Quando deixamos o estado canadense de Alberta para trás e entramos no estado americano de Montana, no começo de setembro, já tínhamos como primeiro objetivo conhecer o Glacier National Park.
Os trâmites na aduana americana em Roosville foram rápidos e como os nossos 6 meses de permanência (visto) não seriam suficientes para chegarmos na Costa Leste dos EUA (nossa permanência inicial expirava em 11/11) com tranquilidade para embarcar nosso carro para a Europa, solicitamos extensão de visto e ganhamos mais 6 meses (até março/2020), apenas pagando novamente a taxa de entrada, de U$ 6 por pessoa.
Paciência... tivemos de esperar 40 minutos pelo bus e depois descobrimos que cabiam apenas 20 pessoas nele! Este shuttle só ia Avalanche Creek, com começo da subida das montanhas. De lá, precisamos esperar mais 45 min até uma van menor (apenas 14 lugares) vir nos apanhar para seguirmos o passeio! Resultado: com todo o delay de tempo, acabamos optando por fazer o passeio no Logan Pass, não indo até as St. Mary Falls, pois não haveria bus para retornarmos (o último horário de transporte pequeno de retorno era 17 h).
No retorno ao ponto de ônibus aproveitamos para ir ao banheiro, dar uma olhada no centro de informação turística do local e tivemos de esperar a próxima van, pois éramos os 16º na fila... rsrsrsrs
Amanheceu chovendo... o clima tem estado bastante instável, característica comum em mudança de estação, afinal, é setembro e no Hemisfério Norte logo começará o outono!! Neste dia seguimos em direção ao Yellowstone Park, porém paramos no caminho, em Three Forks, onde fomos surpreendidos pelo vento com chuva, que acabou levando nosso jantar embora, literalmente! A panela onde estava sendo cozido o arroz voou e o toldo lateral do carro só não saiu voando porque ficamos o segurando por quase 2 horas, até quando o vento diminuiu. Encharcados e com frio e fome, tiramos a roupa ali mesmo onde estávamos (estacionamento de um posto de combustível/cassino), jogamos tudo em cima dos tapetes do carro (pois estava tudo molhado) e entramos na barraca só com roupas de baixo... nosso jantar se resumiu a: 1 maçã, 2 bananas, salgadinhos Stiksy e Jim Bean Bourbon!!! Demos muita risada depois!!!
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Nosso "jantar", depois do vento e chuva levarem nossa refeição embora! |
Como precisávamos fazer compras e usar uma boa internet para enviar fotos, no dia seguinte seguimos até a cidade grande de Bozeman. A cidade de quase 40 mil habitantes é bem estruturada e a 4ª maior de Montana, tendo sido fundada em meados do séc XIX, pelos pioneiros. Além de possuir uma Biblioteca Pública invejável, contando com diversos computadores à disposição da comunidade com excelente conexão e espaço para exposição, entre outros, a cidade também conta com o Museu Americano do Computador, onde há uma réplica da Máquina de Anticítera (computador analógico e planetário mais antigo que se tem notícia, criado no séc I a.C., na Grécia Romana).
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Biblioteca Pública de Bozeman, Montana |
Com tudo resolvido, fomos até a área de National Forest, nos arredores de Yellowstone National Park, onde buscamos uma área sem sinalização de Day Use Only. Achamos um cantinho pra acampar e aproveitamos para abrir tudo (barraca, toldo, cobertor, travesseiros, colchão, roupas, etc) para secar, pois o sol resolveu aparecer!!
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Secando tudo depois de dias pegando chuva |
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Ninho próximo de nosso acampamento |
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Entrada pelo West Yellowstone |
O
Yellowstone National Park é o mais antigo parque nacional criado no mundo, tendo sido inaugurado em 1872, cobrindo uma área de quase 9000 km². Ele fica bem nas divisas dos estados do Wyoming (maior parte), Idaho e Montana, e conta com gêiseres, fontes termais e vida selvagem abundante.
Pontas de flecha feitas em obsidiana encontradas na região denunciam a presença humana aqui há 11 mil anos. Os nativos norte-americanos utilizavam a área para caçar e usavam as peles dos animais para fazer vestimentas que os protegessem dos invernos gelados!
Quem nunca assistiu os desenhos animados onde o Parque Jellystone era retratado, com o Zé Colmeia (
Yogi Bear) e o Catatau (
Boo-Boo) ficavam sempre em embate com o Seu Gualda (Ranger Smith), por quererem roubar as cestas de
picnic dos visitantes!!! Pois é, antigamente os
rangers alimentavam os ursos negros que viviam no parque, atraindo turistas e animais, que "roubavam" literalmente a comida! Hoje existem muitas regras e restrições sobre alimentar animais ou deixar comida abandonada em mesas de
picnic... Durante as horas em que ficamos percorrendo a estrada parque, tivemos a oportunidade de ver alguns ursos negros, um
grizzly, antílopes, bisões (búfalos) entre outros animais.
Chegamos ao Old Faithful, o gêiser mais famoso do mundo e que tem hora marcada para espirrar (a cada 90 min) faltando uns 20 min para a próxima erupção! Assim, aproveitamos o tempo para ler e conhecer mais sobre a atividade geotermal do parque, a composição das águas coloridas e aquecidas que são encontradas no parque e outras particularidades.
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Old Faithful apenas com fumarolas, ao fundo |
Um pouco antes do horário, nos dirigimos ao local onde o Old Faithful faz seu show.... havia centenas de pessoas por lá! Ele foi o primeiro gêiser a ser nomeado, em 1870, durante a Expedição Washburn.
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Hoje ele estava com preguiça de espirrar "bem alto"! Acho que ficou nos 15 m!! |
Ao deixarmos o Old Faithful, iniciou uma chuva fina que continuou nos perseguindo por algum tempo. Contornamos o Yellowstone Lake e nem paramos, pois a visibilidade estava muito ruim e a chuva continuava caindo. Fomos até o South Rim do Canyon do rio Yellowstone e, com guarda-chuva, fomos ver a Upper Falls.
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Upper Falls, Canyon do Yellowstone River |
Com o mau tempo e o entardecer se aproximando, os
campgrouds cheios e caros (U$ 25 o pernoite, sem oferecer nada), nos encaminhamos à saída nordeste do parque.
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Antílope ao longe, fugindo de ursos |
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Mommy bear and cubs |
De repente fomos alcançados por uma caminhonete que deu sinal de luz e ficou insistindo. Pensamos: "deve ser alguém conhecido!" E era!! O casal Tony e Connie que havíamos conhecido em Kanab (Utah) e que nos levou de ATV para um passeio incrível pelas dunas nos viu no parque e fez questão de falar conosco e nos apresentar seus amigos (estavam em 3 casais)!!! Muito legal revê-los!!
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Com os amigos de Utah, depois de meses nos reencontramos em Montana: Connie e Tony |
Antes de deixarmos o parque ainda tivemos que esperar um bando de bisões atravessarem a pista... pelo IOverlander (aplicativo) encontramos uma área de
camping bem legal e onde já havia alguns
traillers e outros carros, já na National Forest.
Tomamos nosso café da manhã com o casal de australianos, John e Mimi (natural de Taiwan), nossos vizinhos de acampamento.
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Com John e Mimi, australianos e nossos vizinhos de acampamento |
WYOMING - Chief Joseph Scenic Hwy, Cody, Greybull, Museum of Flight and Aerial Firefighting, Shell Canyon, Sheridan, Buffalo, Gillette, Moorcroft
Pegamos a Chief Joseph Scenic Hwy... pensem numa estrada bonita!!! Serpenteando as montanhas, subimos até o Dead Indian Pass, de onde se tem uma vista privilegiada do local.
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Chief Joseph Scenic Hwy, no Dead Indian Pass |
Na chegada a Cody, cidade de Buffalo Bill, descobrimos que o valor da entrada no Museu Buffalo Bill e Velho Oeste estava meio salgado, U$ 19,75 por pessoa!!! Demos apenas um giro pelas lojas de
souvenir e seguimos adiante. A cidade é bem bonitinha, mas meio cara!
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Estátua em homenagem ao Buffallo Bill, em Cody |
No nosso caminho encontramos um museu de aviões e acabamos conversando com o Bob, curador do local, pagando o ingresso de U$ 5 por pessoa e visitando o local. Há dezenas de aviões que foram usados em guerras pelo mundo e, como sobras de guerra, foram doados para a Defesa Civil (Guarda Nacional e Combate à Incêndios). Muitos dos aviões expostos foram comprados por particulares e estão em locais não acessíveis à visitação (do outro lado da pista de pouso).
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Com Bob |
Seguindo dicas do Bob, fomos até o Shell Canyon (região linda, que queremos voltar a explorar em outra ocasião), umas 20 milhas adiante, onde há o Big Horn National Forest, e encontramos um lugar bem tranquilo para acampar. Recebemos até a visita de um
moose jovem e bem curioso, que ficou rondando nosso acampamento.
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Route 14 |
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Nosso vizinho de camping |
Seguindo em direção leste, passamos pelas cidades de Sheridan e Buffallo, e antes de alcançarmos Gillette, paramos numa Rest Area onde vimos a van de um brasileiro. Tratava-se do casal Andrade: Marcelo e Ana Lúcia, naturais do Espírito Santo, que tinham acabado de voltar do Alaska. Batemos um bom papo e trocamos ideias de roteiro e atrações no trajeto. Por termos ritmos de viagem diferentes, acabamos nos despedindo e cada um seguiu seu caminho.
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Sorvetinho com o casal Ana Lucia e Marcelo, Expedição Extremos das Américas |
Na região de
Moorcroft fica uma atração turística bem famosa: a
Devils Tower National Monument, onde mesmo com o Annual Pass*, paga-se o ingresso de U$25 por veículo. Parece que não há estacionamento público na região e o valor cobrado refere-se ao estacionamento. Apesar da beleza do lugar, acabamos não o visitando pelo alto custo para parar.
SOUTH DAKOTA: Spearfish, Deadwood, Mt Rushmore, Black Hills, Badlands, Wall Drug, Keystone, Rapid City, Minuteman Missile National Historical Site, Chamberlain, Museu Sioux Akta Lakota, Rio Missouri, Mitchell, Salem
Após pegarmos dicas e materiais sobre South Dakota no Centro de Informação Turística de Spearfish, seguimos até o lago da represa em Deadwood, onde conhecemos um casal muito simpático com quem trocamos ideias. Ele (Frederick, 85 anos) é veterano das guerras da Coreia e Vietnam, como comandante das Forças Especiais. Ela (Jurline, 79 anos) mulher de muita fibra! Passaram por muitas coisas juntos e continuam curtindo a vida dentro de suas possibilidades e condições físicas!
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Lago da represa, em Deadwood |
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Com Jurline e Fredderick, exemplos a serem seguidos! |
Keystone foi nossa próxima parada, debaixo de muita chuva!!! Extremamente turística, possui uma população de pouco mais de 500 pessoas que vivem de reviver e mostrar como era a cidade, fundada em 1883, local de mineração! Essa cidade charmosa do Velho Oeste fica a umas 5 milhas do
Mount Rushmore (onde estão representados os ex-presidentes: George Washington, Thomas Jefferson, Theodore Roosevelt, e Abraham Lincoln).
Ao chegarmos ao
Mount Rushmore, acabamos não entrando no parque, cujo custo do estacionamento era de U$ 10. Com o mau tempo e a péssima visibilidade, só paramos na beira da estrada e tiramos foto do morro... não foi nenhuma perfeição, mas valeu a pena!
O monumento aos ex-presidentes é uma das atrações turísticas mais famosas dos EUA. A obra demorou 14 anos para ser concluída. Os gigantescos rostos de 15 a 21 m de altura, esculpidos pelo artista Gutzon Borglum, foram construídos com martelos e marretas, a 150 m de altura, na região das Black Hills entre os anos de 1927 e 1941. O trabalho foi finalizado pelo seu filho, pois Borglum morreu antes de finalizar o rosto de Abraham Lincoln.
Tínhamos a intenção de conhecer Rapid City, a cidade dos presidentes, mas o mau tempo "murchou" a ideia!!!
Seguimos em direção leste, tentando fugir do mau tempo, sem sucesso.
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Aproveitando a Rest Area para fazer nosso corte de cabelos! |
Wall Drug é uma cidadezinha, também do Velho Oeste, que vive do turismo. Fomos até lá curiosos, visto que na autoestrada (
highway) havia dezenas de
outdoors fazendo propaganda da cidade. Assim, antes da próxima chuva, paramos no lugarejo e curtimos as lojinhas e os ambientes temáticos que há no espaço.
Nessas lojas encontramos o doce de Hucklberry... descobrimos que realmente existe a fruta (uma amora silvestre)!!! O problema é que os produtos são bastante caros!!! Um pirulito pequeno custa U$1!!
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Percorrendo a Overlook Rd, dentro do parque |
Fomos até o
Badlands National Park e depois de apresentarmos o Annual Pass (ele foi escaneado e tivemos de apresentar o ID), uma área de 980 km² possui formações geológicas formadas há milhares de anos escavadas pela erosão, formando pináculos e agulhas.
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A chuva nos alcançou novamente |
O nome "badlands" (terras ruins) se deve ao fato de ser extremamente desértico, mas isso não foi impedimento para que os nativos Lakota, Sioux,... terem vivido aqui por milhares de anos. O nível de decomposição das rochas é bastante rápido, 1 polegada por ano, pois sua composição é de areia e barro.
A atividade agrícola na região acabou com o cão da pradaria (marmota) e hoje ele está sendo reintroduzido no parque, juntamente com outras espécies de animais (raposas, lebres). Na década de 1930 houve um período prolongado de estiagem, o que acabou afastando os indígenas e outros fazendeiros que usavam as terras para plantio (esses fazendeiros foram alocados aqui depois que o governo expulsou os nativos, colocando-os em áreas de reserva).
Dizer que o local é incrível é pouco!!! Badlands foi uma dica preciosa que recebemos dos amigos Kim e Doug James, quando os encontramos no litoral do Oregon, há alguns meses!!! Interessante observar que muitos americanos desprezam essa região dos EUA, dizendo que aqui (no centro) não há nada!!! Pois nos encantamos com o que conhecemos, a história rica e a beleza dos lugares, não tão conhecidos e nem tão turísticos aos olhos do mundo!
Na I90 fomos até o
Minuteman Missile National Historical Site, que conta a história da Guerra Fria. Nessa região dos EUA há ainda hoje, dezenas de silos com mísseis balísticos, prontos para serem usados! o LGM-30 Minuteman é um projeto de míssil balístico intercontinental, feito a partir de 1960, e que com o advento da computação se tornou mais preciso, pois aumentou a chance de atingir alvos a grandes distâncias, compensando a gravidade com a inclinação certa!
Conhecemos o funcionário/ranger Jim Boengch, que quando serviu no exército trabalhou nas instalações do projeto, sendo um dos homens "do botão"! Ele nos convidou a irmos até o Delta 9 - Missil Site, distante 15 milhas dali, e lá tivemos a oportunidade de ver um míssil de perto, além de ter uma aula sobre funcionamento, instalação, manutenção,... O único problema foi o vento, no estilo "patagônico" que além de ser gelado, ainda tinha uma intensidade bastante forte.
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Delta 9 - Missil |
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Com o Jim Boengch, o "homem do botão" |
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Recebendo as instruções |
O clima continua nos castigando... Muita chuva e vento nos acompanhando no nosso caminho ao leste dos EUA!!! Passamos por uma pequena localidade, chamada de
1880 Town, cidade cenográfica utilizada para as filmagens do filme "Dance with Wolves" (Dança com Lobos). A visitação encerra às 17h e passamos por lá ás 16h45min!! Não foi desta vez que visitamos o lugar (e a chuva continuava inclemente).
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Ponte sobre o rio Missouri, em Chamberlain |
No dia seguinte aproveitamos o sol que apareceu para conhecer o Akta Lakota Museum, em Chamberlain. Na cidade ainda fomos visitar o Memorial aos Veteranos e o Rio Missouri.
A história do povo Siux (Lakota Dakota e Nakota) é muito triste!! Eles viviam nessa região por centenas de anos, e quando o Gen. Custer descobriu ouro nas Black Hills (que era local sagrado para os nativos), eles foram expulsos e mortos!
Muito interessante conhecer seu modo de vida, costumes, hábitos, tradições,... Há uma cronologia exposta, juntamente com peças de vestuário, utensílios, artesanato e outras curiosidades desta nação.
Finalmente descobrimos o porquê de tanta chuva e vento dos últimos dias: o furacão Dorian assolou o leste dos EUA e nós pegamos o efeito colateral dele, no Midlle East (meio este)! Em função disso, quando chegamos à região de Mitchell, mais especificamente em Salem, as pistas estavam interrompidas, impedindo nossa passagem (e a de todos os outros viajantes), pois uma barragem em Alexandria havia estourado, alagando toda a região. Havia mais de 150 rodovias e pequenas vias interrompidas.
Acabamos ficando na fazenda do Gary e da Karen, que permitiram nossa parada ali, visto que não havia saída por aqui.
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Vacas no meio da água, que continuava subindo, mesmo depois da chuva ter dado uma trégua |
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Segundo nossos anfitriões, havia mais de 60 anos que não se via uma ocorrência como esta! |
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Com nossos anjos, Karen e Gary, fazendeiros que nos deram abrigo em Salem |
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Fazendeiros da região reunidos discutindo como solucionar o problema da enchente |
No dia seguinte tivemos de retornar mais de 60 km até Mitchell e de lá, subir pela 37N até Huron e a leste pela 14 até Brookings. Foi uma voltinha de uns 300 km no total, mas valeu a pena, pois passamos por cidades bonitas e locais bem interessantes.
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Represa em Mitchell: transbordou em função da grande quantidade de chuva que atingiu a região |
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Castelo do Milho, em Mitchell |
MINNESOTA: Lake Benton, Minneapolis
Alcançamos o Lake Benton, já em Minnesota, onde pernoitamos na área de estacionamento do parque.
Nosso objetivo, hoje, era chegar a Eau Claire, já em Wisconsin, onde iríamos encontrar o casal que conhecemos no Alaska, mais precisamente em Anchorage, no Earthquake State Park, Kathy e Dennis.
Eles ficaram muito felizes quando entramos em contato e nos mandaram a localização e endereço. Assim, passamos ao lado da cidade de Minneápolis (Minnesota) e do estádio do Vikings (time de futebol americano que nossa filha curte).
WISCONSIN: Eau Claire
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Eau Claire significa "águas limpas"! O nome foi dado pelos franceses que aportaram aqui e perceberam que a água era límpida, motivo de orgulho de seus habitantes até hoje |
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Com o casal Kathy e Dennis, no parque da cidade de Eau Claire |
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Rio Eau Claire |
Festejamos o aniversário do Marcos em grande estilo, com direito a churrasco, bolo feito pela Kathy, e a presença de uma amiga do casal, Konnie, que se juntou a nós. Foi bem legal reencontrá-los após dois meses!! Aproveitamos para passear e conhecer o parque da cidade, fazendo uma pequena trilha por lá!
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Festejando o níver do Marcos com direito a churrasco |
Atravessamos
ILLINOIS, o quinto estado americano mais povoado, rapidamente. Contornamos a região que leva à capital, Chicago, onde há pedágio e seguimos em frente. Nosso objetivo era alcançar o estado de Michigan.
Sempre em direção leste, perdendo horas no fuso, percorremos muitos quilômetros, dormindo em Rest Areas e postos de combustível, conhecemos muitas pessoas e trocamos muitas ideias, aprendendo bastante e pegando dicas e informações importantes para nosso livro, que fala sobre a água!
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Com a mãe e filha, Path e Janet, que já estiveram no Brasil: sugestão para conhecermos Flint - "Apartheid da água" |
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Com Brian, especialista em águas. Muito conhecimento e troca de ideias!!! |
MICHIGAN: Ann Arbor, University of Michigan, Flint, Vienna, Atlanta, Lakes HOMES (Huron, Ontario, Michigan, Erie, Superior)
Marcos queria conhecer a Universidade de Michigan, em Ann Arbor, pois formou-se por ela nos idos de 1980, quando estudou no InterAmericano, em Curitiba, e naquela época havia o intercâmbio entre os institutos!
Trouxemos, inclusive, seu diploma e quando chegamos a Ann Arbor, nos deparamos com uma cidade universitária enorme! Fomos até o centro de informação turística e lá um rapaz nos orientou onde (em qual prédio) estava localizado o English Language Institute.
Recebidos pelo Reitor Angelo, tivemos uma agradável conversa na qual ele nos contou que era a primeira vez que um ex-aluno estrangeiro voltava para visitar a Universidade, ainda mais depois de mais de 30 anos. Ficou bem feliz com nossa visita e nos deu um Kit com camisetas e outras lembranças da University of Michigan. Mais um sonho realizado nessa viagem!
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Go, blues!! |
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Com o diretor do Instituto de Línguas, Angelo Pitillo |
O campus da Universidade é lindíssimo!! O clima respira estudo e tranquilidade. Vimos dezenas de estudantes sentados à sombra das árvores, estudando, lendo, com seus notebooks,....
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Construções vitorianas marcam a arquitetura do local |
Fomos visitar o Museu de Arte da Universidade e depois de umas 3 horas perambulando por ali, seguimos viagem!
Nossa última etapa nos EUA ficará para a próxima postagem - Costa Leste, e será também a última da viagem e do Projeto Acqua Mundi. Este projeto iniciou em dezembro de 2018 (e janeiro/2019), quando fomos a Ushuaia (Argentina), no extremo sul do continente americano, e continuou em janeiro de 2019, quando pegamos novamente a estrada e alcançamos o Alaska, extremo norte do continente americano (em julho/agosto de 2019)!