Viagem Família______________________________________

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quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Roraima (RR): chegamos ao extremo norte do Brasil!!!!

Após percorremos pouco mais de 120 km dentro da reserva indígena Waimari Aproari, onde a BR 174 desaparece no meio de buracos e o asfalto já não existe faz tempo (a falta de manutenção neste trecho se explica em função dos indígenas, que muitas vezes não permitem obras ou não permitem que o homem branco pare por ali), chegamos à divisa dos estados do Amazonas e Roraima! 

Cachoeira do Pium - área de Reserva Indígena Pium

Parece que atravessamos um portal, pois aqui a floresta amazônica dá lugar ao cerrado, aqui chamado de LAVRADO. Esta área de savana (campos gerais do rio Branco) ocupa 44 mil km², onde os buritizeiros, muricizeiros, caimbés e paricanas, entre os outras espécies de gramíneas dominam - para quebrar um pouco a ideia de que a região amazônica é coberta por florestas densas tropicais úmidas!! O lavrado, mantendo as características do cerrado, com arbustos baixos e retorcidos e campo com gramíneas é usado como pasto e muito propício para plantações em larga escala de arroz, soja, sorgo,...



O Marco da Linha do Equador estava abandonado, por este motivo acabamos não acampando aqui pela falta de estrutura, preferindo ficar debaixo de umas árvores, próximo de uma plantação de palma... o óleo de palma, nesta região, é muito usado nas usinas termoelétricas como combustível.

O Estado de Roraima é super novo... foi criado na Constituinte de 1988 e sua localização é a mais setentrional do país. Sua capital, Boa Vista, está localizada no Hemisfério Norte (é a única capital brasileira neste hemisfério) e é a mais distante de Brasília. Com uma área pouco maior que a Bielorrússia (224000 km²), Roraima possui 46,4% de seu território como reserva indígena e mais 8,4% sob a responsabilidade do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) - o que equivale as áreas da Áustria e Suíça juntas, aproximadamente! 

O estado possui apenas 15 municípios, dos quais Boa Vista é o mais populoso e o mais antigo. 

Secando peixe, no sal e pimenta

Em 1944 o recém criado Território Federal do Rio Branco (desmembrado do Amazonas) teve uma explosão de crescimento advindo do garimpo e em 1962 passou a chamar-se Território Federal de Roraima. O nome Roraima tem origem indígena e não existe consenso sobre seu significado. Sua etimologia tem 3 versões: "Monte Verde", "Mãe dos Ventos" e "Serra do Caju". Outros defendem que seria a junção de "roro" (verde) e "imã" (serra, monte). Há, ainda, outra versão que diz que "roro" (papagaio) e "imã" (pai, formador). Independente de seu significado, o roraimense prefere que se diga "Roráima", com o "a" aberto e agudo e não nasal. 

Antes dos portugueses chegarem à região, ingleses e neerlandeses já ocupavam a área, vindos das Guianas (Guiana, Suriname e Guiana Francesa). A partir de 1725 os missionários Carmelitas iniciaram seu trabalho de evangelização dos indígenas e a consolidação da ocupação portuguesa  se deu a partir de 1730, mesmo com as incursões espanholas na área. Em 1755 foi construído o Forte São Joaquim, na confluência dos rios Tacutu e Uraricoera (onde nasce o rio Branco), para auxiliar na proteção e manter a soberania de Portugal sobre estas terras. Deste Forte não há mais vestígios... a área onde ele estava hoje é uma fazenda. 

A colonização da região só se efetivou com o garimpo intenso do ouro e diamantes, a partir de meados do séc. XX, e que trouxe levas migratórias vindas em sua grande maioria do Nordeste brasileiro (destaque para Maranhão e Ceará) e destruição da natureza... as atividades de mineração desordenadas são extremamente degradadoras. 

Ao contrário do que muito se fala, com pouca propriedade, nesta região o garimpo representa o desenvolvimento e a economia do Estado. Ele movimenta milhões em maquinaria, combustível, mão de obra, alimentação e transporte, levando o desenvolvimento às vilas e gerando riqueza aos rincões do Estado. Sem medo de errar, podemos afirmar que sem o garimpo o Estado não teria o grau de desenvolvimento atual.  O que carece, mesmo, é de regulamentações adequadas, para normalizar a atividade de forma a se desenvolver de maneira correta. Infelizmente hoje se observa o não-cumprimento das leis ambientais que são restritivas e proibitivas,  não cumprindo políticas públicas. 

Já existe o marco regulatório que normatiza, ainda de forma muito incipiente, a exploração do subsolo e solo no Brasil. Este necessita de adequações e estudos de maneira a cumprir sua função. Enquanto isto não acontecer, o garimpo ilegal, a retirada de minérios preciosos e nobres - a maior parte exportada de forma ilegal (fomentada por empresas estrangeiras) continuará! Todos perdem com isto! A título de curiosidade: estima-se que mensalmente são extraídos de 500 mil a 1 tonelada de ouro dentro dos garimpos de Roraima (ilegalmente).  

O clima em Boa Vista é muito distinto do clima em Manaus... mesmo ambos pertencendo à Amazônia Legal e possuírem floresta tropical, a umidade em Manaus é tamanha que a roupa só seca se estiver pendurada no sol diretamente. Já em Boa Vista, mesmo na sombra tudo seca muito rápido! As chuvas são muito fortes e intensas, produzindo alagamentos e rápida subida dos igarapés (rios). 

Observamos, conversando com locais, que tanto aqui, quanto no Acre e no Amazonas as estações, até então bem definidas de inverno (chuvas) e verão (seca), hoje já não são mais tão determinadas. 

Caracaraí é a "Cidade-Porto" mais importante de Roraima; nasceu como local de embarque de gado para a capital amazonense, por este trecho do rio Branco ser navegável durante o ano todo.  O rio Branco (não confundir com a capital do Acre), que nasce na confluência dos rios Tacutu e Uraricoera, próximo de Boa Vista, possui 584 km de extensão e é um dos afluentes do Rio Negro.  

Rio Branco, em Caracaraí

Boa Vista é a capital do Estado e possui 2/3 de toda a população do mesmo (437 mil habitantes). Planejada em sistema radial, com ruas amplas e de sentido duplo, ela foi projetada pelo engenheiro civil Darcy Aleixo Derenusson, entre os anos 1944 e 1946,  tomando com inspiração Paris. Fundada inicialmente em 1830, no local onde havia uma fazenda de gado, nas margens do rio Branco, nos idos de 1890 a freguesia passou a ser vila sob a denominação de Boa Vista de Rio Branco. Hoje, com o imenso afluxo de imigrantes fugidos da Venezuela, a quantidade de habitantes na cidade quase dobrou e a língua espanhola se ouve nas ruas, comércios e por toda a parte. Estima-se que somente para Roraima, mais de 800 mil venezuelanos já imigraram.

Nossa permanência na cidade se deu em dois períodos distintos... quando chegamos à capital roraimense tínhamos por objetivo consertar um ruído no câmbio do Garça, que estava roncando já há alguns quilômetros! Através de um amigo viajante, Roni e sua esposa, Keila, fomos recebidos pelo seu irmão Rubem, o outro irmão Beto e o outro, Jean.

Na casa da sra. Evori, com Rubem e Dinar Caleffi

Com Beto e Herlanda Caleffi

Com Jean e Michelle Caleffi, no Monumento aos Pioneiros

A família Caleffi é top e nos ajudou neste primeiro momento... achávamos que tudo estava resolvido, porém depois de uma semana (na qual o Marcos trabalhou sozinho no câmbio) o problema mostrou-se maior do que o imaginado: mesmo tendo trocado um rolamento e retentor, o câmbio continuava roncando! 

Marcos mecânico trabalhando sozinho

Não tendo mais condições de ficar por ali, arriscamos em seguir viagem, indo para a Serra do Tepequém, cujo acesso é feito pela BR174 e RR203, toda asfaltada, sentido Amajari. 

Seria o Monte Roraima?? Nããããooooo... é a Serra do Tepequém

A Serra do Tepequém, localizada a 210 km da capital, é local para turismo ecológico, com cachoeiras e muitas trilhas. A área foi explorada (e ainda é) exaustivamente pela busca dos diamantes - entre os anos 1940 e 1950 - e acampamos ao lado do Igarapé Paiva (ao lado da ponte), num local ótimo sombreado e ventilado. 

Acampados ao lado da ponte do Igarapé Paiva

Fomos conhecer a cachoeira do Paiva, o mirante do Paiva, as cachoeiras do Barata (em sequência) e tentamos chegar na cachoeira do Funil, mas pelo adiantado da hora acabamos desistindo (tínhamos de seguir a pé)!

No mirante do Paiva, Cachoeira do Paiva à esquerda


Carne fresquinha na Vila do Paiva

Cachoeira do Barata 1

Cachoeira do Barata 2

A Vila do Paiva é bonitinha e possui uma infraestrutura básica. Compramos pãozinho fresco do Zulmiro (que tem pousada e padaria) e também compramos coisinhas no mercado local (daquele tipo que tem de tudo!). 

Igarapé do Paiva


O platô da serra está a mais de 1000 msnm e o micro clima é bacana, ficando fresco para dormir à noite. Acredita-se que o nome Tepequém tenha origem indígena "Tupã + quem" = Deus do fogo ou fogo de Deus


Deixamos o Tepequém pra trás e retornando até a BR174, seguimos rumo à Pacaraima, na divisa com a Venezuela, para abastecer (há poucos postos de combustível ao longo da estrada e muitas vilas só vendem combustível "no paralelo")! O último trecho da estrada (15 km) é de serra e horrível... levamos quase uma hora para vencer este trecho. Os moradores da divisa devem sofrer muito, pois o acesso ao finzinho do Brasil é inexistente! Chegamos à Pacaraima e nos deparamos com cenas tristes e inesquecíveis: gente perambulando com uma mochila nas costas, deixando seu país de origem, prostrado numa fila, com os filhos, esperando receber alimento e senha para ocupar um dos tantos "centros de refugiados" que vêm abrigando os venezuelanos! Perguntamos a um policial sobre posto de combustível e ele nos indicou o mais próximo, já na Venezuela, no que seria o início de Santa Elena. Fomos até lá, enchemos o tanque (pagando R$ 5,50 o litro do diesel... em Amajari, onde havia posto, estava R$ 8,80 o litro) e retornamos pelo mesmo caminho... Não queríamos pernoitar nesta região de divisa e conflitos! Pouco mais de 40 km adiante ficava o acesso ao Uiramutã, pela BR433 - Estrada Surumu! Percorremos uns 8km, aproximadamente e encontramos um acesso lateral onde acampamos já anoitecendo! 

Tapera no Surumu


Na manhã seguinte nos dirigimos até a  vila do Surumu - área indígena pertencente à Raposa e Serra do Sol, onde preparamos nosso café debaixo de uma tapera. Marcos deitou-se debaixo do carro e descobriu aquilo que já suspeitávamos: além do ronco no câmbio, agora tinha vazamento... alguns indígenas vieram pedir "troco pra R$ 50,00" e como não tínhamos nada, se afastaram! Decidimos abortar nossa ida ao Uiramutã (neste momento)... não tinha como percorrer mais 90 km de estrada ruim e subida de serra desta forma! Decidido isto, retornamos à Boa Vista, parando 25 km antes da cidade no Balneário Murupu, onde passamos o fim de semana (dormimos duas noites, de sábado e domingo), pois só conseguiríamos encontrar uma oficina mecânica e especialista em câmbio a partir de segunda-feira. Para ajudar, era domingo de eleição: primeiro turno!!! Estavam todos em polvorosa e o melhor era ficar distante da cidade, organizando e replanejando nossas ideias! 

Balneário Murupu


Igarapé Murupu

Negociamos com o José Carlos, proprietário do balneário (gaúcho da fronteira com SC), e combinamos o valor de R$ 50,00 para os dois pernoites!! O lugar tem boa infraestrutura, com banheiros, restaurante, área sombreada e o igarapé é top!!! O único chato são os piuns, borrachudos, maruins e afins... mesmo com repelente, os bichinhos incomodam! O negócio era ficar dentro da água! 

Marizete, sr.Vicente, Juliana, Eduardo, Gleydner, Sabrina com Cadu no colo e Thalita

No domingo estávamos dentro da água quando conhecemos uma galera top - a família Gleydner, Juliana e Thalita; sua mãe, Marizete; o pai da Juliana, sr. Vicente e mais outro amigo, Eduardo, com sua esposa Sabrina e o bebê, Cadu! Eles não só nos convidaram para almoçar com eles, como ainda nos ofereceram ajuda com o problema do carro, pois o Gleydner (que é mecânico de profissão, mas atualmente atua em outras áreas) possui local para executar a manutenção do Garça, se necessário! 

Com Edmilson e Luciana, às margens do rio Mucajaí

Família reunida: Juares (SC), Nenen, Ana Luíza, Luciana, d. Helena e Edmilson e Diego (SC)

O mundo possui muitas pessoas boas... diria que há mais gente boa que ruim rsrsrsr Retornamos à Boa Vista e desta vez fomos recebidos pela família de Luciana e Nenen, as filhas Ana e Gabi... de quebra ainda conhecemos o pai da Lu, Edmilson (Negão), e sua esposa Helena, e com direito a 4 cachorrinhos: Lulu (Shih-tzu), Orion ou Podrão (mistura de Lhasa apso com Fox terrier), Gegê (Gertrudes, no melhor tipo TLCP - tomba lata com pedigree) e sua filha, Loura (também TLCP). 

Lulu

Orion, vulgo Podrão

Loura

Gegê (Gertrudes)

Nossa permanência aqui foi se estendendo... a falta de peças que tinham de vir do Sul do Brasil, a falta de comprometimento do "especialista" que não deu conta de montar o câmbio - Marcos montou-o sozinho (em 5 dias), com auxílio de tutoriais e ajuda dos amigos do grupo Sportage Brasil, a descoberta de outro problema da caixa de redução, acabaram por nos tornar macuxis*!!! 

*Macuxi: população indígena localizada na região de Roraima. Eles são divididos em diversas tribos, considerados "tapuias" (não tupis). Carinhosamente, cidadãos roraimenses são chamados "macuxis"!

Aproveitamos os mais de 2 meses de permanência por aqui para conhecermos bem a região, aprofundarmos nosso conhecimento na cultura e culinária locais, além de estreitarmos nossos laços afetivos com nossa nova família roraimense!!! 

O ponto mais setentrional do país, diferentemente do que se acredita, não é o Oiapoque e sim, o Monte Caburaí, localizado em Roraima, com 1465 msnm, situado no município de Uiramutã, próximo da divisa com a Guiana.  O Oiapoque é o ponto litorâneo mais setentrional do Brasil (segundo as demarcações territoriais geográficas, o Monte Caburaí está a 70 km mais ao norte do Oiapoque). 

O Monte Roraima, o mais alto do Estado, localizado na Serra de Pacaraima, divisa com a Venezuela e Guiana, possui 2772 msnm. Os passeios para lá se tornaram muito caros... isto acaba sendo um impedimento para que mais pessoas atinjam o seu cume. 

De pernas pro ar... curtindo o fim de tarde no Caracaranã

O Lago Caracaranã, localizado dentro do município de Normandia (quase divisa com a Guiana, a leste), distante 180 km da capital, possui areias brancas e 5,8 km de perímetro. Estando dentro de área de reserva indígena Raposa e Serra do Sol, depende da autorização do tuxaua* (cacique) para permitir sua visitação, situação semelhante às cachoeiras do Uiramutã e outras belezas naturais do Estado. O ingresso (quando permitido) é de R$ 15,00 por pessoa para o day use e negociamos o pernoite, que era de R$ 80,00, para R$ 60,00 (já com nosso ingresso incluso) com o  Kleber, indígena responsável pela portaria (Kleber - +55 98 9425 - 3096)

Pequenas indígenas da reserva brincando no lago


O *tuxaua é uma figura que representa a sabedoria da aldeia, representa a aldeia e sua interação com outras tribos. Do tupi, significa "aquele que manda". Tradicionalmente o poder passa de pai para filho, mas percebemos que em muitas tribos existem eleições e o/a tuxaua é eleito (a) a cada dois anos. Ele(a) é a autoridade máxima na reserva... aqui as leis do homem branco não tem vez, nem voz. Qualquer interferência dentro da área indígena tem de ter a autorização do tuxaua, e apenas a Polícia Federal com um agente da Funai poderão atuar ou interferir em questões locais. Para mais informações, sugiro a leitura das responsabilidades do tuxaua, que ganha salário e tem direito à aposentadoria (indígenas se aposentam - aposentadoria rural de atividade de no mínimo 10 anos atuando, comprovada pelo agente da Funai), entre outros benefícios. Eles também têm Sindicato que negocia os reajustes salariais e valor de vale refeição! É muito interessante, vale a pena a leitura... https://cargos.com.br/salario/tuxaua/

Estranhos cupinzeiros da região

Quando chegamos ao lago Caracaranã, havia um grupo de ciclistas por lá, descansando. Batemos papo com eles e o Robert, morador de Normandia, nos convidou para irmos até a sua casa no dia seguinte, para conhecermos a região da divisa e onde aconteceram os conflitos entre garimpeiros e fazendeiros com os indígenas, há alguns anos - que acabaram com a demarcação das terras conhecidas por Raposa e Serra do Sol. Aceitamos o convite e, de quebra, conhecemos muitas histórias de seus tios e outros parentes que tem terras na área... é bom conhecer outros pontos de vistas sobre assuntos dos quais só temos uma ideia!

Normandia tem o nome em homenagem ao célebre morador da cidade, originário de Paris (França), Maurice Marcel Habert, que cumpriu pena de 10 anos na Guiana Francesa, na prisão Saint-Laurent-du-Maroni... Ele foi um dos presos que fugiu do cárcere junto com o famoso Papillon (aquele do filme, que na verdade não fugiu sozinho). Maurice instalou-se primeiramente em Georgetown (capital da Guiana) e depois mudou-se para Lethem (já na divisa com o Brasil). Apenas por volta de 1946/1948 passou a morar no Brasil, na região onde hoje fica a cidade com o nome da região que batizou. A história verdadeira de Papillon é envolta em muito mistério, mas supostamente ele viveu na região do Surumu (onde estivemos) após a fuga cinematográfica da prisão, e foi enterrado lá, numa cova trocada! Mas esta já é outra história!

Aves migratórias e outras, se alimentando nas vastas áreas inundadas da região

Os cupinzeiros parecem o chapéu saído do filme "Harry Potter"

A linda Jade, pitbull de Robert

Entrada da fazenda Guanabara junto com Robert: local onde ocorreram os conflitos com morte de indígenas e fazendeiros

Cemitério da cidade de Normandia. Ao fundo, morro onde ocorre a procissão do Círio de Nazaré

Panelas de Barro da Raposa - peça produzida seguindo raízes da cultura macuxi, desenvolvida na comunidade Raposa I, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol

Nossa permanência em terras brasileiras estava chegando ao fim. Após um período em que exploramos a região amazônica dos estados do Acre, Rondônia, Amazonas e Roraima, agora era hora de explorarmos uma região pouco conhecida dos brasileiros. Decidimos passar o Ano Novo (2022/2023) já em terras Guianenses. 

Mas esta já é outra história...