos finalmente até Caburé onde seria o ponto do almoço. Por ser bastante distante esta localidade possui pouca infraestrutura e os preços praticados (assim como os serviços) deixam a desejar. Os pratos pedidos demoram muito tempo pra ficarem prontos (uma hora, em média). Pedimos apenas uma porção de fritas e uma cerveja gelada, o que levou aproximadamente 40 min para ficar pronto. Enquanto esperávamos, aproveitamos para bater um bom papo com o casal Hildebrando e Railda, com quem já havíamos feito o passeio no dia anterior. Muitas cervejas depois, deixamos o casal e fomos tomar banho no mar, do outro lado da península, aproveitando para catar umas conchas.
Com os amigos Railda e Hildebrando
Em Caburé, um dos restaurantes onde lanchamos
Na volta, conversamos e bebemos mais um pouco, antes de voltarmos ao barco e retornamos à Barreirinhas, onde aproveitamos para fazer nosso jantar, desta vez utilizando o fogão e a cozinha do Sr. Chico emprestados. 
Tudo limpo e organizado, aproveitamos para passear até a orla da cidade, onde ficam os restaurantes e algumas lojas de artesanato, além de um deck para observar o rio.
Conseguimos encontrar adesivos para o carro e tiramos umas fotos noturnas da cidade. Amanhã seguimos até a capital, São Luís.

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