Viagem Família______________________________________

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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Portugal: a porta de entrada no Velho Continente

Encostas do promontório, em Nazaré 
Deixamos os Estados Unidos pelo aeroporto de Boston. Nosso voo era de Newark (New Jersey) - Boston (Massachusetts) - Lisboa (EU) e foi a opção mais econômica e viável dentro de nossa organização e planejamento! 


Após 6 horas de voo e mais 5 horas de fuso, chegamos de manhã cedo em Lisboa
Lisboa foi escolhida por termos uma amiga que mora em Oeiras (cidadezinha vizinha à capital) que nos ofereceu estadia enquanto esperávamos nosso Garça atravessar o Oceano Atlântico. O transbordo do carro deveria levar até 20 dias, com data de chegada prevista para 11/dezembro/2019, mas felizmente chegou no dia 05/12!!! Os detalhes sobre o envio do carro por container e contratempos  que tivemos com o desembaraço do mesmo estão em outra publicação, anterior a esta!
Confira em:  http://www.viagemfamilia.com.br/2020/02/enviando-o-carro-da-america-para-europa.html

Com nosso anjo em Portugal, Carla, amiga mais que especial!
ADUANA
Chegamos ao Aeroporto Internacional Humberto Delgado às 6h e pegamos a fila gigante da aduana (3 voos chegaram no mesmo horário!)... Quando finalmente chegamos ao guichê o agente nos orientou que da próxima vez fôssemos direto na entrada para cidadãos da Comunidade Europeia, pois eu (Mari) tenho passaporte europeu (sou austríaca)!! Aff, se tivéssemos perguntado antes... Também ficamos sabendo que o tempo de permanência do Marcos na EU é de apenas 90 dias, pois entrou com passaporte brasileiro (esse é o tempo permitido para qualquer cidadão estrangeiro permanecer na EU regularmente)!! 

Estação do comboio (trem)
COMO SE DESLOCAR EM LISBOA E REGIÃO

No aeroporto há informativos de linhas de metrô e comboios (trens), com mapas... acabamos perguntando pro guarda onde se pegava o metrô e ele nos orientou, o que agilizou o processo. Estávamos, nesse momento, sem internet (pois o nosso chip é AT&T dos EUA). Desta forma, usamos as orientações (salvas) da Carla e seguimos o passo-a-passo dela! Muitas pessoas compram o chip para celular já no aeroporto para poder se conectar, mas a fila nos desencorajou e efetuamos essa compra em outro dia (optamos pelo Vodafone por funcionar muito bem em toda EU, a um custo de € 10 mensais), na estação de Cais de Sodré. 
Pegamos o Metrô - linha vermelha, até a estação Alameda, onde trocamos para a linha verde e seguimos  até Cais de Sodré. A partir dali, pegamos o comboio (trem) em direção à Oeiras, parando na estação Santo Amaro. Chegamos ao apartamento da Carla, nossa amiga que conhecemos em Cartagena (Colômbia) 6 meses antes, ela nos explicou onde ficava o mercado, as orientações básicas da casa e foi-se, deixando-nos sozinhos, pois estava indo para o sul do país (Algarve), encontrar com o marido! Ficamos muito agradecidos e surpresos, afinal não é sempre que uma pessoa oferece sua casa para abrigo e vai embora!! 

Passeando por Oeiras

Ao fundo, ponte 25 de abril, sobre o estuário do rio Tejo

Calçadão de beira mar em Oeiras
Aproveitamos nossa lua-de-mel em Lisboa (região) para conhecer a área andando dezenas de quilômetros, aproveitando o comboio para nos deslocarmos em distâncias maiores e acabamos alugando um carro, por € 18 para 3 dias (todas as taxas inclusas), para conhecermos algumas cidades localizadas a uma centena de km!!! Isso mesmo, o aluguel do carro foi realmente muito barato!!!! Para se ter uma ideia, o valor do pedágio das estradas foi superior ao aluguel, com seguro básico! 

Vamos contar como foi nossa experiência nos locais visitados por tema/cidade/local!

OEIRAS: Paço dos Arcos, Forte N. Sra. de Porto Salvo (Forte Giribita), Palácio de Marquês de Pombal, Forte de São Julião da Barra, Passeio Marítimo de Oeiras, Praia de Oeiras

Paço dos Arcos



Oeiras é uma vila portuguesa, pertencente ao distrito e região metropolitana de Lisboa, situada na margem direita do estuário do rio Tejo. É um dos "concelhos"(municípios) mais desenvolvidos da região, tendo uma economia forte e um rendimento per capita bastante alto, relacionado também ao nível educacional da região, com alta concentração de pessoas com nível superior de escolaridade. 

Forte da Giribita

Pelas vielas de Oeiras, próximo do Paço dos Arcos


Essa região foi habitada há milhares de anos por seu clima ameno e solo fértil. No séc. III a.C. os Romanos dominavam a  região e sua presença é percebida na arquitetura, principalmente nas pontes. 


Painéis que contam a história das navegações

Esses painéis estão localizados em frente ao canal do rio Tejo na foz do Oceano Atlântico, de onde partiam as naus


A partir do séc. XV (período das Grandes Navegações), Oeiras e região passaram a ter importância estratégica e a construção de fornos de cal, usadas na construção das casas, e também a fábrica de pólvora, responsável pela fabricação da pólvora utilizada nas armas eram fontes de economia e expansão do local. 

Ao lado de um dos Fornos de Cal


Foi aqui que Sebastião José de Carvalho e Melo, mais conhecido como Marquês de Pombal e Conde de Oeiras, mandou construir seu palácio. Nobre, diplomata e  estadista português, teve importância na história deste país tendo sido Secretário de Estado durante o reinado de D. João I (1750-1777). 

Vista do Palácio

Entrada do Palácio do Marquês de Pombal

Vista dos fundos do Palácio do Marquês de Pombal
Durante este período administrativo teve dois grandes desafios: o terremoto de Lisboa, em 1755, que destruiu a cidade e que lhe conferiu o título de renovador arquitetônico da cidade e Processo dos Távoras, um escândalo que acabou em decapitação em praça pública. 


Fonte dos Poetas


Fonte necessitando de reforma urgente
Ele (Marquês de Pombal) também foi responsável pela expulsão dos jesuítas de Portugal e suas Colônias (Brasil era uma delas)! Com isso, a educação em nosso país que estava a cargo da igreja (jesuítas) passou às Aulas Régias, dadas por leigos. Com a ideia de que as colônias deveriam ter como meta a geração de riqueza para a metrópole, a administração de Pombal instituiu a cobrança de impostos sobre o ouro (derrama e o quinto), que acabou gerando a Inconfidência Mineira em nosso país. Durante a administração de Pombal foram extintas as capitanias hereditárias e a capital do país mudou de Salvador, na Bahia, para o Rio de Janeiro (RJ). 



Capela no interior do Palácio
O Palácio de Marquês de Pombal construído na segunda metade do séc XVIII sob os cuidados do arquiteto húngaro Carlos Mardel, possui grande beleza e muitos elementos característicos da arquitetura portuguesa, com azulejos, mármores, jardins,... A antiga quinta foi formada por pequenas quintas que ficavam junto à Ribeira da Laje e na Quinta de Baixo está localizado o Palácio, os jardins e a adega/celeiro, hoje propriedade da Câmara de Vereadores da cidade.

Quadro no teto de uma das salas, retratando o Marquês e seus irmãos



Azulejos que enfeitam as salas/refeitórios
Vista da adega/celeiro


Jardins do Palácio
O Passeio Marítimo de Oeiras é um belo local para se passear e curtir o sol. Foram diversos os passeios que fizemos por lá. Trata-se de um calçadão com quase 4 km que une o Forte São Julião da Barra à praia do Paço dos Arcos. 

Ao fundo, Forte Julião da Barra - a visita deve ser agendada com antecedência

Forte São Julião da Barra



LISBOA: Alcântara (Aqueduto das Águas Livres), Belém (Mosteiro dos Jerônimos, Torre de Belém, Padrão dos Descobrimentos, Museu da Eletricidade), Alfama (Castelo de São Jorge, Sé de Lisboa, Panteão Nacional), Baixa (Elevador de Santa Justa, Praça do Comércio, Convento do Carmo)



Aqueduto das Águas Livres: onde fica o Museu da Água, é uma construção do início do séc. XVIII. O custo do ingresso foi de € 4 por pessoa. O aqueduto foi construído entre 1731 e 1799 e foi uma das poucas construções que resistiram ao terremoto de 1755.


Ouvindo as explicações do guarda e cuidador do museu


Sistema de captação, adução e distribuição de água para toda a Capital e só foi desativado nos anos 1960. Ele tem 1 km de extensão, aproximadamente, e nós o percorremos na ida e volta, quando a chuva nos alcançou!!


Alcançamos Belém usando o comboio (trem). A estação fica em frente ao Museu Nacional dos Coches. Do lado esquerdo da estação, fica o Padrão dos Descobrimentos, a Torre de Belém, o Museu da Eletricidade e do MAAT. Do outro lado da estação, visitamos o Mosteiro dos Jerônimos, a casa dos Pasteis de Belém e do Centro Cultural do local.

Museu da Eletricidade
MAAT - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia: ocupa uma área de 38 mil m², às margens do Rio Tejo

Vista de cima do MAAT - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia
Rio Tejo, próximo da marina em Belém

Padrão dos Descobrimentos, réplica do monumento original (1940) este foi inaugurado em 1960
Concepção arquitetônica de Cottinelli Telmo e esculturas de Leopoldo de Almeida, o Padrão dos Descobrimentos construído em betão e pedra é uma réplica do monumento original, feito em materiais perecíveis 20 anos antes. Ele foi pensado como uma homenagem ao Infante D. Henrique, seus colaboradores e seguidores. O monumento tem a forma de caravela e as esculturas homenageiam portugueses notáveis ligados aos descobrimentos. Possui 56 m de altura, 20 m de largura e 46 m de comprimento.
Réplica em aço do hidroavião Fairey III B, o primeiro a cruzar o Atlântico Sul, em 1922. O hidroavião era feito em madeira e revestido em tela e tinha um peso (vazio) de 1600 kg (cheio ficava com 2500 kg). Voava a 115 km/h! Fez o percurso de Lisboa ao Rio de Janeiro em 60h e 4 min: 8086 km!!!

Torre de Belém
A Torre de Belém, oficialmente chamada de Torre de São Francisco, foi uma fortificação construída durante o reinado de D. Manuel I de Portugal, no séc XVI. Eleita uma das 7 Maravilhas de Portugal, recebe milhares de visitantes a cada ano. 
O monumento tem características islâmicas e orientais, por isso possui o estilo manuelino. Sua construção compõe-se de duas estruturas: a torre e o baluarte. A torre quadrangular, de estilo medieval, se eleva em 5 pavimentos acima do baluarte. A nave do baluarte possui 16 canhoneiras e  um parapeito de onde se podia avistar o inimigo.



Museu do Combatente, ao lado no Memorial 

Mosteiro dos Jerônimos
O Mosteiro de Santa Maria de Belém, mais conhecido como Mosteiro dos Jerônimos, foi construído no séc XVI. É um dos prédios que melhor e mais representa o estilo  manuelino e atrai milhões de visitantes todos os anos. Sua construção foi iniciada em 1501 (ou 1502), após a descoberta do Caminho das Índias por Vasco da Gama e seu custeio foi feito a partir do comércio feito com o Oriente. O edifício foi construído em calcário de lis, comum nos arredores, e a grandiosidade do projeto levou algumas centenas de anos para ser concluída.

O ingresso na igreja é gratuito


Túmulo de Luís Vaz de Camões

Túmulo de Vasco da Gama


Ingressos: Mosteiro dos Jerônimos - € 10; Museu Nacional de Arqueologia - € 5; Bilhete Combinado: € 12
Como ninguém é de ferro, deixamos o Mosteiro e fomos até a Casa do Pastel de Belém, tradicional e deliciosa iguaria que é marca deste bairro e muito frequentado pelos turistas e locais. A Casa é tradicional e o custo de cada pastelzinho é de € 1,15! Eles são encontrados em toda Lisboa e arredores, normalmente mais baratos, mas o sabor deste é único e de-li-ci-o-so!!!

Casa do Pastel de Belém

As delícias feitas de nata, com receita segredo!!




Ainda experimentamos um delicioso bolinho de bacalhau antes de continuarmos nosso passeio por Belém.

Experimentando um delicioso bolinho de bacalhau... ops! Já foi comido rsrsrsr


Qual será a escola de bruxaria em que o chapéu me colocaria???
Baixa e Alfama: Praça do Comércio, Elevador Santa Justa, Castelo de São Jorge, Sé de Lisboa,...

Para chegarmos ao centro histórico de Lisboa pegamos o comboio em direção a Cais de Sodré, onde descemos no ponto final. Dali, fizemos tudo a pé, observando e nos localizando no mapa turístico que havíamos pego alguns dias antes em Belém. A Praça do Comércio não fica longe dali.

Praça do Comércio. Ao fundo, Arco da Rua Augusta

Arcadas das lojas/varandas ao redor da Praça do Comércio

Museu da Cerveja ou degustação da iguaria

Tradicionais bondes do centro de Lisboa
Igreja de Santo Antônio de Lisboa (séc. XVIII), onde nasceu o santo - estilo barroco

Local foi visitado pelo Papa João Paulo II

Sacristia da Igreja de Santo Antônio
Catedral da Sé de Lisboa, construída sobre uma antiga mesquita árabe, anterior ao ano 1100


A Igreja de Santa Maria Maior, ou Sé de Lisboa, teve sua construção iniciada no séc XII, após a conquista da cidade aos mouros, por D. Afonso Henriques. Seu estilo dominante é o românico (fachada e nave), porém o gótico e barroco também marcam presença. Sua construção foi bastante afetada durante o terremoto de 1755, porém foi reconstruída e redecorada.


A igreja possui 2 órgãos
Debaixo desta igreja foram encontrados restos e vestígios dos fenícios. Posteriormente, foi erguida uma mesquita no local. Após a retomada da cidade contra os mouros, foi erguida a igreja católica.


Passeando pelo setor histórico da cidade, fomos subindo as vielas até alcançar o Forte de São Jorge.
Lisboa está localizada numa região estrategicamente importante e vestígios de povos neolíticos foram encontrados em diversos locais. Quando os romanos anexaram a cidade ao Império Romano, por volta de 135 a.C. houve reforço nas muralhas de modo a protegê-la de intrusos.
Depois os mouros chegaram por aqui, em idos de 700 d.C., e também deixaram suas marcas na arquitetura e culinária locais. As muralhas mouras do Castelo São Jorge foram construídas para protegê-lo.

Vista do mirante de Santa Luzia

Igreja de Sta. Luzia

Arco do Castelo: portão de entrada da muralha antiga

Castelo de S. Jorge - ingresso: € 10 por pessoa

Elevador Santa Justa, de 1902, une os dois níveis da cidade

Praça Dom Pedro IV. Ao fundo, Teatro Nacional D. Maria II
Teatro Nacional D. Maria II, na praça Dom Pedro IV

Optamos por perambular pelas vielas da cidade antiga, observando sua arquitetura e costumes


Tradicionais bolinhos de bacalhau para todos os gostos e bolsos


NAZARÉ: ondas gigantes, Santuário de Nossa Senhora de Nazaré

Localizada a 100 km ao norte de Lisboa, o acesso à Nazaré é feito por estrada pedagiada. Chamada de Pederneira até 1912, Nazaré foi fundada em 1514 durante o reinado de D. Manuel I. Hoje ela é famosa pelas suas ondas gigantes que atraem surfistas profissionais de todo o mundo durante a temporada.


Vista da praia de Nazaré, do alto do penhasco



No dia em que visitamos a cidade as ondas não estavam gigantes, com apenas 6m, aproximadamente. A maior onda registrada e surfada aqui foi em 2011, com cerca de 30m de altura, pelo americano McNamara, mas não foi considerado oficial. O brasileiro Rodrigo Koxa bateu o recorde oficial de McNamara por 61cm, surfando uma onda registrada (oficialmente) com 24,38m! A brasileira Maya Gabeira tornou-se a recordista mundial  surfando uma onda de 20,72m, em 2018!




Os jetskis levam os surfistas até o ponto certo para surfarem as ondas gigantes

Vista do penhasco, onde está o Bico do Milagre

Santuário de Nossa Senhora de Nazaré
Santuário de Nossa Senhora de Nazaré foi fundado por D. Fernando, no séc XVI, e foi centro de peregrinação de Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral, que visitaram o santuário antes e no retorno de suas viagens, além de reis e rainhas que também usavam o local para fazer seus pedidos e agradecimentos.  Mas a história dos milagres começa muito antes...






... Conta a lenda que em 1182, D. Fuas Roupinho, alcaide do Castelo de Porto de Mós estava caçando na região, em meio ao nevoeiro, quando viu um lindo veado. Seguiu-o e perdeu-se no meio da névoa, no alto do penhasco. Quando se deu conta de onde estava, pediu auxílio da Virgem Maria, para livrá-lo da queda (pois havia uma pequena capela em sua homenagem ali no morro)! De repente, o cavalo parou e ele não foi arremessado ao precipício!! Em agradecimento, mandou construir uma outra capela, Capela da Memória, localizada no Bico do Milagre!
Entrada da Capela da Memória, localizada no Bico do Milagre
Nesta construção, maior que a primeira, foi colocada a imagem da Virgem que estava na pequena capela antiga. A história conta que quando os pedreiros estavam desmontando o altar da pequena para retirar a imagem que ali estava, descobriram relíquias (que mais tarde se descobriram eram de S. Brás e S. Bartolomeu)  e um pergaminho, contando que aquela imagem tinha sido esculpida por S. José, quando o menino Jesus era pequeno e que era natural de Nazaré (na Galileia).

Azulejos decorados dentro da capela

Imagem da Virgem Maria, amamentando o pequeno menino Jesus
Assim nasceu a história e o local de peregrinação e santuário que é visitado por muitos em busca de graças!
Escultura, de gosto duvidoso, colocada no alto do penhasco, fazendo alusão ao milagre e ao surfe!



ÓBIDOS: cidade medieval muralhada 



Esta cidade muralhada, charmosíssima e considerada a 2ª entre as Sete Maravilhas de Portugal fica a 30 km ao sul de Nazaré (portanto a 70 km da capital, Lisboa). Tomada dos mouros em 1148 e fundada em 1195, essas terras foram dotes de muitas rainhas portuguesas.

Aqueduto de Óbidos, localizado na parte externa da muralha e ligada a ela

Aqueduto: obra custeada pela Rainha D. Catarina de Áustria, no séc. XVI
O nome da cidade, Óbidos, faz referência a palavra ópido, que em latim, significa cidade fortificada, cidadela. 

Lateral da Igreja (Matriz) de Santa Maria, com suas árvores centenárias

Casa do Arco da Cadeia: antigo Paços do Concelho (séc XIV e XV) hoje Casa Museu

Igreja Matriz de Santa Maria: do séc XII e reconstruída em XVI

Dentro da Matriz está o túmulo de D. João de Noronha (1525), o retábulo de Santa Catarina de autoria de Josefa d'Óbidos (1661) e revestimento em azulejos barrocos (1696).


Dentro do Projeto Óbidos, Vila Literária, foram reabilitados espaços degradados e transformados em livrarias

Igreja de Santiago/livraria: edificada em 1186, foi reconstruída após o terremoto de 1755 e recentemente convertida em livraria, dentro do projeto Óbidos, Vila Literária




Igreja Paroquial de São Pedro: edificada no séc XIII, reconstruída no séc XVI e novamente após o terremoto de 1755

Retábulo em talha dourada (1690-1705). Aqui está enterrada a pintora Josefa de Óbidos
Durante o período natalino a cidade se transforma na Vila Natal, onde o comércio atrai milhares de visitantes enfeitando as ruas e vielas, com programação específica que encanta adultos e crianças. Também há na cidade o Festival do Chocolate, com esculturas em tamanho natural e a Feira Medieval, com todos vestidos a caráter, revivendo os tempos antigos!



Comércio local preparado para o Natal




SINTRA: Castelo dos Mouros, cidade histórica, Castelo da Pena*, Palácio da Regaleira* (*não foram visitados nesta ocasião)

Nossa visita à cidade de Sintra foi feita em duas ocasiões. Na primeira dedicamos o tempo que tínhamos ao Castelo dos Mouros, construído no séc. X, porém há vestígios de civilizações anteriores, do ano 5000 a.C. O lugar é lindíssimo e do alto da torre, pode-se ver o Oceano Atlântico ao fundo.

Ingresso no Castelo dos Mouros: € 8 cada





Durante o domínio muçulmano, Sintra foi a segunda cidade mais importante atrás de Lisboa, sendo o Castelo uma importante fortificação para proteger Sintra. Existem escritos que relatam que o geógrafo árabe, Al-Bacr, trata sobre a riqueza da região e a fartura na colheita de maçãs!

Vista panorâmica da Vila de Sintra


Vista do Castelo de Pena


Este Castelo foi construído pelos mouros norte-africanos no séc. VIII e depois da retomada cristã foi abandonado, sendo restaurado a mando do Rei Fernando II, no séc XIX, transformando suas ruínas em românticas estruturas que ficam anexas ao Palácio de Pena, distante 200m a pé.



Entrada do Museu/capela

Pequeno museu dentro da capela onde estão vestígios dos povos antigos; muçulmanos, fenícios,... restos da Idade do Ferro


Subindo e descendo centenas de degraus que circundam a muralha do Castelo



Na nossa segunda visita à Sintra, nos dedicamos ao setor histórico. A cidade é tombada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade e sua arquitetura particular é super bonita e atrai milhares de visitantes todo o ano.


Visitamos Sintra após alugarmos um carro pela EuropCar, por € 18 para 3 dias, com quilometragem livre (incluindo as taxas, devolução com tanque cheio). Pagamos mais de pedágio do que de aluguel!!!

Passeando com "nosso" carro alugado!
Ao chegarmos à cidade nos deparamos com o primeiro problema: onde estacionar! Todas as vagas são pagas, tivemos de rodar para conseguir alguma que fosse mais central e após pagarmos € 2 (direito a 2 horas) na máquina de estacionamento P (observamos que o horário marcado não estava correto, mas não nos importamos com isso) e fomos passear.

Paços do Concelho 


Palácio Nacional de Sintra

Característica manuelina nos detalhes do Palácio Nacional de Sintra


Vista do Palácio Nacional de Sintra

Em frente ao Centro de Informação Turística. No fundo, Igreja de São Martinho de Sintra 
Interior da Igreja de São Martinho de Sintra (1147-1154). Destruída no terremoto, foi reconstruída em estilo pombalino em 1773, com barroco rococó 
Subimos e descemos muitas ladeiras... Do Palácio Nacional de Sintra (ingresso € 10) seguimos até o Centro de Informação Turística, onde além do atendimento ter sido bem ruinzinho, não havia mapa da cidade!!! Então o jeito era passear e descobrir as coisas/locais sozinho!!!


Experimentando o famoso Licor de Ginja, € 1 o copinho de chocolate

Licor de ginja



Numa das vielas em que andávamos, conhecemos uma brasileira, gaúcha de Pelotas- RS, que é noiva do proprietário de um restaurante. Adriane foi super simpática e receptiva, nos ofereceu água e licor de ginja, além de deixar o contato para nos encontrarmos em outro momento.

Com Adriane, proprietária do Miradouro da Villa Gourmet



Fonte de água onde os moradores abastecem seus tanques, em estilo mouro

Parquímetro que estava desregulado quando fizemos uso dele!!! 
Quando retornamos para buscar nosso carro, havia um talão de multa!! A senhora/funcionária havia acabado de passar e fomos argumentar que não havia se passado 2 horas do momento em que havíamos estacionado. Aí ela argumentou que não podia fazer nada, pois o horário marcado no parquímetro estava errado e teríamos de fazer a reclamação direto no escritório da empresa. Bastante impaciente e grosseira, explicou mal e porcamente onde era o tal escritório e saiu, mal-humorada e distribuindo tíckets para todos os carros, pois a maioria tinha feito o mesmo que a gente!!
Tivemos de esperar uns 40 minutos, pois era do almoço, e depois fizemos nossa queixa, explicando o que havia acontecido!! Depois de 15 dias, recebemos e-mail cancelando a multa!!! UFA!!! O valor iria ser bastante alto, caso não aceitassem nossa palavra!!

Permanecemos 15 dias em Portugal, e neste período ficamos na região central do país, próximo de Lisboa! Fomos surpreendidos positivamente com a beleza dos locais e do país! de maneira geral, as pessoas são muito polidas e agradáveis! A arquitetura é um encanto e as cidadezinhas medievais, maravilhosas!! Voltaremos para explorar mais esse nosso país irmão, quando já estivermos com o Garça!!