Deixamos o Equador com "gostinho de quero mais" e seguimos para o próximo destino, Colômbia!!!
Nossa entrada por Ipiales foi bem rápida e sem burocracias! Os trâmites incluem o SOAT, cujo custo foi de U$ 32, e necessitamos fazer umas cópias de documentos do carro e do passaporte, já com o carimbo de entrada na Colômbia, o que nos custou outros 60 centavos de dólar.
Para facilitar nossa comunicação, compramos um chip da Movistar por U$18 com uma infinidade de Megas para utilizar e compartilhar dados, além de minutos free.
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Centro da cidade de Ipiales |
Nesta divisa havia muitos venezuelanos, mais do que já havíamos encontrado pelas rodovias do Equador, ou mesmo no Peru. A situação política vivida nestes dias sombrios por estes nossos vizinhos é muito triste e preocupante, pois são centenas (pra não dizer milhares) de pessoas deixando seu país por não terem condições de uma vida digna ou simplesmente poderem se alimentar.
i) Ipiales - Cali: 475 km
Ainda na cidade de Ipiales nos foi sugerida a visita ao Santuário de Las Lajas e seguimos para lá, sem muitas expectativas. Fomos surpreendidos por um local lindíssimo, onde a igreja do santuário foi construída no meio do vale, encrustada na pedra, próxima do rio. Fizemos uma caminhada pelo lugar admirando a natureza e a arquitetura particular do local.
A história deste santuário teve início em 1754, quando uma menina teve uma visão e iniciou-se ali a peregrinação, onde alguns anos mais tarde, em 1769, foi erguida a primeira capela. A atual igreja - 3ª a ser construída - foi construída no período entre 1916 e terminada em 1949. Em 1954, o Papa Pio XII declarou o Santuário de Nossa Senhora de Las Lajas, Basílica Menor e, em 1984, foi declarado Patrimônio e Monumento Cultural do país. Topograficamente, é considerado o mais belo do mundo; religiosamente, é o mais visitado em toda a América Latina; arquitetonicamente, é o mais audaz e original da Colômbia.
Depois seguimos até próximo de Pasto, distante apenas 100 km, onde pernoitamos num posto de combustíveis. Havia muitas obras na pista e o anda-pára acabou "comendo" bastante tempo de viagem hoje e nos outros dias de permanência neste país. Além de obras de recuperação da pista, havia também muitas rodovias sendo duplicadas, asfaltadas, e, de quebra, alguns acidentes provocados pela pressa ou imprudência de motoristas apressados.
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Camping Leña e Carbon - Rosário: $34000 (= R$34,00) |
Assim como no Equador, as subidas e descidas são infinitas por aqui também... aproveitamos o calor dos dias e acabamos pernoitando num
camping/restaurante com piscina, próximo de Rosário. Nosso próximo destino era Popayán, indicada por muitos colombianos como cidade bonita a ser conhecida nesta parte do país.
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Iglesia Ermita de Jesús Nazareno (1617) - considerado o templo mais antigo da cidade |
E as pessoas estavam certas: Popayán é linda mesmo! Conhecida como La Ciudad Blanca, é a capital do departamento de Cauca. Fundada em 1537, hoje com pouco mais de 230 mil habitantes, possui construções antigas bem conservadas, muitas delas reconstruídas após o terremoto de 1983. Perambulamos pelas ruas, cheias de gente, carros e mototáxis: buzinas pra todos os lados, no melhor estilo latino!!
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Iglesia (Claustro) de Santo Domingo, em estilo barroco tardio |
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Ruas movimentadas da cidade |
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Ponte Humilladero (1873), próximo da Universidade, era uma das principais entradas da cidade e
foi construída de maneira sólida, resistindo aos terremotos.
Seu nome é uma referência ao fato de que antes da sua existência, a passagem de um lado
para outro da cidade era feita de joelhos, pelo grande desnível e dificuldade de transposição. |
O calor estava grande, mas percorremos o centro histórico tirando muitas fotos. Antes de deixarmos a cidade, fizemos compras no mercado e tomamos uma jarra de suco de
fresa (morango), delicioso!!!
Nosso próximo destino era Cali, oficialmente, Santiago de Cali! Seguimos para lá, cheios de vontade de conhecer a "cidade da salsa"! O trânsito caótico, misturado ao tamanho da cidade e o calor intenso acabaram tirando nosso desejo de permanecer nela! Conseguimos "nos encontrar" depois de muitas voltas e idas e vindas, chegando ao centro da cidade, onde fica uma das grandes atrações: a Iglesia de San Francisco.
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Complexo religioso/ Iglesia de San Francisco - construído entre os séculos XVIII e XIX,
a partir de uma campanha de arrecadação de fundos realizada pelo Pe. Fernando Larrea, em 1750.
À esquerda, Torre Mudéjar, com 23 m de altura e campanário. |
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Bulevard, com vista da Igreja la Ermita, em estilo neogótico, pois foi construída (1942) após um terremoto que pôs abaixo a antiga construção, muito simples e singela. |
Conseguimos parar o carro num estacionamento pago e seguimos até a Secretaria de Turismo, onde queríamos pegar informações e mapa da cidade. Após passarmos pela segurança, nos foi indicado o caminho e pegamos o material solicitado, recebendo orientações quanto à inseguridade da cidade e cuidados com nossos pertences! Quando finalmente fomos conhecer a Iglesia, ela havia fechado há uns 2 minutos, para siesta!!! Meio frustrados, seguimos pela margem do rio Cali, chamada de
Bulevard, onde havia dezenas de esculturas de gatos e vimos, ao longe, a igreja Ermita.
A cidade de Cali foi fundada em 1536, por Sebastián de Belalcázar, mas só foi realmente expandir-se já nos anos 1950, quando foi construído o Canal do Panamá e a linha ferroviária para o porto de Buenaventura. É a terceira cidade mais populosa da Colômbia, com mais de 2,3 milhões de habitantes. Em 1999, a construção da hidroelétrica no rio Cauca desenvolveu mais a região, impulsionando o desenvolvimento industrial e a irrigação agrícola. Entre os anos 1970 e 1990, Cali sofreu com as máfias do tráfico de drogas, tornando-se território de guerras entre facções criminosas.
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Iglesia Matriz de San Pedro (1772 - 1802): construção inicial em estilo barroco, passou a neoclássico posteriormente. Possui em seu interior um dos órgãos tubulares maiores do país, em madeira talhada, construída pela empresa alemã Walcker. |
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Com nosso novo amigo, Dario, afinador de órgão |
No retorno para o carro vimos a Iglesia San Pedro que estava aberta, pois havia missa. Aproveitamos para entrar e vê-la. Muito linda, com lustres de cristal Bacarat e o portão frontal em cobre com escultura de artista famoso! Enquanto admirávamos seu interior e os detalhes, se aproximou um senhor, Dario, cuja função é afinador de órgãos, profissão bem diferente! Ficamos um tempo conversando com ele e conhecendo um pouco da história do lugar, bem como pegando dicas de lugares bacanas para conhecer na Colômbia. Ele é natural de Medellín e nos deu excelentes informações.
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Parados por uma blitz do exército, a caminho de Buenaventura. A presença dos marines é constante, tentando conter a criminalidade e as atividades de grupos paramilitares e guerrilhas que atual na região. Segundo moradores, mesmo com sua atuação, eles não têm percebido a diminuição na violência da região. |
ii)
Cali - Buenaventura - Armênia: 345 km
Saímos da cidade rumo ao litoral, neste caso, a cidade de Buenaventura, sem, contudo, sabermos nada sobre a cidade em questão. Como era o único local colombiano no litoral do Pacífico, pegamos a estrada naquela direção, subindo e descendo uma serra muito bonita, passando por 9 túneis em sequência e nos deparando com um movimento acima do normal de caminhões, o que já sinalizou que se tratava de uma cidade portuária!
Descobrimos rapidamente que Buenaventura, fundada em 1540, é o segundo maior porto do país e o maior em movimentação de cargas, pois tudo que chega ao país pelo Oriente entra por aqui... A cidade, isolada numa espécie de ilha, é bem bonitinha, porém os arredores são horripilantes, com muita sujeira e pobreza por todos os lados. Considerada o atual centro de traficância de cocaína da Colômbia, a cidade é bastante violenta e sua população é composta por 85% de afrodescendentes, 10% de europeus/indígenas e apenas 5% de espanhóis.
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Calçadão na parte central da cidade de Buenaventura |
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Palafitas na área de mangue |
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Mercado Público da cidade: muita confusão e sujeira |
Fomos até o "centro histórico" onde fomos recepcionados por agentes de turismo, nos oferecendo pacotes de passeios de barco até ilhas próximas para pegarmos praia, pois ali, em Buenaventura, não há praia, pois é área de mangue, assim como todo o litoral ocidental do país. As praias mais bonitas são alcançadas por passeios de barco de, aproximadamente, 30 minutos, sendo as mais famosas localizadas nas Islas Cascajal.
Como não havia local para acamparmos na cidade e nas proximidades, resolvemos pegar o caminho de volta e ficar num dos locais por onde havíamos passado na ida, já na serra, em que dezenas de rios vão formando pequenas cachoeiras e lagos à caminho do mar.
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Los Guaduales - Complexo Hotelero Los Tubos - Cisneros, do Juan Carlos |
Ficamos em Cisneiros, num restaurante com acomodações, em que o Juan Carlos, proprietário, nos autorizou a acampar. Tendo visto o preço da acomodação ($30000, aproximadamente R$ 30,00), resolvemos ficar num dos quartos, o que foi bastante inteligente, pois choveu muito a noite toda! Além disso, cozinhar debaixo daquele toró estava fora de cogitação, então jantamos uma comida típica ali também, por $27000.
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Lago (e represa) Calima, a 1500 msnm, maior lago artificial na Colômbia, com 70 km² de área, responsável por gerar energia para o Valle del Cauca e também ser local de prática de esportes náuticos |
Já na manhã seguinte, com sol, subimos até o Lago Calima, um lindo lago onde passamos o dia curtindo a "praia", acampando ao lado de um riozinho ao final do dia e fazendo um churrasquinho bem gostoso.
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Cidade de Darien - jipes utilizados como táxis pela população da circunvizinhança |
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Painel na praça central de Darien |
A cidadezinha de Darien, às margens do lago Calima, é muito linda e conta com boa infraestrutura. Lá fizemos nossas compras e aproveitamos para passear.
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"Praia pública" do lago Calima, onde a prática do kitesurf tem tido muitos adeptos. Tivemos a felicidade de ver o treinamento de dois esportistas muito habilidosos nesta modalidade! |
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Prost! Saúde! Timtim! |
No dia seguinte, fomos em frente passando por Quindío, departamento cuja capital é Armênia, região famosa pela produção de café. Como não podia deixar de ser, aproveitamos para nos deleitar com um delicioso café colombiano, além de comprarmos doce de café, provamos também alguns deliciosos chocolates a base da fruta.
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La Tienda de Los Mecatos - produtos a base de café de excelente qualidade! A primeira torrefação de café foi em 1947 |
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Flores e frutos! |
Passeamos pelo Museu del Oro Quimbaya, em Armênia, dica de nosso amigo Juan Carlos. O lugar é top e
free! Tem objetos feitos em ouro pelos indígenas que habitavam a região - a civilização Quimbaya viveu por volta de 600a.C. e 500d.C. - antes dos espanhóis aqui aportarem... uma riqueza em detalhes e trabalhos de ourivesaria fina! Valeu muito a pena conhecermos este museu. São 7 os principais museus do ouro na Colômbia, entre eles, este, em Armênia. Os outros estão em Cali, Bogotá (o mais famoso), Pasto, Cartagena, Santa Marta e Medellín.
Seguimos em frente, cada vez mais perto de Medellín, sempre tendo que parar inúmeras vezes nas milhares de obras nas pistas.
Cabe aqui, esclarecer que na Colômbia se paga muito pedágio... e eles são caros! Portanto, no orçamento da viagem de carro pela Colômbia, o pedágio deve fazer parte das despesas, pois consumiu, para nós, cerca de 10% dos valores gastos!
iii)
Armênia - Medellín: 260 km
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Vista da cidade |
Chegamos à Medellín e fomos logo até o centro da cidade tentar encontrar um local para dormir, antes de qualquer coisa, afinal, em cidades grandes esta busca sempre é mais difícil. Um guarda municipal nos indicou o Parque Arvi, um pouco distante da cidade, onde muitos viajantes pernoitam e fomos para lá. No caminho havia um pedágio bem caro ($12000) e fizemos as contas: "serão dois pedágios, pois amanhã retornaremos para a cidade para conhecê-la". Valia mais a pena buscar um
hostel para passarmos a noite.
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Metrocable - Bondinhos que sobem o morro em Medellín: sistema composto
por 4 linhas em operação e mais uma em obras, com 13 estações e mais de 10 km de extensão. |
Buscamos pelo Booking.com e fomos no primeiro... fomos parar no meio do morro, parecido com uma favela, onde tem o teleférico, conhecido por Metrocable! O "povo" nos olhou e seguiu a vida... Vimos que ali não seria uma boa pedida, então descemos o morro novamente (e isso não foi fácil, pois as vielas são mãos únicas e muitas não têm saída). Fomos atrás da segunda alternativa, Su Casa Natura, porém também perdemos uma saída da autopista e tivemos que fazer uma baita volta, em plena hora do
rush e com chuva. Finalmente chegamos ao local e fomos recebidos pela Adriana, que nos atendeu e organizou tudo. Passamos uma noite tranquila e bem abrigada, na companhia do Bruno, um cão
beagle bem velhinho, mas muito afetivo.
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Bruno, pidão, ficou só olhando! Fomos proibidos pelos donos de dar comidinha pra ele, coitadinho!! |
Na manhã seguinte o Harold, responsável pelo
hostel, nos ajudou com boas dicas de como ir ao Parque Arvi sem pagar pedágio e outras sugestões do que conhecer na cidade. Após avaliarmos a qualidade da água, surpreendentemente boa e que vem de mananciais próximos do parque que iremos conhecer posteriormente, seguimos até a entrada da cidade, próximo da estação Sabaneta, Itagüi, onde fica o Cemitério Montesacro. Aqui está enterrado o famoso e criminoso Pablo Escobar.
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Federico, ex-funcionário da família Escobar, responsável pela manutenção do túmulo |
Não fazendo qualquer apologia ao crime, fomos conhecer o túmulo dele por curiosidade e por entender que a história da cidade (e do país) está intimamente relacionada ao narcotráfico e importante ressaltar que na atualidade a cidade conseguiu superar essa "chaga", destacando a cultura e a educação diferenciada para sua população.
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Pueblito Paisa, no Cerro Nutibara |
Voltamos até o Cerro Nutibara, onde se tem uma vista linda da cidade e há um museu no Pueblito Paisa. O Publito Paisa é uma reprodução do povoado de Antioquia do início do século XX, com igreja e prefeitura, além de casario típico onde há lojas de
souvenires e uma infinidade de restaurantes, cuja especialidade é a Bandeja Paisa, que experimentamos e indicamos: é uma delícia!!
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Bandeja paisa!!! Pense num "trem bão, sô"! |
A Bandeja Paisa é um prato típico delicioso composto por: feijão, arroz, arepa (espécie de panqueca de milho), carne moída, costeleta de porco, carne de boi, banana frita, ovo frito e salada de repolho com cenoura.
Paisa é o nome dado ao povo que mora na região noroeste da Colômbia, incluindo a parte dos Andes colombianos. As principais cidades da região Paisa são: Medellín, Pereira, Manizales e Armênia. Geneticamente seriam pessoas cujo pai é espanhol (ou judeu sefardita) e a mãe é indígena (ameríndia). Essa população é conhecida por ser hospitaleira e possuir uma culinária típica muito rica.
Deixamos o pueblito e seguimos para o centro de Medellín, onde conhecemos as famosas e lindas esculturas de Botero, na Plaza Botero. Essas 23 figuras foram doadas pelo artista para a cidade natal, onde ele nasceu no dia 19 de abril de 1932.
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"Venus Dormida", 1994, Bronze |
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"Hombre Caminante", 1999, Bronze |
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"El Hombre ...." |
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"Pensamientos", 1992, Bronze - detalhe: observe a pomba em cima da cabeça dela! |
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"El Perro", |
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Ao fundo, Museu de Antioquia, com obras de arte. Ingresso: $18000 por pessoa
Obra: "El Rapto de Europa" |
O centro da cidade é bastante agitado e tem muita gente desocupada, portanto toda a atenção e cuidado são necessários. Deixamos o Garça num estacionamento pago e seguimos a pé até a praça e de lá, fomos à Catedral Basílica Metropolitana, construção muito bonita, porém estava fechada.
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Catedral Basílica Metropolitana |
Após muitas fotos, fomos em busca do Parque Regional Ecoturístico Arví, sem pagar pedágios, via Calle 44, Cra 40, Calle 49, para lá e para cá... finalmente chegamos, um pouco antes da chuva. Conversamos com o vigia do local, Fernando, que nos explicou que a área de
camping foi fechada (pela presença e atitude indesejada de viajantes inoportunos), mas que poderíamos dormir numa área lateral, desde que saíssemos cedo pela manhã. Nos foi permitido usar os banheiros também. Como hoje havíamos comido no almoço a deliciosa Bandeja Paisa, só beliscamos umas
galetitas e tomamos uma cerveja antes de dormirmos.
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Área de picnic no Parque Arví, arredores de Medellín, com boa estrutura, porém pouca área de estacionamento |
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Vista da cidade. No parque de 16 mil hectares há dezenas de trilhas que podem ser percorridas a pé ou de bike. |
iv)
Medellín - Valdívia - Caucásia - Monteiros - San Bernardo del Viento: (litoral do Atlântico/ Caribe): 500 km
Tomamos nosso café cedinho na área de picnic do Parque e retornamos para Medellín, agora pela Rodovia que segue para Bogotá, contornando para Belo e subindo a serra em direção à Caucásia, pela R25. No meio da subida, um pneu furado mudou nossos planos... Tira tudo do carro, pega o compressor de ar, retorna tudo pro carro, enche o pneu, busca uma
llanteria, conserta o furo, continua a subida... UFA! Isso consumiu algumas horas!
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César e sua esposa, Marina, ainda nos deram uma mãozada de tangerinas e laranjas de seu quintal |
Finalmente conseguimos encher nosso botijão de gás em Don Matias. Estávamos buscando um local que fizesse esse serviço havia dias, mas estava bem difícil, pois o sistema aqui (e o gás daqui) são diferentes do Brasil! Agora teremos mais autonomia com nosso bujão cheio de butano. Na descida da serra a temperatura (que andava meio baixa) começou a subir, dando sinais de que estávamos nos aproximando da praia.
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Muelle em San Bernardo del Viento |
No dia seguinte chegamos à San Bernardo del Viento, primeiro contato com o Oceano Atlântico depois de 43 dias e mais de 12000 km rodados!
Ficamos uns dias acampados no estacionamento da Etilza, senhora muito simpática que permitiu que ficássemos no seu quintal, de frente pro mar, usando seu banheiro e água. Tomamos banho de mar, calmo e morninho e aproveitamos para descansar e curtir o Mar do Caribe, que aqui não é azulzinho, pois a areia é escura.
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Vista do nosso acampamento |
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Praia de San Bernardo del Viento |
v)
San Bernardo del Viento - Coveñas - Islas de San Bernardo - Tolú - Cartagena: 230 km
Passamos dois dias incríveis aqui, só aproveitando o mar e o vento... Daqui seguimos até Coveñas, onde há um Museu da Infantaria de Marinha Colombiana. Parecia interessante, então entramos. O ingresso era de $6000 por pessoa e o Soldado Santarrosa foi responsável por nos acompanhar nesta visita.
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Carro de combate em exposição |
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Servindo de modelo para demonstrar o equipamento militar |
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Dentro da casamata, atirando com um rifle M-14 |
O exército colombiano é o segundo maior das Américas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos da América em número de efetivo. O presidente da Colômbia é o comandante das forças armadas em-chefe. Suas raízes remontam à guerra de independência contra o Império espanhol e teve atuação durante a 2ª Guerra Mundial, bem como enviou tropas para a Guerra da Coreia e atualmente, além de atuar no combate às guerrilhas e ao narcotráfico, também tem atuando nos esforços contra a pirataria na costa da África.
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Réplica do Arco do Triunfo, na França |
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Réplica do Partenon, na Grécia |
Ainda no Museu, conhecemos a Maria Termmes que estava realizando um projeto junto às crianças carentes da comunidade, chamado Los Niños de La Mar e cujo objetivo é chamar a atenção à grande quantidade de lixo que é jogada nos rios e acaba no mar, poluindo tudo e acabando com a atividade pesqueira, arrimo de muitas famílias da cidade.
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Projeto Los Niños de La Mar, da Maria Termmes |
A afinidade foi instantânea e conversamos sobre os dois projetos, o dela e o nosso, que tem tudo a ver. Desta forma, ela acabou nos convidando para acamparmos em sua casa para trocarmos ideias. Acabamos ficando mais alguns dias ali com ela, aproveitando para conhecer a história do lugar, mais sobre a cultura costenã e paisa e aceitando a sugestão de visitarmos as Islas de San Bernardo, num passeio de barco que sai de Tolu.
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Praia de Coveñas - casa da Maria, onde acampamos |
Já Coveñas foi fundada no século XVI (1560) como porto para o tráfico de escravos e no século XX, mais precisamente a partir nos anos 1970, passou a ter importância no setor petroleiro.
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Com nossa amiga, Maria Cláudia Termmes |
Deixamos a casa da Maria após provarmos as deliciosas arepas recheadas com ovo, fritas e com queso... Pense numa coisa gostosa!! As arepas, em si, não tem gosto de nada. Mas estas, que provamos aqui, vão ficar pra história! Além deste prato típico, temos de destacar que aqui, na Colômbia, comemos as melhores e mais deliciosas cocadas da nossa vida!!!
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Arepas recheadas com ovo e queso frito, molho de nata azeda!! De-lí-cia!! |
Chegamos ao porto de Tolu e seguimos direto para falar com o Jorge Armando, da Marina Los Delfines. Pagamos nosso ingresso, $35000 por pessoa para o dia todo de passeio, por 4 ilhas. Após 35 minutos de passeio, alcançamos a 1ª ilha, Boquerón, e dali seguimos para a Isla Palma, onde há um resort de luxo.
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Isla La Palma, com seu Hotel 5 estrelas |
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Islote de San Bernardo - entrou no Guinness por ser a menor e mais populosa ilha do mundo |
Depois fomos até o Islote de San Bernardo, onde desembarcamos para fazer a análise da água. Esta é a menor e mais povoada ilha do mundo, com uma população fixa de 650 habitantes, ocupando uma área de pouco mais de 1 ha. Aqui deveríamos encontrar o Adrian, amigo da Maria, que nos acompanharia na visita e coleta da água fornecida para os locais. Esta água fica armazenada numa cisterna, com capacidade para 400 mil litros, onde se faz a captação da água da chuva e, quando esta acaba, a Marinha fornece água para eles. O desleixo da população com o lixo neste local tão pequeno é visível...
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Islote de San Bernardo |
Dali seguimos até a Ilha de Mucura, onde iríamos ficar por 3 horas. Antes de irmos até o local onde os turistas costumam ficar, área de restaurantes e banho, seguimos com nosso guia, Orlando/Epa, até o outro lado da ilha de Mucura, onde vive o pueblo, com aproximadamente 250 pessoas.
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Área de mangue, na Isla Mucura |
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"Poça" onde as pessoas buscam água para fazer a limpeza e para tomar |
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Desleixo com o lixo, espalhado por todos os lados |
As condições em que esta população vive não são das melhores... lixo por todos os lados, inclusive próximo da única fonte de água que existe no local, uma "poça" a céu aberto, onde animais também podem se aproximar e cuja qualidade de água não é, nem de longe, potável. Aí estas pessoas têm de comprar água, em pacas (pequenos cartuchos) ou botillas, que vêm do continente e cujo custo é alto, e aqui falo tanto do custo em dinheiro, quanto do custo ambiental, pois todo o lixo produzido na ilha deveria ser levado ao continente, mas parece que isso não acontece nesta parte da ilha.
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Atividade pesqueira: retirada do berbigão de dentro da conchas. Observem atrás do homem, são milhares de conchas!! |
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Crianças indo para a escola, na Isla de San Bernardo: esperando a condução, barco, que os levará! Observe que todas estão de uniforme, impecáveis, meninas de vestido e meninos de calça com blusa de gola! |
Depois de conversarmos e observarmos as atividades cotidianas neste lado da ilha, seguimos ao outro lado, "civilizado", onde aproveitamos para nos esbaldar numa água cristalina! Aqui o Caribe é 7 Colores!!!
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Cerveja, sombra e água fresca... Ô, vidão! |
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Mar transparente e água morninha... isso é o paraíso! |
Mais tarde o grupo se organizou e fomos até a Ilha Tintipan, onde também descemos, tiramos fotos e tomamos banho... A volta à Tolu foi bem mais agitada, com ventos fortes e ondas maiores batendo no barco. Retornamos com segurança e, após um banho de água doce cedido pelo Jorge, seguimos até um local para podermos acampar e dormir.
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Isla Tintipan |
A Maria tinha nos dado umas dicas de caminho alternativo, Via La Pita, para fugirmos dos pedágios e das obras na estrada. Seguimos suas dicas e fomos parar em San Onofre, de onde seguimos para a estrada pavimentada. Ali, já quase anoitecendo, fomos parados por uma blitz e, após mostrarmos os documentos, solicitamos um local para acamparmos. Os policiais nos sugeriram o Restaurante El Playon, distante pouco mais de 5 km. Chegamos lá e o gerente nos indicou onde podíamos acampar. Anoiteceu. Fizemos nosso jantar, camarão no bafo com salada, e fomos dormir tranquilamente, pois o dia foi intenso!
No dia seguinte nosso objetivo era Cartagena. Chegamos lá cedo, e vimos uma construção linda no alto do morro. Sem pestanejar, seguimos para lá, o Convento Santa Cruz de La Popa, de onde se tem uma vista lindíssima da cidade.
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Vista da cidade do alto do morro, onde fica o Convento Santa Cruz de La Popa (450 msnm) |
Fundado em 1607 pela irmandade agostiniana, a construção levou cerca de 6 a 7 anos para terminar. Primeiro foi construída a capela e depois o convento. Durante a República, os freis tiveram que abandonar o local, pois ele se tornou um quartel onde Simón Bolívar se estabeleceu com seu regimento. Apenas em 1961 é que o complexo foi devolvido para os agostinianos. O ingresso para visitar o Museu e as dependências custa $12000 por pessoa.
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Interior da capela. |
Cartagena das Índias, ou simplesmente, Cartagena é uma das cidades mais famosas e conhecidas da Colômbia e não é pra menos. É linda, alegre, colorida, agitada!!! Fundada em 1533, já era povoada por povos pré-hispânicos desde 4000 a.C., pela cultura de Puerto Hormiga. Posteriormente, outra cultura, mais desenvolvida, a Monsú, passou a viver nesta área profícua e com pesca abundante. Quando Pedro de Heredia fundou a cidade aqui viviam os Calamarí.
Os espanhóis inicialmente utilizaram o porto de Cartagena para escoar o ouro e a prata extraído das minas em Nova Granada e no Peru, e que seguiam para Havana, Cuba, em sentido à Espanha. Posteriormente se tornou o maior porto escravagista das Américas, tendo sido local onde milhares de escravos vindos da África foram comercializados.
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Castillo de San Felipe de Barajas - Declarado Patrimônio Histórico da Humanidade, em 1984, pela UNESCO |
Saímos de La Popa em direção ao Forte de San Felipe. Estacionamos próximo do local e seguimos a pé. O ingresso custa $25000 por pessoa e há um filme que conta a história da construção e das invasões ocorridas na cidade antes do forte ter sido erguido.
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Lá no alto, ao fundo, se pode ver o Convento La Popa |
A primeira parte da sua construção ocorreu na segunda metade do seculo XVI, quando foram erguidos os primeiros fortes, trincheiras e fossos. Em 1656, o governador Pedro Zapata iniciou a construção e esta primeira etapa terminou um ano mais tarde com um Bonete - nome dado em função da forma, mais parecida com um boné ou touca. Em 1697, Cartagena foi atacada por franceses, que tomaram a cidade. Depois, foi atacada pelos ingleses em 1741, porém eles foram derrotados. Posteriormente, por ordem do Rei Felipe II, foram construídas as primeiras muralhas de modo a impedir novos ataques, e que só foram concluídas já no século XVIII.
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Sistema de túneis que percorrem toda a fortaleza e era onde estava estocado todo a munição |
A partir de 1821 essa fortaleza perdeu sua importância e foi abandonada. Baluartes e partes da muralha foram derrubadas. Seu resgate teve início em 1928, quando foi restaurada pela primeira vez. Desde 2012 o Ministério da Cultura designou a Escuela Taller Cartagena de Indias, responsável pela manutenção, restauração e proteção deste patrimônio.
Daqui seguimos diretamente para o Hilton, onde acampamos (atrás dele), junto com outros viajantes. Havia gente da Argentina e do Chile, todos seguindo rumo ao Norte, alguns indo pro Alaska, como nós. Bom trocar ideias, ouvir e dar dicas, conhecer pessoas!! Essa é a melhor parte de tudo!
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Nosso acampamento, atrás do Hilton |
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Grupode aventureiros viajantes reunidos |
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Vista do lago e da praia, ao fundo |
Ficamos aqui vários dias, até conseguirmos embarcar nosso Garça para o Panamá. Entre a Colômbia e o Panamá há um trecho de 80 km, aproximadamente, conhecido pelo nome Istmo de Darien, onde não há rodovias ou passagem, pois é um pântano profundo e bem fechado. Penso que não haja interesse político em fazer uma obra de ligação via terrestre entre os dois países, pois isso acabaria "prejudicando" as transações comerciais e portuárias obrigatórias que se utilizam do Canal do Panamá para realizá-las.
Enfim, aproveitamos esses dias para conhecermos e nos deliciarmos com esta cidade apaixonante que é Cartagena.
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Ao lado da Plaza de la Inquisicion (Plaza de Bolívar) |
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Torre do relógio ao fundo, na Plaza de los Coches |
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Calles dentro da cidade amuralhada |
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Ao fundo, Iglesia San Pedro Claver, onde há um Museu e está também exposto o caixão
com o Santo Jesuíta Pedro Claver ("Santos dos escravos africanos") |
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Frutas vendidas na rua: limpeza e beleza associadas! Dá água na boca!! |
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Muralha vista de fora |
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Atravessando uma das passagens para dentro da cidade muralhada |
No dia seguinte (sexta-feira) tivemos um problema com o alternador do carro e seguimos até a cidade, fora da parte turística, a fim de consertá-lo em tempo do embarque, que iria acontecer na segunda-feira, dia 04 de março! Enquanto o mecânico buscava um modelo de alternador compatível com o Kia Sportage Diesel 2000, Marcos corria atrás da documentação necessária para o embarque, junto com os amigos e companheiros de viagem, Roy, Gal e Elad, israelenses, com quem iríamos dividir o container e as despesas de envio.
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José, mecânico que efetuou a troca do alternador |
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Alternador Isuzu 4DB1 |
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Andando de mototáxi,do Eduardo, por Cartagena |
O conserto ficou pronto somente no sábado à tarde. Ficamos no Hotel Ibiza uma noite, diária de $ 75000, sem café da manhã, com internet, próximo da oficina onde o Garça estava parado. Tanto o jantar do dia anterior quanto o café da manhã foram feitos na esquina do Hotel (e da oficina), numa avenida agitadíssima. A comida era boa e barata! Quando tudo estava arrumado, seguimos novamente para nosso lugarzinho
free, atrás do Hilton. Lá reencontramos os amigos e mais alguns outros viajantes que chegaram. Lembram do Zé, que encontramos em Nazca?? Pois ele está aqui também.
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Despedidas dos amigos argentinos, chilenos e colombianos |
Levamos o Garça pra lavar num posto, pois para embarcar tem de estar limpinho e aproveitamos para fazer um pouco mais de turismo pela cidade. A documentação estava toda pronta e na segunda-feira, bem cedinho (5h30min da madruga), saímos para levar o carro até o porto de Cartagena, para o embarque.
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Roy, Elad e Marcos emocionados ao lado de "nosso container"! |
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Garça e Kombi azul esperando o fiscal |
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Fiscalização de tudo que há dentro do carro |
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Entrando no container |
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Mais um pra dividir o espaço |
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Com Roy e Ana, nossa despachante. Tudo certo! |
Os trâmites foram relativamente rápidos, houve a inspeção, onde tudo teve que ser retirado do carro para o fiscal olhar e depois retornar tudo novamente para seu devido lugar. Carros embarcados,
container lacrado, seguimos para a casa da Ana, nossa despachante e amiga, para almoçarmos antes de pegarmos os últimos documentos para o desembaraço no Panamá.
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Ana e o marido, almocinho especial! Ficamos devendo a comida brasileira.. ficará pra próxima visita à Cartagena |
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Ana, nossa despachante: referência para serviços de embarque/desembaraço no porto de Cartagena |
À tarde a papelada foi mais demorada... acabamos "perdendo" o dia todo com o embarque e só fomos pra Pousada Cartagena Histórica passado das 18 h. Lá chegando, ficamos quase uma hora esperando alguém vir nos atender... Já estávamos bem nervosos e cansados quando finalmente uma moça apareceu, se desculpou alegando problemas familiares e demos entrada em nosso quarto. O preço era bom ($40000 a diária), o quarto também, porém o hostel não ficava próximo do centro da cidade - informação errônea no Booking.com - e nem de um banco ou supermercado, portanto no dia seguinte mudamos de endereço, sendo levados por um taxista muito bacana para o bairro Getsemaní, uma joia, ao lado da cidade amuralhada, bem no centro "do fervo" e das atrações de Cartagena, por $50000 a diária!!!
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Vista da sacada do Hostal Mikaili - Calle de la Media Luna, no 9-44 (mikailicaribbeanspot@gmail.com) |
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Com Adriana, a proprietária (Celular: +57 314 432 21 43) |
Adriana nos recepcionou no Mikaili Spot 868, e o quarto que pegamos era o mais baratinho... parecia um ovo! Para usar o banheiro a porta do mesmo tinha que ficar aberta, mas tudo bem! Foi nossa casa por alguns dias e estava hiper bem localizado. Podíamos usar a cozinha e tínhamos nossa privacidade, pois a ducha era bem boa e o ventilador deu conta do recado, funcionando direto durante as horas que ficávamos lá dentro (que foram poucas, pois aproveitamos para passear MUITO!!!).
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Nosso "ovo", no Getsemaní |
Conhecer o bairro Getsemaní é um espetáculo à parte. O bairro tem vida própria e é uma excelente pedida tanto para o dia quanto para a noite. Seguro, caminhar por suas vielas coloridas e alegres é tranquilo. Comer e fazer compras também é muito bom, pois há preços e produtos para todo o tipo de turista. Aproveitamos para conhecer a culinária colombiana e internacional diferente, além de nos deliciarmos com os
mojitos e sucos de frutas naturais que você encontra em quase toda a esquina.
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Iglesia de la Santísima Trinidad (1600), na Plaza de la Trinidad, onde os ambulantes oferecem de tudo! |
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Exposições de arte por todos os lados |
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Getsemaní é famosa pelos seus painéis coloridos e artísticos, com temas variados |
Quando Gabriel García Márquez costumava perambular pelas ruas deste bairro, nos idos de 1940, conversando com pescadores e visitando os mercados locais para se inspirar, abastecendo-se de histórias novas, Getsemaní era a parte pobre da cidade, fora da cidade amuralhada, onde os contos de fada e a aristocracia viviam. Aqui viviam as pessoas mais simples, acontecia o tráfico de drogas e a prostituição tomava conta das ruas. Tudo se transformou com o passar do tempo e nas últimas décadas, Getsemaní renasceu para ser um grande cartão postal da Colômbia.
Reconhecida pelos seus famosos painéis, foi sede do Festival Internacional de Arte Urbana, em 2013. Além dos casarões antigos, você encontra aqui o famosíssimo Café Havana, frequentado por García Márquez e com shows noturnos diários, onde se pode ouvir uma boa salsa.
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À noite, o visual muda, mas continua lindo! |
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Plaza de La Trinidad, onde se deu uma das revoltas pela libertação! Observem os painéis ao fundo! |
Aproveitamos nosso dias de ócio para conhecermos a cidade. Passeamos pela orla, fomos até o Fortim e de lá até o porto de desembarque dos transatlânticos, a pé. Conhecemos a praça da Índia, e pegamos praia próximo de onde havíamos ficado por dias (no Hilton). Visitamos o Museu do Ouro dentro da cidade amuralhada, gratuito, e fizemos compras variadas no comércio local, aproveitando os bons preços e realizando negociações sempre que necessário. Foi tudo uma beleza! Povo guerreiro, trabalhador, alegre e colorido! Na Colômbia os preços de alimentação são bem acessíveis e as corridas de táxi são combinadas previamente.
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Ruas enfeitadas atraindo a atenção dos turistas |
Ficamos 4 pernoites aqui, esperando os meninos israelenses chegarem em Colón, pois eles foram para o Panamá de veleiro, pagando U$500 por pessoa, por 5 dias de viagem de veleiro passando pelas Islas San Blas e aportando próximos de Colón (com tudo incluído). Nós decidimos ir de avião e nosso voo era no sábado, para Ciudad do Panamá, onde ficamos 2 dias, antes de subirmos para Colón. Mas essa já é outra história, que ficará para a próxima postagem: Panamá, um país que está se reinventando!!!
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Bye Bye, Colômbia. Até a próxima!! |
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