Viagem Família______________________________________

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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Laguna - SC - para Ninho dos Garças (Barra Velha SC)

27 de julho de 2014


O dia amanheceu bonito e após o café da manhã resolvemos dar um pulinho no Farol de Santa Marta. Para se chegar lá, a partir de Laguna, deve-se pegar a balsa (R$9,00), próxima ao centro histórico da cidade e depois de uns 12 km por via asfaltada (essa foi a surpresa!)  chega-se ao Farol.
Surpresa, pois na última vez em que estivemos por aqui na região (2002) a estrada era de chão, muito ruim, cheia de buracos e "costelas de vaca" e levava-se mais de uma hora para chegar ao farol.

Trilhazinha até a Capela
Capela e Farol de Santa Marta


O Farol de Santa Marta foi construído por franceses em 1891 (com pedra, barro, areia e óleo de baleia) por conta dos diversos naufrágios que aconteciam na região, visto que é conhecido como "esquina do Atlântico". É a primeira interrupção de faixa de praia desde a cidade de Rio Grande-RS.  Este farol  tem 29 m de altura e está localizado num promontório de 45 m acima do nível do mar, tendo um alcance de 46 milhas náuticas, isto é, aproximadamente, 85 km de distância. É o maior das Américas e o segundo maior em alcance no mundo. Ele tem esse nome pelo Cabo de Santa Marta ter sido descoberto no dia 23 de fevereiro de 1502,  dia em que se festeja Santa Marta.

O Cabo de Santa Marta possui 11 praias nas quais a prática se surf é bastante frequente.
Ao lado do Farol está uma capela, anexa ao cemitério, e no mesmo promontório também se pode visitar um sambaqui, sítio arqueológico onde as populações pré-históricas depositavam seus resíduos. Há relatos de vestígios de 5000 anos testemunhados pelos maiores sítios arqueológicos do mundo na forma de sambaquis. A cidadezinha é muito agitada durante o verão com diversas opções de bares, restaurantes, muitas pousadas e algumas lojas, atendendo ao público que cada vez mais vai pra lá em busca de tranquilidade e visual bacana. Agora, fora da temporada de turismo é bem tranquila e pacata.
Depois de comprarmos o imã de geladeira para nossa coleção, decidimos percorrer parte da Paia do Cardoso de carro em sua extensão e observamos durante este percurso, com tristeza, dezenas de pinguins mortos ao longo da praia. Existem alguns acessos para carro no meio da dunas de modo que se pode percorrer algumas praias desertas com automóvel. Não podíamos deixar de caminhar um pouco sobre as dunas e percebemos também, consternados, a grande quantidade de lixo deixada pelos frequentadores da praia. Centenas de latas de refri e cerveja, bem como copos plásticos e restos de churrasco podem ser vistos "escondidos" no meio das pedras e areia das dunas. Uma pena, pois o local é realmente lindo!

Muitos pinguins de Magalhães mortos na praia do Cardoso

Praia do Cardoso

                                                                                  

Voltamos ao atracadouro e enquanto esperávamos a balsa, ficamos conversando com o Vilmar, morador e comerciante local. Concordamos com o fato de que o pescador, de maneira geral, por desinformação ou simplesmente ganância acaba com seu próprio sustento na medida em que não respeita o seu meio e nem os períodos de defeso (nesse momento há o defeso do camarão).
Considerações feitas, retornamos para cidade e nos encaminhamos para a BR101, passando pelo centro histórico da cidade.
Atracadouro da balsa

Apesar de ser domingo, poucos restaurantes estavam abertos ao público, e da mesma forma lojas de souvenires e lembranças. Infelizmente, como a grande parte dos municípios costeiros,  a municipalidade de Laguna não tem explorado de maneira adequada o grande potencial turístico que lá existe, visto que Laguna é uma das cidades mais antigas do Brasil. No início da colonização do Brasil essa região era a mais setentrional pertencente à colônia portuguesa e por Laguna passava a linha do Tratado de Tordesilhas (1494), separando as terras portuguesas das espanholas.
Em 1714 foi elevada a categoria de vila, fundando-se o município e em 1847 obteve a categoria de cidade.
Laguna também é conhecida como a cidade berço de Anita Garibaldi, esposa de Giuseppe Garibaldi, importante personalidade na Revolução Farroupilha. Lá existe um museu com seu nome, localizado na casa de uma madrinha de Anita e onde ela se arrumou para o seu casamento.
Além dos aspectos históricos, a cidade é famosa pelo carnaval de rua e pelas lindas e famosas praias, a destacar: praia do Mar Grosso, praia do GI e do Itapirubá, famosas pelas dunas e observação de baleias franca, respectivamente.
Mapa de Laguna e Farol
Seguimos em direção Norte, almoçando porções de camarão no bafo e à milanesa às margens da BR101 e voltamos pra casa "livres, leves e soltos", felizes pelos dias lindos e cheios de atrações vividos!
Até a próxima aventura!

terça-feira, 29 de julho de 2014

Cambará do Sul RS a Laguna SC

26 de julho de 2014



O dia amanheceu muuuiiito gelado... tudo estava branquinho, mas com um sol maravilhoso! Agasalhamo-nos bem e subimos até a casa-sede para tomarmos um gostoso café da manhã quentinho com pão caseiro e outras delícias preparadas pela Dona Ieda que estava toda animada e ficamos conversando enquanto nos alimentávamos. A conversa estava boa e havia um outro casal que estava seguindo para Praia Grande-SC  Dessa forma já passamos as dicas da descida e dos passeios do dia e nos organizamos pra "levantar acampamento".


Conta paga, seguimos em direção ao Cânion Fortaleza, distante uns 15 km do centro da cidade percorridos em asfalto quase em sua totalidade! Foi uma surpresa para nós, visto que da última vez que estivemos aqui (há pelo menos uns 6 anos) a estrada era toda de chão batido! Dessa forma agora apenas os últimos 3,6 km ainda não foram pavimentados e o trecho está bastante ruim, porém a possibilidade de vislumbrar o paredão de rocha não desanima o aventureiro que para lá se encaminha. A vista do Fortaleza é d e s l u m b r a n t e!!!!!!!!

Eu (Marcos) bem na borda do Cânion

Trilha do Fortaleza
Encontramos muitos outros visitantes e iniciamos a subida da montanha às 10h, debaixo de sol quente e pouco vento. A medida que íamos subindo, o visual ia ficando cada vez mais bonito o vento ia aumentando e a sensação térmica diminuindo. Indispensável roupas adequadas para se proteger do vento forte, bem como um bom protetor solar, pois o sol estava inclemente. A caminhada leva pouco mais de 30 minutos e é relativamente fácil. Chegando ao topo, novamente fomos surpreendidos pela beleza e pela boa visibilidade, visto que era possível enxergar até o Torres, no litoral gaúcho, bem como lagunas e outras praias já do litoral catarinense! Importante destacar que o paredão tem aproximadamente 700m de altura e a divisa dos estados está mais ou menos no meio dele! É maravilhoso ficar ouvindo o vento e olhando para aquela imensidão toda! Tiramos muitas fotos e ficamos um tempo lá em cima. Ao descermos, pegamos uma trilha lateral que vai margeando a borda do cânion. Há locais onde se deve tomar bastante cuidado, pois um passo em falso ou uma lufada de vento mais forte pode desequilibrar o visitante, visto que uma queda ali seria fatal. Mais algumas fotos e voltamos ao estacionamento onde reencontramos uma raposa que há alguns anos era bastante arisca e agora caminha tranquilamente entre os visitantes do parque. Hoje a vida selvagem lentamente está se acostumando com o ser humano, infelizmente.
Vista da praia ao longe
Na beirinha do precipício
De pés pro ar...
Raposa do Campo (Pseudalopex vetulus)
Retornamos a cidade e fizemos um lanche rápido (pastel de carne, suco natural e o sanduíche que havíamos feito pela manhã, na pousada) e resolvemos descer a serra, pela estrada Rota do Sol, que hoje está toda asfaltada e é uma opção interessante para aqueles turistas que não possuem veículo mais robusto para enfrentar as estradas irregulares não pavimentadas da região!
Mirante na RS 453 - Rota do Sol
Túnel na Rota do Sol
A descida da RS 453 fica a pouco mais de 30km de distância de Cambará do Sul, em direção a Tainhas e 56 km depois da descida da Serra do Pinto, ela se encontra com a BR 101, já no município de Três Forquilhas RS. No meio dessa serra existem refúgios com toda a infraestrutura de alimentação e descanso e ótimos lugares para visualizar a bela paisagem.
Seguimos a Norte até a cidade de Laguna SC, onde pernoitamos. (Novamente tivemos o desconforto de ficarmos mais de 1 hora no congestionamento da Lagoa do Imaruí). As longas e demoradas filas são causadas pelas obras de construção da nova ponte sobre a Lagoa.
Amanhã voltamos pra casa, mas não sem antes revermos o Farol de Santa Marta. Mas esta já é outra história!

domingo, 27 de julho de 2014

Praia Grande - SC a Cambará do Sul - RS

25 de julho de 2014
Praça central de Praia Grande, em frente à igreja matriz
O dia amanheceu lindo, com sol e céu azul e um friozinho gostoso. Dessa forma, após um saboroso café da manhã preparado com carinho pela nossa amiga d. Alba e um belo bate papo, seguimos para Aparados da Serra, onde fica o Cânion do Itaimbezinho. Antes, porém, demos um "giro" pela cidade e reencontramos o Edimiter em sua agência de turismo desta vez de dia. O Edimiter é realmente polivalente! Dono de restaurante, fazedor de cerveja artesanal, guia de turismo...
Despedindo-nos de d. Alba
A estrada da subida da serra tem pequenos trechos iniciais parcialmente asfaltados, mas o resto dela continua sendo de muita pedra e buracos nas suas curvas fechadas e íngremes. No entanto, quando se chega à divisa com o Rio Grande do Sul, a rodovia passa a ser toda de chão, em condições razoáveis! Chegamos na entrada do Parque Nacional Aparados da Serra aí pelas 10h45min e após pagarmos o ingresso, R$ 6,50 para brasileiros (R$ 13,00 para estrangeiros) e mais R$ 5,00 pelo estacionamento, fomos direto ao Centro de Recepção do Parque, onde pegamos algumas informações suplementares, seguindo pela trilha do Cotovelo até o ponto extremo do Cânion, distante 3000m. Atualmente pode-se fazer as trilhas sem o acompanhamento de guias com tranquilidade, pois elas são bem demarcadas e seguras.
"Segurando" uma gralha azul
Trilha do Cotovelo

Cânion do Itaimbezinho



O visual estava lindo, com aberturas de sol e um pouco de vento. Havia muitos visitantes e o caminho é auto guiado. Sendo assim, fizemos essa etapa do passeio em pouco menos de 2 horas voltando ao Centro de Informações, onde tomamos água e seguimos a outra trilha, da Andorinha, mais 1800m, aproximadamente. De lá avistam-se duas cachoeiras: Andorinha e Véu da Noiva. A vista panorâmica do cânion estava muito linda e relembramos a nossa visita anterior, feita em 2002, com nossos filhos, naquela época com 6 e 3 anos!!! De qualquer forma a vista do Itaimbezinho é muito linda e marcante deixando o visitante sempre deslumbrado.
Cachoeira do Véu da Noiva


Cachoeira das Andorinhas
Após a caminhada, lanchamos no carro nossos sanduíches preparados pela manhã no hotel e seguimos até a cidade de Cambará do Sul, onde passeamos e procuramos pouso. O frio, às 15h30min, já estava intenso e a temperatura não estava superior a 8°C. Após algumas tentativas frustradas, pois os preços estavam bastante caros (em média, R$ 150,00 para o casal) encontramos uma cabana na Pousada Bela Cambará, de d. Ieda, por R$ 120,00 o casal, com lareira (lenha inclusa) e lençóis elétricos. Ela nos recebeu alegremente e nos deu a chave, de modo que pudéssemos passear antes do pôr-do-sol. Aproveitamos para ir ao supermercado, Centro Cultural e Biblioteca, lojas de lembrancinhas,... até a Câmara de Vereadores nós visitamos! Nessa altura, a temperatura já havia caído e girava em torno de 3°C!

Temperatura às 17h
Nosso lar/chalé

Centro Cultural da cidade de Cambará


Pôr do sol em Cambará do Sul

Quando saímos aí pelas 19h para jantar, quase congelamos: estava um pouco mais de 2°C... chegamos ao Galeteria O Casarão, do casal amigo de visitas anteriores, Elaine e Ademir, e jantamos deliciosamente o rodízio de galeto, incluindo polenta e queijo coalho na chapa, bem como buffet de saladas orgânicas produzidas ali mesmo e buffet de sopas e massas caseiras. Tudo uma delícia, a R$ 45,00 por pessoa. No local também há a opção de comer o rodízio incluindo trutas, nesse caso, o preço é de R$ 65,00 por pessoa. Tomamos um vinho gostoso merlot da casa e fizemos amizade com o casal  Eliete e Emerson, de Porto Alegre. Muito bate papo e muitas risadas acompanhadas da deliciosa comida, nos despedimos, parecendo que já nos conhecíamos há anos e ao sairmos do restaurante a temperatura externa estava em -2°C... Não eram 22h ainda!!!

Com os novos amigos gaúchos, Eliete e Emerson
O carro já estava coberto com camada fina de gelo e ao chegarmos em nosso pouso o frio estava ainda mais intenso e a geada já recobria o chão. Enquanto o Marcos fazia fogo na lareira eu já ligava os lençóis elétricos! Ficamos organizando a postagem do blog e um pouco mais tarde nos encorajamos a tomar banho, pois o quarto estava razoavelmente aquecido! Para nossa surpresa, não saiu água do chuveiro e nem na torneira!!!
De duas uma: ou a água havia congelado nos canos ou o registro estava fechado! Marcos teve de sair novamente da cabana e encontrando o Amauri (filho de d. Ieda), descobriram que era o registro que estava fechado. Ufa! Menos mal! Agora era só tomar um banho quentinho e ir pra cama, já aquecida!
A temperatura externa girava em torno de - 3,8°C! Boa noite!!! Brrrrrrrrr...

Acendendo a indispensável lareira