Viagem Família______________________________________

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Uberaba a Belo Horizonte - MG

23 e 24 de janeiro de 2011
Uberaba – Belo Horizonte (MG)

Saímos de Uberaba aí pelas 7h15min, em direção à Belo Horizonte. Muitos km percorridos em pista simples, em mau estado de conservação, chegamos à entrada de Araxá. Daí em diante, melhorou um pouco, mas ainda em pista simples.
(Rodando pelas estradas de Minas, dá pra entender porque acontecem tantos acidentes: pista simples, esburacada, com sinalização horizontal precária, além da imprudência dos motoristas em excesso de velocidade são motivos suficientes!?!)

Chegamos à BH pelas 12h30min e ligamos pro Maurício, pra saber como chegar a sua casa. Ele foi nos buscar, pois estávamos a umas cinco quadras de distância!!!
Depois de uma boa hora de conversa com o casal Maurício e Mariana, resolvemos sair pra almoçar na região de Macacos (cidade de Nova Lima).
Petisqueira do Marquinho - Almoço com os amigos!

Lá chegando, entramos no Restaurante da Dona Dica, onde não tivemos sorte, pois não tinha o que queríamos. Diversos pratos que estavam no cardápio estavam em falta, assim, nos levantamos, pagamos as bebidas já consumidas e fomos ao outro lado da rua, na Petisqueira do Marquinho, onde o garçom Luisinho nos atendeu muito bem, fazendo o possível para nos satisfazer.
Morro Vermelho - Ig. N. Sra de Nazaré (1715)
Interior da mesma igreja.

Dali, fomos por uma estradinha de pó (que faz parte do traçado original da Estrada Real), subindo e descendo morros, pelo meio da mata, até chegarmos ao Morro Vermelho. Neste lugarejo está a igreja de N. Sra. de Nazaré, construída em  1715 , e que possui afrescos no forro e na nave principal, de onde se tem uma vista parcial da serra.
Caeté - Igreja N. Sra. do Bom Sucesso (1757)

Seguimos até Caeté, cidade que pertence ao circuito da Estrada Real, e aproveitamos para tirar umas fotos do coreto e da igreja matriz de N. Sra do Bom Sucesso, de 1757, estilo barroco, altares folhados a ouro e altar principal atribuído a Aleijadinho, na qual estava acontecendo a missa.
Sabará - Ig. N. Sra. do Rosário dos Pretos (1713)

Como já estava anoitecendo fomos conhecer Sabará. Lá a muvuca estava grande: nas praças centrais e no setor histórico havia uma grande concentração de jovens, bebendo, paquerando e se divertindo, porém a presença maciça da polícia nos confirmou o que o Maurício e a Mariana haviam dito sobre a cidade: Sabará é uma cidade muito pobre e está se tornando um local muito violento! Como em todos os locais de nosso país (e fora dele), o crack está dominando! Sabará é a cidade histórica mais próxima de Belo Horizonte e as atrações se concentram na praça principal, onde está a Igreja N. Sra. do Rosário dos Pretos, construída com paredes de pedra em 1766, inacabada, que circundam uma capela de taipa, de 1713. As obras desta igreja não foram acabadas, por ocasião da abolição da escravatura em 1888.
Chafariz do Rosário.


Vista noturna de Sabará - Igreja São Francisco de Assis ao fundo

Igreja São Francisco de Assis (1761)

A direita da igreja está o chafariz do Rosário de 1752 que até hoje funciona. Andando 2 quadras encontramos a igreja da São Francisco de Assis, de 1761, que estava fechada por ser noite. Porém possui um altar-mor em madeira policromada.

Resolvemos ir pra casa, pois já era tarde e, além da fominha, o cansaço também estava aparecendo!
Assim, voltamos pra casa de nossos amigos e jantamos umas pizzas, depois de vermos os filmes das viagens do Peru e de Ushuaia.

Como os donos da casa tem que trabalhar hoje, porque é segunda-feira (alguém tem que trabalhar nessa terra, não é mesmo?), ficamos por nossa conta, não sem antes de receber sugestões e mapa explicativo do Maurício, sobre o que fazer perto e mais longe de casa!
Como amanhã estaremos o dia todo dentro do carro, voltando pra casa, resolvemos fazer um passeio a pé pelo bairro, seguindo até a lagoa da Pampulha, vendo a igreja de São Francisco de Assis, projetada por Oscar Niemayer e caminhando até o mercado, a fim de comprar o almoço e a janta.
Lago da Pampulha

Vista do altar principal - mural de Portinari

Igreja São Francisco deAssis - da Pampulha (1943) 

Igreja São Francisco de Assis, de 1943, fica às margens da lagoa da Pampulha e é um dos principais cartões postais da cidade. Possui estilo modernista e painéis de Portinari, sem contar o paisagismo de Burle Max nos jardins ao seu redor. De lá se avistam o Mineirinho e o Mineirão (estádio Gov. Magalhães Pinto).

Belo Horizonte é uma capital cheia de subidas e descidas... dá-lhe morro!!! Como está crescendo muito, está incorporando os municípios vizinhos. Possui uma rede de restaurantes, botecos e barzinhos incrível!
Na área central, pode se visitar a Praça da Liberdade, onde até pouco tempo atrás ficavam os prédios do governo e que, com o Gov. Aécio Neves, passaram a ocupar uma área concentrada fora da cidade, distante do centro. Aqui ficam construções antigas e centros culturais da cidade, inclusive o Milton Nascimento mora em um dos prédios antigos.
Dali pode se ir ao bairro Savassi, onde fica a Praça do Papa (Mangabeiras) onde há trilhas pelo meio da mata. Seguindo em direção ao Parque Municipal onde se veem o Palácio das Artes e escola de Música de BH. Mais adiante, na Av. Cristiano Machado, chega-se à Praça da Estação, onde está o Museu de Artes e Ofícios.

Como estamos com pouco tempo, dessa vez fizemos apenas uma visitação básica à cidade... as demais atrações ficarão pruma próxima!!!
Agradecemos aqui pela acolhida, hospitalidade mineira e carinho com que fomos recebidos pelos nossos amigos, Maurício e Mariana! Podemos dizer que "nós nos sentimos em casa"!!! Valeu!!!
Agora, estamos esperando pela visita deles “no Sul”.

Até a próxima!




sábado, 22 de janeiro de 2011

Uberaba - MG

21 de janeiro de 2011
Uberaba – casa do Eurípedes

A festa de aniversário em homenagem ao nosso amigo Eurípedes Cesar de Oliveira é MEGA!!!! Foram convidadas umas 300 pessoas, armada uma lona de circo pra as apresentações de 15 duplas sertanejas e banda com 6 músicos, além dos 1250 litros de chope (apenas para hoje!!!). Sua propriedade é linda, enorme, e com infraestrutura de pousada. Os banheiros parecem de clube (com diversas portas)... um desbunde!!!


Havíamos, inicialmente, pensado em dormir de barraca, pois trouxemos toda a tralha, porém, sabiamente,  foi nos sugerido (com toda razão) que ficássemos em Hotel, para maior tranquilidade. O som não tem hora pra acabar, muito menos os que se excedem na bebida!
Assim, nos hospedamos no hotel do posto Graal, pertinho daqui (uns 5 min) a um custo de R$ 110,00 a diária. Reservamos o quarto por três dias, visto que chegamos na quinta feira a tarde e provavelmente sairemos de Uberaba no domingo pela manhã.
Junto conosco nos quartos ao lado no hotel, estão hospedados nossos amigos de Jundiaí-S.P. , Luisinho, Maria do Rosário e Gustavo, Zé Véio, Zelão e Rosana entre outros que também vieram prestigiar a festa. O João/Adelaide, Simão/Ivone, Ferrari/Neca e outros que viram de S.C. estão hospedados no Hotel Jaguar.

Adelaide, João, Eurípedes, Marcos, Tereza, Mari e Ivone.


Doug, Rosana, Nati, Mari e Zelão (José Carlos)
O Eurípedes está fazendo 53 anos, e para pagar os caches das duplas sertanejas e violeiros, gentilmente solicitou aos convidados homens que se dispusessem a colaborar com o valor de R$ 50,00 cada, e cada um que assim procedia recebia uma pulseira prateada que permitia o acesso de toda a família para os shows, alimentação e bebidas a vontade. Uma ótima ideia para diminuir e ratear os custos! Imagine, estamos aqui de quinta-feira a  domingo em 4 pessoas pagando apenas R$ 50,00 com all included !!
Conhecemos e conversamos com a dupla de cantores Mário e Catito, paraguaios  de quem compramos CD , pois são ótimos e animaram a festa com clássicos como Recuerdos de Ypacaraí, Mi Manera(My Way), Corazon Parti’o, e La Bamba entre outros. Foi um show!!


Autógrafo no CD do Mario Báez.
22 de janeiro de 2011
Uberaba - MG

Hoje, já no sábado, 22 de janeiro, pela manhã vamos dar um giro pela cidade de Uberaba para conhecê-la um pouco, visto que até agora só ficamos comendo, conversando, bebendo e nos divertindo; ô vida dura!!

                                                                         EIN PROSIT!

Uberaba é uma cidade com aproximadamente 300 mil habitantes. Seu ponto forte está na criação de gado zebu (com pesquisas e melhoramento de espécie) e cana de açúcar. Possui uma ExpoZebu  - em Maio, 1ª quinzena - que é internacional, pois agrega pessoas de todo o mundo que querem adquirir matrizes ou simplesmente curtir.
Começamos nosso city tour pelo Museu de Arte Sacra, que fica localizado na Igreja de Santa Rita (1854). Sua edificação é feita de aroeira, com paredes em taipa e parece-se com estilo enxaimel. Foi restaurada e está muito bonita. Foi tombada em 1939, pelo SPHAN (atual IPHAN).



Depois seguimos a pé até a Igreja de São Domingo, cuja construção nos chamou a atenção, pela beleza! Suas paredes são autoportantes e de tijolos de adobe, com argamassa calcária.
Uma pena seu interior ter sido descaracterizado pela atual reforma da Igreja (estrutural), pois todas as imagens e altares foram retirados e não se sabe onde estão as peças! Algumas foram doadas, outras vendidas!!! Pasmem: houve peças que foram jogadas fora e o altar mor (todo entalhado em madeira) e os altares das capelas laterais estão em algum lugar!?!?
Fachada frontal da Igreja de São Domingos.
Fomos até o Mercado Municipal da cidade a fim de comprar uns docinhos e queijinhos... afinal, estamos em Minas, UAI.
Agora, é só festa até o sol raiar!!!
Até mais!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Araxá - Uberaba

20 de janeiro de 2011
Araxá – Uberaba (MG)

Hoje estamos com o dia livre... não temos longas distâncias a percorrer e vamos até Uberaba mais pro final do dia, para fazer uma surpresa pro nosso amigo Eurípedes, que está fazendo aniversário.
Saímos prum city tour por Araxá, e já de início encontramos um pequeno museu da Família Zema que chegou a cidade em 1915 e de lá para cá expandiram seus negócios, vindo a se tornar um dos conglomerados empresariais mais importantes da cidade. Araxá significa “terras altas de onde primeiro se vê o sol” na língua dos índios Arachás que viveram nesta região. Em 1759, Bartolomeu Bueno de Prado comandando uma expedição, destruiu o quilombo do Ambrósio e sete anos depois, Inácio Correia Pamplona exterminou os remanescentes da tribo dos Arachás, restando poucos que se espalharam ou se deixaram escravizar.

Doug e Nati - Studbacker 1954

Esse Ford Bigode 1914 foi utilizado pelo velho Zema como táxi pela cidade de Araxá e também como meio de ligação entre Araxá e Uberaba. Em 1917, durante um temporal muito forte, na travessia do Rio das Velhas (atual Rio Araguari), foi tragado pelas suas águas e afundou, ficando perdido.
Exatamente 48 anos depois, no mesmo lugar onde havia afundado, (por conta de uma grande seca) foi reencontrado, retirado e... surpresa! Depois de uma lavagem do motor e troca de óleo, em três dias estava funcionando novamente! O fato foi noticiado em jornais e revistas da época em toda região e até fora do país!
Atualmente é utilizado em ocasiões especiais e está exposto no Museu da família Zema.

 A cidade possui uma população aproximada de 90.000 habitantes e tem um interessante sistema de passaporte cultural, pelo qual se paga o valor de R$ 6,00 e permite visitar as principais atrações culturais como museus e casas de cultura pela cidade, destacando-se entre elas a Casa da D. Beja e o Memorial de Araxá.

Neste memorial, fomos muito bem atendidos pela Daniele que nos explicou diversas coisas sobre a cultura e costumes da cidade, inclusive sobre a casa onde é o Memorial que pertencia a uma família de músicos que tinham uma orquestra. Era a família Porfírio, que possui uma sala inteira dedicada a eles. Os outros aposentos da casa estão repletos de objetos e documentos históricos relevantes para a cultura passada da cidade.

Em seguida fomos visitar a casa de Ana Jacinta de São José, popularmente conhecida como D. Beja, que viveu em Araxá na primeira metade do século XIX. Nossa atendente, a simpática Maria do Carmo, nos explicou que D. Beja era uma cortesã, que tinha muitos amantes endinheirados da região, entre eles o imperador D. Pedro I.  Nesta casa estão representados os objetos de época e há uma reconstituição do quarto da proprietária muito bem caracterizado. Mas o único objeto que realmente pertenceu a D. Beja é uma gargantilha, pois como ela era mal vista pela sociedade, quando ela abandonou a cidade suas coisas pessoais foram com ela, o que restou provavelmente foi depredado pelos moradores para apagar a memória dela.


No ano de 1965, Assis Châteaubriant, após ter adquirido a propriedade, restaurou-a e transformou-a em um museu.
Antiga estação de trem - atual Centro de Artesanato


Vista de frente do Centro de Artesanato


D. Beja, já pelos anos 1915 e 1916 em sua adolescência se banhava nas águas e lamas do Barreiro, dando início a fama medicinal de sua região, posteriormente comprovada por estudos científicos do Barão de Eschwige - cientista alemão - e mais tarde ratificada e chancelada por Saint Hilaire. Em 1912 a Empresa de Águas de Araxá construiu o primeiro balneário no local, seguido pela construção do Hotel Rádio, hoje em ruínas, e finalmente o Grande Hotel cujas obras iniciaram em 1938 e foram concluídas em 1944. Os jardins que circundam o Hotel Tauá, atual nome da construção, foram executados por Burle Marx com a colaboração do botânico Henrique Melo Barreto. Em 1944 o Grande Hotel foi inaugurado com grande pompa contando, inclusive, com a presença do presidente Getúlio Vargas, dando início ao polo turístico de Araxá.

Entrando no Hotel Tauá, antigo Grande Hotel


Fonte D. Beja


Vista da piscina principal



Dentro da Fonte D. Beja


Depois de uma gostosa água de coco, rumamos a Uberaba, mais 100 km. No caminho, a chuva torrencial se fez presente e uns 13 km antes de nosso destino, no município de Peirópolis, visitamos o Museu do Dinossauro (ingresso: R$ 6,00 por pessoa), que está instalado na antiga estação ferroviária da cidade, fundada pelo Conde D’Eu, em 1886.
 As primeiras descobertas de fósseis pré-históricos aconteceram na década de 40, e apenas entre os anos 1947 e 1974, sob a responsabilidade de Llewellyn Ivor Price, gaúcho de origem inglesa, que descobriu o fóssil do Uberabasuchus Terrificus (primórdio dos crocodilos), organizou-se e aprofundaram-se as pesquisas. Apenas em 1992 fundou-se o Museu, que está organizado e continua acrescentando peças ao seu acervo.


Uberabasuchus Terrificus

O "Uberaba" em seu habitat







A região de Uberaba é rica em fósseis e possui uma grande concentração de sítios arqueológicos com predominância de ovos e coprólitos (cocô de dinossauros), além de titanossauros, troncos fossilizados, anfíbios, tartarugas, moluscos,... Só foram encontrados aqui, até agora, fósseis de dinossauros herbívoros, que chegavam a  atingir 20 metros de comprimento e até 10 toneladas.
 
O acervo exposto é pequeno, mas muito interessante, pois o espaço da estação é limitado. Por esse motivo, foi construído recentemente um novo prédio, projetado pela filha de Lúcio Costa, que está ampliando o espaço e materiais à disposição dos visitantes. No Museu está exposta, no jardim, a única réplica em tamanho natural do Titanossauro, no Brasil.

Saímos de lá depois de duas horas e chegamos à Uberaba aí pelas 16h30min para a festa de aniversário de nosso amigo Eurípedes. Mas essa já é outra história!!!
Tchau!
Titanossauro


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Vargem Bonita - São Roque de Minas - Araxá

19 de janeiro de 2011
Vargem Bonita – São Roque de Minas – Araxá

            Depois de um café da manhã simples, no qual conhecemos e conversamos com o outro hóspede do Hotel (apenas dois quartos estavam sendo utilizados) e sua esposa - Lauro e Helayne, um casal muito simpático de São Paulo, seguimos em direção a São Roque de Minas, distante uns 13 km de Vargem Bonita, por estrada de chão. A cidadezinha é pequena, porém possui mais estrutura que sua vizinha (se é que se pode afirmar isso!).
            Pegamos algumas informações com moradores e rumamos à Nascente do São Francisco, passando pela portaria 1 do Parque Nacional, pagando os ingressos novamente e mais 5 km de estrada muito ruim, em subida, chegamos ao Centro de Apoio ao Turista, onde assistimos a um vídeo explicativo sobre a Serra da Canastra, suas atrações e sua fauna.
            Conversando com o Zé Maria, produtor do vídeo e guia do Parque, descobrimos que essa mesma estrada que dá ingresso ao Parque é utilizada para atravessá-lo e chegar às outras portarias (São João Batista e Sacramento). Assim, vamos economizar pelo menos uns 70 km, pois não precisaremos retornar.

Sempreviva, ainda sem flor.




Outro tipo de sempreviva. Parecem bolinhas.


Percorremos mais uns 13 km até finalmente chegarmos à Nascente do São Chico... Uma visão e tanto!! A nascente é pequena, com a água brotando da terra e formando um tanque, porém o seu significado para o país e para nós é muito maior!!! Afinal, é o Rio da Integração Nacional, e corta 5 estados da Federação!

Nascente do São Chico.
  
Imagem do santo com a sua oração.

Seguimos em direção ao Curral de pedra, onde os escravos construíram uma estrutura para guardar os animais, por volta do século XVIII. Durante o ciclo da mineração, extraia-se ouro dessa região e os animais faziam o seu transporte, assim, era necessário um local seguro para abrigá-los.

Vista superior do Curral.
Mais uns 25 km de estrada na maior parte do tempo esburacada e com muitas valetas, chegamos à parte alta da Cachoeira Casca D'anta. A vista é muito bonita e o local é propício para um banho revigorante! Nós aproveitamos para degustar, às suas margens, um delicioso queijo canastra que havíamos comprado no açougue do Luisinho, na cidade de Vargem Bonita. HUM!!!!


O queijo canastra é tombado pelo IPHAN, como patrimônio histórico, pois é um produto genuíno dessa região, salgadinho e delicioso! Descobrimos que não pode ser comercializado em supermercados grandes do país, por ser feito a partir de leite fresco, o que é contrário à legislação sanitária brasileira. Seu sabor lembra muito o queijo fresco que comemos na Bolívia, junto com o choclo (milho), feito com leite de lhama.

Após um delicioso banho, nas límpidas águas deste maravilhoso rio, iniciamos a nossa saída do Parque Nacional. Optamos por sair pela portaria de São João Batista, distante quase 50 km de onde estamos.
Essa saída é estratégica, pois a 500m de sua saída existe outra cachoeira muito bonita, chamada de Cachoeira do Jota, composta de diversos saltos em sequência, numa altura total de uns 200 m.



Cachoeira do " J "
Essa cachoeira é no rio Araguaí e pertence à bacia do Paraná.  Tiradas as fotos, passamos pelo lugarejo e fomos até Tapira, distante 60 km. A estrada estava uma b..... e enfrentamos alguns atoleiros bravos, tendo que utilizar alguns desvios para fugir do barro. Para acrescentar mais emoção, alcançamos a chuva que se via no horizonte.
De Tapira a Araxá são uns 40 km, em asfalto. UFA! A chuva não cessou até entrarmos na cidade. Achamos o Hotel da Torre e negociamos nosso pernoite com o João Carlos (R$ 120,00 para os 4).

Queríamos comer uma deliciosa comida mineira e, seguindo a sugestão do João, fomos até um restaurantezinho Varanda's, do Sabiá, que nos ofereceu petisco de mandioca, torresminho e farofa e almojantamos um comercial bem saboroso!

Boa noite! Até amanhã!