23 de Julho de 2010
Chegamos em Porto Nacional ao anoitecer, cruzando o rio Tocantins. Hoje ele tem mais de 2 km de largura, pois foi construída uma usina hidrelética uns 150 km abaixo e a água está represada... antigamente ele era navegável e era a principal ligação entre Belém e Porto Nacional, com largura de +- 500 m.
Fomos jantar um delicioso espeto corrido na Churrascaria Visão, que é administrada por gaúchos de Sarandi (RS). Causou-nos estranheza que não são servidas peças de carne com osso, como costela. O garçom gentilmente nos explicou que o tocantinense não aprecia grandes pedaços de carne e com osso!!!
Dormimos no Hotel Aliança – R$ 100,00, no centro da cidade e, ao amanhecer, fizemos um pequeno city tour pela cidade, antes de seguirmos para Ponte Alta do TO. A cidade é charmosa e possui muitos estudantes de Medicina, por ser sede de uma faculdade renomada na região.
Cumpre citar, também, que uns 180 km antes de chegarmos em Porto Nacional, passamos por Gurupi, uma cidade de, aproximadamente, 100 000 habitantes e que possui ótima infra estrutura, com bancos, farmácias, lojas, postos de combustível,... tudo que você necessita!
RioTocantins, ao anoitecer
Às margens do mesmo rio
Ponte Alta do TO
24 de julho de 2010
Ponte Alta fica a 100 km de Porto Nacional e é definitivamente o último lugar para se comprar algo básico. A cidade tem baixa infra estrutura, baseada apenas em pequenos comércios e pousadinhas. Têm + - 15 mil habitantes(?), e o local chama a atenção pela ponte que dá origem ao nome da cidade, com estrutura toda em madeira e de onde os moradores e frequentadores da praia se atiram no rio Ponte Alta... de uma altura de uns 20 m!!! Loucura, pois há pedras e corredeiras traiçoeiras embaixo!
Num mercadinho compramos gelo, vendido em garrafas PET congeladas, cervejas e gêneros perecíveis que iríamos necessitar para os próximos 2 ou 3 dias de acampamento.
Buritizal |
Veredas (Olhos d'agua)
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Queimadas ao longo da via |
Vista das chapadas do Jalapão |
Curiosidades:
i) Chamou-nos a atenção o descaso das pessoas fazendo queimadas à beira das estradas, inclusive dentro do Parque do Jalapão, sabendo que o cerrado é um ecossistema frágil, com solo pobre e vegetação rala. Há lei que prevê a queimada controlada como aceiro, de três em três anos, supostamente para a renovação e melhoria do capim dourado, entre outros.
ii) Outro detalhe: hoje se faz a colheita da cana-de-açúcar de forma mecanizada, porém a mesma lei obriga o fazendeiro a deixar 10% da colheita para ser feita manualmente, por bóias-frias, utilizando a queima antecipada da cana. Isso se chama de “muleta social” do governo atual.
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