Acordamos preguiçosamente às 9h e tomamos nosso desajuno: pão folheado, doce de leite, leite em pó e café solúvel (ou achocolatado) e chá.
Lavamos a louça (no Hostel sempre se lava a louça, cuida-se da limpeza do quarto de modo a contribuir com o ambiente etc) e combinamos os locais onde iríamos passear hoje. Nos Hostel todos os ambientes são compartilhados e o uso da cozinha, geladeira e demais acessórios, também! Os alimentos são identificados e todos os hóspedes respeitam os pertences dos outros. Neste Hostel especificamente, a temática é o livro de Gabriel Garcia Marques, Cem Anos de Solidão, e os quartos são nomeados com os personagens da obra. Estamos no quarto Prudêncio Aguilar (quarto 5).
Como a Laguna Diamante fica muito distante (mais de 100 km), decidimos ir até Lujan de Cuyo, distante 21 km de Mendoza, acessado pela famosa e mítica Ruta 40! (veja nossa postagem sobre a Ruta 40: http://www.viagemfamilia.com.br/2013_04_01_archive.html)
Lujan de Cuyo fica na margem esquerda do rio Mendoza e onde se praticam diversos esportes aquáticos, possui ruas arborizadas e boa infra-estrutura e é repleta de Bodegas e olivícolas, além da industrialização de frutas e hortaliças.
Praça central da cidade de Lujan de Cuyo - San Martin está sem o cavalo!!! |
Igreja matriz (em reforma) |
Fomos recebidos pelo Alejandro Bonfanti, filho do proprietário da Bodega que nos recebeu amavelmente, fazendo as apresentações e iniciou o nosso tour (que deveria durar em torno de 40 min) pela plantação de uvas Malbec. Ali, no meio dos parreirais, o Alejandro explicou detalhadamente como se procede o plantio da parreiras, a poda, a colheita e o cuidado que se deve ter em todo o processo para manter a qualidade superior do produto. Alternado às parreiras, há oliveiras e pessegueiros e nessa vinícola em especial, tanto as parreiras quanto as oliveiras têm aproximadamente 100 anos! É uma propriedade que já está na 4ª geração e todo esse tempo foi dedicado a melhoria da uva! A partir dessa geração é que passou a ter sua própria bodega, pois antes fornecia a matéria prima para outras vinícolas maiores!
Uvas, provenientes da França e oliveiras nativas da Argentina |
Depois do passeio pelos parreirais, continuamos a visita no interior da bodega, conhecendo a linha de produção e o maquinário utilizado para a elaboração dos vinhos produzidos (Malbec, Cabernet Sauvignon e espumante).
Tonéis de carvalho, adquiridos (em sua maioria) da França, a módicos 1000 euros cada |
Envase - processo de descanso da bebida, que fica,em média, 2 anos (Reserva) |
- quanto maior o teor alcoólico do vinho (acima de 14%), maior a sua conservação, mais intenso seu sabor e mais encorpado
- manter as garrafas deitadas, retirando o plástico ou metal que envolvem a rolha, para fazer o controle de qualidade da oxigenação da bebida
- manter climatizado o ambiente onde se conservam as garrafas, a aproximadamente 20°C, mantendo-as abrigadas da luz
- escolha o vinho de acordo com o seu paladar pessoal, e não pelo preço!
- vinho rosé é feito com a mesma uva do vinho tinto, mantendo a sua qualidade na produção, porém a diferença na cor ocorre por menos tempo de contato do líquido (mosto) com a casca e sementes. Neste caso, 48h!
- a temperatura para se servir um vinho branco gira em torno de 8°C, portanto, deve ser mantido num balde de gelo. A geladeira não mantém a temperatura adequada.
- a temperatura para se servir o vinho tinto gira em torno de 18°C, portanto, coloca-se água com algumas pedras de gelo no balde para servi-lo fresco! Não tome vinho quente!
- rolhas de plástico são utilizadas em vinhos jovens e devem ser consumidos imediatamente
- rolhas de cortiça têm durabilidade maior e são vinhos mais encorpados
Quanto às oliveiras, são nativas da Argentina e da espécie Arauco. Para cada 100 kg de azeitonas, produz-se entre 10 a 13 litros de azeite extra virgem de oliva de qualidade. O envase adequado deve ser de vidro verde ou marrom ou lata, nunca plástico, pois o azeite oxida.
A nossa aula continuou na sala de degustação, com bela vista para os vinhedos e montanhas. Iniciamos com o Rosé Malbec, muito aromático e leve. Depois fomos para o tinto Malbec, frutado e com aroma de ameixa e, por fim, experimentamos o Cabernet Sauvignon Malbec (Reserva), cujo sabor é mais pronunciado, mas desce como veludo!
Acompanhando a degustação, o Alejandro explicou-nos como interpretar os rótulos das garrafas, mostrando as peculiaridades e questões legais que norteiam as vinícolas da Argentina. Foi realmente uma aula que podemos utilizar em nosso dia-a-dia quando formos adquirir e saborear vinhos de qualidade.
Saímos da Bodega depois de adquirirmos algumas garrafas de vinho, bem como azeitonas e um delicioso chocolate produzido com vinho Malbec e frutilla (morangos).
Cumpre citar que os preços extremamente atraentes das vinícolas de qualidade são importantes para o turista, pois o peso está bastante desvalorizado!
Um brinde juntamente com o Alejandro |
Nossos vinhos sendo embalados |
Lanchando no Parque |
Com a Mafalda |
Lá em cima existem inúmeras placas de bronze alusivas à personalidade do General San Martin e também um Monumento al Ejército de los Andes, que é de 1914, por sua luta e resistência contra a invasão espanhola!
Subindo o Cerro |
Monumento ao Exército dos Andes e General San Martin |
Corredor com placas alusivas ao General |
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