Deixamos o Acre para trás, observando a vegetação seca e rala... o Acre é o estado com o maior rebanho para corte do Brasil! Muitas áreas próximas das rodovias foram desmatadas e hoje a madeira retirada da mata vem de cada vez mais longe...
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Teatro Amazonas - Manaus AM |
Entramos em Rondônia e nossa ideia de parar em Abunã acabou não acontecendo, por não encontrarmos local adequado. Passamos pela ponte sobre o rio Mamoré, que estava em construção há 25 anos, e que finalmente ficou pronta. Paramos no Auto Posto Embaúba - Mirela e seu esposo permitiram nosso pouso ali - onde tivemos a companhia de Zé Grandão e Pequena (com seu Firulai).
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Finalmente pronta: ponte sobre o rio Mamoré - RO |
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Ao fundo ainda se vê o porto onde funcionava a balsa que fazia a travessia |
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Zé Grandão está esfomeado! |
Verificamos que o Museu de Mal. Cândido Rondon, próximo de Porto Velho, estava aberto! Muito bom e autoexplicativo conta a história deste herói nacional, importantíssimo no processo de demarcação de terras e passagem das linhas de telégrafo em toda a região Norte do país.
Cândido Rondon nasceu em Mimoso MT, em 1865, descendente de indígenas tanto por parte de pai quanto por parte de mãe. Foi engenheiro militar e sertanista, prestando trabalhos de relevância para o país e foi homenageado quando o estado recebeu seu nome: Rondônia.
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Obras escritas por Cândido Rondon, tratando sobre o índio brasileiro |
Foi responsável pela primeira linha telegráfica do estado do Mato Grosso, pela construção da rodovia que ligava a então capital federal, Rio de Janeiro, a Cuiabá (antes feito via fluvial), foi o encarregado por instalar a linha telegráfica que ligou o Brasil à Bolívia, entre outros trabalhos importantes. Nestes processos, Rondon descobriu e nomeou rios, montanhas, vales e lagos, implantou mais de 5000 km de linhas telegráficas pelas florestas brasileiras, além de fazer contato e amizade com os indígenas, usando seus conhecimentos e registrando tudo em seu diário.
Outra honraria que Rondon recebeu foi ter seu nome em um Meridiano: Meridiano 52 Oeste. Entre os anos de 1927 e 1930, ficou responsável por demarcar todas as fronteiras do Brasil com países vizinhos. Na década de 1950 apoiou os Irmãos Villas-Bôas na criação do Parque Nacional Xingu, criado efetivamente em 1961.
Foi agraciado com o título de Marechal aos 90 anos de idade, concedido pelo Congresso Nacional em 1955. Em 1957 foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz e no ano seguinte faleceu (aos 92 anos de idade), tendo sido enterrado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
Antes de deixarmos o Museu ainda fomos conhecer a Capela Santo Antônio e adquirimos um imã de geladeira para nossa coleção.
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Capela de Santo Antônio, anexa ao Museu |
Passamos rapidamente pelo centro de Porto Velho (onde já havíamos estado outras duas vezes, em outras ocasiões) e efetuamos compras no Mercado Público.
Dali, seguimos pela BR319 - Porto Velho/Manaus - parando aqui e ali para tirar fotos e fazer lanchinhos. O asfalto está bom nestes primeiros quilômetros até Humaitá, já no estado do Amazonas.
É a primeira vez que estamos no maior estado da federação!!! Com 1.560.000km², sua área é maior que as áreas da França, Espanha, Suécia e Grécia somadas!!!!! É maior que a região Nordeste inteira ou as regiões Sul e Sudeste juntas!!! É 2,25 vezes maior que o estado norte-americano do Texas (que é o maior estado dos EUA). Enfim... mesmo sendo tão grande, sua ocupação humana é baixa: apenas 4,2 milhões de habitantes (2% da população total do país) estão distribuídos em pouco mais de 62 municípios, onde o maior é Manaus, sua capital, com 2,2 milhões de habitantes.
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Na fonte doada pela Rainha Vitória (1870) e Igreja Matriz de Humaitá - Humaitá foi fundada em 1869 |
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Rio Madeira, em Humaitá - o nome da cidade é uma homenagem a uma das batalhas que o Brasil travou na Guerra do Paraguai, no Forte de Humaitá |
A região foi descoberta por Francisco de Orellana (que relato no texto do Equador - tem cidade com seu nome) em 1541/1542, que desceu o rio em todo o seu comprimento e teve um embate com mulheres guerreiras - as Icamiabas - que ele relacionou às amazonas da Grécia Antiga, daí o nome: Amazonas ("Río de las Amazonas").
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Sede da Prefeitura da cidade e da Câmara de Vereadores |
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Igreja Matriz da cidade, de frente para o rio Madeira: Nossa Senhora da Imaculada Conceição |
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Na Câmara de Vereadores da cidade, que tem aproximadamente 58 mil habitantes |
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Com o Secretário de Turismo de Humaitá, Ronald, e sua assessora Roseani |
Pesquisas arqueológicas defendem que houve ocupação humana da área desde 11200 anos, mas que as sociedades mais organizadas passaram a ocupar o espaço entre os anos 1000a.C e 1000d.C, com cacicados complexos (hierarquicamente a figura do cacique sendo o chefe), dominação dos territórios com guerras tribais, produção de cerâmicas e ritos funerários, comércio entre tribos e a monocultura, juntamente com a caça e pesca para subsistência.
Entre as tribos que habitam ainda hoje o Amazonas destacam-se os Panos, Aruaques, Tucanos, Caribes, Tupis-guaranis e outros grupos étnicos menores.
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Trecho da Transamazônica (BR230) entre Humaitá e o entroncamento com a BR 319: asfalto por uns 50 km, aproximadamente |
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Acabou a festa... agora é só terra até Manaus!! BR319 |
Humaitá é foi fundada por missionários jesuítas, às margens do rio Madeira, em 1693, e depois passou a cidade em 1889! Ela fazia parte do Ciclo da Borracha e foi uma das cidades mais importantes do estado, possuindo a terceira biblioteca mais antiga do Brasil (que agora será recuperada), além de ser o portão de entrada do estado, para quem vem pela Transamazônica ou pela 319!
Dali seguimos um trecho em asfalto pela Transamazônica (uns 50 km) e no entroncamento, voltamos à BR 319, onde alguns quilômetros a frente o asfalto acabou e a terra vermelha foi nossa companheira pelos próximos 650 km!!! Muitas obras na pista e condições de estrada razoáveis (entre médio, ruim e péssimo)... vimos araras coloridas, ariranhas, macaquinhos,... Acampamos ao lado do Igarapé Veloso, onde aproveitamos para tomar um banho pra refrescar! A umidade do ar aqui é altíssima! As roupas não secam a não ser que estejam penduradas diretamente no sol!
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Lagos na margem da rodovia |
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Igarapé Veloso, local para um banho refrescante |
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Mesmo com tempo seco, qualquer precipitação já é suficiente pra deixar a estrada "cheia de emoção"! |
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Áreas alagadas e fumaça das queimadas |
Antes de chegarmos ao nosso próximo ponto de parada, ainda atravessamos o rio Igapó-Açu de balsa! Um trecho de 5 minutos, 150 m, por 30 reais!!! Nesta balsa conhecemos o Carlos, fiscal do DNIT, que tem acompanhado a execução das obras de recuperação da BR319 e preparação para receber asfalto.... sim!!! O projeto e obras realizadas têm este objetivo: o asfaltamento desta rodovia, que é uma "provação" em época de inverno (chuvas)!!! Enfim... torcemos para que a pavimentação venha, pois a comunidade local e o estado só terão benefícios com isto!
Dica: depois de Realidade (ainda pertencente a Humaitá, distante 100km desta, há poucos ou nenhum apoio na rodovia. Na altura do km 302/303 há apoio com mecânico e Pousada Terra Rica, na localidade de Manicoré!
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Pousada Terra Rica, km 302 - local de apoio |
Carlos, do DNIT, nos convidou para pernoitarmos no Canteiro de Obras localizado no km 200! Com toda a infraestrutura básica (internet, chuveiro gostoso, água potável, refeitório, salão de jogos e cinema) aceitamos o convite e fomos recebidos pelos engenheiros responsáveis - Ronan e Ronald - que nos indicaram local para ficarmos e ainda nos convidaram para o jantar (e café da manhã, no dia seguinte). Como era fim de semana, muitos trabalhadores (que moram mais perto ou encerraram seu período de trabalho por hora) foram para casa e os que são de longe ficaram realizando atividades de entretenimento e descansando... pelo que entendemos, o regime de trabalho nos canteiros é por jornada (15 dias de trabalho e 10 de folga, mais ou menos).
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Consórcio de 3 empresas que estão trabalhando nas obras de infraestrutura e pavimentação da BR 319, e que oferecem abrigo a viajantes em seus Canteiros de Obras |
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"Eles" já vieram nos fazer companhia, lá no canteiro de obras |
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Hoje o pernoite será aqui, com infraestrutura |
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Comida deliciosa e farta! |
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Seguindo viagem... agora falta pouco para Manaus |
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Casas em palafitas... arquitetura necessária para enfrentar o período de cheias |
Chegamos à balsa que trafega sobre o rio Solimões e Negro e chega à Manaus lá pelo meio dia! A travessia dura uma hora e custou 45 reais!
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Chegando ao rio Solimões |
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Tabela de preços... bem confusa! O cobrador cobra de acordo "com a cara do cliente" |
O tráfego nos rios é intenso... o serviço de "barco coletivo" é comum! Ter um barco por aqui é normal e necessário, visto que há regiões que só são alcançadas via fluvial!
Chegamos à Manaus e fomos direto para o Teatro Amazonas, uma pérola da arquitetura e ponto turístico obrigatório manauara!!!
Já marcamos logo a visita guiada e pagamos meio ingresso (professores e aposentados!), no valor de R$ 10,00 cada. Em poucos minutos se formou o grupo e iniciamos a visitação!!! O teatro é realmente lindo...
Inaugurado em 1896, está localizado no Largo São Sebastião, no Centro Histórico da cidade. Construído para atender a sociedade burguesa do Ciclo da Borracha, tem estilo renascentista e marcou época (continua marcando) tendo sido tombado pelo IPHAN em 1966.
Símbolo da cidade, recebe mais de 288 mil visitantes por ano e é o palco usado para apresentações musicais e shows importantes em Manaus.
Para a realização da obra de construção foram trazidos da Europa mão de obra especializada e também mármores de Carrara, lustres de Murano, peças de ferro da Inglaterra/Escócia e telhas da França. Crispim do Amaral (pernambucano) e Domenico de Angelis (italiano) foram os responsáveis pela decoração dos ambientes, ricamente ornamentados e cheios de detalhes. Os trabalhos de marchetaria no piso do Salão Principal são um quebra cabeça de 12 mil peças que formam uma obra de arte em si!
A cúpula é composta por 36 mil escamas de cerâmica esmaltada e telhas vitrificadas vindas da Alsácia (França).
A sala de espetáculos tem espaço para 701 espectadores, distribuídos entre plateia e 3 andares de camarotes. Nas paredes, máscaras de Aristófanes, Rossini, Mozart, Verdi,... homenageando as artes e decorando o ambiente.
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Lustres de cristal de Murano |
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"A glorificação das Bellas Artes da Amazônia", por Domenico de Angelis |
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Com Carlos Gomes |
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Maquete feita pela Lego, doada pela fábrica (que existia em Manaus, Zona Franca) |
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Vista da varanda do Salão Principal - Igreja de São Sebastião, ao fundo |
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Bustos em homenagem a artistas consagrados, na fachada externa |
Deixamos o Teatro para trás e fomos nos encontrar com um bom e velho amigo, que havia 35 anos que não víamos!!!
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Marcos e Henri, amizade duradoura! Fazia 35 anos que não nos víamos! |
Henri foi amigo de juventude do Marcos - fizeram "muita coisa" juntos (rsrsrsrs) e viajaram bastante também! Eu (Mari), conheci o Henri no Colégio Martinus, em Curitiba, onde fiz Magistério (e ele fazia Nutrição) e onde conheci o meu marido, companheiro, amante, amigo de todas as horas, Marcos!!!! Ou seja, esta amizade tem longa data (é do século passado)!!!
Foi uma alegria muito grande reencontrar este amigo querido e ele dedicou os próximos dias para nos acompanhar e mostrar os encantos da cidade que ele escolheu (e que o acolheu) há muitos anos!
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Passeio de barco em companhia da esposa de Henri, Isolda |
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Muito interessante: os postos de combustível no meio do rio Negro e igarapés |
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A linda Ponte Phelippe Daou por onde passamos no dia seguinte para ir a Paricatuba e Novo Airão |
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Encontro das Águas: aqui nasce o rio Amazonas propriamente dito! |
O Encontro das Águas do rio Negro e Solimões é um dos cartões de visita de quem visita o Amazonas e Manaus, especificamente. O fenômeno é visível, pois a densidade, a temperatura, a acidez a velocidade dos rios é diferente. O Rio Negro (de águas escuras e ácidas) corre a cerca de 2 km/h, com uma temperatura média de 28°C, enquanto que o Rio Solimões (mais alcalino e barrento) corre de 4 a 6 km/h, com uma temperatura média de 22°C!
É no encontro destes dois rios que o nome passa a ser Rio Amazonas!!!
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Celebrando a amizade |
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Vida quase dura... |
Passamos o dia navegando a bordo da Nutrilete e fomos almoçar num flutuante, chamado Bar e Restaurante Peixe-Boi, cuja proprietária é a Ana. Comemos (pela primeira vez), tambaqui assado e também sardinhas à moda. Tudo delicioso!!
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Flutuante Bar e Restaurante Peixe-Boi, localizado no igarapé Tarumã-Açu |
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Tambaqui assado: especialidade amazônica |
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Com Ana Maria, proprietária: www.peixeboirestaurantebar.com.br |
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Coisas exóticas que se encontram no meio dos igarapés! |
Fechamos o dia com direito a pôr-do-sol no Rio Negro!
Continuamos explorando a região no dia seguinte! Pela AM-070, seguimos por cima da ponte até Paricatuba, onde fomos conhecer as ruínas do que já foi uma escola, leprosário e prisão, construída em 1898 e cujo ingresso custa R$ 2,00 por pessoa.
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Patrimônio Histórico Cultural Imaterial do Estado, desde 2015 |
Localizada a 309 km de Manaus, a Vila de Paricatuba é um imponente casarão construído no fim do séc. XIX e inicialmente serviu como alojamento para imigrantes italianos, principalmente. Depois virou Liceu de Artes e Ofícios, administrado por padres franceses. Posteriormente passou a ser casa de detenção, para finalmente se transformar em hospital para atender portadores de hanseníase. Atendeu como hospital por 40 anos só fechando as portas quando a Colônia Antônio Aleixo foi fundada.
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Paricatuba - "paricás": erva alucinógena utilizada em rituais indígenas e "tuba", que significa grande quantidade |
Em Novo Airão almoçamos no Restaurante Coisas do Sul, do Gaúcho, onde Henri já esteve outras vezes e recomendou a caldeirada de tambaqui, que estava deliciosa!!!
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Mirante, em Paricatuba |
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Praia de rio, em Paricatuba |
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Deliciosa caldeirada de tambaqui, no Restaurante Coisas do Sul, em Novo Airão |
Em Novo Airão fica o Parque Nacional Anavilhanas, com um complexo de ilhas onde se pode observar botos, tomar banho e fazer trilhas. O passeio de barco dura, em média, 2h, e como havíamos chegado meio tarde, acabamos apenas tomando banho por ali, para refrescar!
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Refresco em Novo Airão |
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Passarelas flutuantes em Manacapuru |
No caminho de retorno para Manaus ainda paramos no povoado de Manacapuru, às margens do Solimões, onde passeamos pelas passarelas flutuantes e vimos como são as estações de barco!
Antes de voltarmos pra casa, ainda nos deliciamos com o famoso X-Caboclinho (feito com tucumã, queijo coalho e banana frita, dentro do pão francês).
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X-Caboclinho no Lanches Cantão, do Adorildo |
O dia seguinte foi intenso, na exploração do centro histórico da cidade.
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Relógio Municipal |
O Relógio Municipal é um relógio de torre que possui arquitetura neoclássica e suas engrenagens são da Suíça. A construção foi iniciada em março de 1929. A base é quadrangular e tem 5 metros de altura. Existe uma inscrição em latim ao redor dos mostradores "Vulnerant omnes, ultima necat", que significa que cada hora fere a nossa vida, até que a última a roube! Então, bora viver!!!
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Vista noturna da Igreja São Sebastião, a partir do Largo |
A
Igreja de São Sebastião foi inaugurada em 1888 e hoje é uma das mais badaladas para realizar casamentos.
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Interior da igreja |
A Catedral Metropolitana de Manaus - Nossa Senhora da Conceição, inaugurada em 1877, tem estilo dominante neoclássico é construída no alto da colina, onde hoje fica a Praça XV de Novembro (Praça da Matriz).
O templo é composto de dois pavimentos divididos em três seções centrais e duas torres laterais, com frontão triangular reto e nicho que abriga a Santa Padroeira.
O Mercado Municipal Adolpho Lisboa, também chamado de Mercadão, é uma construção linda, em Art Nouveau. Construído durante o Ciclo da Borracha com material vindo da Europa, sua estrutura foi projetada por Gustave Eiffel. O espaço possui espaços de comercialização de produtos regionais, pescados, artesanatos, frutas, legumes e especiarias.
Tombado pelo IPHAN como Patrimônio Histórico Nacional em 1987, o Mercadão possui duas entradas com fachadas totalmente distintas, uma de frente para o Rio Negro e outra para a Rua dos Barés.
O edifício principal tem 45 m de comprimento e 42 m de largura, cuja estrutura possui 28 colunas.
Casario do centro histórico fica ao lado do Teatro Amazonas e abriga, em sua maioria, restaurantes temáticos. Experimentamos um tacacá, um pirarucu grelhado e moqueca e escabeche de tambaqui!
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Caldo de tucupi |
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Experimentando o tacacá: iguaria de origem indígena, preparado com caldo de tucupi (caldo amarelado) e jambu (planta que provoca dormência na boca) e camarão seco |
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Pirarucu grelhado |
O Palácio Rio Negro, inicialmente chamado de Palacete Scholz, foi construído em 1903 pelo Barão da Borracha, Waldemar Scholz. Devido à queda do preço da borracha, em 1912, o casarão teve de ser hipotecado por 400 contos de réis ao seringalista e comerciante Luiz da Silva Gomes. Posteriormente o governo no Estado comprou o edifício e ele teve seu nome alterado para Palácio Rio Negro, em 1918.
Desde 1997, o espaço é local para exposições e e recitais de música, lançamentos de livros e dança e teatro.
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Instrumentos para sonoplastia |
O MUSA - Museu da Amazônia - é um enorme jardim botânico, também chamado de Jardim Botânico Adolpho Ducke. Possui 100 ha de área, fundado no ano 2000 para abrigar o maior fragmento de floresta preservada dentro de área urbana no Brasil.
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Rota de trilhas: o museu fecha às 17h! |
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A orientação é de usar tênis... o ingresso custa 30 reais por pessoa (pagamos meia por sermos aposentados e professores) |
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Borboletário |
Lá podemos encontrar bromélias, borboletário, fungário, casa dos aracnídeos além de possuir uma torre de 42 m de altura (240 degraus) de onde se tem uma vista privilegiada da copa das árvores e da cidade de Manaus, ao longe.
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Preguiça gigante |
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Subindo a torre de observação |
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Duas cobrinhas atravessando a trilha |
Duas horas são suficientes para passear pelo parque. Mesmo tendo chegado meio tarde, conseguimos conhecer bem a área, inclusive entrando na casa dos aracnídeos e batendo um papo com os alunos especialistas lá.
PRESIDENTE FIGUEIREDO
Era hora de seguir viagem... tivemos momentos incríveis na capital manauara e acabamos nos encontrando com nosso amigo Henri e sua família em Presidente Figueiredo, distante 125 km de Manaus.
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Mapa esquema com as principais atrações da região de Presidente Figueiredo e Balbina |
Presidente Figueiredo é uma localidade com aproximadamente 40 mil habitantes. É conhecida como local para turismo ecológico, em função da grande quantidade de cachoeiras (umas 200 catalogadas), corredeiras, lagos, cavernas e formações rochosas, além da fauna abundante. Saindo da BR 174 (que vai a Roraima) e entrando na estrada de acesso à Hidrelétrica de Balbina, existem inúmeras atrações.
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Henri e Marcos na Cachoeira do Calango Azul |
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Além do calango azul, aqui também tem a libélula azul |
A primeira cachoeira que fomos visitar foi a do Calango Azul, dentro da propriedade de Fauler e Milene (com sua filha Mirella), que possuem uma pousada de mesmo nome, no km 13 da estrada para Balbina.
Lá encontramos com Henri, Isolda, Lorenzo e sua namorada Isabella. Aproveitamos para tomar banho e curtir as cachoeiras, além de bater muito papo.
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Trilha que leva às cachoeiras |
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Almoço de despedida, com Henri, Isolda, Lorenzo e Isabella |
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Com os queridos proprietários e amigos, Fauler e Milene - Pousada Paraíso do Calango Azul https://pousada-paraiso-do-calango-azul-presidente-figueiredo.ibooked.com.br/ |
Fauler permitiu que acampássemos em seu terreno e acabamos fazendo uma amizade muito legal!
Aqui também conhecemos um casal de viajantes manauaras, Lenir e Leonir (#aventuras de Le e Leo... parece dupla caipira rsrsr), com quem acabamos nos encontrando outra vez noutra cachoeira!
Nosso próximo destino foi a linda Cachoeira da Neblina, no km 51. Paramos o carro debaixo de umas árvores e seguimos a pé, por trilha demarcada debaixo das árvores, 6,3 km, após pagar a taxa de day use de R$ 10,00 por pessoa para o Chico (cuidador do local). Após 1,5h, mais ou menos, chegamos à cachoeira!!
O acesso para a parte de trás da cachoeira é feito por dentro da água e à direita, margeando as pedras...
o lugar é top e tem espaço para acampar ou fazer um picnic.
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Cachoeira da Neblina |
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Borboleta se alimentando de uma banana passada |
Quando retornamos os 6,3 km ainda era cedo e resolvemos ir até a Cachoeira do Mutum, localizada no km 53. Conversamos com o Odilon, proprietário da RPPN que nos desautorizou de dormir dentro do área por ter onça parida com 2 filhotes próximos da cachoeira. Aqui o ingresso é de R$ 15,00 por pessoa.
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Acesso por passarela/ponte |
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Corredeiras do Mutum |
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Poços antes da cachoeira |
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Cachoeira do Mutum |
Pudemos visitar a cachoeira, cujo acesso se faz por 6 km de estrada de chão - e a corredeira com os poços e depois de tomar um gostoso banho retornamos (o horário foi pré-determinado: 18h) até a sede da fazenda, onde acampamos com estrutura e wi-fi! À noite a chuva foi forte, com raios e trovões...
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Acampamento no Mutum |
No dia seguinte, fomos até a Cachoeira da Pedra Furada, no km 57. O Maurício, caseiro de poucas palavras, nos cobrou o ingresso de R$ 10,00 por pessoa e pegamos a estradinha, uns 4 km, aproximadamente. Um trechinho a pé e já estávamos na cachoeira, muito linda e diferente.
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Cachoeira da Pedra Furada |
Tínhamos chegado havia pouco quando também vieram uns turistas... Salvador (pai) e Fernanda (filha), paulistas, e o Romeu, de Manaus. Conversamos um pouco e fomos convidados para irmos para o sítio do Romeu (no km 50), pois iriam fazer um churrasco!
Acabamos aceitando e os seguimos, retornando 7 km até o sítio, onde a Soila, caseira, já estava preparando as coisas para o almoço!
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Jabutis criados para abate |
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Com Fernanda e Salvador, paulistas e Romeu, proprietário da fazenda |
A tarde foi animada, a comida deliciosa... ainda fomos passear até o Lago do Barretinho e o Lago da Represa de Balbina, onde conhecemos o Mirandinha!
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Represa de Balbina |
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Lago do Barretinho |
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Aqui tivemos a companhia do gato |
No dia seguinte a turma iria voltar para Manaus bem cedo e Romeu permitiu que ficássemos por ali o tempo que quiséssemos... acabamos ficando mais um dia para organizar roupa (lavar), colocar o diário em dia e passear pela propriedade com a Soila, muito querida.
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Tanques de criação de matrinxã, tambaqui, pirarucu |
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"Olá, humano!" |
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Despedida da Soila... a vida na fazenda é dura! |
No dia do aniversário do Marcos saímos em direção à vila de Balbina, buscar supermercado e comprar um bolo para festejar!!! Passeamos e rodamos pela cidade toda atrás de um bolo... acabamos conseguindo um com a Rafaelli, que está no grupo de whatsapp da cidade e finalmente, com o bolo em mãos (e a cidade toda sabendo que tinha festa de aniversário) retornamos até o lago da represa, onde fica o Mirandinha!
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Com o bolo de chocolate da Rafaelli... única boleira da cidade (R$ 17,00) |
Tomamos um gostoso banho na represa de águas mornas e aproveitamos para almoçar no restaurante, onde o buffet com bebidas custou R$ 48,00. Dentro da água conhecemos uma família, proprietária do Balneário Cachoeira dos Pássaros, localizado no km 13 (também). Eles nos convidaram para passar e pernoitar lá, sem custo!! Talita, sua avó, mãe, pai e irmão com o companheiro, foram super simpáticos e ficamos conversando e rindo muito por horas...
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Lago da represa de Balbina |
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Hoje tem festa sim, senhor!!! |
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Com Juares e Diego, catarinenses de Chapecó - viajantes |
Já era anoitecer quando conhecemos dois viajantes, de Chapecó (SC): Juares e Diego (pai e filho, respectivamente) estão viajando de EcoSport e iriam pernoitar aqui na represa também... já fizemos amizade e eles foram nossa companhia para cantar "parabéns!" A festinha entrou noite adentro! Muita conversa, troca de ideias, filosofia... no dia seguinte cada um seguiu seu caminho! As despedidas sempre são complicadas!!!
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Despedindo-nos de Mirandinha! |
Retornamos até o km 13, onde fomos conhecer e pernoitar na Cachoeira dos Pássaros, que a Talita havia indicado!
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Cachoeira dos Pássaros |
Acabamos ficando duas noites por aqui... a estrutura do local é top e no sábado fomos surpreendidos com a visita de Le e Leo, que havíamos conhecido exatamente há uma semana!
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Compartilhando o almoço com os amigos viajantes, Lenir e Leonir |
Somente hoje, uma semana depois, é que finalmente chegamos à cidade de Presidente Figueiredo, cujo nome é uma homenagem ao primeiro presidente da Província do Amazonas, João Baptista de Figueiredo Tenreiro Aranha. Imaginávamos que teria sido uma homenagem ao nosso ex-presidente, porém ele rejeitou a honraria e o município foi criado em 1981.
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Troca de óleo na cidade |
Depois de trocarmos o óleo do Garça na cidade e fazermos compras nos mercados da cidade, seguimos até a Cachoeira Natal. A estrada/ramal de acesso tem 12 km de extensão é meio ruim e como havia chovido na noite anterior, estava bem escorregadia e enlameada. Da entrada da porteira até a sede, onde fica o carro, foi no 4 x 4, aproximadamente 1 km!
Chegando lá, o Johnnys nos disse que poderíamos conhecer a cachoeira, sem custo e passar o dia, porém não poderíamos pernoitar, pois ele estaria indo embora para a cidade no fim do dia... então aproveitamos para ficar um pouco ali, conhecer a linda cachoeira, talvez a mais bonita que vimos até agora, e seguirmos adiante!
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Cachoeira Natal |
Deixamos o local buscando a próxima cachoeira, Cachoeira Iracema, cujo ingresso é de R$ 10,00 por pessoa, e a Eucicleia nos disse que o pernoite era "por nossa conta e risco"! Paramos no estacionamento e fomos a pé, pela trilha, conhecer a cachoeira.
Ficamos encantados com as formações rochosas que há no local... como era domingo, havia bastante gente, que com a chegada do entardecer foi indo embora!!! Ficamos sozinhos e tranquilos no estacionamento, onde preparamos nosso jantar e dormimos tranquilamente.
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Cachoeira Iracema |
No dia seguinte fizemos a trilha completa, até a Cachoeira Sucuriju e também a Cachoeira das Araras... todas bonitas e de águas refrescantes.
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Cachoeira Sucuriju |
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Cachoeira das Araras |
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Libélulas azuis fazendo libelices!!! |
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Cachoeira Iracema |
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Caverna da Toca da Onça |
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Cachoeira das Araras |
Deixando as cachoeiras para trás e carregando muitos amigos no coração, deixamos o Amazonas para trás, ficando com um gostinho de "quero mais"!!! Ainda passamos pela área de reserva Waimiri-Aproani, de 120 km de extensão, onde não se pode parar, fotografar ou filmar!!!! ok... paramos, fotografamos e filmamos, mas esta já é outra história!!!!