Viagem Família______________________________________

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sábado, 30 de janeiro de 2016

Jalapão - Tocantins

Dia 19/janeiro/2016
Praia do Alecrim - São Félix do TO
O dia amanheceu chovendo... desmontar a barraca com toda essa chuva não é mole, então preferimos esperar que passasse, pelo menos um pouco. Pra aproveitar o tempo, o Marcos deu um trato no carro, aproveitando a água da chuva pra dar uma lavada básica no possante!
Arrumando a mesa pro café, enquanto chove!
Lavando o Garça com a chuva.
Enquanto isso, eu conversava alegremente com o Paulim, tomando café que ele gentilmente nos ofereceu. Lá pelas tantas, a chuva deu uma trégua e aproveitamos pra zarpar! Nossa aventura de hoje era conhecer as atrações do Norte do Jalapão, entre São Félix do TO e Mateiros. Antes fizemos algumas compras e abastecemos o carro pra garantir... os preços são assustadores! O quilo do tomate custa R$ 12,00, o litro do diesel, R$ 4,00! A justificativa pros preços serem tão altos é a precariedade das estradas, a distância das cidades aos centros mais populosos e com asfalto e a dificuldade em se realizar o transporte nas atuais "rodovias" que circundam a área do Parque Estadual do Jalapão.

Mapa da região
O Parque Estadual do Jalapão é o maior do Tocantins, ocupando uma área de quase 160 mil hectares, juntamente com o Parque Nacional das Nascentes do Parnaíba, Estação Ecológica da Serra Geral do TO, APA Serra da Tabatinga e APA Jalapão, tendo sido criado em 2001. O nome Jalapão é uma homenagem a jalapa-do-brasil, espécie de planta comum nativa da região e de efeitos laxantes.
O Parque ainda é pouco visitado por ter acesso difícil e o uso de 4x4 ser praticamente obrigatório para percorrer as trilhas que levam às atrações. Existem empresas de turismo que fazem roteiros por essas bandas, mas os preços ainda são bastante elevados.
As opções de pernoite ficam concentradas nas cidades de apoio: São Félix do TO (2 pousadas), Mateiros (mais opções de estadia) e Ponte Alta do TO (porta de entrada mais utilizada para o Parque).
Gruta da Suçuapara
Cachoeira do Brejo da Cama
Estivemos no Jalapão em 2010. Você poderá acompanhar nossas aventuras naquela oportunidade pelos links abaixo: 
http://www.viagemfamilia.com.br/2010/07/porto-nacional-jalapao-to-familia-mmdn.html 
http://www.viagemfamilia.com.br/2010/07/jalapao-2010-familia-mmdn-24jul-25jul.html 
Estradas de areia muito fofa 
Cachoeira da Velha: a maior cachoeira da região, com 20 m de largura
Cachoeira da Velha: 15 m de queda
http://www.viagemfamilia.com.br/2010/07/jalapao-2010-familia-mmdn-26jul-26jul.html
http://www.viagemfamilia.com.br/2010/07/jalapao-2010-familia-mmdn-27jul-27jul.html
http://www.viagemfamilia.com.br/2010/07/jalapao-2010-familia-mmdn-27jul-28jul.html
Dunas do Jalapão
Cachoeira do Formiga
Fervedouro
Serra do Espírito Santo
Nesta viagem de 2010 tivemos a oportunidade de visitar a Gruta da Suçuapara, Cachoeira da Velha, Cachoeira do Brejo da Cama, as dunas do Jalapão, fervedouros, Cachoeira do Formiga, além de visitar a comunidade Mumbuca, formada por ex-escravos fugidos da Bahia (quilombo).

Desta vez, no entanto, o clima estava totalmente diferente... então tivemos de nos adaptar e ver aquilo que era possível! Assim, ainda em São Félix do TO fomos visitar a Praia do Alecrim e o fervedouro do Alecrim. Neste último não foi nos permitido tirar fotos sem pagar a taxa de entrada, R$ 10,00 por pessoa. Infelizmente, o tratamento de 3º mundo ainda é bem frequente por essas bandas!
Fervedouro Bela Vista - (63) 9920-9914 Imelda
 Já no Fervedouro Bela Vista, que fica a uns 10 km de São Félix, fomos bem recebidos pela Imelda e sua filha Maísa que permitiram que tirássemos fotos e ainda fixou o preço de camping, caso quiséssemos ficar por lá (R$30,00 por barraca). Ela também fornece refeições, a R$ 30,00 por pessoa (comida variada e farta e à vontade).
Retomando o caminho pesado, passamos pela entrada da Cachoeira do Prata (pertencente à comunidade do Prata, também ex-quilombo), 10 km distante do Fervedouro Bela Vista, pela TO 110. De repente, no meio do caminho havia um caminhão que estava atolado até os eixos, impedindo nossa passagem. Depois de analisarmos a situação, Marcos habilmente "criou" outra estrada pelo mato e conseguimos contornar a situação. Tudo foi filmado, é claro!!
Estrada interrompida... criando caminho alternativo
Em seguida, chegamos ao Fervedouro Buritizinho, da Marilene, onde também pudemos tirar fotos sem pagar as taxas e acabamos fazendo amizade com o casal paulista Adalberto e Teresa. Aqui também a opção de pernoite com barraca e alimentação.

Fervedouro Buritizinho
Depois de um bom papo com o casal, fomos até a Cachoeira do Formiga, próximo dali, onde pretendíamos acampar, como havíamos feito há 6 anos. Infelizmente o local continua precário como naquela época e o atendimento foi horrível. Os rapazes da recepção foram secos e grosseiros, dizendo que para acamparmos seria cobrada uma taxa de R$ 30,00 por pessoa!!(por esse preço pode-se ficar em um hotel) Além disso, o day use aqui é de R$ 20,00, simplesmente o dobro do que em todos os outros locais visitados!
Percebemos, com tristeza, que a única coisa que evoluiu no Jalapão nos últimos anos foram os preços...
Em conversa com a Secretaria de Turismo de Mateiros, soubemos que o proprietário do local(Camping Cachoeira do Formiga) já criou diversos problemas com a administração municipal e também com a questão da conservação do local, onde prolifera lixo e sujeira!! Por isso atenção antes de ficar aí!!
É inconcebível um lugar querer cobrar R$ 20,00 apenas para tirar duas ou três fotografias!!! O Viagem Família recomenda evitar frequentar esses locais onde se valoriza apenas o dinheiro e falta respeito com o viajante! Afinal existem muitas outras opções que respeitam o turista/viajante na região!
Sendo assim, retornamos à estrada principal e eu sugeri que voltássemos uns 500 m e fôssemos conhecer o Fervedouro do Encontro das Águas, pois havia uma pequena placa na estrada indicando o local. 


Fervedouro Encontro das Águas
Após 7 km percorridos em trilha de areia, chegamos a um lugar paradisíaco e solitário! Estacionamos o Garça debaixo de um pequizeiro e decidimos acampar ali nesta noite. O fervedouro é fantástico, com muita pressão e águas transparentes!
Um local paradisíaco e ainda praticamente intocado! Um dos pontos altos dessa viagem!!
Visitantes ocasionais: guia Glauber e ciclistas Rafael e Fábio
Estávamos preparando nossa comida quando chegaram os dois ciclistas que havíamos conhecido em São Félix pela manhã e que estão fazendo o Jalapão de bike: Rafael e Fábio. Também vieram até o fervedouro o guia Glauber (Expedições Jalapão - www.wgexpedicoesjalapao.com.br - (55) 63 9911 -5184) com seu grupo. Batemos um papo e eles curtiram o lugar maravilhoso, depois se despediram e nos deixaram novamente sozinhos!
Este fervedouro chama-se Encontro das Águas, pois o encontro dos rios Soninho e Formiga se dá a poucos metros do fervedouro. 
Rio Soninho
Encontro dos Rios Soninho ao fundo e Formiga à direita
O dia foi acabando, nós ainda fomos tomar mais um banho no fervedouro e ficamos esperando o sol se pôr. Durante a madrugada, a chuva voltou a cair bastante forte. 

Rumo ao Jalapão - Tocantins

Dia 18/janeiro/2016
Rodovia transmaranhão - MA006
Aproveitamos para desarmar a barraca enquanto não chovia... levantamos cedo (pra variar) e descobrimos que o Resort Poço Azul ainda dormia. Como não havia ninguém, arrumamos nossas coisas e saímos, em direção à Balsas (70 km). Lá tomamos nosso café da manhã, abastecemos e rumamos ao sul, para Tasso Fragoso e depois, Alto Paranaíba, tudo por asfalto de qualidade duvidosa.
Mesmo fora da área do Parque Nacional, as "mesas" ainda podem ser vistas

Hein? Precisa de lombada?
De lá, teoricamente, teríamos 155 km de estrada de chão até São Félix do Tocantins, já no Jalapão. Teoricamente, pois a estrada que ligaria diretamente à São Félix não existe, apenas está no mapa! Assim, fomos até Lizarda e de lá, seguindo orientações de um caminhoneiro, fomos por trilhas estreitas e quebradinhas, abrindo porteiras, passando por dentro de rios,... para finalmente chegarmos em São Félix depois de percorrermos uns 230 km de muita areia, lama, poças e rios!!!
Nesse trajeto aconteceram coisas bem engraçadas: cruzamos com dois rapazes em uma moto que, depois descobrimos, eram ladrões e haviam roubado a moto! Também conhecemos o prefeito Florisvaldo, que nos ofereceu cachaça e nos deu algumas dicas sobre a estrada,... Enfim, o dia foi longo, mas bastante divertido!
Já era noite quando chegamos em São Félix (passava das 20 h) e na praça central havia uma lanchonete onde não havia comida! O dono da lanchonete nos indicou outro lugar, onde tem espetinho, "do outro lado"! Não entendemos a expressão, mas mais tarde percebemos que a cidade é dividida: um lado e outro lado, pois há um grotão no meio e os comércios e casas ficam ou de um lado, na parte alta, ou do outro lado!
Pousada do Paulim: (63) 9971- 5964 ou (63) 9934- 2096 (Anaides)
Assim, seguimos até "o outro lado" e, na outra praça central estava o Júnior assando espetinhos. Encomendamos dois pra cada e pegamos um prato completo, que vem com espeto, farofa, salada e arroz. Cada espeto a um custo de R$ 4,00 e o completo a R$ 10,00.
Após o jantar, perguntamos sobre uma pousada e do outro lado da rua havia uma, do Paulim. Como estava com as luzes desligadas, não percebemos o local, mas o dono de um barzinho acompanhou o Marcos até lá, fazendo as apresentações. Paulim nos recebeu hiper bem, lavou o banheiro, recarregou o papel e permitiu que acampássemos ao lado da pousada, sem cobrar nada. Então, combinamos que iríamos ficar pelo valor médio que temos pago nos campings, R$ 20,00 pelo pernoite. O valor do pernoite, com café da manhã, em quarto com ar condicionado, está por R$ 80,00 o casal.

Chapada das Mesas - Sul do Maranhão

Dias 16 e 17/janeiro/2016
Rio Tocantins - divisa dos estados do Maranhão e Tocantins
Deixamos Açailândia após o café da manhã e seguimos rumo à Carolina, mais ao sul do estado, percorrendo a BR 010 e depois a BR 230, a famosíssima Transamazônica!!! O clima estava ameno e intercalava pancadas de chuva e aberturas de sol... assim chegamos à Chapada após vislumbrarmos o lindo Rio Tocantins na cidade de Estreito, divisa com o estado vizinho (Tocantins).
Rio Capelão - Local do 1º acampamento
A região conhecida como Chapada das Mesas inclui uma área de proteção ambiental com 160 mil hectares e se estende pelos municípios de Imperatriz, Carolina, Riachão e Estreito, sul do Maranhão. O Parque Nacional da Chapada das Mesas foi criado em 2005, porém até hoje não conta com sede própria, atuação do ICMBio ou qualquer órgão federal para normatizar seu uso e visitação. Desta forma, os proprietários das terras utilizam de suas belezas naturais da maneira que lhes interessar ou aprouver! Cobram ingressos dos visitantes (day use: R$ 5,00 a R$ 15,00) para conhecer as cachoeiras e curtir as paisagens do local.
Por ser uma unidade criada recentemente, o Parque Nacional da Chapada das Mesas está com sua situação fundiária totalmente irregular. Nenhuma área foi regularizada ainda. O levantamento da população do interior e entorno do parque está na fase inicial e está sendo feito pela própria equipe da UC, em parceria com a Associação Agroextrativista dos Pequenos Proprietários de Carolina - AAPPC, que está fazendo o levantamento da área a ser inundada pela usina hidrelétrica de Estreito, ambos utilizando o mesmo questionário. O levantamento está sendo realizado lentamente, uma vez que não há disponibilidade de recursos humanos e financeiros para uma maior agilidade. 
http://www.ibama.gov.br/phocadownload/prevfogo/plano_operativo_parna_da_chapada_das_mesas.pdf
Diária para acampar: R$ 30,00
Encontro dos Rios, de propriedade da Maria de Jesus e do Benedito
Na rodovia há indicações de locais para serem visitados, assim entramos por uma estradinha onde havia uma placa indicando "Encontro dos Rios" e depois de percorrermos uns 5 km, chegamos à propriedade da Maria de Jesus que nos recepcionou, indicando que havia uma cachoeira de nome Capelão e que poderíamos conhecê-la mais tarde, após nos ajeitarmos. Assim, procuramos um local bacana para acampar e fomos tomar banho de rio, pois o calor estava grande!!!
Rio Capelão


A profundidade média do rio Capelão é de 1,5 m e suas águas tranquilas e mornas são transparentes e cheias de peixinhos. Ficamos um bom tempo explorando seu leito, indo de um lado até o outro e relaxando. Fazer flutuação e nadar em águas cristalinas é bom demais!
Já de tarde, seguimos por uma trilha a pé (que pode ser percorrida de carro) por uns 2,5 km só de ida, até encontrarmos a cachoeira do Capelão, com uns 20 m de altura, aproximadamente.


Após refrescante banho, retornamos ao acampamento pra preparar nossa refeição. Nos arrependemos de não termos comprado uma "carninha pra bater na grelha".
Há um grupo de campistas no outro lado do terreno e eles estão preparando uma fogueira para fazer um luau à noite! Não é permitido som automotivo no local, porém à noite, durante o tal luau, o grupo acabou aumentando o som do carro, causando certo desconforto e discussão! Nada sério e bem rápido... porém, o Marcos resolveu o problema rapidinho, no grito!!! Assim, pudemos dormir tranquilamente e acordar com as galinhas, aí pelas 5h da matina!
Maria de Jesus, Benedito e sua filha - Encontro das Águas
Nossos companheiros de camping saíram bem cedo, durante a chuva que caía aí pelas 6h... nós esperamos o tempo melhorar para desarmarmos nossa barraca e seguirmos adiante, não sem antes tomarmos café junto com a Maria de Jesus, seu marido Bendito e a filha mais velha. Ficamos conversando sobre a criação do parque e a infra estrutura apresentada (ou não) e eles relataram sobre questões políticas envolvidas!!!


Lá pelas 9h nos despedimos e seguimos adiante, parando uns 8 km adiante no Santuário Ecológico Pedra Caída, resort que conta com excelente infra estrutura e diversas opções de passeios (visitas a cachoeiras, teleférico, tirolesas, arvorismo, rapel).
www.pedracaida.com

Local lindíssimo de 1º mundo, com preços de 1º mundo e atendimento de 3º mundo! Na recepção conversamos com a moça sobre a possibilidade de apenas tirarmos umas fotos e conhecermos o que o local oferece. Ela chamou o gerente, Francisco, que nos explicou que abriria uma exceção, visto que o ingresso é de R$ 50,00 por pessoa para conhecer o local (day use). Fomos encaminhados a uma sala de projeção, onde o Rodrigo nos contou sobre o local, que existe há mais de 10 anos, porém com a atual estrutura existe apenas a 1 ano e meio e têm 12 500 ha. Os passeios oferecidos são pagos (duração de 2 h cada) e cada pacote tem um custo médio de R$ 50,00 por pessoa. Há duas tirolesas, enormes, cujo custo é de R$ 130,00 por pessoa (R$50,00 do teleférico + R$ 80,00 tirolesa); também se pode subir a pé até o alto do morro onde há uma pirâmide de 22 m de altura, toda de vidro, e de onde se tem a vista panorâmica da Chapada.  A cachoeira Pedra Caída tem 46 m de altura e dá nome ao local! Ou seja, o lugar é bacana, mas caro!!! Se você gosta deste tipo de empreendimento, prepare o bolso e curta a paisagem!!!
Diária completa para casal no Resort: R$ 500,00
Subida de teleférico. Cabo da tirolesa. Lá no alto, a pirâmide de vidro
Deixamos o Santuário para trás (distante 35 km do centro da cidade de Carolina) e seguimos até a Cachoeira do Dodô. Fomos recepcionados pelo Sr. Chico, mais conhecido como Ticotáca, que explicou que estava acontecendo um evento na região (Enduro do Cerrado) e que não seria cobrado ingresso, por haver muitas pessoas e uma certa confusão no local.
Cachoeira do Dodô
Cachoeira dos Corações
Fomos ver a cachoeira rapidamente, antes da galera chegar! Retomando o caminho para Carolina ainda paramos no Recanto das Famílias, da Madalena, cujo day use é de R$ 5,00 e, caso quiséssemos acampar cobraria R$ 25,00. O local conta com restaurante e rio para banho. É bem bacana!!


Chegamos a Carolina debaixo de chuva... muita chuva! Mais parecia um dilúvio! O único restaurante que encontramos aberto era uma portinha onde havia 4 mesas e tem sistema PF (prato feito) e marmita. Pedimos um PF com frango e outro com bife, cada um a um custo de R$ 15,00!!!! Como não tinha suco, tomamos água de torneira, mesmo... A chuva continuava a cair muito forte, alagando a cidade! Esta época do ano é conhecida por "inverno", no Nordeste, por concentrar as chuvas e a temperatura média cair alguns graus. O "verão" começa em maio e se estende até novembro!
Porto da balsa sobre o rio Tocantins

Museu da cidade de Carolina
Depois de uma hora, aproximadamente, conseguimos sair, ainda debaixo de chuva... Fomos dar uma volta pela cidade: o Museu estava fechado (14h30min de domingo); na praça central estava rolando a festa do Enduro do Cerrado, com dezenas de carros, motos, quadriciclos, disputa de som, low raid,... Uma bagunça que só!! As barracas de bebida tinham alguns clientes, mas o clima chuvoso desfavoreceu a festa!

Paredões rochosos que dão nome à Chapada


Seguimos viagem, em direção a Riachão, e fomos até as cachoeiras do Itapecuru, também chamadas de Cachoeiras Gêmeas. O local possui dois acessos: um do lado V.I.P. e outro mais popular, pela antiga subestação de energia. Utilizamos o segundo acesso e, conversando com o tiozinho da portaria (explicando que não iríamos permanecer no local, apenas tirar umas fotos e divulgar o espaço) ele permitiu nossa entrada sem pagar ingresso (R$10,00 por pessoa). Descemos até as cachoeiras e o visual é deslumbrante! As duas cachoeiras não são muito altas, 10 m e 8 m, mas com as chuvas que vêm ocorrendo na região há alguns dias, o volume de água aumentou e as pessoas estão aproveitando para andar de caiaque e nadar nas suas águas.


É uma pena que a antiga subestação esteja abandonada, pois as máquinas ainda estão lá e poderiam ser mais um atrativo turístico, além de poderem continuar a produzir energia... a ocupação desordenada do entorno das cachoeiras é visível! As pessoas deixam seu lixo, mesmo tendo lixeiras à disposição e não têm muito cuidado com o meio ambiente, riscando as pedras, pichando seus nomes, etc e tal.
Na área superior ainda se pode tomar banho no lago da represa e há espaço para se fazer um piquenique ou churrasco.
Antiga subestação de energia
Casa de máquinas da subestação
Lago da represa, mais uma opção de banho
Mais adiante, já no município de Riachão, fomos até o Poço Azul, local que conta com boa infra estrutura e opção de pouso. Cobra-se uma taxa de day use e se tem acesso a mais de 5 quedas d'água, muitas delas permitindo o banho. Mas, sem dúvida, a cereja do bolo é o Poço Azul, que dá nome ao lugar. A transparência da água permite que se vejam os peixinhos e o fundo do poço, com mais de 5 m de profundidade. Além do Poço Azul, há também o Encanto Azul (distante mais uns 5 km) que têm dois poços de águas cristalinas, mas que não visitamos desta vez.


Poço Azul
O acesso a todas as atrações é feito por decks de madeira, com corrimão, em ótimo estado de conservação. Nosso atendimento foi muito bom e o gerente permitiu que acampássemos.


Chegando à Cachoeira Santa Bárbara
Cachoeira Santa Bárbara - 76 m de altura
DICAS: A turbidez da água se deve à grande quantidade de chuvas que vêm assolando a região, porém na época da seca (de maio a novembro), as águas dos lagos são claras e transparentes. Portanto, se você tiver interesse em conhecer um lugar bacana, aqui é o point!
Na Chapada das Mesas existem mais de 80 cachoeiras catalogadas, além de outras opções de turismo de aventura. Portanto, é uma excelente opção de viagem. Os acessos às cidades são feitos por rodovias asfaltadas, porém as atrações ficam distantes e, em muitas delas, o acesso se faz por trilhas ou ruazinhas de areia e terra, necessitando um veículo mais alto, de preferência 4x4. Não esqueçam o repelente, protetor solar, tênis, snorkel e máscara de mergulho. 

À noite, lanchamos no restaurante do local e descobrimos que só havia mais outros dois hóspedes que estavam num chalé. Portanto, tivemos muita tranquilidade e sossego durante a noite, não fosse pela visita de um guaxinim que foi nos visitar e acabou escorregando no pára brisa e caindo sobre o capô, nos acordando sobressaltados!