Desbravar um país do qual pouco se sabe é uma aventura... Mesmo com tantos recursos tecnológicos disponíveis, há pouca informação sobre documentação, regras, costumes,... da Guiana. Isso posto, para nós, a Guiana ou Guyana, era uma completa desconhecida, fato que sempre nos motiva a entrar e conhecer países assim.
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Usina Hidrelétrica de Moco Moco |
Durante nossa permanência em Boa Vista - RR, decidimos ir até o Consulado da Guiana para pegarmos as informações necessárias de modo a entrar com segurança e legalidade no país. Lá no consulado, a atendente, muito gentil, nos informou que teríamos de fazer um documento ali mesmo, solicitando a permissão para trafegar no país com nosso veículo, o que fizemos no mesmo instante (e nos custou R$ 125,00). Tivemos, também, a felicidade de conhecer e conversar longamente com o cônsul, Mr. Rodger King, que nos forneceu inúmeras informações sobre o país, a culinária, a composição étnica e os idiomas. Sim, os idiomas, pois o crioule também é falado por uma grande parcela da população, além do inglês muito ruim (guianense) e dos dialetos indígenas e hindus.
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Com o Cônsul, Mr. Rodger King |
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Mostrando os símbolos do país |
A Guiana, ou Cooperative Republic of Guyana, é o terceiro menor estado soberano da América do Sul, possuindo uma área apenas maior que a do Suriname e do Uruguai, com uma população com pouco menos de 800 mil habitantes.
O nome Guiana significa "terra de muitas águas" e os principais rios que cortam o país são Essequibo, Berbice e Demerara.
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA ENTRAR NESTE PAÍS
Nossa aventura começou já na fronteira. Decidimos passar o Ano Novo em terras guianenses e após termos apresentado nosso passaporte já com carimbo de saída do Brasil, e o certificado de vacinação de Covid e febre amarela, fomos fazer os trâmites do Garça. Ao apresentarmos o documento oficial feito no Consulado em Boa Vista, o agente aduaneiro nos disse que faltava o seguro obrigatório, que deveria ser pago ali na cidade de Lethem. O problema era que fizemos os trâmites num sábado, dia em que a seguradora e nem o banco funcionam. E para melhorar mais ainda a situação, a segunda-feira seguinte seria feriado, portanto apenas na terça-feira poderíamos efetuar a entrada legal do veículo no país.
Isto posto, não tivemos outra opção: buscamos um local bacana para passar estes 3 dias (sábado, domingo e segunda-feira) e a sugestão que já havia sido nos dada por amigos era a Usina Hidrelétrica (desativada) de Moco Moco, distante 25 km da cidade de Lethem. O Sr. Alton, responsável pela área da usina, nos recebeu e após negociação, fixou nossos 2 pernoites em 5000 GYD (=R$ 123,00). Detalhe: o local não conta com nada, nem banheiros. O preço de diária é de 1000 GYD (=R$24,50) por pessoa e para pernoite é cobrado 6000 GYD (=R$ 147,00) adicionais, por pessoa: uma fortuna, se comparado à diária do hotel, que estava em 12000 GYD (=R$ 294,00).
CURIOSIDADES
- O GYD, dólar guianense ou guianês, é oficialmente a moeda da Guiana desde 1839, quando substituiu o florim. 1000 GYD = R$ 24,50
- A Guiana, assim como o Suriname, pertencem ao CARICOM - Comunidade do Caribe ou Comunidade das Caraíbas, um bloco de cooperação econômica e política criado em 1973 para alavancar os países que foram colônias europeias para suprir as necessidades e acelerar o processo de desenvolvimento econômico dos países. O bloco, formado por 15 países e 5 territórios da região caribenha, tem um acordo de livre comércio, fazendo fluir a economia, produtos, serviços, agricultura, indústria e política estrangeira entre eles.
- Cristóvão Colombo foi o primeiro europeu em solo guianense (1498), mas foram os holandeses que iniciaram o processo de ocupação da região estabelecendo colônias em toda a área. Apenas a partir de 1796 é que os britânicos tomaram conta do território hoje conhecido como Guiana. Com a abolição da escravidão, em 1834, os britânicos trouxeram trabalhadores vindos principalmente da Índia, Portugal e China para trabalhar nas plantações de cana de açúcar. Desta forma, os afro-guianenses (30,2%) foram para as cidades formando o maior grupo étnico, enquanto que os indo-guianenses (43,5%) formaram o maior grupo étnico no campo.
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Com Anil e família, além de amigos |
- Apesar do governo britânico ter declarado a colônia independente em 1963, foi apenas em 1970 que realmente a Guiana conquistou sua independência. Desde então, e após muitas revoluções e disputas, existe uma espécie de disputa étnica em que os africanos e os hindus se revezam no poder, "puxando a sardinha pra sua brasa" e prejudicando o país como unidade.
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Comida típica: icocop - uma espécie de "baião de dois", com arroz, carnes de frango e carneiro, feijão fradinho e bem apimentado |
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Delícia feita pela esposa do Anil, Orla (ameríndia) |
- O Monte Roraima, com 2762 msnm, é a montanha mais alta da Guiana, pois está localizada na cadeia de montanhas de Pacaraima, que faz a tríplice divisa de Brasil/Venezuela/Guiana. Pois é... você deve estar se perguntando: mas o Monte Roraima não é no Brasil??? Pois é. O acesso a ele se faz pela Venezuela e geograficamente está dentro do nosso território (ou não?)! Coisas de Guiana!
- Por aqui a regra de trânsito é mão inglesa!! Portanto, é necessário se concentrar para dirigir e na hora de ultrapassar, o motorista deve perguntar pro passageiro se pode ou não efetuar a manobra... depois de uns dias você já se acostuma!
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Atenção na mão inglesa! |
Lethem é a primeira cidade do país, que faz divisa com Bonfim, em Roraima, do outro lado do rio Tacutu. A cidade funciona como uma Zona Franca para os brasileiros e os chineses dominam o comércio local (novidade?). Praticamente todas as lojas oferecem os mesmos produtos (roupas, calçados, produtos para a casa,...), com preços parecidos e qualidade duvidosa. Pra quem lembra da fama do Paraguai de 30 anos atrás, mais ou menos assim! rsrsrsrs
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Primeira passagem por Lethem, com os amigos Gleydner, Ianh e "Gordo" |
Tínhamos a ideia de conhecer a maior atração do país: as Kaieteur Falls (Cataratas de Kaieteur), com seus 226m de altura. Infelizmente o acesso a elas é feito via aérea direto por Georgetown (e caríssimo!). Buscamos outra forma de alcançá-la, porém as informações são bastante confusas e conflitantes... os mapas disponíveis apresentam rodovias onde elas não existem! O disse-me-disse é a informação vigente; isto é complicado num país caro, com poucas opções e pequena infraestrutura. Após uma semana de busca por caminho alternativo, acabamos abandonando a ideia, ficando com aquele gostinho de "quero mais"!
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Pegando dicas com Anil |
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Pernoite no Material de Construção do Anil |
Depois de um fim de semana silencioso e maravilhoso de ano novo em Moco Moco, sem barulho, fogos de artifício, voltamos à cidade de Lethem para finalmente pagar o seguro do Garça para podermos seguir viagem. O pernoite de segunda para terça-feira fizemos no depósito de Material de Construção de um amigo que conhecemos nas cachoeiras - Anil (esse é o nome do novo amigo) e sua família, com quem aprendemos algumas particularidades deste país, onde os ameríndios (9,1%) não tem vez e os brancos são poucos.
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Breakfast com a família de Anil, no Ori Restaurant |
Desta vez conseguimos fazer o seguro, inclusive já extensivo ao Suriname e à Guiana Francesa, por 3000 GYD (= R$ 75,00) e tivemos de voltar à fronteira para apresentar os documentos, desta vez completos. Era o que pensávamos... agora inventaram que tínhamos de ter cópias de todos os documentos!!! Como ninguém falou nada sobre isto, apenas ficamos olhando e a moça responsável acabou tirando as cópias ali mesmo! O fato de falarmos inglês facilitou bastante, pois tínhamos como argumentar e não aceitar qualquer bla-bla-blá inventado na hora pra fazer a gente de bobo. Este detalhe é bem importante, pois alguns funcionários tentaram inventar taxas e procedimentos para dificultar o ingresso e passagem pelo país.
Finalmente, documentados e legais, agora seguimos pela única rodovia disponível - Rupununi Road - de terra, em direção a Georgetown, distante 550km. No primeiro controle de rodovia não havia ninguém e não paramos...
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Num primeiro trecho, a estrada está na savana... campos de cerrado com fauna e flora típicos. No detalhe, tuiuiús |
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Depois de uma transição, floresta amazônica alta e densa |
Nesta primeira noite pernoitamos no Iwokrama River Lodge, distante uns 220km de Lethem, onde o funcionário Mike permitiu que acampássemos próximos de um alojamento mais simples, com disponibilidade de banheiro privativo, gratuitamente. Queríamos tomar um banho no rio Essequibo, mas prontamente nos foi proibido, pois há caimans (jacarés) rondando a área. Ops... melhor tomar banho de chuveiro, então!!!
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Às margens do Essequibo River |
Na manhã seguinte exploramos o Lodge, bem decadente e meio abandonado... uma pena, pois a região é bem bonita, imersa na Floresta Amazônica, com fauna e flora abundante, além de milhares de mosquitos!
Ao retomarmos nosso trajeto para Georgetown, na Rupununi Road, havia uma barreira policial, porém como não havia ninguém apenas diminuímos a velocidade e seguimos adiante, parando na balsa para fazer a travessia do rio Essequibo, uns 500 m adiante. Assim do nada apareceu um policial de moto, muito bravo, dizendo que deveríamos ter parado ali atrás onde havia uma inelegível placa escrito POLICE. Voltamos ao posto policial e tivemos de ouvir, em inglês horrível, que na Guiana é obrigatório parar nas barreiras policiais e apresentar os documentos para a autoridade presente. Ok... Argumentamos que ninguém havia nos dado esta orientação quando entramos no país e que não há indicação alguma sobre os procedimentos a serem feitos, como placas indicando: STOP, documents required, ou qualquer coisa do tipo e também explicamos que no Brasil ou em qualquer outro país do mundo, quando a polícia quer ver nossos documentos, ela está na rodovia e faz a solicitação. Enfim... ele se acalmou e nos explicou que em cada divisa de província/departamento teríamos de fazer o mesmo (mais 2 check-points), o que acabou não acontecendo em uma das "barreiras". Uma bagunça!!
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Esperando a balsa às margens do Essequibo River |
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Observem que o Garça ainda está limpinho... por pouco tempo! |
Depois do rio (a balsa neste sentido é gratuita) a estrada que antes estava razoável, mesmo sendo de chão, passou a ser horrível, cheia de buracos e no posto de controle de Mabura (onde mostramos os documentos novamente) a estrada "desapareceu"! A chuva que estava fina desde a manhã engrossou e a falta de manutenção na pista a tornou lenta e desgastante.
A ideia de chegar a Linden (335km de distância de Lethem) não aconteceu e encontramos uma pequena vila, com 3/4 casinhas, onde pedimos abrigo num telhadinho de lona para fazermos nossa comida e estacionamos para acampar. Um morador autorizou e de madrugada aquele telhadinho virou abrigo para muitos outros motoristas, que penduraram suas redes e ali dormiram, até a manhã seguinte.
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Local do pernoite |
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A chuva intensa do inverno amazônico castiga a estrada |
Na manhã seguinte, debaixo de muita chuva e a estrada cada vez pior, seguimos em frente, até Linden. De lá em diante, asfalto!!!! Affff... Mais 100km e chegamos à capital do país, Georgetown.
O trânsito maluco e muito congestionamento já sinalizaram que além de ser a capital, esta é a maior cidade do país. Toda a área litorânea é abaixo do nível do mar, portanto foram construídos diques ao longo de toda a costa. Os canais extravasores cortam a cidade toda, como se estivéssemos nos Países Baixos. Não há tratamento de esgoto, portanto o cheirinho(fedor) é "sui generis"!
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Ao fundo, St. George's Cathedral |
Georgetown foi fundada em 1781, com este nome, porém foi tomada pelos holandeses três anos mais tarde, mudando o nome para Stabroek (nome do atual Mercado Público). Foi rebatizada em 1812, quando os britânicos ocuparam a colônia durante as Guerras Napoleônicas.
A cidade foi destruída em dois grandes incêndios (1945 e 1951) e como a maior parte de suas edificações é feita de madeira, no melhor estilo vitoriano, muito foi perdido, porém ainda existem muitas construções em madeira, a exemplo da St. George's Cathedral (Catedral de São Jorge).
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St. George's Cathedral |
A Catedral de São Jorge é anglicana e a altura de sua torre atinge 43,5m. O projeto de Sir Arthur Blomfield, iniciado em 1892, foi concluído 7 anos mais tarde. Uma pena não termos tido a oportunidade de ver seu interior, pois estava em reformas quando estivemos por lá. Penso que não será tão cedo que as suas portas serão reabertas, pois não vimos ninguém trabalhando em sua obra.
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Em frente ao Rumi Ghest House, onde nos hospedamos, a uma quadra da Main St. |
Passeamos pelo centro histórico da cidade e descobrimos lugares não turísticos nos dois dias que nos hospedamos por lá. Ficamos no Rumi GhestHouse, local indicado pelo Anil, bem central, e cuja proprietária Kelly nos fez os dois pernoites por 15000GYD (=R$368,00): quarto simples, banheiro coletivo.
Visitamos a St. Andrew's Kirk (presbiteriana de 1818), City Hall (também em reformas), Parliament Building, The High Court (onde está uma estátua da Rainha Vitória), tomamos café no Stabroek Market (local bem agitado, sujo, "perigoso"), visitamos o Museu Nacional (gratuito) e cujo acervo foi parcialmente destruído nos incêndios que acometeram a cidade. Entramos, também, na Sacred Heart Church, igreja católica original de 1861, que foi destruída nos incêndios e reconstruída em estilo moderno. O Museu Antropológico Walter Roth estava fechado há tempos e mesmo ficando a 1 quadra de nossa hospedagem, ninguém sabia que ele não estava funcionando.
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Indo até o Mercado Stabroek. O comércio ambulante toma conta das ruas |
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Stabroek Market: a torre com 4 relógios é a marca registrada deste mercado público, que tem de tudo: desde vegetais, até ouro |
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Uma "zona" de trânsito e ambulantes |
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Tomando café... acabamos perdendo (e reecontrando) a chave do quarto! |
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St. Andrew's Kirk |
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Parliament Building, de 1834 |
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The High Court, onde está a estátua da Rainha Vitória - de 1887 |
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City Hall (em reforma), de 1889 |
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Sacred Heart Church |
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Museu Nacional: inaugurado em 1951, contém acervo diversificado, incluindo animais empalhados, rochas, maquetes e outros |
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Vamos dar uma voltinha? |
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Tivemos 15 minutos para explorar o Museu Nacional (ia fechar pro almoço e não iria reabrir à tarde, nem no dia seguinte) |
Ainda caminhando pela cidade, fomos dar num Farol, construído em 1830, com 31 m de altura e base octogonal. Finalmente chegamos a uma praia, nos fundos Marriot Hotel. Vimos a casa do Primeiro Ministro e também do Presidente da República, localizadas na Main St. (com os canais de esgoto passando em frente)!
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Farol de 1830 |
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Na praia, nos fundos do Marriot Hotel. Encontramos o casal de alemães viajantes, Ulrike e Harald |
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Walter Roth Museum: é o principal museu com acervo referente aos ameríndios da Guiana - FECHADO |
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Canal/comporta extravasora do Demerara River |
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The Red House: famosa pela cor brilhante e chamativa, é do séc. XIX |
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Templo batista |
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Escadaria da Biblioteca Nacional |
Assim também caminhando, descobrimos de uma forma estranha que quase todos os locais ficavam nos olhando e observando o tempo todo, incisivamente. Em algumas conversas tudo se esclareceu, pois a Guiana "Inglesa", na verdade, não é assim tão inglesa, possuindo a esmagadora porção dos habitantes hindus e africanos com seus descendentes. Pessoas de pele clara, como seriam os ingleses, são raridade por aqui.
De maneira geral, tudo no país é muito caro. Por uma pizza pagamos 4500 GYD (=R$110,00), por pedaços de frango, estilo KFC, pagamos 3900 GYD (= R$ 96,00 ), só como exemplos. O custo de vida é desproporcional ao nível do salário mínimo pago aos trabalhadores; em média o salário é de 65000 GYD (= R$ 1600,00), porém com os preços dos produtos oferecidos, caríssimos, é impossível viver bem por aqui. Queríamos comprar uns legumes e manteiga, porém desistimos... a manteiga iria custar mais de 100 reais e o brócolis estava custando entre 30/35 reais a peça!!!
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Supermercado Mattai's: lindo e organizado, porém, caríssimo |
Pudemos entender o porquê de tanto comércio ambulante informal e das pessoas comprarem produtos de qualidade meio duvidosa no Stabroek... os preços por lá são menos abusivos, mas é melhor cozinhar/fritar bem o que for comer!
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Destilaria de água |
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O proprietário mostrou toda a instalação e os diversos filtros para tornar a água potável |
Antes da divisa com o Suriname ainda pernoitamos uma noite na beira do mar. O lugar era bem bonito e tranquilo, mas bastante sujo. Ouvimos de um morador local, espécie de líder comunitário (Village 60), que "as pessoas não cuidam nem do seu quintal, imagine da rua ou da praia"! Uma pena... o país com questões raciais/étnicas bem fortes acaba não se desenvolvendo, mesmo tendo riquezas e sendo bonito. O petróleo foi encontrado há pouco tempo em seu subsolo e estava sendo explorado pela Venezuela, porém por falta de mão de obra especializada e os problemas políticos no país vizinho, resta à população tentar driblar a falta de infraestrutura básica, comprando água potável em pequenas destilarias particulares autorizadas pelo governo, onde se filtra e ozoniza a água em seu estado natural (imprópria para consumo). Observamos que praticamente todas as casas possuem captação de água da chuva e cisternas... como as chuvas são abundantes ao longo do ano, é uma maneira de se suprir deste bem imprescindível à vida.
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Café da manhã na praia |
Pois é... a Guyana é o paradoxo sendo autonomeada "A Terra das Águas" quando não tem nem água potável para consumo, seja na forma de rios aflorados ou em seu subsolo! Muito triste verificar o descaso do poder público, que não oferece à sua população o mínimo necessário para sua subsistência. Pensamos que ainda vai levar muito tempo para que nossos vizinhos guianenses consigam desenvolver seu país! A infraestrutura no geral é muito ruim ou inexistente, fazendo com que toda a população padeça pela falta de serviços essenciais. Só dando um exemplo: nas ruas principais da capital, na frente do Palácio Presidencial e de Embaixadas e Ministérios, correm rios de esgoto a céu aberto!! Um absurdo!
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Ponte flutuante sobre o rio Berbice |
Nossa visita ao país foi rápida, mas intensa! Nestes 9 dias que permanecemos em solo guianense, aprendemos bastante e vimos um povo muito trabalhador, mas sem perspectiva de futuro. Diria, sem sombra de dúvida, que este é o país mais pobre da América do Sul que visitamos até agora.
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Praia em Village 60 |
E que venha a próxima surpresa: o Suriname!
Obrigada pela riqueza de detalhes no seu texto. Nesta semana pretendemos entrar na Guiana.
ResponderExcluirNoeli , grupo Na estrada