Viagem Família______________________________________

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domingo, 13 de janeiro de 2008

De San Pedro de Atacama (Chile) a Foz do Iguaçu (Brasil)

De San Pedro de Atacama (Chile) a Foz do Iguaçu e Chapecó (Brasil)
10 a 13 de janeiro


O caminho escolhido foi o de rípio, por ser o mais belo, com a maior quantidade de lagunas e salares e por possuir um visual belíssimo.
No Salar do Atacama percorremos grandes extensões de estradas de sal, observando flamingos, lagartos e outros exemplares de fauna local. O Deserto do Atacama é conhecido como o “deserto das 7 cores”. O visual é lindo de morrer!!! Os tons se sucedem, indo do amarelo ao roxo! As lagunas altiplânicas de azul e verde esmeralda são estonteantes. A natureza é agressiva, com sol inclemente, águas salgadas e sulfurosas, ventos fortíssimos e, à noite, o frio é intenso.




As estradas são todas de terra e cascalho – rípio – e relativamente bem conservadas. Visitamos a Laguna Chaxa, reserva nacional de flamingos, Salar Atacama, Laguna Tuyaito, Salar do Talar, Laguna do Sico, Salar de Laco, entre outros. Avistam-se diversos vulcões ao longo do caminho, com seus picos nevados, destacando-se o Licancabur e o Miñiques. Ao longe, podia-se ver a nevasca se aproximando dos picos e da divisa dos países para onde estávamos indo.



Passamos a divisa entre o Chile e a Argentina após o almoço (lanche às margens de uma laguna, sob muito vento) e chegamos a Santo Antonio de Los Cobres, na Argentina, às 22h, percorrendo 500 km, aproximadamente de boas estradas de rípio.
Após o jantar, quase meia-noite, não havia vagas para nos hospedarmos, portanto a solução encontrada foi de nos alojarmos no Quartel General Belgrano, do Exército Argentino. Fomos muito bem recebido e atendidos e compartilhamos os alojamentos e instalações com os soldados. Uma experiência marcante!




Santo Antonio de Los Cobres é uma cidade muito feia, localizada a 3800 m de altitude, na encosta dos Andes. Por esse motivo, à noite houve intensa chuva granizada – chuva misturada com neve –e , no dia seguinte, encarando muito barro e pedra, pela "Quebrada do Toro", chegamos a Salta, capital da província.



Salta – é uma cidade grande e limpa, possuindo toda a infra estrutura necessária para atender ao turista e à população local. Salta é o ponto inicial para muitos aventureiros que gostam de esportes radicais e também possui o famoso Trem das Nuvens (que estava em reforma).

Daí em diante, foram 500 km de bom asfalto até a cidadezinha de Morro Queimado... péssima escolha! A cidade não possui a menor condição de receber turistas; por todo o grupo foi considerado o pior pouso/lanche/café da manhã! Acabamos alugando quartos de uma casa de família para o pernoite. Pela manhã, às 6h, já estávamos de pé, loucos para sair dali!



Passamos por Corrientes, onde almoçamos e mais 400 km percorridos, chegamos a Posadas, já perto do Brasil e onde nos separamos de nossos amigos Abutres.



Eles seguiram para o interior de Santa Catarina para visitar seus compadres e os Garças e os Maritacas seguiram em direção a Foz ,300 km a nordeste.
Chegamos no Brasil (oba!!!) às 22h30min, cansados porém muito felizes e realizados! Hospedamo-nos em grande estilo, na Rodovia das Cataratas, no Hotel San Juan. Afinal, todos merecíamos um pouco de conforto depois de 12 000 km rodados, em 23 dias, por 5 países.



Até a próxima Viagem em Família!!!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

De Arequipa (Peru) a San Pedro de Atacama (Chile)

De Arequipa (Peru) a San Pedro de Atacama (Chile)
08 a 10 de janeiro de 2008

Deixamos para trás a Cidade Branca e seguimos rumo para o Chile. Após os trâmites normais nas aduanas dos dois países, chegamos a Iquique às 20 h (do horário peruano), porém já eram 22 h (fuso chileno)! Sem reservas, nem dinheiro chileno e nada conhecendo, fomos ao cajero automático para sacar pesos chilenos!



Iquique – a maior cidade portuária do Chile. Uma cidade com mais de 500 mil habitantes, limpa, organizada, com belas praias. Possui área de livre comércio (Duty free) que não visitamos por falta de informação. A arquitetura vitoriana inglesa é muito linda e conservada. As calçadas feitas de tábuas de madeira merecem uma visita. Possui estacionamentos para automóveis embaixo das praças, aproveitando bem o espaço disponível! Exemplo a ser seguido!



Como estamos à beira mar, fomos degustar frutos do mar... Após estarmos saciados, hospedamo-nos no Plaza Prat, quase à 1h. Ao acordar para el desajuno, descobrimos que havia a opção de tomá-lo no restaurante do próprio hotel, mediante pagamento de U$ 3 por adulto. Foi o mais lauto e bem servido café da manhã em nossa viagem. Após o café/almoço, passeamos a beira mar, na playa Bela Vista, um rápido city tour e voltamos 47 km até a rodovia Panamericana, pois a Litorânea estava interrompida por motivo de terremoto recente.



Agora, seguimos em direção ao Atacama, com subidas das serranias dos Andes saímos de nível do mar e chegamos, em poucos km, a 4500 m da altitude.



Alcançamos as proximidades de San Pedro de Atacama lá pelas 18 h. Fomos direto ao Vale de La Luna, para assistirmos o famoso pôr-do-sol atacamenho!




San Pedro de Atacama – Atacama significa “cabeça”. Encontra-se a 2438 msm e existe há muito tempo, tendo sido conquistada pelos incas 1450 e logo depois, pelos espanhóis em 1540. Foi declarada Patrimônio Histórico da Humanidade,l em 1951. Está localizada no deserto mais árido do mundo: o deserto do Atacama. A cidade é rústica, sendo toda construída em barro. Possui muitas atrações turísticas, como:
• Sítios arqueológicos
• Salares
• Banhos termais
• Gêiseres e vulcões
• Lagunas altiplânicas

 Além da própria cidade, que é muito charmosa e que possui uma igreja construída em 1641.

Passeamos pela cidade a pé, conhecendo suas atrações e sua arquitetura únicas, bem como efetuando algumas comprinhas, pois ninguém é de ferro! As hospedagens da cidade atendem a todos os níveis, desde a mais simples, até a mais luxuosa! Os preços são internacionais. Encontram-se pessoas de todos os lugares do mundo! A energia elétrica é fornecida apenas por geradores até às 21h. Depois disso, o banho é frio! É comum encontrarmos construções onde não há cobertura, como o posto de combustível, banheiros e outros, pois lá a chuva é inexistente!



Agora teríamos de tomar a decisão: qual rota a seguir para entrar na Argentina. Havia duas possibilidades: o Paso Jama (4800m), com asfalto na maior parte do percurso ou o Paso Sico (4900m), todo em rípio. Adivinhem qual foi a escolhida?!

Rípio, aí vamos nós!!!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Nazca e Arequipa (Peru)

Nazca e Arequipa (Peru)

06 a 08 de janeiro de 2008

Em Nazca, é claro, tem de se visitar as suas Linhas! Assim, existem duas formas de observá-las: sobrevoando-as com pequenos aeroplanos e/ou indo até o sítio arqueológico, na beira da rodovia, onde há um mirante e alguns morros, de onde se podem avistar as linhas em diversas posições.



A família Abutre sobrevoou a planície de Nazca por 25 min, em 4 pessoas, pagando uma taxa de U$ 40,00 por pessoa e mais $Sl 10, pela taxa de aeroporto, bem cedo pela manhã. Um pouco mais tarde, todos juntos seguimos em direção ao sítio para admirá-las en loco.



Mais tarde, fomos até o Museu e Cementério Chauchilla, pré-hipânico, incaico, com uma área de, aproximadamente, 2 km². Muito interessante, pois possui múmias de diversos tamanhos e idades, inclusive, ainda no próprio sítio de escavação. Muitas das sepulturas foram profanadas anteriormente em busca de tesouros, resultando em muitas ossadas espalhadas ao ar livre, na superfície! Nossas crianças acharam esse passeio o máximo...




À tarde, decidimos ir até Punta Fernando, local onde se avistam pinguins e lobos marinhos. Não achamos a estrada no meio do deserto, por isso seguimos margeando o Pacífico, no próprio deserto! Foi um passeio eletrizante... o percurso de 40 km de pura areia fofa exigiu muito dos carros 4x4, bem como de seus ocupantes. Atolamos diversas vezes, mas sempre com muito bom humor e ajuda mútua, superamos os obstáculos! Infelizmente, não atingimos o objetivo, pois a tarde estava acabando e o caminho de volta seria muito arriscado à noite!




Nesse momento, a troca de óleo e a revisão dos automóvies era importantíssima, pois já havíamos percorrido mais de 5000 km sob condições adversas. Então, após uma breve parada na “oficina”, seguimos rumo a Arequipa, distante 600 km. Apenas 100 km rodados, proporcionou-nos o primeiro encontro com o Oceano Pacífico, na localidade da Praia do Tanaka. Descobrimos, por nós mesmo, que realmente a água do Pacífico é mais gelada!!!






Chegamos em Arequipa às 22 h e hospedamo-nos num dos melhores hotéis da viagem: o Hotel Santa Maria!


Arequipa – “are” (em quéchua) pele; “quipa” – branca – referência aos espanhóis que por ali chegaram em 1487, na localidade de Camaná, no litoral e que, em função da grande quantidade de mosquitos e malária a que estavam sujeitos na praia se mudaram mais para o interior, fundando, assim a cidade de Arequipa (1540). Em aimara, Arequipa significa “atrás dos montes” e ainda há outra definição de que as pedras brancas vulcânicas deram nome à cidade, como “a cidade branca”.
É a segunda maior cidade do Peru com mais de um milhão de habitantes, cercada por três vulcões ativos, chamados Misti (5822m), PichuPichu (5354m) e Chachrany (6075m) que podem ser vistos de qualquer parte em que se esteja.



Em Arequipa visitamos a casa do fundador da cidade, Carbajal, que mais parece um museu saído do Velho Oeste. Toda a região é irrigada pelos canais incaicos e há, ainda, um antigo Moinho que, aproveitando um dos canais, era utilizado pelos espanhóis para processar cereais.



Imperdível a visita ao Museo Temático da Lã. Lá aprendemos as diferenças entre os camelídeos: lhama, alpaca, vicunha e guanaco. Também todo o processo de tosquia, fabrico, até o produto final feito para exportação da lã. Brincamos com os animais mantidos em cativeiro, e todos achamos a experiência maravilhosa!



Tivemos a companhia de um guia contratado no local. O grupo achou essa cidade uma das mais bonitas visitadas.


No final do dia a família Abutre (LEP) foi conhecer o Mosteiro de Santa Catalina. Este mosteiro, patrimônio mundial tombado pela Unesco, foi construído em 1579. Como a maior parte da cidade, foi construído a partir de pedras vulcânicas (brancas) e possui uma cidadela interna de beleza indescritível.

 Depois no final do dia nos reunimos para tomar um pisco sour no capricho e comer um delicioso ceviche.



quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Águas Calientes a Nazca (Peru)

Águas Calientes a Nazca (Peru)03 a 05 de janeiro

Acordamos às 8h após uma ótima noite de sono, embalados pelo som do rio Urubamba, que passa rugindo a 5 m da janela de nosso quarto! Após lauto café da manhã, seguimos a pé em direção a estação de trem, pois nossa volta era às 9h. Chegamos a Olantaytambo novamente para pegar nossos carros que ficaram em estacionamento particular, e fomos até a praça central da cidade, para admirá-la.



Absortos, observando o burburinho da pequena cidade que na época dos incas era posto de controle e taxas do imperador, eis que surge um Troller com placas de Curitiba! Fizemos sinal e eles pararam para conversarmos. É tão bom encontrar alguém de nossa cidade/país em local tão distante... parece que os conhecemos há anos e que são nossos amigos!!! Assim, a Cleriz, o Fernado e a Taís viraram nossos amigos!


Agora, são 200 km atravessando os Andes peruanos por uma estrada linda, com asfalto perfeito, mas cheias de curvas, em direção a Abancay. O trajeto todo foi feito margeando o rio Colorado, que estava cheio por conta do degelo das neves.




As paradas para tirar fotos foram inúmeras e, numa delas, aproveitamos para degustar o choclo, uma versão melhorada de nosso milho verde, mais saboroso e com grãos enormes e na cor branca. É deliciosamente imperdível!!!



Chegamos a Abancay às 19 h, e parando em frente ao Hotel Imperial, onde nos hospedaríamos, reencontramos o casal de Belo Horizonte (MG), Maurício e Mariana, com quem já havíamos cruzado em Corumbá (MS). Muitas risadas e conversas depois, fomos jantar pollo, cerdo e massas, regados a cerveja e muita Inka Cola (refri tipicamente peruano).



Abancay é uma cidade dormitório sem grandes atrativos. Por isso, no dia seguinte, após o desajuno, no qual fomos surpreendidos pelo pagamento à parte – e caro - de todos os extras (queijo, presunto ou suco), seguimos bem cedo em direção a Nazca, por uma estrada sinuosíssima e desértica.



Lá pudemos observar nevascas, pequenos tornados, muitas lhamas, guanacos e afins. Numa das muitas paradas para xixi e fotos, os meninos encontraram uma bola velha no acostamento... aproveitamos para jogar um futebolzinho a 4000m de altitude!






Até então, estávamos viajando pelo altiplano, com altitudes variando de 2800 a 4500m, com temperaturas de 10°C, em média. Agora, descendo a Cordilheira Ocidental em direção a Nazca, a temperatura começa a subir e chegamos a Nazca, a terra das linhas misteriosas e enigmáticas, a 700m com uma temperatura de 30°C!