Viagem Família______________________________________

.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

De Iquique até Chañaral-Litoral norte do Chile

Navio Corbeta Esmeralda
    BOM DIA Iquique!!
     Esta bela cidade no litoral norte chileno já é nossa conhecida quando em 2007 nos hospedamos aqui. Veja em: http://www.viagemfamilia.com.br/2008/01/de-arequipa-peru-san-pedro-de-atacama.html

     Acordar nessa ensolarada manhã de quarta-feira depois de uma noite muito bem dormida no Hotel Corona (P$ 42.000 p/ 4 pessoas) é realmente uma alegria. Iquique é uma cidade litorânea muito bem estruturada e bonita com bela costa e toda infraestrutura necessária. 
     O nome Iquique vem da língua Aimará - iki-iki-significando "lugar de descanso". Cidade porto com população de 190.000 habitantes. Foi importante centro da cultura Chinchorro, e tem registro de ocupação humana datada de 4.000 AC na Praia de Caramucho onde pescadores-coletores nômades utilizavam recursos do mar para sua alimentação. Mais tarde no século VI o povo Tihuanacota habitou a região até serem conquistados pelos Incas ao redor do século XIII e XIV. 
     Até 1821 a cidade pertencia ao Vice-Reinado do Peru pertencendo ao departamento de Arequipa. Somente com a Independência da Espanha e após a Guerra de Tarapacá em 1880 foi que a região passou a pertencer ao Chile sendo oficializada sua anexação ao final da guerra em 1883 através do Tratado de Ancón. 
     A economia da cidade e região está baseada no setor de serviços, principalmente relacionados ao portuário pois o Porto de Iquique é um dos mais importantes do Chile relacionados com a indústria pesqueira e mineração. Também o comércio e o turismo tem significativa participação econômica na região com destaque para a ZOFRI (Zona Franca de Iquique). Centenas de lojas de todos os tipos de produtos estão presentes num enorme Shopping que tivemos a oportunidade de visitar.

Dentro da ZOFRI de Iquique
     O que chama atenção são as belas praias com águas cristalinas e geladas que oferecem a oportunidade de interagir com grande quantidade de espécies marinhas bem na margem das praias urbanas. A estrutura turística é bem boa com dezenas de hotéis e pousadas que nessa época do ano costumam estar lotados. Convém fazer reservas para hospedagem ou então ter uma certa dose de paciência até encontrar as acomodações buscadas como foi no nosso caso.
     Pela manhã passeamos pela costa e nos divertimos achando espécimes marinhos bastante diferentes dos que estamos acostumados na costa do Atlântico. Também visitamos o Museo Corbeta Esmeralda que é um navio réplica transformado em museu que oferece passeios guiados pelo seu interior. Outra coisa que chama a atenção nessa cidade é o fato de possuir estacionamentos subterrâneos sob as  praças públicas municipais, contribuindo para eliminar a concentração de veículos estacionados pelas ruas.

Passeio Baquedano com calçadas em tábuas de madeira

Casario colonial inglês dos áureos tempos da mineração

Praia urbana de Iquique

Achando espécimes de vida marinha

Anêmonas de diversas cores e tamanhos

Água gelada e cristalina em Iquique
Estrela do mar alimentando-se de mariscos
         Decidimos seguir para o sul sempre costeando o Oceano Pacífico para aproveitar sem pressa as lindas paisagens apresentadas ao longo do trajeto. Uma das melhores coisas de viajar sem destino previamente definido é a possibilidade de ir descobrindo pelo caminho as surpresas que aparecem.
     Dessa forma passamos o dia rumando ao sul e parando a cada instante para conhecer uma praia, uma falésia, pequenos lugarejos sem pressa e sem stress. Depois de rodarmos aproximadamente uns 350 km até chegarmos a Playa Hornitos onde decidimos acampar a beira do mar para poder curtir o fim de tarde e um dos mais belos pôr-de-sol que já vimos.
     Nada pode descrever a beleza do lugar e o momento de poder ter o privilégio de está ali com a família reunida somente ouvindo as pequenas ondas e os sons dos pássaros!

Dirigir com essa paisagem não tem preço

Contemplação dessa linda costa chilena


Almoço a beira da estrada

Colônias de pelicanos a beira mar

Playa Hornitos

Momentos mágicos acampando à beira do Oceano Pacífico-Playa Hornitos-Chile


      Na manhã seguinte um saboroso café da manhã pé na areia e levantar acampamento. Estabelecemos uma meta hoje de chegar em Chañaral localizada a 280 km ao sul de Hornitos. A sequência de lindas paisagens e belas praias nesse trecho tem uma interrupção pois a Rodovia PanAmericana se afasta em partes do litoral. Uma parte é percorrida em serras e outra novamente pertinho do mar. Pode parecer incrível mas levamos o dia todo para percorrer esse trajeto que normalmente seria vencido em pouco mais de 4 horas.
     Acho que é o sentimento que levamos dentro da gente pois sabemos que nos restam poucas horas na companhia do Pacífico que a alguns dias tem nos descortinado vistas lindas! Eu (Marcos) queria acampar pela última vez à beira do mar em algum dos incontáveis lugares bonitos pelos quais passamos, mas fui voto vencido e dessa forma optamos por pernoitar hoje na cidade de Chañaral. 

Bom dia Pacífico

Estrelas do mar no maior namoro

Não dá para não admirar

A Panamericana é impecável!!!!

Chegando em Chañaral-Vista do Farol Monumental
     Chañaral localizada a 170 km de Copiapó em pleno Atacama, é uma cidade pequena com pouco mais de 14.150 habitantes. Tornou-se nosso destino para essa vez pois optamos de atravessar para a Argentina pelo Passo San Francisco que ainda não conhecemos. 
     O nome da cidade Chañaral vem de uma árvore frutífera local chamada Chañar que produz uma fruta amarelada e doce muito utilizado para produção de xarope para aliviar irritações da garganta. 
     A cidade teve ocupação pelas culturas El Molle e posteriormente pelos Aconcáguas após a última Era Glacial que provadamente demonstrou que naquele local o nível do mar era aproximadamente 100 metros mais abaixo do que é hoje. Dessa forma muita coisa referente a culturas antigas deve estar submerso.
     Em 1824 foi descoberta nas redondezas grande quantidade de minerais entre eles o cobre, e isso impulsionou o desenvolvimento com a construção de um porto para escoamento das riquezas locais. Em março de 2015, após um prolongado período de seca, aconteceu uma enorme precipitação de chuvas o que ocasionou o transbordamento do Rio Salado que corta a cidade. O evento levou a destruição de boa parte do povoado e muitas construções atuais estão ainda acontecendo para recuperar as propriedades. 

Hostal Playa Mar

Fortificação de 1833 destinada a proteção do porto



Pizza con cerveza en família
     Buscamos uma hospedagem e optamos pelo Hostal Playa Mar bem pertinho da praia. Um passeio a pé pelas praias da cidade não poderia faltas nesse fim de tarde, e algumas brincadeiras num parquinho também não.
     Hoje para jantar compramos uma bela pizza regada a cerveja Austral que foram degustados na varanda do Hostal enquanto admirávamos o pôr do sol. Esses momentos fazem valer a viagem! Hoje é nosso último dia a beira mar. Vamos nos despedindo do nosso companheiro Oceano Pacífico para iniciar amanhã a subida da Cordilheira dos Andes rumo a Argentina.

Boa noite e até aproxima vez amigo Oceano Pacífico

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Tacna - sul do Peru até Iquique - Chile - Pela Rodovia Panamericana

   
     A cidade de Tacna tem diversos atrativos e um dos mais importantes é o Museu Ferroviário Nacional de Tacna. Este museu está situado na antiga estação ferroviária Tacna-Arica, que foi construída no ano de 1867 após o término da Estrada de ferro Tacna-Arica.
     O detalhe curioso é que essa estrada de ferro inaugurada em 1856, e construída pela empresa inglesa The Arica & Tacna Railway Co. ainda funciona regularmente e é a única estrada de ferro internacional do Peru. Também é a ferrovia mais antiga peruana ainda em serviço ligando Tacna no Peru a Arica no Chile. Com dois horários diários de partida, às 6h na parte da manhã e às 16h 30min na parte da tarde ( horário do Peru), e saídas simultâneas das duas cidades a um custo de $ 15,00 soles ou P$ 3.600 pesos chilenos.
     O tempo de viagem é de, aproximadamente, 1 hora e 30 minutos num percurso de 62 km em vagão turístico com capacidade para 48 pessoas, acontecendo de segunda-feira a domingo.

Estação Ferrocaril Tacna/Arica

Pátio de manobras das locomotivas




Portal de saída dos trens para a cidade de Arica no Chile
     Não fizemos o passeio, pois iríamos de carro para Arica, então aproveitamos para conhecer bem o museu que conta com muitas peças ferroviária, oficinas mantidas intactas como no século XIX e curiosidades em geral relacionadas ao transporte ferroviário daquela época. O material está um pouco mal cuidado e espalhado em galpões sem organização adequada, mas vale a pena ser visitado como curiosidade histórica local. O valor do ingresso ao Museu é de $ 5,00 soles por pessoa.

Muitos veículos antigos utilizados nas linhas ferroviárias do Peru no século XIX


Carros antigos adaptados para circular nos trilhos


     Apesar da pequena distância que pretendemos percorrer hoje, cerca de 58 km até Arica onde pretendemos dormir hoje, é um programa a ser feito o dia inteiro. Primeiro que ficamos boa parte da manhã no Museu e vendo mais algumas atrações de Tacna. Depois já sabemos que fazer os trâmites aduaneiros na divisa com o Chile são um pouco demorados. Dessa forma, após nos divertirmos no Museu Ferroviário em pouco mais de uma hora alcançamos o Complexo Fronteiriço de Santa Rosa.


     Antes de chegar ao Chile, depois de muitos dias no Peru, encontramos um lugarejo a beira da estrada chamada Hospício. O lugar é uma estação ferroviária utilizada como ponto de carregamento de salitre, produto muito comum na região.  Não confundir com a cidade de Alto Hospício, já no Chile. Essa turma aqui é meio estranha em batizar lugares com esses nomes, rsrsrsrsr


     Pouco antes da fronteira e dos trâmites paramos no pátio desativado da antiga aduana para comermos os produtos alimentícios que tem ingresso proibido no Chile. Frutas, queijos, salames, entre outros alimentos não podem entrar no Chile e se forem descobertos na inspeção, serão descartados no lixo! Dessa forma um lanchinho antes de sair do Peru na única sombra que achamos nesse trecho da estrada, foi muito bom, ainda mais que tivemos a visita de um policial que veio ver o que estávamos fazendo e acabou tomando um suco e comendo queijos, azeitonas e salame conosco.
     O Complexo Fronteiriço Santa Rosa, no Peru, é um pouco complicado e confuso. Já conhecíamos ele quando passamos aqui em 2008, e desta forma, armados com muita paciência, passamos por todos os procedimentos de carimbar passaporte, dar baixa no documento de importação temporária do Garça e demais trâmites em aproximadamente 2 horas. A maior parte do tempo esperando em filas intermináveis!

Complexo Fronteiriço Santa Rosa-Tacna-Peru

Adeus Peru...  até breve!!
     ADEUS PERU!!!  Depois de 16 dias de aventuras em exatos 5160 km rodados nos despedimos novamente desse país tão cheio de contrastes e tão surpreendente! Foram 28 paradas pela polícia, mas apenas duas onde queriam alguma propina (que não pagamos). Muita comida típica saborosa e diferente. O povo peruano pela sua natural descendência indígena no primeiro contato não é muito efusivo. Mas basta você conhecê-lo um pouco melhor e com um sorriso no rosto as conversas acabam se estendendo por muitas horas. Já estamos com saudades!!!

Complexo Fronteiriço Chacalluta-Arica-Chile
     Mais alguns quilômetros e chegamos a aduana chilena. Procedimentos rápidos com passagem de parte da bagagem no Raio X, inspeção veicular completada, em menos de 1 hora estávamos liberados para ingressar no Chile. A primeira cidade onde pretendemos ficar é Arica. Já estamos no fim da tarde, pois "perdemos" 3 horas com o fuso horário diferenciado, porque o Chile tem fuso diferente do Peru e ainda por cima no Chile não há o nosso tão conhecido "horário de verão"!
     Dessa forma agora é achar um mercado e comprar comida, pois decidimos nessa região do Chile acampar, pois o custo de hospedagens aqui é bem mais elevado do que no Peru. 
    Compras feitas, camping achado e agora é preparar o jantar e dormir para amanhã conhecer a cidade de Arica.
Jantar em família com comidinha caseira fresca é muito bom!

Aproveitando para secar as toalhas durante a noite no ar seco do deserto
     BOM DIA, Arica!!!!!  Acordar com um lindo dia de sol, com uma bela piscina no camping e tempo a vontade é bom demais!! Então antes de qualquer coisa um belo banho na piscina com água deliciosa nessa manhã de verão. 
     O camping Josefina em Arica é administrado pela Paula que conhece o Brasil e nos recebeu muito bem. Tem infraestrutura boa com chalés, área de camping, fogão, energia elétrica, sombra e até duas piscinas bem convidativas que aproveitamos bem. Custo de P$ 18.000 para quatro pessoas (aproximadamente R$ 75,00). 
     Contas fechadas tudo embarcado no Garça e vamos conhecer Arica. 
   
Relax total nas deliciosas piscinas do Camping Josefina-Arica-Chile

     
      Arica não nos era totalmente desconhecida pois há 10 anos passamos rapidamente por aqui. Mas dessa vez fomos surpreendidos. A cidade cresceu bastante e está bem mais organizada e limpa, num claro contraste da década passada onde se via lixo às margens da rodovia e nas entradas da cidade. 
Arica é uma cidade portuária e foi historicamente ela tem registros de povoamento a mais de 11.000 anos! Inicialmente habitada pelos Camanchacos e pelos Chinchorro, que iniciaram o depois conhecido costume de mumificação dos seus mortos. Mais tarde entre os séculos IV e IX quem dominava a região eram os Tiwanaku que formaram ali uma aldeia que chamavam de Ariacca ou Ariaka, sob um sistema de administração feudal.  Somente entre os séculos XI e XV que os Quéchuas estavam no comando sob a administração do povo Inca. 
     Foi ocupada pelos espanhóis em 1536, mas somente foi fundada a cidade de San Marcos de Arica em 25 de abril de 1541. O grande salto no desenvolvimento de Arica aconteceu em 1545 quando o indígena Diego Huallpa descobre em Potosi as maiores e mais ricas minas de prata do Novo Mundo.
     Nessa época a região conhecida como Alto Peru, tornou-se a cidade mais populosa do continente motivada pela exportação através do seu porto de imensas quantidades de prata vindas da Bolívia. Claro que com a riqueza propiciada pelas montanhas de prata que circulavam na região, a cidade também se transformou em alvo preferido de piratas e corsários destacando-se entre eles os célebres Francis Drake, Simón de Cordes, Sharp, Clipperton e Thomas Cavendish. 
     Até então Arica pertencia ao Peru fazendo parte da Província de Arequipa, mas no ano de 1879 o Chile declarou guerra ao Peru e a Bolívia culminando com a célebre Batalha Naval de Arica e consequente tomada do Morro de Arica. Em 1880 foi assinado o Tratado de Ancón que dava uma administração temporária de 10 anos da cidade pelo Chile. Depois desse período um plebiscito deveria ser realizado para definir a possessão, mas como ele nunca foi realizado, apenas no ano de 1929, com a assinatura do Tratado de Lima quando foi definitivamente escolhida a administração da cidade pela República do Chile.






     Arica hoje tem uma população de 190.000 habitantes e tem como característica o clima extremamente seco com precipitação média anual de apenas 0,4 mm. Com isso ostenta o recorde mundial de cidade mais seca do mundo! Também é conhecida por aqui terem sido descobertas as mais antigas múmias do mundo, superando as famosas múmias egípcias em mais de 3.000 anos de antiguidade.
     Arica possui cassinos, praias, monumentos e faz parte da Zona Franca do Chile o que movimenta muito o comércio da região. 
     Nosso destino hoje é Iquique, mais 310 km ao sul. Mas é claro que antes de chegarmos lá não poderíamos deixar de conhecer e visitar a famosa Humberstone. O trajeto percorrido pela Panamericana nesse ponto foi bem cansativo, pois ficamos parados na estrada por mais de 2 horas debaixo de um sol escaldante e no meio de um vale chamado de Pampa dos Camarones. Obras na pista para deixar o asfalto impecável. Muita paciência, pois é para melhorar a estrada para todos.

Obras na pista- 2 horas esperando debaixo de 40°C
     Chegamos a Humberstone exatamente 18h 50 min, ou seja, exatos 10 minutos antes de fechar. 
HUMBERSTONE é uma cidade fantasma! Ela recebeu esse nome homenageando o inglês, nascido em Dover, James Thomas Humberstone que com 25 anos de idade veio a ser contratado pela Companhia Salitreira de Tarapacá. Executou com maestria os trabalhos de engenheiro e químico desenvolvendo técnicas revolucionária na extração e processamento do carbonato de sódio, nitrato de sódio e nitrato de potássio que combinados são o famoso SALITRE tão abundante e famoso na região. Esses componentes eram largamente utilizados na fabricação de fertilizantes e também de pólvora, visto que o auge da região foi durante a Primeira Guerra Mundial. Entre 1880 e 1920 o salitre produzido no Chile respondeu a 60 % de toda a receita fiscal do país sendo que era responsável por 80 % de toda a produção exportável chilena.


Peças de uso diário na cidade e casas

Cozinha de casa de trabalhadores casados

Voltando para estudar na escola de Humberstone

Vista de uma rua em Humberstone com o Teatro, todo construído em madeira

Interior do teatro

Piscina toda revestida de ferro
     A cidade de Humberstone, fundada em 1872 chegou a ter mais de 3.500 moradores/trabalhadores com famílias entre ingleses e chilenos. É visível na agora cidade fantasma a qualidade de vida diferenciada que os ingleses, até então donos do lugar tinham em relação aos trabalhadores chilenos. De qualquer forma, os hábitos e costumes ingleses eram largamente praticados e no local pudemos conhecer até uma imensa piscina olímpica totalmente revestida de placas de ferro! Também havia lá quadras de tênis, teatro, escola, hospital, mercado, igreja, hotel, praça  e tudo mais que fosse necessário ao bom funcionamento de uma cidade na qual se transformou a então mina de La Palma. 
     Muitas coisas inusitadas existem em Humberstone. Uma que chamou a nossa atenção foi o fato de que os trabalhadores casados moravam de um lado da cidade e os solteiros em outro lado. Os casados tinham moradias mais amplas com jardim e até quintal para pequenos animais, enquanto os solteiros viviam em pequenos quartos contínuos, como se fosse em um hotel.

Habitações utilizadas pelos trabalhadores solteiros

Prefeitura

Moradia dos administradores ingleses

Quadra de tênis

Apreciando a cidade de Humberstone

Interior de uma casa típica de família de trabalhadores de Humberstone

     Com o decorrer da Primeira Grande Guerra os britânicos embargaram a exportação do salitre para a Alemanha o que acabou sendo o início do declínio do produto, pois os alemães inventaram outros produtos para substituir o tão precioso salitre usado na fabricação da pólvora. Com isso a região rapidamente caiu no esquecimento e foi se esvaziando até que em 1960 foi fechada. Foi declarada Patrimônio Mundial da UNESCO em 2005 e desde então atrai diariamente dezenas de visitantes interessados no modo de vida dos antigos mineiros e de seus patrões ingleses.
     
     Como chegamos quase na hora de fechar o responsável abriu uma exceção e permitiu-nos ficarmos por mais uma hora, que claro virou quase duas horas! Saímos de lá já  ao anoitecer o que acabou nos proporcionando um lindo espetáculo do pôr-do-sol no nosso caminho até Iquique a pouco mais de 50 km de distância. Um dia bastante comprido e muito bonito! Valeu a pena!! Realmente Humberstone vale uma visita para se conhecer um pouco da história contemporânea do Chile.

Pôr-do-sol em Humberstone

Chegando ao anoitecer em Iquique