Rio Mendoza, ao fundo - Ruta 7 |
Aproveitamos para completar o tanque do Garça e saímos de Mendoza às 9h30min, pegando a Ruta 40, passando por alguns vinhedos da região de Lujan de Cuyo e depois, em sentido ao Chile, pela Ruta 7, seguimos em direção a Potrejillo e Uspallata.
Compramos alguns lanches em Uspallata e encontramos uma equipe que está mapeando o trajeto do próximo Rally Dakar.
80 km depois de Uspallata paramos para rever a Puente del Inca (2700 msnm) - distante 190 km de Mendoza, que percorremos em aproximadamente em 2h30min - e que é uma formação rochosa natural onde a água tem grande concentração de enxofre e sais minerais, o que deixa suas águas com tons amarelo ocre e, com o passar dos anos, criou a ponte natural que virou um monumento natural muito visitado na região. Nessa localidade encontra-se artesanatos executados com pedras semi-preciosas, couro, ossos, madeira, enfim um a grande gama de materiais retirados dessa região. Já estivemos no local em 2009/2010 e notamos, desta vez, que a quantidade de artesãos, turistas e artesanatos diminuiu consideravelmente, motivada (talvez) pela queda do poder aquisitivo dos turistas em geral.
O vento estava forte e a temperatura já havia baixado bastante, fazendo com que utilizássemos alguns agasalhos. De lá, mais 20 km até a entrada do Cristo Redentor que fica a esquerda da Ruta, antes da entrada do túnel que leva à Aduana.
A partir daí acabou a moleza e o asfalto. Agora é só subida íngreme em estrada estreita e pedras soltas, até atingirmos a altitude de aproximadamente 4000m, onde alcançamos o cume e está localizada a estátua do Cristo Redentor dos Andes. Lá o vento estava intenso, de uns 100km/h, onde mal podíamos ficar em pé. Difícil, mesmo, foi bater as fotos segurando as bandeiras do Brasil e de Barra Velha. A temperatura no momento era de 4°C, mas a sensação térmica estava negativa!
Subida íngreme |
Parede de gelo, derretendo, quase no Mirante |
Iniciamos, então, a descida pela famosa estrada das 360 Curves, entrando no Chile. A paisagem é deslumbrante e paramos muitas vezes para admirá-la e tirar fotografias. Cada curva era mais bonita que a anterior. O único a se ressentir com os efeitos do soroche foi o Douglas, mas nada grave, apenas falta de ar, queda de pressão... Paramos para fazer nosso lanche na metade da descida, próximo de um abrigo de montanha, utilizado pelos esquiadores e exército em caso de emergência.
Sobrevoo de condor, em cima do Garça |
Apesar da descida ser tranquila, as condições do piso são bastante instáveis e exigindo baixa velocidade e cuidado redobrado em todas as curvas para evitar acidentes. Encontramos "alguns outros malucos" que também escolheram essa rota para aventurar-se entre os dois países.
Sem maiores problemas, descemos até reencontrar o asfalto e seguir pelo 2º túnel até a Aduana Binacional: Argentina/Chile para fazer os trâmites de ingresso nesse último. Preenchemos a papelada necessária, pois o Chile exige a importação temporária do veículo, bem como a guia individual de cada passageiro. Na revista da Aduana, infelizmente nos foram "confiscadas" as nozes, os pistaches e as ameixas secas que havíamos trazido, o que nos surpreendeu, pois na nossa última vez no Chile não houve problemas com esses itens.
Tudo resolvido, curtimos novamente a também famosa descida dos Caracolles (que a continuação da sequência de curvas asfaltadas) até Los Andes. Não podíamos deixar de rever El Portillo, a famosa estação de esqui do Chile que fica no meio da descida e lá, encontramos muitos brasileiros, alguns quase nossos vizinhos - Carlos e a esposa, naturais de São Joaquim (SC).
Percorremos mais 120km e chegamos a Santiago aí pelas 17h30min, como a cidade é enorme e existem diversas ruas com o mesmo nome, o Garmin nos levou ao endereço errado!!! Depois, na segunda tentativa, chegamos ao nosso destino, onde já tínhamos reserva paga para os dois próximos dias: Socavon Suítes (facebook/SocavonSuites e socavon.suites@gmail.com). Conversamos com o Guido (que nos recebeu) e decidimos ficar um dia a mais, pagando U$62 para nós quatro, por mais uma noite.
Saímos a pé para procurar o caixa automático (dentro da estação de metrô Santa Lucia) e, mais umas 7 quadras até o Supermercado Unimarc, onde compramos nossos cafés da manhã e jantares, visto que estamos hospedados em um apart hotel.
Compras feitas, jantar pronto, ...agora é só dormir para mais um grande dia, amanhã!!!! Boa noite!!!
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