Viagem Família______________________________________

.

terça-feira, 31 de março de 2015

Pedro Luro, Mar Del Plata a Maipú - província de Buenos Aires

17 de janeiro de 2015
Pedro Luro a Maipú, passando por Mar Del Plata



Amanheceu um lindo dia e antes de seguirmos viagem fomos ver o Fortín Mercedes, local onde ocorreu a Conquista da Patagônia, em 1833. A reconstrução do forte, com fosso e canhões manteve seu aspecto original e hoje fica ao lado da Basílica María Auxiliadora, local de peregrinação religiosa. No local existem muitos cães soltos, de todos os tamanhos. São dóceis  e estão acostumados com visitantes, desta forma fique tranquilo.

O Fortín Mercedes é um centro religioso, histórico e cultural. É um importante centro de peregrinação religiosa dessa parte da Argentina, atraindo milhares de fiéis durante todo o ano. Sua fundação remonta ao estabelecimento da primeira missão salesiana construída junto ao forte militar, em 1895. Nesta Basílica se encontra o mausoléu de Ceferino Namuncurá (Índio Santo), que foi beatificado em 2007 pelo Papa Bento XVI.



Depois da visita ao Fortín, retomamos o caminho rumo a Mar del Plata, onde pretendíamos dormir. Seguimos pela Ruta 3 até Tres Arroyos, onde tomamos rumo leste na Ruta 228 até Necochea e dali, pela Ruta 88 até Mar Del Plata.
Lá chegando, descobrimos que a cidade balneário estava lotada, pois era sábado e tinha jogo do Boca. Após inúmeras tentativas de busca de local para pernoite, desistimos e resolvemos seguir adiante, mais 130 quilômetros, até Maipú, não sem antes ao menos dar uma olhada na orla marítima de Mar Del Plata.


A cidade possui mais de 500 mil habitantes e estava um verdadeiro formigueiro. Onde se olhava havia centenas de pessoas. Mar del Plata é um dos mais importantes e famosos balneários da Argentina. Durante a temporada de verão, como agora, fica lotada de turistas de toda parte. Tem ótima estrutura turística, mas convém fazer reservas de hospedagem se quiser se hospedar aqui, principalmente no verão.
O nome Mar Del Plata foi dado por Patrício Peralta Ramos, cuja data da fundação é 1874.
Após o rápido tour, seguimos agora pela Ruta 2 em direção a Buenos Aires, parando em Maipú.


Como havia apenas um hotel na cidade, nos hospedamos lá!!! O Residencial Munich ($680 para 4 pessoas) ficava próximo da esquina onde estava o restaurante El Abuelo, onde jantamos gostosamente. Fique atento ao serviço: os pratos são saborosos e têm preços adequados, mas nem sempre os pedidos vêm certo, gerando algum conflito. Aproveite para adquirir ali mesmo algumas botellas de vinho. Boas marcas, uvas consagradas e preços atrativos.



segunda-feira, 30 de março de 2015

Puerto Madryn a Pedro Luro

16 de janeiro de 2015
Pto Madryn a Pedro Luro (Província de Buenos Aires)


Após o café da manhã e arrumadas as "tralhas" deixamos Pto Madryn, seguindo pela Ruta 3 em direção norte. Por volta do meio dia alcançamos a cidade de Viedma, capital da província de Rio Negro e nos despedimos da Patagônia ao atravessarmos o canal do Rio Negro.
Do outro lado da ponte está a cidade de Carmen de Patagones, já na província de Buenos Aires. O Rio Negro oferece excelentes condições para a prática de esportes náuticos, como vela, esqui aquático, jet ski, entre outros. A ponte ferroviária que une as cidades de Viedma e Carmen de Patagones foi trazida de Hamburgo (Alemanha) e inaugurada em 1931.
Vista do Rio Negro e de Viedma do outro lado
A cidade de Carmen de Patagones, com um pouco mais de 20 mil habitantes,  é muito curiosa e está ligada intimamente a história de nosso Brasil. O nome da cidade é uma homenagem à padroeira, Virgen de Nuestra Señora del Carmen, e aos aborígenes que habitavam a região da Patagônia e que assim foram chamados pelo explorador espanhol Fernando de Magalhães.
Iglesia Parroquial de Nuestra Señora del Carmen

Um pouco de história...
A Batalha de El Carmen aconteceu em 1827, durante a Guerra Cisplatina (1825-1828), pois a cidade havia se tornado base naval da Argentina, uma vez que o principal porto seguro neste país (no estuário do Rio de la Plata) estava bloqueado por navios brasileiros. Apesar da frota brasileira ser superior a de seu oponente, eles usaram de estratégia errônea e desembarcaram muitos homens, deixando os navios sem proteção. Assim, desprotegidos, os soldados brasileiros (muitos escravos) foram facilmente dominados e sofreram uma das mais vergonhosas derrotas brasileiras. Dificilmente sua história é contada ou encontrada em livros de história. 
Duas das bandeiras brasileiras do Império estão dentro da catedral e são motivo de orgulho para a população, que mesmo em número inferior, conseguiu proteger e vencer a Batalla del Cerro de la Caballada.

Torre remanescente do antigo Forte
Carroção utilizado para transporte de lã e outros produtos
Após nos surpreendermos com uma parte de nossa história que não conhecíamos, voltamos à Ruta 3, em direção à Bahia Blanca, parando em Pedro Luro, pois coincidentemente a Mari, o Pedro e a Edu estavam passando mal. Encontramos às margens da rodovia o Hostal del Viento (www.elhostaldelviento.com.ar), cujo proprietário Miguel nos atendeu prontamente, fechando por $800 o pernoite para 4 pessoas. Como havia restaurante no local, aproveitamos para jantar por ali mesmo. 


Pedro Luro é uma cidadezinha de pouco mais de 10 mil habitantes e bastante conhecida pelas termas, cujas águas avermelhadas têm temperaturas de até 70°, possuindo ações terapêuticas (anemias, raquitismo, reumatismo, artrite, dermatites,..). A Termas Los Gauchos possui um lago artificial de 2ha, aproximadamente, e o hotel termal possui águas com temperaturas de até 80°. Há 6 km do centro da cidade há a Laguna La Salada, cujo espelho d'água tem aproximadamente 450ha e é rodeado por colinas, com extensas praias e fundo de areia. 



A cidade está localizada numa região produtora de grãos e Pedro Luro é um entreposto de comercialização de grãos e cereais. Assim, a infestação de aves provoca um espetáculo ensurdecedor ao entardecer.

terça-feira, 10 de março de 2015

Pensínsula Valdés - Chubut - Argentina

15 de janeiro de 2015
Puerto Madryn - Península Valdés - Puerto Madryn
Punta Pirâmides - loberia
     Como de Pto. Madryn até a Península Valdés tem de se percorrer aproximadamente 53 km até o Istmo Carlos Ameghino e de lá, mais 104 km até Punta Norte ou 100 km até a Caleta Valdés, precisávamos acordar relativamente cedo. Assim sendo, logo após o café da manhã, reunimos o grupo e seguimos até o nosso destino, desta vez sem o casal Abutre (Edu e Luiz) que ficou na cidade por motivos de saúde.


     O ingresso para o Parque Natural tem um custo de P$ 180 por pessoa(estrangeiros), pago em espécie! Portanto, retire dinheiro no banco (não são aceitos cartões de crédito) antes de seguir até a Área Natural Protegida Península
A 20 km do local onde se paga o ingresso fica o Istmo Ameghino - homenagem ao naturalista e paleontólogo nascido em 1865, em Lujan - fica o Centro de Visitantes (www.puertopiramides.gov.ar) onde recomendamos parar para pegar as informações sobre os passeios disponíveis para o dia A duração de cada passeio, as condições do mar e da estrada, bem como informações sobre a visualização de animais são atualizados o tempo todo e informados aos visitantes.  Há também um pequeno museu com ossadas de baleia franca e outros animais marinhos, uma maquete em relevo mostrando a geologia histórica da formação da península e uma loja de conveniências.




Pegando as informações necessárias, descobrimos que neste dia a Punta Delgada (que tínhamos a intenção de conhecer) estava fechada a visitação e portanto, decidimos seguir até a Punta Cantor, onde há uma pinguineira e mais adiante, uns 10 km, uma colônia de elefantes marinhos.

A caminho da Caleta Valdés



     Ver os pinguins assim tão pertinho é muito legal e eles são extremamente simpáticos e receptivos, sendo curiosos e ficando bem perto da cerca que os separa dos humanos! Nessa região a espécie de pinguim encontrada é o Pinguim-de-Magalhães, cuja altura média é de 70 cm e pesando cerca de 6 kg. Como chegamos na época da reprodução, vimos muitos filhotes trocando de plumagem em suas tocas e ninhos construídos no chão em meio a vegetação rasteira.



A maior parte dos espécimes tem na cabeça uma risca branca, que passa por cima das sobrancelhas, contorna as orelhas e se une no pescoço, e uma risca negra e fina na barriga em forma de ferradura. São espécies monogâmicos que partilham e incubação e cuidados parentais. 




De lá seguimos até a colônia de elefantes marinhos que já havíamos visitado no ano de 2010, mas desta vez, talvez por ser maré alta, tinha poucos animais na praia.


A fêmea desta espécie pode chegar a 3,5m e o macho a 6,5m, pesando quase 6 toneladas!!! Os elefantes marinhos passam cerca de 80% de sua vida dentro do mar, podendo ficar até 80min sem respirar e mergulhando a uma profundidade de até 1700m. Cada macho dominante mantém um harém e procura cobrir uma grande quantidade de fêmeas por estação, muitas vezes morrendo de exaustão por conta do esforço excessivo! 

Retornamos pela mesma rodovia (R52), indo em direção a Punta Pirâmides onde há uma loberia. No caminho encontramos um bando de guanacos. No caminho fomos surpreendidos por uma tempestade de areia que diminuiu consideravelmente a visibilidade. As estradas são todas de rípio e areia e por este motivo recomendamos cautela tanto com as condições do piso quanto com a eventuais animais na pista e a grande incidência de ventos tão comuns por estas bandas.


Já na loberia, observamos a grande movimentação de filhotes e machos dominantes defendendo seus haréns!Algumas brigas bem barulhentas também ocorrem entre eles para ver quem será o chefe do bando.



O lobo marinho nada em profundidades de até 100m e na fase adulta pode comer até 6% de seu peso por dia. Os machos adultos pesam cerca de 200kg, enquanto que as fêmeas são bem menores, atingindo um peso médio de 60kg. Eles chegam a medir1,80m e as companheiras não ultrapassam 1,5m. Eles vivem, em média, de 10 a 15 anos.  
Casal "namorando"


     Após muitas fotos, seguimos até o povoado de Puerto Pirâmides, onde os corajosos Marcos, Nati e Doug molharam as pernas... Esta localidade possui infraestrutura básica de hospedagem, alimentação, lojas e posto de combustíveis, detalhe bastante importante pois as distâncias dentro da Península Valdés são grandes. Chega-se a rodar mais de 400 km em apenas um dia dentro da península para conhecer os principais atrativos.



Praia de Puerto Pirâmides
Retornamos a Puerto Madryn ainda em tempo de tomar um banho com o Luiz - que já estava melhor - e a Edu. Nosso projeto de jantar no tenedor libre do chinês (onde comemos da última vez que estivemos por aqui -2010- cardápio variado com frutos do mar à vontade) foi frustrado, pois houve uma queda de energia geral na cidade e o restaurante em questão estava fechado, assim compramos umas pizzas, cervejas e refris e jantamos no nosso Hostel mesmo.

Quinteto coragem: a água é muito fria!!!


Todos com suas moedinhas de $100: Marcos cumprindo a promessa!!!