Viagem Família______________________________________

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quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Passagem relâmpago por Sampa (SP)!

 


Cada dia estamos mais perto “de casa”!

Deixamos as Minas Gerais para trás e entramos na loucura que é São Paulo!! Quanto mais perto da capital chegávamos, mais tráfego, mais carros, menos paciência... Nosso objetivo era claro por aqui: conhecer um amigo virtual de longa data e sua família!

Edmir é nosso amigo virtual há muito tempo e finalmente íamos nos conhecer pessoalmente, em São Bernardo do Campo (no grande ABC). Passamos um gostoso fim de semana paradinhos em casa, conversando bastante, trocando ideias e curtindo!

Obrigada (o) pela acolhida e amizade, Edmir!

Nosso passeio/aventura pelo estado continuou quando saímos em direção a São Miguel Arcanjo, por estradinhas menores e com menor movimento (sem pedágio, também!). A cidade já era nossa velha conhecida e está bem bonitinha.

Basílica de São Miguel Arcanjo (1884/1886)

Nosso objetivo era explorar o Parque Estadual Carlos Botelho, onde já estivemos uma vez e que nos encantou.

Como era segunda-feira, o movimento no parque estava tranquilo e pudemos parar para tomar banho (rio Taquaral) e nos refrescar em alguns pontos. Desta vez não fizemos nenhuma trilha, mas há inúmeras opções de passeios e trilhas dentro do parque.



Rio Betari

Ocupando uma área de 376,4 km², o Parque Estadual Carlos Botelho foi criado em 1982 e está situado na Serra da Macaca. Foi tombado pela UNESCO por sua importância socioambiental, cultural e histórica.

Quem foi Carlos Botelho – Carlos José de Arruda Botelho? Era o primogênito do Conde do Pinhal e nasceu em Piracicaba em 1855, morrendo em São Carlos em 1947. Foi médico (o primeiro urologista paulista), político (eleito senador em 1919 e reeleito em 1927), agricultor e colonizador brasileiro. No período em que foi Secretário da Agricultura do Estado de SP ele introduziu os primeiros imigrantes japoneses no Brasil... não por acaso a região de São Miguel Arcanjo e municípios vizinhos possuem uma grande colônia japonesa.

Banho no rio Taquaras

CURIOSIDADES

- A estrada parque possui cerca de 30km e é linda! Como fica fechada das 20h às 6h, o local que escolhemos para acampar (fora da área do parque, no km54) ficou sossegado.

- Pode-se pernoitar nas portarias, desde que com marcação prévia!

- Há uma área de camping numa das portarias.

- Os passeios pelas trilhas são feitos com acompanhamento de guia e têm custo.

- A entrada na Caverna do Diabo estava custando R$ 19,00 por pessoa (U$4), com isenção para aposentados + R$ 22,00 de taxa obrigatória de guia, por pessoa (U$ 4,4).

- É permitido acampar na área de estacionamento do PETAR, custo de R$ 80,00 por MotorHome (U$16). Há inúmeras cachoeiras na região e em todas se cobra algum valor de ingresso.

- Caso tenham interesse, há algumas outras dicas e fotos dos locais mencionados em nossas postagens realizadas anteriormente. 

http://www.viagemfamilia.com.br/search?q=carlos+botelho

http://www.viagemfamilia.com.br/2015/07/ferias-de-julho-2015.html



O visual da Mata Atlântica é inspirador!

Nosso passeio pelas estradas secundárias foi de Sete Barras para Eldorado. Dali, subida de Serra e banho de rio na área do PETAR (rio Betari). De Iporanga a Apiaí é estrada de chão, mas em boas condições.

Foram apenas 5 dias de São Paulo, desta vez, apenas uma passagem relâmpago mesmo!...

 

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Das Minas, uai! - Rota dos Diamantes e outros "trens"

 

Serro - Rota dos Diamantes

Às vezes somos surpreendidos quando fazemos nosso planejamento de rota... e na nossa entrada em Minas Gerais, lá pelo cantinho do Triângulo Mineiro, a surpresa não foi necessariamente boa!

Um calor infernal além das queimadas injustificadas!

Com um calor acima da média rodamos por estradas secundárias, tentando fugir dos pedágios das rodovias federais... Deixamos Goiás para trás pela GO 210 até Davinópolis. O rio Paranaíba faz a divisa dos estados e em poucos km estávamos em Abadia dos Dourados, MG 188 (muito mal conservada). Havia feito uma pesquisa sobre cachoeiras e outras atrações na região do Triângulo, fugindo das conhecidas e grandes Patos de Minas, Uberaba (já conhecemos) e Uberlândia, Araxá (bonita, porém já a visitamos em outra ocasião) etc e tal.

Havia (supostamente) em Coromandel algumas cachoeiras, mas depois de rodarmos umas 3 horas em meio a plantações de café, algodão (recém colhido e em fardos embalados), tomate, trigo, soja e milho, desistimos... o calor estava insuportável e na terceira ou quarta parada para perguntar, o vivente nos falou que a tal cachoeira (Cachoeira do Santuário - bem bonita nas fotos) estava a 20 km de distância, do outro lado do vale!!! Affff... PPI (Puta Programa de Índio) de novo! Acontece!

Rolos de algodão, recém colhido


Nosso pernoite foi no meio de um lindo (tranquilo e silencioso) cafezal! No dia seguinte, acabamos pegando a BR 262 num trecho (pedagiado e muito ruim! Que raiva pagar duas vezes e não ter nada!) e depois desviamos em direção a Abaeté, Pompéu (cidade de 1784) e dali para Cordisburgo.

Cafezais a perder de vista

CORDISBURGO é linda e possui muitas atrações! Cidade natal do grande escritor João Guimarães Rosa (“Grande Sertão Veredas”), era inicialmente distrito de Paraopeba. Em 1883, o povoado de Cordisburgo da Vista Alegre foi fundado pelo padre João de Santo Antônio onde edificou uma capela ao patriarca São José. O nome Cordisburgo é uma mistura de palavras: “cordis” do latim, "coração" e “burg” do alemão, “castelo/cidade/local”, formando assim a “Cidade do Coração”!

A Gruta do Maquiné é um dos atrativos da cidade. Localizado a pouco menos de 5km da cidade, morro acima, a Gruta foi descoberta em 1825 e passou a ser explorada cientificamente a partir de 1834 pelo dinamarquês Peter Wilhelm Lund. Com 7 salões (abertos ao público) e caminho de 650m demarcado, a gruta é uma das mais visitadas no Brasil. Pagamos meio ingresso (professora + aposentado) e esperamos o horário da visita guiada. Custo: R$ 25,00 (=U$5) por pessoa (integral)




Curiosidade: Peter Lund explorou o interior da caverna há 100 anos e os espécimes encontrados (preguiça gigante, mamute, tatu gigante, tigre dente de sabre, ...) foram todos levados para a Europa. O Brasil, há 5 anos, entrou com a solicitação de devolução do material e o processo ainda está em andamento!



O “Vestíbulo” é a porta de entrada da caverna, com aproximadamente 27m de largura e estalagmites. Nele pode se ver pintura rupestre. Depois vem o segundo salão, chamado de “Sala das Colunas” onde a criatividade e imaginação induzem as formações rochosas (estalactites e estalagmites) a terem lindas formas conhecidas por “Altar” e ao “Carneiro”.



Estamos na época da seca, portanto os travertinos estão secos e a caverna também!  Nosso guia Ryan explicou que na época das chuvas os lagos travertinos ficam cheios d’água e a caverna toda pinga!

O Salão das Piscinas e Salão das Fadas poderia abrigar uma linda festa, de tão amplos que são!





Na volta para a cidade, estacionamos perto da antiga estação ferroviária e fomos ao Museu Casa de Guimarães Rosa, onde o autor viveu até os 9 anos de idade. Aqui os visitantes são recebidos por voluntários que contam histórias do autor, além de a antiga venda mantida pelo pai de Guimarães (e que funcionou até 1923) continuar funcionando no mesmo local, agora vendendo lembranças da cidade, livros e outros souvenires.






"...E é graças aos encontros inesperados dos velhos amigos que eu fico reconhecendo que o mundo é pequeno e, como sala-de-espera, ótimo, facílimo de se aturar..." G.R.

Antigo comércio da família, hoje vendendo souvenires

"Esta vida está cheia de ocultos caminhos. Se o senhor souber, sabe; não sabendo, não entenderá." G.R.

Seguindo dicas de moradores, fomos explorar o Zoológico de Pedras “Peter Lund”, distante umas poucas quadras. Lá, nesta praça, há esculturas/estátuas de animais cujos fósseis foram encontrados pelo arqueólogo na Gruta do Maquiné.



Seguindo ao norte, agora pela BR 259, uma serra bem acentuada chegando a 1200msnm, nosso próximo destino era a linda e inesquecível Diamantina.

A cidade estava em polvorosa, pois naquela noite iria acontecer a Vesperata Diamantina*, evento musical que tem origem no século XIX e é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais. O casario antigo estava todo enfeitado e nas suas sacadas os músicos se posicionam e se apresentam, com diversos estilos musicais. Fomos ver o custo para participar, mas não havia mais pulseiras disponíveis (a pulseira é vendida nos restaurantes – R$ 60,00 (U$12) por pessoa, sem direito a consumação - que ficam localizados na Rua da Quitanda, centro histórico da cidade).

*A Vesperata Diamantina possui calendário anual disponível na internet. Normalmente ocorre entre os meses de abril e outubro, de sexta a domingo.

Nesta casa nasceu Juscelino Kubitschek de Oliveira, ex-presidente do Brasil e estadista

Catedral de Santo Antônio - Catedral Metropolitana de Diamantina (construção atual de 1930)

Praça Barão de Guaicui - em frente ao Mercado Municipal

Diamantina foi fundada em 1831, porém sua história começa muito antes. Há pesquisas arqueológicas que provam a presença humana na região na mesma época de Luzia, em fins de Pleistoceno (10 mil anos Antes do Presente).

Já no período colonial, as primeiras jazidas de diamantes foram descobertas por volta de 1730 e a partir dali o então chamado Arraial do Tejuco passou a ser uma das áreas mais desejadas pelos garimpeiros. Imaginem que a quantidade de diamantes retirada na época fez com que o preço da pedra preciosa caísse no mercado internacional, fazendo com que D. João V proibisse a mineração de diamantes por 1 ano!!!

Feira de artesanato na praça central




Cruzamento das ruas Macau de Cima e Macau do Meio e a estreita Pça. Juscelino Kubitschek

"Vai um tropeiro aí, com uma breja gelada?"

Ruas enfeitadas para a Vesperata

A cidade preserva até hoje sua arquitetura colonial com os casarões, igrejas e ruas de pedra bem conservadas. Em reconhecimento à sua importância cultural e histórica, Diamantina foi declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1999.

Igreja de São Francisco de Assis (1766, concluída em 1830), em estilo barroco 

Interior rico e bem decorado

Sacristia

Vista panorâmica da torre da igreja - ao fundo, a Catedral 

Aproveitamos para rever a linda cidade (estivemos aqui em 2017), passear pelos cantinhos, entrar em algumas igrejas e comer uns quitutes antes de seguirmos até o Parque Estadual Biribiri.

Formações rochosas dentro da área do Parque Estadual do Biribiri

Após um roteiro alternativo proposto pelo maps.me (e que não deu em nada), voltamos pelo caminho tradicional e chegamos à portaria do Parque Estadual, onde foi efetuado nosso registro e orientações gerais. O caminho é lindo, apesar de as condições da estrada não estarem boas (estrada de chão sem conservação). Fomos até o fim da estrada onde fica a Vila do Biribiri, onde há pagamento de ingresso (R$ 10,00 por pessoa – U$2) e conversamos com o Edivaldo para saber se era permitido dormir na área da Vila. Ele sugeriu que conversássemos com o presidente da Associação, Tiago, morador da Casa 3, que nos orientou a ficarmos na área de estacionamento ao lado da estrutura com banheiros públicos. Ao chegarmos lá, já havia um MH estacionado e o grupo, animadíssimo (estavam bebendo desde as 9h), logo já nos convidou pra “um queijim com cervejinha”! A conversa (e muitas risadas) rolou até às 22h, com nosso almojanta e um cozidão no meio de tudo... Adaury, Denise e Nereu e Tony são amigos há muitos anos e viajam juntos de ônibus. Foi muito divertido encontrá-los e de quebra, nasceu mais uma boa amizade!


A Capela do Sagrado Coração de Jesus, estilo rococó, possui um relógio que foi doado pela Família Real e em seu entorno está enterrado o senador Joaquim Felício dos Santos que fundou a vila junto com o irmão bispo João Felício


Com os novos amigos mineiros (da esquerda para a direita): Nereu e Denise, Tony e Adaury

Exploramos a Vila no dia seguinte, pela manhã, revendo a antiga fábrica – que continua fechada. O restaurante do Raimundo Sem Braço não existe mais e ele se mudou há alguns anos (aqui comemos o melhor torresmo de nossas vidas!). Hoje, em seu lugar, está o Restaurante da Vila que serve a la carte e buffet self-service. Além do ingresso, agora há um limite de visitantes por dia (500 pessoas por vez) e a Vila está com um apelo mais turístico e com preços mais salgados do que quando estivemos aqui anteriormente.


O casario branco com azul é um charme à parte

A Vila do Biribiri é uma pequena comunidade remanescente do final do séc. XIX (1876) quando havia uma grande fábrica de indústria têxtil no local – Estamparia S/A. Os trabalhadores da fábrica moravam nas casas da vila e com o encerramento das atividades têxteis, em 1972, muitas foram vendidas para outras pessoas, que as usam como casa de veraneio ou as transformaram em pousadas e restaurantes. A fábrica à época da sua inauguração contava com 63 operários (36 moças, 18 meninos e 9 homens que trabalhavam 45 teares) que produziam tecidos de algodão grosso para a região e Rio de Janeiro (antiga capital federal). A localização acidentada era ideal, pois as águas do Rio Biribiri eram usadas como força motriz para a hidrelétrica que funcionava dentro do complexo e produzia toda a energia consumida na fábrica e Vila.

O visual, em meio à Serra do Espinhaço, com as charmosas e lindinhas casas pintadas de azul e branco é um encanto! Nos apaixonamos no lugar quando estivemos em 2017 e agora, voltando para rever, o encantamento continua!



“Biribiri” vem do tupi-guarani e significa “buraco fundo”, fazendo referência à posição geográfica que ocupa entre o pé da serra e o rio.

O Parque Estadual Biribiri foi criado em 1998 e possui aproximadamente 17 mil ha dentro do cerrado mineiro. Ele possui muitas cachoeiras e trilhas a citar a Cachoeira dos Cristais que não tínhamos visto da primeira vez em que estivemos aqui.

Antiga ponte desativada na trilha para a Cachoeira dos Cristais


Cachoeira dos Cristais

Na Cachoeira da Sentinela (já conhecida) aproveitamos para tomar um gostoso banho e dali a intenção era refazer a Estrada Real, desta vez pelo caminho antigo, percorrendo o Caminho dos Diamantes.

Uma das quedas da Cachoeira da Sentinela




Depois de Diamantina, seguimos em direção à Milho Verde (conhecida pelas cachoeiras e por ser a cidade natal de Chica da Silva) por rodovia bonita e asfaltada até uns 500 m antes de Vau. Dali em diante, pó e pirambeira (com subidas em reduzida e descidas íngremes) por uns 15/20km, passando pelo rio Jequitinhonha e pelo distrito de São Gonçalo das Pedras, onde aproveitamos para almoçar uma comidinha mineira. Depois de Milho Verde a estrada volta a ser asfaltada e a paisagem é deslumbrante! Paramos em Serro, onde aproveitamos para pernoitar.

Marcos da Estrada Real, distribuídas ao longo do caminho

Ponte sobre o rio Jequitinhonha

Chegando à charmosa São Gonçalo das Pedras


Igreja N. Sra. do Rosário, do início do séc. XIX

SERRO 

A cidade de Serro foi aquela surpresa boa. Uma das primeiras comarcas da Capitania das Minas guarda características das vilas setecentistas mineiras. Rodeada de montanhas, Serro é famosa pelos deliciosos queijos que produz – Patrimônio Imaterial de Minas Gerais.

Igreja de Santa Rita, do início do séc. XVIII

A famosa "escadinha", com 57 degraus que levam à Igreja de Santa Rita, lá no alto

Fundada em 1714 e elevada à categoria de cidade em 1838, era o centro da exploração de ouro e diamantes na região. Após 100 anos de exploração exaustiva houve o declínio da cidade e a população passou a dedicar-se à pecuária e à agricultura de subsistência (o destino de muitas das cidades onde ocorreu o ciclo de mineração). Seu acervo urbano-paisagístico foi tombado pelo IPHAN em 1938.

Igreja de N. Sra. do Carmo, localizada em frente à Praça João Pinheiro

As obras de construção foram realizadas entre 1767 e 1781. Altares em estilo rococó


Pintura do forro da capela-mor (Virgem do Carmo e S. Simão Stock), realizada por um discípulo de mestre Ataíde

Estacionamos em frente à Igreja N. Sra. do Carmo, no centro da cidade e a Letícia, nossa guia (voluntária) na igreja explicou suas características e particularidades da cidade. Passamos pela Casa do Queijo e fomos à Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição, onde também tivemos um guia. O Museu Ottoni estava fechado (segunda-feira) – descobrimos que Teófilo Ottoni é natural daqui. O passeio pela cidade foi bacana, pois o casario antigo é bonito!

Igreja N.Sra. Conceição

Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição, edificada em 1713

Uma das maiores igrejas barrocas do estado






Casa do Queijo - detalhe para as formas utilizadas para a confecção da iguaria

Uma parada rápida no supermercado localizado na entrada da cidade de Serro e conhecemos o Lilico, morador de Itapanhoacanga!!! Como era em nosso caminho, desviamos da rodovia MG 010 e entramos na vilazinha, onde tomamos água gelada com nosso novo amigo. Em função de problemas sérios de saúde de sua esposa Rosângela percebemos que não era uma boa hora para fazermos visita e seguimos em frente, prometendo para ele voltarmos num outro momento, mais feliz! (dois meses depois de nossa “visita” recebemos a triste notícia da morte de Rosângela!)

Neste trecho da estrada a mineração é forte e vimos muitas barragens de rejeito e praticamente toda a frota com quem cruzamos era da empresa AngloAmerican. Não é permitido acampar nas áreas de floresta por aqui, pois tudo foi comprado pela empresa que possui seguranças armados que fazem a fiscalização das estradinhas vicinais. Também descobrimos que há um grande minerioduto em funcionamento, que faz a ligação das lavras de Minas com o Rio, onde o minério é embarcado (na maior parte, para a China).

A próxima parada foi em Conceição do Mato Dentro, cidade grande, aonde chegamos na hora do rush. O frentista sugeriu passarmos a noite no Parque Municipal Salão das Pedras, ali perto (5km), no alto do morro e para lá fomos. O Parque é bem bonito e encontramos um canto sossegado, longe dos olhares para armarmos nossa barraca e dormirmos.

Nosso acampamento no Parque Municipal Salão das Pedras, em Conceição do Mato Dentro

Só no dia seguinte, durante o café, é que um segurança do parque nos viu e veio nos avisar que era proibido acampar e afins ... pedimos desculpas ao Geraldo (Lado) e explicamos que apenas seguimos a sugestão de um morador e que não havia placas indicativas com a proibição na entrada no Parque. Ele, muito simpático e solícito, explicou sobre as novas regras que estão sendo implantadas e deu ideias/sugestões de lugares bacanas para conhecermos no parque antes de seguirmos viagem!

Parque Municipal Salão das Pedras

Ponte de pedra



O Salão das Pedras é um lugar muito lindo e com uma energia bacana! Lá conhecemos uma família com quem batemos papo antes de rodarmos pela MG 010 mais 15 km até a Cachoeira Três Barras, onde aproveitamos para tomar um gostoso banho.

Cachoeira Três Barras, vista de cima

Agora, vista de baixo

No entroncamento para Pilar da Serra, saímos da estrada principal (MG 010) e seguimos pela antiga Estrada do Diamante, de chão, até Itambé do Mato Dentro, parando no Mirante da Estátua do Dominguinhos de Pedra, onde acampamos. A estrada é bonita, cheia de subidas e descidas, curvas e vistas panorâmicas deslumbrantes!

E agora? Pra direita ou pra esquerda? Marcos descobriu uma placa caída e "voilà" (aí está!)

Parada prum bate papo




Domingos Albino Ferreira, o Dominguinhos da Pedra, foi um eremita que viveu mais de 40 anos nas montanhas de Itambé após uma desilusão amorosa. Nascido em Dom Joaquim (MG), morou em muitos lugares e trabalhou em fazendas, até que o dia em que se apaixonou pela filha de um patrão e teve sua desilusão amorosa. Desde então, passou a viver em tocas de pedra, onde fazia balaios de taquara para carvoeiros. Dizia que “água faz mal à saúde” e em função disto não tomava banho! (afff)


Dominguinhos de Pedra

A cidade de Itambé do Mato Dentro está totalmente descaracterizada, não tendo mantido nenhum casarão de época. Uma pena.  Não valeu nenhuma foto!

Ipoema, alguns quilômetros a frente, é bem bonitinha! Estacionamos na praça central e fomos dar uma olhada na lojinha localizada do outro lado da praça. Lá conhecemos o casal Murilo e Amália, naturais da capital BH e que se estabeleceram ali há alguns anos, quando se aposentaram. O papo rolou solto. De quebra, troca de ideias e dicas, além de uma boa amizade!

Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição (1969)

Com Amália, na lojinha de artesanato da praça

Novamente na estrada, parada rápida na Igreja Matriz de Bom Jesus do Amparo, muito curiosa, com seus balcões laterais e também outra parada estratégica em Barão dos Cocais, para ver o Santuário São João Batista.

Igreja Matriz de Bom Jesus do Amparo (1841)

A igreja possui curiosos balcões laterais ao lado do altar




Santuário São João Batista, em Barão dos Cocais (1763)

A pintura do forro é atribuída ao Mestre Ataíde e as esculturas e fachadas são de Aleijadinho

Com um calor infernal, estávamos em busca de um local para tomar um gostoso banho de cachoeira e decidimos ir até Catas Altas, onde havia uma Cachoeira da Santa! O caminho para lá, horrível, só aumentou a frustração ao chegarmos ao local demarcado e vislumbrarmos um filete de água descendo pelas pedras e formando uma poça de lama marrom... afff! Alguns moradores falaram de outra cachoeira, maior e que tem suas águas permanentes (estamos na época da seca), porém o terreno acidentado, com subidas íngremes e a distância da cidade acabou fazendo com que déssemos meia-volta! O que observamos nesta região é a dominação da empresa Samarco, que tem minerado tudo e a água da tal cachoeira estava sendo desviada para caminhões-pipa, que encontramos mais abaixo depois.

Vista panorâmica da cidade de Catas Altas


Serra do Caraça ao fundo


Igreja Matriz N. Sra. da Conceição (1729), edificada em madeira, taipa e pedra - Praça Monsenhor Mendes

De qualquer maneira, o centro da cidade de Catas Altas é bem bonito e vale um passeio a pé. Fundada em 1703, seu nome provém das profundas escavações que eram (e continuam sendo) realizadas no alto do morro. A vista da praça central pra Serra do Caraça é linda! (Quando viemos pra Minas em 2017, fomos até o Santuário do Caraça, por este motivo desta vez não estivemos lá)

Após um pernoite no posto Ciclo do Ouro, na beira da BR, localizado em Antônio Pereira, na manhã seguinte um cidadão veio bater papo durante o café. Desta conversa gostosa, nasceu mais uma amizade e um convite: irmos até a casa de Renato, no alto da Serra São João, em Ouro Preto. Dali onde estávamos, no posto, era possível ver uma única árvore alta no topo do morro: lá ficava a casa de nosso amigo!!!

Nosso local de pernoite no Posto Ciclo do Ouro. O "Uno Bomba" do Renato ao nosso lado. Ao fundo, as montanhas que deixarão de existir logo, logo

Como nunca recusamos um convite, combinamos de nos encontrar mais tarde em Mariana e de lá seguir nosso amigo até sua casa. (Renato é caminhoneiro a serviço da Samarco e iria levar cargas de areia pra algum lugar durante o dia)

MARIANA

Igreja de São Francisco de Assis (em frente) e Santuário do Carmo (à direita). Olhem o Garça ali...

Interior da Igreja de São Francisco


Passamos o dia redescobrindo Mariana, onde estivemos pela primeira vez há 32 anos!!! A cidade histórica está muito bonita e seus casarões e igrejas foram restauradas (a Vale e Samarco financiaram as obras de restauro, como troca ou moeda de barganha por estarem consumindo todo o subsolo da região, sem contar o “acidente” de 2015, quando a barragem de Bento Rodrigues se rompeu, matando 20 pessoas).

Casario bonito restaurado


Fundada em 1696, Mariana foi a primeira vila, cidade e bispado de Minas Gerais. O nome é uma homenagem à D. Maria Ana da Áustria, esposa do rei D. João V. Por ter sido a primeira capital de Minas Gerais, acabou sendo um dos centros escravistas no Brasil Colônia, tendo recebido o segundo maior importe de escravos na história da escravidão da América (!).



Igreja N.Sra. das Mercês (1787)



A Praça Claudio Manoel, mais conhecida como Praça da Sé, é a principal da cidade e onde fica a Catedral (Sé), famosa pelo órgão dado de presente pela Coroa Portuguesa e construído por Johann H. Hulenkampf em Lisboa (1723) e trasladado para o Brasil em 1753.

Vista da Praça Cláudio Manoel e da Catedral da Sé

Catedral da Sé

A Praça Gomes Freire, conhecida como “O Jardim”, possui um coreto, lago, fonte e vários canteiros. Por ser sombreada, acaba atraindo muita gente para seus bancos e restaurantes que ficam em seu entorno.

"O Jardim"

Coreto na praça


Chafariz

A Praça Minas Gerais, mais elevada que as outras duas, é onde começou a cidade. Nela ficam a Casa de Câmara e Cadeia, a Igreja de São Francisco de Assis e a Igreja N. Sra. do Carmo.

Casa da Câmara


Vista da Igreja de São Francisco de Assis

Pelourinho em primeiro plano e Casa de Câmara ao fundo

A Estação Ferroviária de Mariana foi inaugurada em 1914 e tem estilo eclético. Daqui sai o passeio turístico Trem da Vale que vai até a vizinha Ouro Preto.





Ponte Alphonsus de Guimarães, mais conhecida como Ponte de Tábua, foi a primeira ponte de tábuas de Minas Gerais (1713). Utilizada até os dias atuais, foi a primeira a cruzar o Rio do Carmo.


Igreja de N. Sra. do Rosário dos Pretos ou simplesmente Igreja do Rosário, fica no alto do morro localizada no bairro de mesmo nome. De lá se tem uma linda vista da cidade. Aproveitamos para descansar um pouco e bater papo com um comerciante da esquina, que nos explicou o horário de visitas. Anexo à igreja está o cemitério.

Igreja N. Sra. do Rosário


Vista panorâmica da cidade, lá do cemitério da igreja

Capela de N. Sra dos Anjos, de 1760, tombada pelo IPHAN em 1980, em estilo rococó.

Capela N. Sra dos Anjos


Casa da Intendência/Cultura 

Construída no início do século XVIII, funcionou como residência do intendente e, ao mesmo tempo, casa de fundição e arrecadação de impostos. Hoje abriga um museu - abrigando eventos culturais, exposições e oficinas - e a sede da Academia Marianense de Letras.



Detalhes no forro

Ouvindo as explicações da guia (esqueci de pegar seu nome!)


Área da senzala, abaixo da casa, onde também havia a fundição

Lá pelas 14h o Renato nos ligou e passou na Casa da Câmara para nos “buscar”! De lá, subindo sempre, fomos até Ouro Preto e subindo mais um pouco, chegamos ao alto da Serra de São João, onde fica o céu!!! Rsrsrsrsrs

Renato, Adriana e as crianças Manuela (5anos) e Miguel (8anos) foram nossa família estes dias que ficamos aqui. Passeamos e conhecemos lugares em Ouro Preto onde nunca estivemos – e olhe que já estivemos por aqui umas 3 vezes, em épocas diferentes!

Nosso "lar" no alto do morro São João



Preparando os cachorros quentes para o Dia das Crianças

No alto do Morro São João fica o Hotel/Bistrô Vila Relicário, um lugar maravilhoso onde se realizam casamentos e festas chiques. O primo do Renato, Marcelo, é chef de cozinha no Hotel e aproveitamos para passear e conhecer as instalações. Mais tarde iria acontecer um casamento e aproveitamos para ver tudo decorado! Que lindeza!

Chalés individuais para os hóspedes

Com nosso querido amigo e guia, Renato


Área do salão de festas, onde iria acontecer um casamento

Salão de festas abaixo





Nosso "book" personalizado* (rsrsrsrsr)




*Renato aproveitou para fazer nosso book, num lugar pra mais de especial

Também lá no alto do morro fica o Parque Natural Municipal das Andorinhas. O local é bem bacana para tomar banho de rio, possui cachoeiras e trilhas fáceis para percorrer toda a área. 



Passeando no Parque com Renato e Miguel






Cachoeira da Andorinha


No morro vizinho, São Sebastião, fica a escola onde os filhos do Renato/Adriana estudam e fomos lá para buscá-los. Em frente à escola, a Igreja de São Sebastião e no outro morro, a primeira igreja de Ouro Preto: a Capela de São João Batista, de 1698!!! Infelizmente ambas estavam fechadas.


Igreja de São João Batista (1698)

Igreja de São Sebastião

Os moinhos de vento (ruínas) estão localizados no alto do morro e conta a história que eles funcionavam com o vento (as pás de madeira não existem mais) para moer as pedras e facilitar a retirada do ouro que era levado pelos escravos por um sistema de túneis, chamado de “sari”, que possui chaminés de ventilação. Este sistema de túneis era usado para evitar os salteadores (ladrões) que se escondiam pelo caminho e roubavam o que tinha. Muito curioso! Existem ainda alguns “sari” que permitem a entrada, mas como já era entardecer quando chegamos lá, apenas observamos a construção engenhosa e ficamos imaginando como a aventura de entrar nos túneis seria intensa!

Vista de Ouro Preto, lá do alto dos moinhos (Morro São Sebastião)


Ruínas dos moinhos

Interior do moinho 

"Sari" - buracos de circulação do ar que ficavam sob os túneis usados pelos escravos


Vista noturna de Ouro Preto (Museu da Inconfidência)

Aproveitamos para andar pela cidade, num domingo, ao léu! A primeira parada foi na linda Igreja de São Francisco, no dia de São Francisco (08/10) – aquelas coincidências maravilhosas! Como a missa iria começar em poucos minutos, aproveitamos para admirá-la gratuitamente!

Igreja de São Francisco de Assis


Dali, a feira de artesanato em pedra sabão que fica em frente à igreja foi nossa segunda parada.



Na sequência, muitas ladeiras, ruas estreitas, subidas e descidas! Numa ladeira, aproveitamos para tomar um chopp no Sabor da Escadinha.

Escadinha e, ao fundo, Basílica Matriz de N. Sra. do Pilar

Iguarias da Sabor da Escadinha

Noutra ladeira, passamos em frente ao Museu Casa Guignard – cujo acervo reúne obras de Alberto da Veiga Guignard, pintor e desenhista brasileiro. Passamos em frente ao Museu da Inconfidência e ao Museu da Ciência e Tecnologia (que visitamos há muitos anos).

A Igreja de São Francisco de Paula (aberta, com missa), próxima da Igreja de São José (fechada), em cujo mausoléu está enterrado o escritor Bernardo Guimarães, autor de “A Escrava Isaura”.

Igreja São Francisco de Paula

Fim da missa


Igreja de São José

Igreja Matriz de N. Sra do Pilar (cobra ingresso). A taxa de visitação é de R$ 15,00 por pessoa (U$3) e às vezes o ingresso em uma atração dá direito a outras 2. A lei aqui funciona diferente e existe o meio ingresso para aposentado e estudante, apenas. Professor não está incluído no desconto!

Basílica de N. Sra. do Pilar

Porta de entrada (que impede os olhares curiosos)

Igreja N. Sra. do Carmo (aberta, com missa)


Igreja N. Sra. do Carmo

Igreja N. Sra. do Rosário (fechada)

Igreja N. Sra. do Rosário

Igreja Matriz N. Sra. da Conceição (cobra ingresso, que dá direito à Igreja de São Francisco e Igreja N. Sra. das Mercês e Perdões)

Igreja Matriz N. Sra. da Conceição

O Museu Casa dos Contos tem visitação gratuita e possui um acervo interessantíssimo. Infelizmente não pudemos explorá-lo mais, pois nossa carona chegou. Como tudo que é bom um dia acaba, deixamos Ouro Preto para trás, prometendo vir visitar nossos amigos outro dia!






CANTINHOS DE OURO PRETO





Em nosso planejamento, havíamos nos organizado para rever Tiradentes e conhecer Bichinhos, mas a saudade de nossa mãe apertou e fomos direto para Juiz de Fora, onde a d. Maria vive há 3 anos!!!

O reencontro familiar foi intenso e feliz!!! Nos próximos 40 dias aproveitamos para “pegar muito colo”, conversar muito, trocar ideias e contar histórias, ... afinal, foram mais de 5 anos longe!!!


Revimos Juiz de Fora e caminhamos muito pela cidade. Passeamos com a mãe pela cidade, fomos no Museu Mariano Procópio e também assistimos a uma apresentação de Coral no Cine-Theatro Central.




Inaugurado em 1929, com projeto de Raphael Arcuri, o Cine- Theatro possui fachada com referências em art déco e ornamentação interna neoclássica. Tombado pelo IPHAN, em 1994, é palco de apresentações líricas e populares, recebendo artistas de porte nacionais e internacionais.

O Museu Mariano Procópio foi o primeiro museu surgido em Minas Gerais. Fundado em 1915, por Alfredo Ferreira Lage, abriga um acervo de mais de 50 mil peças. Aproveitamos para ver as exposições “Rememorar o Brasil: a independência e a construção do estado-Nação” e “Fios de Memória: a formação das coleções do Museu Mariano Procópio”. 

Jardins e lago dentro do Museu


Do lado direito, a área aberta do museu e do lado esquerdo, a antiga propriedade de Mariano, onde não pudemos entrar em função da chuva

Entrando na brincadeira!



Infelizmente, em função da chuva forte, não pudemos conhecer a Villa Ferreira Lage, residência da família, e que foi reaberta à visitação em maio deste ano. Ficará pra próxima vez. Ah, esqueci de dizer: a entrada no Museu é franca!



Obra "Tiradentes Esquartejado", de Pedro Américo de Figueiredo e Melo (1893)


Busto do Imperador D. Pedro II

CANTINHOS DE JUIZ DE FORA
Compras no Bahamas

Com o grupo da ginástica e vizinhas de prédio

No viaduto sobre a linha férrea, e o trem passando... vazio, por enquanto!

Saindo um "Apfelstrudel"

Será que ficou gostoso??

HUM!!!!

Estação Ferroviária de Juiz de Fora (1875): inaugurada no auge da produção cafeeira - Estrada de Ferro D. Pedro II, que partia de Entre Rios, seguia pelo ramal do Vale do Paraibuna, atravessava a Serra da Mantiqueira, alcançando Barbacena e Ouro Preto

Mercado Central de Juiz de Fora

Fazendo compras no Mercado 

Que tal um trago?

Catedral Metropolitana de Juiz de Fora (1924)

Parque Halfeld

Paróquia São Mateus

Despedidas são sempre complicadas, mas esta foi um “até breve!”, pois não temos a intenção de viajar para o exterior tão logo!

Primeira parada depois de nossas “férias” em Juiz foi em Aiuruoca, onde havíamos visto que há uma linda Cachoeira dos Garcia, localizada uns 6/7km numa subida íngreme, forte, em estrada de chão e alguns trechos em pedra!!! Após o Sítio São Francisco, já no alto do morro, há trechos mais planos com subidas e descidas leves. Fomos devagarinho, curtindo a paisagem e ao chegarmos ao platô onde está a cachoeira, estacionamos numa sombra e logo trocamos de roupa. A descida para ver a cachoeira de baixo e tomar um banho é feita por uma escada rústica bem  tranquila.

A subida...

Cachoeira dos Garcia

A Cachoeira é linda, a água é ge-la-da!!! Tomamos um gostoso banho e na subida já esquentamos! O Ribeirão do Papagaio é o rio que dá origem à cachoeira e acampamos numa área mais próxima do rio, após explorar a área e verificar outros pontos bacanas para ficar/acampar. À noite ficou frio - uns 8°C de madrugada! – e pela manhã, após o café, demos uma caminhada até a Cachoeira da Prainha, onde só molhamos os pés. O lugar é lindo!

Cantinho do acampamento


Pela BR 267, próxima parada: Caxambu! Estacionamos na Igreja de Santa Isabel da Hungria, que estava fechada, infelizmente! A Princesa Isabel veio se tratar em suas águas terapêuticas (1868) e mandou construir a igreja após ter se curado da anemia profunda (as águas ferruginosas curaram sua infertilidade.


Igreja de Santa Isabel da Hungria

- Caxambu, no dialeto tupi dos cataguás que habitavam a região, significa “água que borbulha” ou “bolhas a ferver”.


O Parque das Águas Doutor Lisandro Carneiro Guimarães é bem bonito e fica no centro da cidade. Há águas de todos os tipos e o consumo é free, inclusive pode-se levar garrafão para abastecer, o que os habitantes da cidade sempre fazem! Para entrar no Parque, no entanto, há que se pagar uma taxa. Como Marcos é aposentado, pagou meio ingresso (R$ 5,00 – U$1 - por pessoa e R$ 20,00 – U$ 4 - para uso da piscina por pessoa). Às terças-feiras e quartas-feiras o balneário está fechado – adivinhem??? Era quarta-feira, portanto não pudemos nem tirar uma foto da piscina! A Praça 16 de Dezembro fica em frente ao Parque das Águas e dali saem passeios de charrete pela cidade. Aproveitamos para passear pela Praça e ver seus arredores, antes de seguirmos adiante.




Passeando pelo lindo parque, todo arborizado!

Cerca de 40km adiante fica São Lourenço, também conhecida por pertencer ao Circuito das Águas de Minas Gerais, localizados na Serra da Mantiqueira. A cidade possui uma completa estrutura de estâncias hidromineirais com o segundo maior parque hoteleiro do estado.  

Igreja Matriz de São Lourenço Mártir

A Igreja Matriz de São Lourenço Mártir fica ali no centro e demos uma passadinha para admirá-la, após as obras de revitalização feitas recentemente. Aqui optamos por acampar no Parque da Cidade, local amplo, com quadras de esporte, local para treinos de corridas e usado pelas auto escolas para ensinar os novos motoristas. À noite, tivemos a companhia de dezenas de capivaras que ocuparam a pista.

Lago Guanabara, em Lambari

Passamos rapidamente por Lambari e admiramos o lindo Lago Guanabara. A BR 381 é “logo ali”!

Cada dia que passa estamos mais perto de nosso estado natal (PR)! Ainda na Fernão Dias (BR-381) aproveitamos para comer uma gostosa comidinha mineira, comprar uma cachacinha e uns doces/queijos, antes de chegarmos na divisa com São Paulo.

Mas esta já é outra história...