Depois de um bom bate papo com a proprietária Jaqueline e seu filho Ronald, e de comermos cerejas "direto do pé", fomos em direção ao Parque Nacional Conguillio. Na entrada do parque descobrimos que para continuarmos aquele trajeto (para cruzarmos o mesmo) teríamos de pagar o ingresso, que era bastante caro, então resolvemos retornar por uns 5 km e pegar outra estradinha que passava por uma região com lava... super interessante!!!
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Declarado parque em 1950 - Reserva da Biosfera Araucaria |
Seu nome deriva da palavra mapuche para "água com sementes de araucária". Entre as atrações do parque estão o vulcão Llaima, Sierra Nevada e paisagens selvagens caracterizadas por ilhas de vegetação completamente cercadas por vastas áreas de fluxos de lava, cobrindo uma extensão superior a 60,8 ha.
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Passeando no meio da lava |
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Vulcão Llaima |
Tínhamos recebido a informação de que havia na região uma glaciar, mas era furada!! O que existe aqui próximo é o Nevado de Sollipulli (que é um vulcão, adormecido há milhares de anos) que nós não fomos visitar, mas que possui uma geleira cuja superfície vem diminuindo com o passar do tempo, ameaçando o abastecimento de água da região.
Na cidade de Melipeuco, que possui cerca de 5600 habitantes, aproveitamos para comer nossa primeira empanada chilena da viagem... deliciosa!!
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As araucárias que dão o charme e o nome à região |
Dali visitamos o lago Corico e sempre pela Ruta Interlagos, chegamos próximos à Villarrica, onde acampamos ao lado do rio. Nosso almojanta foi bem brasileiro: feijão, arroz, ovo frito, salada e bebidas! Uma delícia!! Como fizemos camping selvagem, o banho foi debaixo da ponte, num quase mergulho muito rápido, pois a água estava ge-la-da...
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Lago Colico |
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Relaxando ao sol |
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Vista bucólica da área de camping selvagem |
Quando amanheceu, percebemos que um pneu estava baixo e, desta forma, fomos devagarinho até Villarrica, onde procuramos por uma borracharia (vulcanización). A cidade possui pouco mais de 45 mil habitantes e fica às margens do lado Villarrica. A vista do vulcão de mesmo nome ficou para o dia seguinte, pois estava nublado quando chegamos.
Após o conserto do pneu, circulamos pela cidade e fomos até o ponto que seria a origem da mesma. Infelizmente está abandonado! Então rumamos ao centro, onde estacionamos e buscamos o Centro de Informação Turística. Ele é anexo ao Mercado de Artesanatos e lembrancinhas!! Fizemos umas comprinhas, pois não somos de ferro e aproveitamos para comer umas empanadas fritas. Buscamos uma pousada com bom custo x benefício, pois fazia dias que não acessávamos a internet e queríamos conversar com os nossos filhos, além de realizar alguma postagem, indicando que "estávamos bem e vivos"! Pesquisamos algumas opções, mas não definimos nada, pois era cedo!
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Vulcão encoberto. Lago Villarrica |
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Local onde supostamente foi fundada a cidade |
Villarrica possui pouco mais de 45 mil habitantes e foi descoberta por Pedro de Valdívia em dezembro de 1551. Foi fundada um ano depois por Gerónimo de Alderete, e tornou-se um importante centro de produção de artesanato e móveis de madeira nativa.
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Mercado Público de Artesanato, no centro de Villarrica - Feria Mapuche |
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Vista do Lago na marina |
Como ainda era cedo, seguimos até Pucón distante 25 km, e que também fica às margens do mesmo lago. Quando estivemos em Pucón há 8 anos, a cidade era pequena... agora, levamos um susto, pois ela está muito modificada e cresceu bastante! Não conseguimos reconhecer quase nada e nem achar o restaurante onde festejamos o ano novo ou a pousada onde nos hospedamos.
Circulamos pela cidade, que estava cheia de turistas e pensamos em conhecer o lago Caburgua. A estrada para lá estava congestionada... centenas de veículos se dirigindo ao mesmo ponto! Desistimos deste passeio e estávamos retornando para Villarrica, cujo custo de hospedagem é bem menor, quando encontramos nossos amigos Amândio e Joselle, goianos que estavam retornando de uma volta ao mundo! Foi uma felicidade só reencontrá-los após tanto tempo: nosso encontro havia sido em São Paulo, quando de sua saída em direção ao Alaska, há 4 anos!
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Amândio e Joselle - "Viajandonos4x4" |
Com esse encontro, nossa ideia de voltar à Villarrica foi abandonada e acabamos acampando no camping onde eles estavam, junto com outros dois casais de brasileiros, Mário e Marilise e Neide e Sérgio! Foi muito divertido compartilhar este momento com eles!
Resultado: acabamos combinando de viajar por alguns pontos juntos, pelo menos até a Isla Chiloé!
Legal viajar na companhia de pessoas bacanas e positivas!
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Nos sentindo "em casa" com os amigos |
O café da manhã foi comunitário e longo, regado a muitas risadas e trocas de ideias. Pucón foi revisitada a pé, pelas suas vias urbanizadas e centenas de lojas!! E hoje conseguimos vislumbrar o lindo Vulcão Villarrica de todos os lugares da cidade.
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Vulcão Villarrica - vista do centro da cidade de Pucón |
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Vista do lago |
Pucón possui pouco mais de 26 mil habitantes e é um local muito procurado pelos turistas no verão, por possuir boa infraestrutura para prática de esportes náuticos (caiaque, esqui aquático, passeios de escuna e catamarã) além de trilhas e cachoeiras na visitação ao vulcão no Parque Nacional Villarrica. No inverno é uma boa opção para quem gosta de esquiar na neve e curtir "um friozinho"!
Lá pelas 14h "levantamos acampamento" e continuamos pela Ruta Interlagos até o lago Panguipulli, onde apenas tiramos umas fotos. Nesse percurso nos perdemos dos amigos brasileiros, pois com trailler eles acabaram utilizando outra estrada, mais adequada para o transporte de sua casa ambulante! Aproveitamos para comprar frutas num quiosque à beira da estradinha e beliscamos uns pasteizinhos/empanadas fritas de queijo deliciosos no Rancho Julia Herminia - km 843, Ruta 5 Sur! Este local possui área para camping!
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Levantando acampamento |
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Lago Panguipulli (tierra de leones)- considerado um dos mais bonitos e o maior do Setor dos 7 Lagos |
Desta forma seguimos ao sul, pois havíamos combinado de chegarmos em Frutillar para o pernoite. Na cidade de Los Lagos pegamos a Ruta 5 (principal, duplicada e pedagiada), passando pela cidade de Osorno e de lá, seguindo direto para Frutillar.
A cidade de Frutillar é dividida, pois há a cidade alta, onde mora a comunidade em geral e fica o comércio local - que fica próxima da Ruta Panamericana, e a cidade baixa, que está às margens do lago Llanquihue, e que atrai milhares de turistas pela sua beleza e a vista dos vulcões Osorno, Pontiagudo e Calbuco, além de possuir a infraestrutura necessária para bem atendê-lo.
Chegamos em pleno domingo de sol e a praia estava lotada. A vista realmente foi muito diferente de quando estivemos aqui pela primeira vez, há 4 anos, quando estávamos sozinhos na margem do lago.
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Praia do lago Llanquihue num domingo de sol! Ao fundo, Teatro del Lago |
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O majestoso Osorno. À direita, o que sobrou do Calbuco após a última erupção. À esquerda, o Cerro Tronador |
Frutillar foi fundada em 23 de novembro de 1856, durante o governo do presidente Manuel Montt, por colonos alemães. Possui belas casas estilo alemão e jardins floridos muito cuidados. Como consequência do processo de colonização alemã incorporam-se ao nascente vilarejo os costumes e tradições típicas que os habitantes trouxeram de sua terra natal. Conta com pouco mais de 15 mil habitantes.
Como ainda estávamos aguardando nossos companheiros de viagem, retornamos para a parte alta da cidade e buscamos um sinal de wi-fi onde pudéssemos contactá-los. No posto de combustíveis Copec fomos bem atendidos e nos forneceram a senha para que combinássemos nosso reencontro. Desta forma, combinados feitos, fomos até o entroncamento das rutas e ficamos os esperando. Durante a espera, conversamos com um chileno muito solícito que nos deu as dicas de como chegar ao Camping Municipal, na cidade baixa. Poucos minutos se passaram e nossos amigos nos encontraram. Assim, seguimos para o camping, passeando pelas vielas da parte baixa com os dois trailllers sendo rebocados e causando reboliço pela via beira lago.
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Acampamento sendo montado no Camping Municipal de Frutillar |
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Chegamos em tempo de curtir o pôr-do-sol |
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Jantar top animado com muito pisco, vinho e cerveja!! |
O Camping fica a cerca de 10km do centrinho de Frutillar baixo. Segue-se sempre pela via beira lago, direção norte, contornando o lago. A estrada não é pavimentada e tem muitos sobe-desce. O horário de banho quente por estas bandas é sempre pela manhã, mas conversando com jeitinho, convencemos o zelador do local a ligar o gás e assim pudemos tomar um delicioso banho quentinho antes de dormirmos, debaixo de céu estrelado!
O passeio do dia seguinte já estava combinado: eu e Marcos iríamos acompanhar e ciceronear o grupo, visto que já conhecíamos a cidade e região.
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