Viagem Família______________________________________

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quarta-feira, 28 de março de 2018

Paso Cardenal Antonio Samoré (CH/Arg) a Futaleufu (Chile) - Janeiro de 2018

215CH - Seguindo de Osorno ao Paso Cardenal Antonio Samoré
Não é a primeira vez que fazemos este trajeto, mas sem dúvida, dessa vez ele foi bem diferente, em diversos quesitos: o primeiro era que não estava previsto o retorno à Argentina tão cedo; depois, separar-nos de nossos amigos que até então viajavam conosco, acaba entristecendo um pouco, pois eram boas companhias e, em terceiro, a paisagem à nossa volta está bem modificada! A ação da última erupção do vulcão Calbuco fez estragos... a natureza morta, tentando ressurgir das cinzas é chocante!


Os trâmites foram bastante rápidos, apesar de ser uma divisa bem movimentada e fomos em frente, até a bucólica Villa La Angostura, às margens do lago Nahuel Huapi. Enquanto procurávamos local para estacionar, relembramos a última vez que estivemos por essas bandas e "esquecemos" nosso filho Douglas, deixando-o pra trás!!! Que alívio foi reencontrá-lo algumas horas depois, andando solitário pela avenida central da cidade, esperando pela gente!!!!( Que mico esquecer o filho, mas éramos em 3 carros e há o revezamento dos filhos nos carros)
A cidade é fervilhante e seu comércio uma loucura! Os preços não estavam muito atraentes, mas como a cidade é um centro de atração turística da região, todos acabam comprando algo, nem que seja uma barra de chocolate artesanal, ou um queijinho (que foi o que compramos!!)


Já estava anoitecendo... eram umas 21h30min quando seguimos para nosso acampamento selvagem, às margens do lago, já a caminho de San Carlos de Bariloche.
Escolhemos um local que a Joselle havia visto no iOverlander (aplicativo do celular) e que compartilha informações de viajantes do mundo todo. Muito legal e completo, nos auxiliou nessa etapa da viagem, tornando as buscas por locais para dormir, comer, visitar, mais ágeis e menos estressantes!

Preparando o acampamento
Hora de fazer o jantar: hoje terá "restô de onté"! Bolinho de arroz com peixe e salada, além de pizza assada num forninho muito bacana, desmontável, no Amândio! A hora do banho foi memorável e rápida, pois o lago é de degelo e nem preciso dizer a temperatura que a água estava... desta forma, Marcos, que é bem mais destemido que eu, se atirou rapidamente, dando um mergulho e se lavando e eu, como uma gata, foi entrando pé ante pé, até mergulhar só o corpo, deixando a cabeça pra fora, não sem antes dar um grito!!! Muitas risadas depois, estávamos quentinhos e saboreando o queijo e vinho comprados anteriormente, já pensando nas alterações de roteiro que iríamos fazer no dia seguinte.

Vista do amanhecer... espetacular!(de dentro da nossa barraca de teto)
O lago Nahuel Huapi tem origem glacial e possui uma profundidade máxima de 450 m, estando a 700 msnm e fazendo divisa com o Chile, pertence às províncias de Neuquén e Rio Negro. Foi descoberto em 1670 por missionários jesuítas provenientes de Castro, na ilha de Chiloé. Estes fundaram uma missão na península Huemul, às margens do lago, para evangelizar os nativos. Esta missão foi abandonada alguns anos mais tarde, por conta do assassinato de 5 missionários. Foi redescoberta apenas quando Perito Moreno retornou à região durante suas expedições.

Quando se acampa, normalmente se acorda cedo, com os primeiros raios solares! A vista do lago, sua quietude e beleza nos tirou da cama alegres, mas com serviço a ser feito, pois o vento durante a noite estragou um pouco o toldo do carro do Amândio, entornando uma das hastes! Então, enquanto os meninos efetuavam o conserto, as meninas agilizavam o café da manhã.


Revendo roteiro...
Próxima parada: Bariloche! Fazer mercado e banco!! A cidade está lotada e o trânsito meio caótico! Na busca por vaga pro carro, acabamos nos perdendo do Amândio... assim, como havíamos feito o roteiro juntos, seguimos em direção a Esquel e voilá, nos reencontramos!! 

San Carlos de Bariloche possui uma grande infra estrutura para receber turistas o ano todo, possuindo famosas pistas de esqui e snowboard. Para os interessados em turismo de aventura, há opções de "rafting", cavalgadas, "parapente" e ciclismo de montanha. A cidade foi fundada em 1895, por alemães. O nome Bariloche vem do mapuche e significa "povo de trás da montanha", uma vez que esses índios são originários do outro lado da Cordilheira dos Andes, onde hoje é o Chile. A travessia era feita de um lado para outro, pois aqui a cordilheira possui locais onde as montanhas são mais baixas, permitindo sua travessia. Já o nome Carlos advém de don Carlos Wiederholdt, dono do primeiro comércio da cidade.


RN 40 - Rumo a Esquel
Curioso é que durante nossas compras de frutas e verduras aconteceu de comprarmos uma cabeça de alface americana linda e pesadíssima!! Para nossa surpresa, a peça foi cobrada em quilos, e não por cabeça!! Bom... ali tinha alface para um batalhão!! 


Paramos para tirar umas fotos e já estava na hora de fazer "uma boquinha"!  Assim, partimos em direção a uma lanchonete que dizia que suas empanadas eram incríveis... Incrível mesmo foi o atendimento: quando as empanadas chegaram, quentinhas, o atendente não sabia quais eram os sabores e assim, sem mais nem menos, pegou uma a uma (com a mão mesmo, sem papel ou luvas) e foi dizendo o que eram... Nós não acreditávamos no que víamos! A vontade de rir foi grande... Joselle ficou indignada! Amândio não queria acreditar naquilo rsrsrsrsrs Comemos tudo e, como diz o ditado: os bichos grandes comem os pequenos!

Garçom verificando in loco o sabor das empanadas: como???
 Depois de abastecermos nossos carros em El Bolsón, passamos pela Villa Lago Rivadavia, já na RN 71, e por rodovia não pavimentada seguimos até o Parque Nacional Los Alerces, criado em 1937, onde há muitos campings e trilhas para trecking. Apesar de ser um dos parques mais bonitos da Argentina, ainda é pouco conhecido pelas pessoas... seu nome é homenagem às arvores, alerces, que podem chegar a 70 m de altura (e 3 m de diâmetro), com crescimento muito lento. Também encontram-se os arrayanes, árvores de tronco alaranjado, além dos lagos andinos, um mais lindo que outro. A paisagem é inspiradora!




Fomos visitar alguns campings particulares, mas acabamos optando por camping selvagem, numa área bem bacana, às margens do lago Futalafquen. O vento estava bastante forte durante a noite e para jantarmos (frango ensopado, macarrão com tomate seco e salada de alface!) tivemos de nos agasalhar bem! Durante a madrugada, o vento parou e pela manhã a temperatura estava bem amena...
Há muitas possibilidades de trilhas para fazer neste parque. Na entrada do mesmo recebemos 3 folders: um tratando das trilhas, outro da flora e outro da fauna locais.
Não será desta vez que iremos fazer alguma trilha, pois elas têm, em média, 12 km de distância, o que levaria pelo menos 1 dia para ser percorrido! Assim.. isso ficará para a próxima vez!

Café da manhã no Parque Nacional Los Alerces

Lago Futalafquen


Lago Futalafquen - vista da estrada parque. As trilhas cruzam esta pista em diversos pontos




Abraçando o alerce
Já na região sul do lago encontramos um casal de brasileiros, naturais de Brasília, com seu carro "Cheiroso".( Cada viajante acaba por batizar seu carro) Eles estão na estrada há 5 meses e agora no retorno para casa! Batemos um papo e trocamos ideias, pois estamos indo para onde eles acabam de sair!

Thiago, Carolina - "Terrasondepassei"; Amândio e Joselle - "Viajandonos4x4" e Marcos e Mari - "Viagemfamilia"
Quase chegando em Trevelin, já na saída do Parque, paramos numa lanchonete onde nos deparamos com um produto bem diferente: escabeche de puma! A curiosidade foi grande para saber o sabor, mas o custo estava um pouco fora de nosso orçamento e acabamos deixando para comprar na fábrica, já na cidade!


Provando queijos, salame e pão caseiro... imaginando o sabor do escabeche de puma!

Rosa mosqueta
Que pena... esquecemos que aqui tem hora da siesta! Quando chegamos à cidade, distante uns 15 km, já era passado do meio dia! Tudo só abre depois das 15h. Seguimos viagem em direção a Esquel - ainda com a curiosidade de saber o sabor do tal escabeche - para pegarmos informações sobre o Paso Los Pampas, desconhecido para nós, mas marcado no mapa como sugestão de passagem a partir de José de San Martín (Argentina), localizada mais ao sul de Esquel (uns 230 km) em direção a La Junta (Chile), 215 km de distância. A informação recebida na Oficina de Turismo de Esquel foi que o paso Los Pampas é um paso com muito rípio, exigindo 4 x 4 pesado. Decidimos,então, voltar um trecho (retornando a Trevelin, pela R 259) e fazer o Paso Futaleufú!

Seguindo pela R 259 para o Paso Futaleufú 
 Curiosidade: nessa região da Argentina os bandoleiros Butch Cassidy e Sundance Kid se esconderam após os roubos cometidos nos EUA. É uma região onde se criam ovelhas e eles viraram importantes fazendeiros da região, aparecendo em colunas sociais nos jornais da época! Graças a isso, foram descobertos e, após alguns anos de fuga indo e vindo da Argentina pro Chile, foram emboscados no sul da Bolívia, na região de Villazón, onde foram mortos.

Rio Futaleufu

Pica paus só observando!
Os trâmites aduaneiros foram como de praxe: rápidos e chatos: confiscaram nossa alface (aquela linda e pesada que havíamos comprado na saída de Bariloche) e um pedacinho de queijo da Joselle, que ela esqueceu de esconder!!
Já na cidade de Futaleufú, tentamos em vão conseguir o sinal de wi-fi na praça (que é zona aberta), mas o sinal era muito fraco! Na informação turística nos sugeriram 2 campings. Fomos até o primeiro, próximo do centro da cidade, nas margens do lado Espolón. Era o quintal de uma casa e estava bastante cheio... Assim, seguimos para outro, já no caminho da Ruta 231CH, próximo da ponte sobre o rio Azul.


O camping possuía uma boa infra estrutura, com banheiros limpos e ducha quente, além de espaço para lavar as louças e roupas.  Joselle e eu aproveitamos para lavar umas peças de roupa (com água quente) e eu aproveitei para tomar um banho gostoso, quentinho, enquanto os meninos resolveram se aventurar e tomar um banho ge-la-do no rio Azul!!





Depois de uma jantinha esperta (bolinho de arroz, bisteca assada, salada de tomate e cebola), descansar e curtir a noite estrelada, mais uma vez no Chile.

Futaleufú é uma comuna (administrada por um conselho municipal e liderada por um  alcaide que é eleito diretamente a cada quatro anos) e, mesmo sendo pequena, é a capital administrativa da província de Palena, desde a erupção do vulcão Chaitén e a subsequente destruição da cidade de mesmo nome. Possui pouco mais de 5 mil habitantes e é lindinha demais. O nome vem do mapuche e significa "rio grande".  Já estivemos por essas bandas há alguns anos e a cidade cresceu de lá pra cá, mas mesmo assim continua com aquele ar de cidade de interior, onde todos se conhecem. Sua principal atividade econômica está no turismo, pois seus rios são famosos no mundo todo para a prática do rafting. Além disso, na região se faz trekking, canyoing, mountain bike e pesca com fly.
É o paraíso dos amantes de esportes de aventura. Você encontra gente do mundo todo por aqui!

No dia seguinte, logo apos o café, demos um giro pelo centro da cidade antes de continuarmos em direção à Carretera Austral.

Igreja de Futaleufu

Curtindo a paisagem


Rio Azul


Corredeiras para rafting

Parada para lanche
 Fomos descendo a CH231 em direção à Carretera Austral, mas sem pressa. As paisagens nos faziam parar a cada curva e depois de dezenas de fotos, resolvemos não seguir adiante. Paramos por ali mesmo, às margens do rio Futaleufú, curtindo bastante, relaxando, brincando com drone e preparando a comida! Hoje o banho foi radical, nas gélidas águas do rio... o meu foi rápido e rasteiro, já o Marcos mergulhou e curtiu o gelinho!!

Banho no rio Futaleufú

Camping selvagem a 45 km da cidade
 Coletamos madeira seca que havia nas margens e preparamos nossa fogueira. À noite, debaixo de um céu coalhado de estrelas, curtimos o crepitar da fogueira e fomos dormir felizes! 


Assistindo o churrasco misto(frango, porco e gado) ficar pronto, enquanto as roupas secam no varal improvisado.
Quando eram aproximadamente umas 23h, a Joselle começou a se sentir mal, com crise de rim! Fomos chamados e o Marcos ajudou o Amândio a desmontar o toldo e baixar a camper, que já havia dias estava com problemas no amortecedor de abertura. Assim, eles retornaram para a cidade de Futaleufú, em busca de atendimento médico. Nossa decisão de dormir por ali foi mais que acertada, visto que ainda estávamos perto da cidade e mais adiante não haveria cidade  próxima com estrutura.
Foi surpreendente, pois a cidade conta com um hospital todo montado e com equipe capacitada. Ao darem entrada, Joselle foi imediatamente atendida e medicada e, em poucas horas, já estava melhor. Deste modo, os amigos retornaram  pelas 4h da madrugada para o ponto de acampamento e de manhã, ficamos esperando eles descansarem para seguirmos adiante.

sexta-feira, 9 de março de 2018

Destino > Laguna Del Diamante-Argentina-Cordilheira dos Andes

 
Laguna del Diamante
     Nossas viagens até agora sempre foram determinadas pelo tempo em dias que temos disponível.
Isso não é exclusividade nossa, até porque na esmagadora maioria das vezes os viajantes utilizam-se dos períodos de férias, feriados ou finais de semana para viajarem e conhecerem novos destinos.
     Desta vez ainda que não sigamos fielmente um roteiro e deslocamento fechados, temos um tempo superior aos normais 30 dias habituais de férias, e desta forma é quase certo que ultrapassaremos 40 dias na estrada para percorrer um planejamento básico pré-traçado de mais de 15.000 km.

     O roteiro macro foi definido em três pontos principais que queremos conhecer. O primeiro será a Laguna Del Diamante, localizada a pouco mais de 200 km de Mendoza, na Cordilheira Andina. Plano inicial: Passar a virada do ano novo no alto da Cordilheira às margens da Laguna.
     A data de nossa saída ficou para o dia 26 de dezembro de 2017, logo após o Natal, habitualmente comemorado junto da família. Ponto de partida: Curitiba, capital do estado do Paraná.


     Saímos pontualmente às 9h30m da casa de nossos amigos e parceiros de viagens anteriores Luiz, Eduwirges e Pedro. Temos muitos quilômetros a percorrer hoje já que pretendemos dormir bem na divisa do Rio Grande do Sul com a Argentina. Nossa meta é alcançar a cidade de São Borja-RS. distante 960 km da capital paranaense. Mas como planejamento não significa realização, acabamos somente rodando 800 km pois já são 9 da noite e um bom lugar para descansar e comer é preciso.
     Nosso plano também é de dormir apenas na nossa barraca e comer comida que nós mesmos iremos preparar. Detalhes para saber quanto custa uma viagem sem utilização de hotéis, pousadas e restaurantes. Acabamos não resistindo a oferta da simpática proprietária do restaurante anexo a um posto de combustíveis na cidade de Ijuí (BR 285), que abaixou o preço do buffet de R$ 18,00 por pessoa para R$ 10,00 com direito a dois bifes com ovo para cada um como extra! Nada mau para quem não almoçou hoje.

Jantando a vontade bem baratinho em Ijuí-RS.

Acampando em Posto de Combustíveis em Ijuí-RS
       A pergunta sempre aparece para nós que viajamos com nossa barraca. Onde vocês vão tomar banho? Temos um reservatório de água para banho e lavação em geral no carro, mas por um problema na entrega dos Correios, a bomba elétrica pressurizada para utilizar a água com chuveirinho não veio nesta viagem. Desta forma tomaremos banho em postos de combustíveis, rios, lagos, e em último caso banho de caneca mesmo! Nesse caso de hoje foi no posto de combustíveis a um preço de R$ 5,00 por 7 minutos. Dá para 2 pessoas tomarem banho nesse tempo!

Indo de Ijuí a São Borja-RS.
     Dia seguinte, café da manhã e estrada! 215 km até São Borja. trâmites aduaneiros Em Santo Tomé-Arg. de 5 minutos! Aqui cabe um aviso: Providencie na divisa  Pesos Argentinos P$ para pagar os peajes/pedágios.  Tudo certo, seguimos pela Ruta 14 e 120 até  perto de Posadas e depois pela Ruta 12 em direção a Corrientes. De Corrientes passando por Resistência agora já na RN 11 acabamos sendo parados pela Policia Caminera Argentina que pediu todo tipo de documento, até carteira de vacinação????  Na verdade queria um "regalo"/ propina que depois de quase 40 minutos desistiram porque viram que não iriam receber nada mesmo!! Por que sempre aparece um guarda "esperto" querendo suborno?

Jantar com a companhia do amigo cachorro, nos fundos do posto de pedágio.

Acampamos aqui, atrás do posto de pedágio na Ruta 11 em direção ao sul da Argentina.
      Chegamos ao final da tarde na cidade de Reconquista 230 km ao sul de Corrientes. Hoje foram 750 km mas pretendemos rodar um pouco menos para não cansar demais afinal não temos pressa em chegar! Decidimos acampar no Posto de Pedágio da RN 11 com direito a banho, água potável, energia, banheiros, tudo sem pagar nada. De quebra ainda fizemos amizade com a Agostina e o Fabian, encarregados desse pedágio, e que foram super gentis e atenciosos conosco,  vindo algumas vezes conversar sobre nossas viagens e perguntar se estava tudo bem.

Camping Municipal de Rio Cuarto-Argentina
      Café da manhã, estrada novamente. Ruta 11, 19 e 158 passando por VA. Maria e chegando ao final da tarde novamente na cidade de Rio Cuarto. 800 km hoje e achamos o Camping Municipal bem ao lado do Rio de banha a cidade e dá o nome a mesma também. Boa estrutura, e nesse camping pagamos P$ 100,00 para o carro, P$ 100,00 para a barraca e mais P$ 60,00 por pessoa! Não entendemos o por que pagar pelo carro e barraca + pessoa, já que nossa barraca + carro ocupa só um espaço! Resumindo: Custo total aproximado de R$ 60,00 (reais).
     Pela manhã um passeio a pé pelas margens do Rio Cuarto com toda infraestrutura de parque. Mais uma volta de carro pela cidade e ... estrada novamente.

Amanhecer em Rio Cuarto

Rio Cuarto

Pica-Pau Verde Barrado (Colaptes melanochloros)
     9 h da manhã e hoje dia 29 de dezembro voltamos a estrada, pela Ruta 30 até a cidade de Achiras mais ou menos 80 km ao sudoeste. Esta cidade é uma vila serrana do século XVI e colonizada por espanhóis a partir de 1830, em diversas conflitos contra os indígenas locais. Em Achiras existem diversos balneários de rio com boa estrutura muito bonitos.Neles pode-se acampar ou apenas passar o dia. Também fomos visitar o Museu da cidade e a cuidadora do Museu a Cristina foi muito atenciosa e acabamos sendo levados por ela para um tour pela cidadezinha.


Balneário Municipal

Museu de Achiras-Argentina

Peças pré-coloniais de mais de 2000 anos

Observando a arquitetura colonial da cidade

Plaza do Fortin de Achiras

Caminhando pela cidade com a Cristina

Assinando e colocando a marca do Viagem Família no livro do museu.
     Neste museu que já foi quartel, escola e casa do intendente da cidade na época colonial agora existe bastante material explicativo, inclusive peças arqueológicas pré-coloniais.
     Sempre seguindo ao sudoeste, agora pela Ruta 7 mais 300 km passamos por Mendoza e optamos para dormir em Lujan de Cuyo 21 quilômetros ao sul já na Ruta 40. Achamos o Camping dos Petroleros, que apesar de ser particular aceitava não associados. Preço P$ 240,00 pesos.(mais ou menos R$ 40,00 reais).
     Jantar preparado no capricho a luz de lanterna de LED. Banho tomado e sono!
     Uma ótima estrutura com quadras de esporte, grande área arborizada, piscina, churrasqueiras e até um quiosque/mercadinho que vendia tudo que fosse necessário. Claro que com o calor de 30°C que fazia não perdemos tempo e logo nos jogamos na ótima piscina onde ficamos até que o guarda-vidas do local avisou que iria encerrar o uso por aquele dia. Eram 20h mas ainda tinha sol! Tudo bem, aproveitamos o suficiente!
 Neste camping muitas pessoas fazem o day-use e ele estava cheio! Mas o melhor é que durante a noite apenas 3 ou 4 campistas como nós, nos permitiu um bom sono. Tinha um barulhento que foi gentilmente convidado a se retirar pelo gerente do camping, pois ficou com música alta até a meia-noite!
   
Aproveitando a "pilleta"

Jantar romântico
      Hoje dia 30 é nosso desejo chegar a Laguna del Diamante. São mais ou menos 210 km até o posto de controle dos Guarda-Parque da Reserva Provincial Laguna del Diamante onde se faz o registro de ingresso e paga-se uma taxa de P$ 230,00 (pesos) por pessoa. Neste local fomos avisados que a subida inicial de 15 a 20 km é bem ruim, seguida de mais subida de 25 km menos ruim. Total, 45 km de rípio, pedras, valetas, pó mas muitas belas paisagens dos Andes a nossa volta. Levamos 4 horas para chegar a Laguna e apesar da péssima estrada valeu cada minuto. Temperatura média de 15°C com muito sol e muitas fotos pelo caminho. Paramos algumas vezes para resfriar o motor do nosso Garça para não forçar a subida!

Achamos muitas cebolas jogadas na beira da estrada.

A caminho da Laguna del Diamante

Posto de controle Guarda-Parque
Subindo os Andes



Muita subida ...

Lindas paisagens.

Os primeiros guanacos

Abrigo de montanha no meio do caminho

Vejam o traçado da estrada subindo a cordilheira

Avistamos o Vulcão Maipo, que faz divisa com o Chile

Chegamos!!! Nosso primeiro objetivo desta viagem!

A Laguna del Diamante com o Volcán Maipo ao fundo! LINDOS
     Então depois de 5 dias na estrada e 3.000 km rodados vimos pela primeira vez a lindíssima Laguna del Diamante.  Circulamos pela sua margem até o outro lado onde decidimos acampar selvagem. Havia mais dois ou três carros ali, pertencentes a um grupo de pescadores de trutas, com quem nós logo fizemos amizade!

Fazendo amigos e ganhamos umas trutas. Obrigado Sérgio, Ariel e Marcelo!

Jantar a beira da Laguna Diamante
     São 16 h e é hora de preparar nosso almojantar. Hoje foi macarrão com linguiça, molho e ervilhas. A temperatura está em torno de 10°C mas pouco vento, e isso nos motivou a passear para aproveitar o tempo bom e o sol ainda alto. A visão da Laguna do alto de um pequeno morro que subimos é fantástica, ainda mais com o pôr-do-sol e as montanhas ao fundo! Realmente foi uma ótima decisão vir conhecer esse pedacinho de paraíso no alto dos Andes.

Observando a Laguna ao pôr-do-sol

Acampando a 3.500 msnm . Só nós e a natureza na sua plenitude.