Acordamos às 8h após uma ótima noite de sono, embalados pelo som do rio Urubamba, que passa rugindo a 5 m da janela de nosso quarto! Após lauto café da manhã, seguimos a pé em direção a estação de trem, pois nossa volta era às 9h. Chegamos a Olantaytambo novamente para pegar nossos carros que ficaram em estacionamento particular, e fomos até a praça central da cidade, para admirá-la.
Absortos, observando o burburinho da pequena cidade que na época dos incas era posto de controle e taxas do imperador, eis que surge um Troller com placas de Curitiba! Fizemos sinal e eles pararam para conversarmos. É tão bom encontrar alguém de nossa cidade/país em local tão distante... parece que os conhecemos há anos e que são nossos amigos!!! Assim, a Cleriz, o Fernado e a Taís viraram nossos amigos!
Agora, são 200 km atravessando os Andes peruanos por uma estrada linda, com asfalto perfeito, mas cheias de curvas, em direção a Abancay. O trajeto todo foi feito margeando o rio Colorado, que estava cheio por conta do degelo das neves.
As paradas para tirar fotos foram inúmeras e, numa delas, aproveitamos para degustar o choclo, uma versão melhorada de nosso milho verde, mais saboroso e com grãos enormes e na cor branca. É deliciosamente imperdível!!!
Chegamos a Abancay às 19 h, e parando em frente ao Hotel Imperial, onde nos hospedaríamos, reencontramos o casal de Belo Horizonte (MG), Maurício e Mariana, com quem já havíamos cruzado em Corumbá (MS). Muitas risadas e conversas depois, fomos jantar pollo, cerdo e massas, regados a cerveja e muita Inka Cola (refri tipicamente peruano).
Abancay é uma cidade dormitório sem grandes atrativos. Por isso, no dia seguinte, após o desajuno, no qual fomos surpreendidos pelo pagamento à parte – e caro - de todos os extras (queijo, presunto ou suco), seguimos bem cedo em direção a Nazca, por uma estrada sinuosíssima e desértica.
Lá pudemos observar nevascas, pequenos tornados, muitas lhamas, guanacos e afins. Numa das muitas paradas para xixi e fotos, os meninos encontraram uma bola velha no acostamento... aproveitamos para jogar um futebolzinho a 4000m de altitude!
Até então, estávamos viajando pelo altiplano, com altitudes variando de 2800 a 4500m, com temperaturas de 10°C, em média. Agora, descendo a Cordilheira Ocidental em direção a Nazca, a temperatura começa a subir e chegamos a Nazca, a terra das linhas misteriosas e enigmáticas, a 700m com uma temperatura de 30°C!
Nazca – é uma cidade com, aproximadamente, 35 000 hab, fundada em 1890 por um antropologista, chamado Max Uhle. Sua economia é baseada em pouco extrativismo mineral e muito turismo! Maria Reiche, nascida em 1903, na Alemanha, é uma das principais personagens da história dessa cidade, pois foi ela que, em 1932, chegou ao Peru como professora de Matemática e Geografia e que descobriu, juntamente com Paul Kosok, um professor americano, as linhas que, antes consideradas caminhos incas, eram na verdade, desenhos de figuras diversas, passando a estudá-las e analisá-las. Até hoje ela continua cuidando das linhas, apesar de ter falecido em 1998... seus restos mortais estão enterrados no Museu Maria Reiche, em Nazca.
A cidade possui uma boa infra-estrutura, com restaurantes e hotéis, cortada pela Rodovia Panamericana, a mais importante rodovia do continente!
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