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Vista do rio São Francisco - Piranhas |
Este pedacinho do litoral
nordestino é famoso e possui muitas atrações que são “arroz de festa”! Deixamos
Pernambuco para trás e entramos no Alagoas a 14 km de Maragogi, o “Caribe do
Brasil”!
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"Caribe do Brasil" |
Por ser um local badalado e
famoso, não foi tão fácil encontrar local para acamparmos em Maragogi.
Apenas na terceira tentativa é que achamos um local adequado, ao lado do
Restaurante Burgalhau, onde o Edson nos mostrou área sombreada e protegida, com
ponto de água e luz, etc e tal, TUDO FREE!!! O pessoal do restaurante foi super
gentil e atencioso e ainda deixou a porta dos banheiros aberta para que
pudéssemos usar as instalações durante a noite! Ter um local assim com apoio é
maravilhoso e imprescindível para nós, viajantes!!
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Nosso acampamento ao lado do Restaurante Burgalhau - praia do Burgalhau (Maragogi). Havia mais um casal de viajantes argentinos acampando por lá! |
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Na vila de onde sai o Caminho de Moisés |
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A maré ainda muito alta! |
No dia seguinte voltamos a pé,
uns 4 km pela praia, até a vilazinha de onde saem os passeios para o Caminho de
Moisés. A maré estava baixando e queríamos percorrer o tal Caminho, o que não
foi possível, pois a maré ainda estava muito alta e apenas em determinadas luas
e época do ano é possível percorrê-lo... ainda faltam algumas semanas para isto
ocorrer!
No trajeto vimos os helicópteros
fazendo voos panorâmicos (7 min = 3 pessoas = R$ 1050,00 - U$210) pela região e também
conversamos com o Gildo que faz passeios de lancha de 2 horas, por R$ 150,00 o
casal (U$30). Ele tem duas lanchas, uma para 8 pessoas e outra para 12... caso alguém
tenha interesse, é só procurá-lo ao lado do restaurante Burgalhau. Dizem que os
passeios até as galés (piscinas naturais) é imperdível!

MARAGOGI é famosa pela beleza de
suas praias e tornou-se um dos importantes polos turísticos da região. Fundada
em 1875, seu nome vem do tupi antigo e significa “rio dos gatos-do-mato”.
Quando os primeiros portugueses aportaram aqui, os caetés habitavam a região,
que depois foi disputada pelos holandeses. Estes foram expulsos pelos moradores
da Vila de Maragogi, que com bravura defenderam seu território. Maragogi foi
palco da Guerra dos Cabanos, que tinha por objetivo reinstaurar D. Pedro I com
Imperador do Brasil. Posteriormente, a mesma revolta passou a defender a
abolição da escravatura, tendo muitos escravos fugidos entre seus soldados.
OUTRA CURIOSIDADE LOCAL: durante a 2ª Guerra Mundial, minas feitas e
distribuídas na costa alagoana pela Marinha do Brasil para defender nosso
território após o ataque ao navio mercante brasileiro por um submarino alemão,
foram enterradas próximas da praia. A desativação destas minas (7, ao todo)
ocorreu em 2010, após algumas terem sido descobertas durante obras de prospecção.
Semelhantemente à região de
Jacumã e Tabatinga, na Paraíba, por aqui (Maragogi) também não há muita opção
de supermercado e apenas às margens da rodovia encontramos um bem bacana onde
nos abastecemos.
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Acampamento em Japaratinga |
Pouco menos de 10km adiante fica Japaratinga,
outro local hors concours. Emancipado de Maragogi desde 1960,
inicialmente era uma colônia de pescadores e tinha como motor de economia a
produção e exportação de coco. Hoje o motor da economia são os resorts
de luxo e tudo que envolve o setor turístico de luxo.
Este fenômeno vem ocorrendo em
todo a faixa litorânea do Nordeste brasileiro. Com população local de baixa
renda e simples, os investidores (nacionais e estrangeiros) encontraram aqui um
campo fértil para a instalação de resorts, beach clubs e afins.
Os passeios oferecidos são sempre parecidos (buggy, lancha, quadriciclo,
exploração de dunas, vistas para o pôr-do-sol) e os preços, salgados!
Encontramos uma área cercada,
porém com acesso público, sombreada e bem tranquila e ali nos deixamos ficar.
Aproveitamos para fazer a limpeza do local e em menos de 15min já havíamos
enchido 2 sacos de 50litros com restos de piquenique (copos, pratos, talheres,
embalagens de isopor, latinhas de cerveja e refrigerante, garrafas pet)
deixados por turistas e banhistas sujões.
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A vista de nosso "quintal"! |
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O colorido dos corais |
Fizemos a travessia de balsa para
o Porto das Pedras e paramos na Praia do Patacho, com Blue Flag. Pela
primeira vez, desde que voltamos ao Brasil, conseguimos visitar o Projeto Peixe Boi
(que aqui está aberto e funcionando: o passeio para ver os bichinhos está R$
80,00 (U$16) por pessoa e no Instituto há apenas uma lojinha e uns banners).
Porto das Pedras possui muitas atrações, a citar: Praia de Tatuamunha, Praia da
Lage, Farol – Porto das Pedras, Praia do Patacho, Travessia do Rio Tatuamunha
(Projeto Peixe-Boi).
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Travessia para Porto das Pedras |
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Rio Tatuamunha - Passarelas do Projeto Peixe Boi |
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Área de mangue |

Aqui provamos cocadas deliciosas
e imperdíveis!! A Maria, responsável pela delícia, tem sua “fábrica” ali
pertinho e fomos até lá, prestigiar a “Das Marias – Doces e Delícias”
(DASMARIAS_PATACHO; (82)99183-9465). Maria e seu esposo, Antônio, vieram conversar
conosco e são maravilhosos! Eles estão investindo em sua cidade e além das
cocadas, possuem uma pousada muito linda, chamada Reserva Rede Mar. Vale a pena
conferir!!
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Cocadas Das Marias: uma delícia!!! |
Já em São Miguel dos Milagres
o acampamento foi num local tranquilo, limpo e sombreado. A passagem pela
capital, Maceió, foi rápida e descemos até a Praia do Francês, seguindo uma
dica de nosso amigo Jorge, de São Miguel do Gostoso (RN).
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Capela de São Miguel dos Milagres |
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São Miguel dos Milagres |
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Fonte Milagrosa: local de acesso à água potável gratuita |
Na Praia do Francês,
descobrimos que não há acesso público à praia e os estacionamentos cobram uma
média de R$ 10,00 - U$2 - até às 16h (não permitindo o pernoite). Afffff! Havíamos
visto uns viajantes num local e fomos para lá. O Park Home é um local onde
ficam os motorhomes e seus viajantes e o João, muito querido e solícito,
arrumou local pra nós e nos cobrou a diária de R$ 40,00 (U$8), com luz e água.
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Praia do Francês, à noite. Parece Búzios! |
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Passeando pela Praia do Francês |
Encontramos muitos viajantes,
trocamos ideias e roteiros, passeamos pela praia e pela cidade, muito charmosa,
e no dia seguinte mudamos o rumo... chega de praia (salgada)!! Nosso destino,
agora, era o interior do estado, mais especificamente o Cânion do rio São
Francisco.
Pela AL -220, passamos por
plantações de cana-de-açúcar e milho, fazendas de leite e gado de corte. Depois
de Arapiraca, plantações de abacaxi, milho, fumo, amendoim, cítricos e mais
fazendas de leite. Muito verde, muitos açudes, uma região de serra bem bonita.
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AL - 220 |
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Praia da Dulce, às margens do Rio da Integração Nacional |
Os nomes das cidades são prá lá
de criativos: Jacaré dos Homens, Olho d’Água das Flores, Batalha, Palestina,
Carneiros, ... e fomos parar em Olho d’Água do Casado, às margens do
Velho Chico.
No Restaurante da d. Dulce (Praia
da Dulce), ela permitiu que acampássemos nos fundos de sua casa, no alto do
morro, e combinamos dois pernoites (com direito a luz), mais passeio pelo
cânion de lancha e almoço incluso, por R$ 250,00 - U$50 ((82)98897-3788 -
@JAMINHO_TUR). Aproveitamos para experimentar um petisco à base de camarão
miúdo de rio, delicioso. Não preciso dizer que nosso banho da noite foi no rio
São Francisco!

O passeio no dia seguinte acabou
sendo exclusivo e maravilhoso. José, o piloto da lancha, nos explicou que o
lago da represa (Xingó) levou 2 anos para encher e nos mostrou onde corria o
Velho Chico, originalmente. O riozinho que formava o cânion não era mais do que
um filete d’água, chamado rio Seco. Conhecemos o Cânion Oculto e fomos até o
fim dele, passeamos no Castanho (restaurante com hospedagem) e conversamos com
seu proprietário, Eliseu, que ficou feliz em contar que sua mãe era de
Joinville e eles passavam férias em Barra Velha, na praia do Costão dos
Náufragos!! Como o mundo é pequeno!
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Com nosso barqueiro, José |
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Penhascos de arenito onde há ninhos de andorinhas e muita variedade de plantas |
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Carrancas: a marca protetora do São Francisco |
No Castanho ((82)98855-1290,
@restaurante_castanho) ainda visitamos um pequeno museu, tiramos fotos com os papagaios e ganhamos um catálogo de aves da região.
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Plataformas onde os passeios param para que os turistas possam se banhar |
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Cânon Oculto, lá no finzinho (ou seria comecinho?) |
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Pequeno museu na área do Castanho |
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Eliseu, proprietário do Castanho, e sua esposa, Ciça. Ganhamos uma cortesia: cerveja artesanal - Maria Bonita - produzida pelo filho do casal e comercializada em seu restaurante! Uma delícia! |
Durante o passeio de lancha cruzamos com uma outra embarcação onde o casal estava festejando bodas (27 anos de casados). Reencontramos este casal, Bele (Isabele) e Felipe, no restaurante da d. Dulce, na volta do passeio, e almoçamos juntos: tilápia frita com acompanhamentos.
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Delícia de tilápia! |
Desta amizade, saiu um passeio de curtir o pôr-do-sol no alto
do cânion – Concha Ecológica, com direito à sanfoneiro. Nico, sanfoneiro (de
120 baixos), barqueiro, violeiro, marceneiro, ...) foi quem abrilhantou o
momento, ao som de Gonzagão. Tudo perfeito!!!
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Um brinde à vida e às amizades: felicidades ao casal Bele e Felipe |
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Vista panorâmica do rio São Francisco, a partir da Concha Ecológica (ingresso: R$ 20,00 - U$4 - por pessoa) |
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O sanfoneiro Nico nos alegrando ao som de Gonzagão! |
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Curva do Cotovelo |
Antes de irmos embora, d. Dulce
nos contou a origem do nome da cidade: Olho d’Água do Casado! A cidade tem este
nome em função de que antigamente o povo ia buscar água na bica que ficava
localizada na propriedade do Casado. Ela também nos contou que antigamente
havia uma linha de trem que ligava Piranhas a Petrolândia, com 3 vagões de
passageiros e mais 5 vagões de carga e que há passeios na região para
observação de pinturas rupestres.
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Na feira, em Olho d'Água do Casado |
Deixamos a cidade de Olho d’Água
do Casado passando pela feira livre e seguindo poucos km até Piranhas,
uma belezura de cidade!
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Vista panorâmica da cidade baixa de Piranhas |
Do alto do Mirante Secular (cidade
alta) tivemos uma vista panorâmica da cidade e do rio São Francisco e já vimos
onde iríamos estacionar e acampar naquela noite. Descemos até a cidade baixa e
batemos perna, explorando o Setor Histórico.


Fundada em 1887 e chamada na época
de Tapera, conta atualmente com pouco mais de 30 mil habitantes. A navegação a
vapor entre Penedo e Piranhas e a construção da linha férrea anos mais tarde
impulsionaram o crescimento da cidade. Esta linha férrea ligava a capital
pernambucana à Piranhas e outras ribeirinhas.
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Torre do Relógio: construída em 1878, hoje abriga o Café da Torre, mas foi o marcador de horas oficial da cidade |
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Antiga estação ferroviária de Piranhas, onde fica o Museu do Sertão, fechado para reformas. A estação ferroviária funcionou até 1964 |
Piranhas também é famosa por ser
o local onde o cangaceiro Lampião (Virgulino Ferreira da Silva) e seu bando
tiveram suas cabeças expostas na escadaria da Prefeitura, após o cerco da Gruta
do Angico (que fica do outro lado do rio, já em Sergipe). Piranhas foi tombada
pelo IPHAN em 2004 e o perímetro de tombamento contém 1000 imóveis, com casario
disposto irregularmente em morros e baixadas. A Rota do Imperador, percurso
turístico-cultural criado pelo governo do estado, incluiu Piranhas – foi o
caminho por onde D. Pedro II passou, em 1859, em sua viagem pelo Baixo São
Francisco.
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Monumento em homenagem a Altemar Dutra, Rei do Bolero |
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Nosso acampamento na prainha do São Francisco |
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Setor histórico à noite, preparado para os festejos da morte de Lampião e Maria Bonita |
A vista do Mirante da Igreja N.
Sr. Do Bonfim é linda e o atelier do Sr. Rubério é visita obrigatória! Ele, aos
82 anos, produz carrancas e barcos artesanais muito lindos e suas histórias
sobre a cidade abrilhantam a visita.
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Vista do mirante da Igreja N. Sr. do Bonfim: acessado por uma escadaria de 250 degraus |
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No ateliê de Sr. Rubério, ouvindo suas histórias |
Do outro lado do rio São
Francisco fica o estado de Sergipe para onde fomos: Canindé de São Francisco.
Passamos alguns dias perambulando pelo estado vizinho (próximo texto do blog) e
voltamos para Alagoas em Propriá (BR 101) indo até Penedo.
Penedo é linda! Pena estar
meio abandonada e necessitando restauro urgente em seu casario colonial,
originário do séc. XVII. A quantidade e qualidade de acervo histórico da cidade
mete Piranhas “no chinelo”!
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Praça Barão de Penedo, com a Catedral Diocesana às esquerda e o Oratório dos Condenados à direita |
Fundada em 1535 (ou 1560) e
emancipada em 1842, Penedo tem seu nome originário da grande pedra onde
a cidade nasceu, às margens do rio São Francisco. Não há consenso entre
os historiadores, mas de qualquer maneira a família de Duarte Coelho Pereira
foi a primeira donatária da Capitania.
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Fundação Casa de Penedo |
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Explorando o acervo com a tutoria de Ivanilde |
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Segurando o exemplar original de Debret |
Produtora de coco, arroz, pesca e
cana-de-açúcar, a cidade é um dos 7 destinos turísticos mais importantes do
estado, incluído na Rota do Imperador já citada. A Fundação Casa de Penedo (instituída
em 1992) tem uma biblioteca e hemeroteca (coleção de periódicos, jornais,
revistas) maravilhosas. Aqui encontramos um original de Debret (e também Franz Post) e a Ivanilde,
responsável pelo local, nos atendeu e explicou sobre o fundador da Casa, sr.
Sales, que era médico e possuía um acervo fantástico. Com sua morte, doou seu
acervo à comunidade desta forma conservando e preservando a memória da cidade.
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Casa dos Loureiros: adquirida pela fundação Casa do Penedo, conta a história dos ribeirinhos e preserva a história da cidade. Detalhe: Mari cumprimentando o Sr. Sales |
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Interior da Casa dos Loureiros |
Após encontrarmos um local
silencioso e seguro para passarmos a noite, às margens do Velho Chico, fomos
conhecer a cidade, tombada pelo IPHAN em 1996.
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Acabamos ilhados, pois há a interferência da maré nesta altura do São Francisco |
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Nossa vista "do quintal" |
Visitamos a Igreja N. Sra. da
Corrente, onde o Elias nos explicou a simbologia maçônica “escondida” em meio
aos símbolos católicos (nas pinturas e painéis), bem como mostrou o esconderijo
dos escravos fugitivos, que ficava ao lado do altar mor. Sua construção foi iniciada
em 1764 e concluída por volta de 1790.
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Igreja N. Sra. da Corrente (séc. XVIII) |
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Altar ricamente ornamentado e simbólico |
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Nicho escondido do lado esquerdo do altar, onde eram escondidos os escravos fugitivos |
As marcas dos colonizadores
portugueses, holandeses, franceses e dos missionários franciscanos são visíveis
na arquitetura barroca das edificações de Penedo. Há, também, prédios
neoclássicos e exemplares de art nouveau do final do séc. XIX e mesmo não
estando tão preservados, compõe um belo exemplar de arquitetura e história de
nosso país.
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Museu do Paço Imperial (onde D. Pedro II se hospedou) |
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Prefeitura e Centro de Informação Turística |
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Uma janela para o Velho Chico |
O Paço Municipal (onde D. Pedro
II se hospedou em 1859) está fechado para reformas, então subimos a ladeira até
a Praça Barão de Penedo, onde fica a Prefeitura e o Centro de Informação ao Turista,
onde pegamos o mapa da cidade e também dicas e informações sobre o que visitar.
Aqui há muita informação sobre a invasão dos holandeses e a construção do Forte de Maurício de Nassau (do qual não restam ruínas).
Na Praça ainda está localizado o Oratório dos Condenados – leva este nome em
função de que aqui os condenados ficavam antes de serem enforcados!
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Oratório dos Condenados: antes do enforcamento o condenado deveria passar a noite rezando antes de ser levado para o o Alto da Forca, onde seria executado |
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Convento Franciscano e Igreja N. Sra. dos Anjos |
Visitamos o Convento e Igreja N.
Sra. dos Anjos (séc. XVIII), com detalhes barrocos, junto com o cemitério e o
claustro. Sua construção, juntamente com o Convento de São Francisco iniciou-se
em 1660 e durou 99 anos para ser concluída! Os adornos em pedra têm motivos fitomórficos,
conchóides e figuras humanas atarracadas e infantis.
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Pagando os ingressos para museu, igreja, convento e cemitério |
A pintura do teto é de Libório
Lázaro Lial Alves, o interior tem talha em rococó (séc. XVIII, tradicional do
norte de Portugal) e aqui também existe a técnica encontrada nas obras de arte
de Minas Gerais e Bahia, onde os olhos de Maria e dos anjos “acompanham” o
visitante.
Passamos em frente à Cúria
Diocesana e a Igreja de São Gonçalo Garcia dos Homens Pardos (1758, com fachada
rica em ornatos de pedra calcária, estilo D. Maria I). No Mercado Público não
encontramos o que estávamos buscando e seguimos ao mercado “normal” antes de voltamos
para o Garça, onde preparamos nosso almojanta e tomamos um delicioso banho no
rio.
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Curia Diocesana |
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Igreja de São Gonçalo Garcia |
Na manhã seguinte, fomos
presenteados com uma linda e curiosa vista: Dalva estava sentada na margem do
rio lavando suas roupas! Este costume, centenário, pode ser observado ao longo
do rio São Francisco e conta sobre a tradição do povo ribeirinho, que mesmo
tendo máquina de lavar roupas automática ou tanquinho, opta por lavar suas roupas
no Velho Chico, dizendo que ficam mais limpas!! Esta tradição (e outras) aos
poucos está morrendo, e com ela, morrem também as histórias e a convivência das
lavadeiras que faziam deste momento uma alegre reunião de troca de ideias...
uma verdadeira sala de bate papo que Whatsapp ou Facebook nenhum pode igualar!
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A querida Dalva, lavadeira tradicional do São Chico, em primeiro plano e Marcos lá no fundo, caindo na água pra se refrescar! |
Nossa passagem pelo Alagoas foi incrível e vimos muita coisa bonita, ouvimos muita história bacana e mais uma vez encontramos o Rio da Integração Nacional, que é encantador!
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Atravessando o Velho Chico, deixando Alagoas para trás! Agora é Sergipe, o último estado da Federação para conhecermos (Neópolis à vista) |