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domingo, 7 de outubro de 2018

Frutillar a Isla Chiloé - Chile - Janeiro de 2018

Vulcão Osorno - lago Llanquehue (lugar escondido)
Após lauto e caprichado café da manhã, nos organizamos e seguimos em 3 carros para dar a volta no lago Llanquehue, sentido horário. É um belo passeio a fazer pois se tem a vista do Lago por todos os lados e com muitas atrações em toda volta.
Fomos a para a parte alta, onde nossa amiga Neide buscava pelo cartão que lhe permitisse utilizar o celular online aqui no Chile, e após algumas paradas, finalmente achou. 
Sentido Norte, até Puerto Octay, também localizada às margens do lago Llanquehue, cidadezinha de pouco mais de 10 mil habitantes, colonizada por alemães e elevada à categoria de comuna em 1891. 

Vista do cemitério da comuna Puerto Octay

As casas construídas pelos colonos têm estilos próprios, com a disposição de madeiras de maneiras diferentes!

Seguindo os amigos, Joselle e Amandio, do viajandonos4x4 
Ainda em sentido horário, fomos em direção ao vulcão Osorno, lindo e majestoso, com mais neve em seu topo do que quando estivemos por essas bandas há 4 anos. Subimos a estradinha que dá acesso ao vulcão, serpenteando a montanha e aproveitamos para fazer um treking, enquanto nossos amigos se divertiam subindo de sillas até o primeiro estágio. 


O Vulcão Osorno tem aproximadamente 2650 msnm e é um vulcão ativo do tipo estratovulcão. Sua primeira ascensão foi em 1848. Ele está dormente desde 1869. A pista de esqui tem um teleférico gigante que leva os esquiadores (ou só observadores) até dois pontos de parada.  Na frente do Osorno, além de avistar todo o lago Llanquehue, vê-se Puerto Varas, Frutillar, e também temos o privilégio de ver de frente o outro gigante, o vulcão Calbuco, que recentemente entrou em erupção, mudando seu perfil.

Vista superior da subida para o Vulcão. Ao fundo, vulcão Calbuco

Tabela de preços para esquiar (no inverno) ou simplesmente subir de a montanha

Esperando nossos amigos

Vista superior do 1° estágio 
Nosso passeio circundando o Lago continua e encaminhamo-nos para Salto del Petrohue, onde ficamos esperando pelos amigos. Nós (Marcos e Mari) não fizemos este passeio novamente, pois o custo é significativo e já conhecemos essa região de viagem anterior.
Na saída, buscamos um supermercado em Puerto Varas para comprarmos o jantar: hoje vai ter churras!!!
Voltamos ao camping quando já estava escuro e, desta vez, não teve jeito: o banho foi frio mesmo, pois o zelador foi irredutível e não ligou o gás!! Ok... banho frio faz bem pra pele!!!


Na manhã seguinte, a ideia era conhecer Puerto Montt e seguir até a Isla Chiloé - Ancud, pra ser mais exato! Então, após o cafezão desmontamos as tralhas e colocamo-nos na estrada, desta vez em direção sul, rumo a Puerto Montt. Não sem antes darmos uma geral no centrinho da cidade baixa, afinal, nossos amigos nunca estiveram em Frutillar e a cidade é uma graça! Aproveitamos para fazer umas comprinhas básicas (chocolates, sorvete, imã de geladeira pra coleção...) Todos itens de primeira necessidade! Dica: Estacione seu carro em qualquer lugar permitido e passeie sem pressa pelas lojinhas e ruas da cidade. Você vai se surpreender com o que vai ver e encontrar nessa simpática cidade.

Casas estilo alemão e igreja luterana, ao fundo

Teatro del Lago

Tomando sorvete no muelle (molhe)

Igreja Luterana - construída entre 1929 e 1934


Chegando em Puerto Montt, verificamos que se trata de uma cidade grande, sem tantos atrativos e com muito trânsito, o que para nossos amigos que rebocam trailers é um problemão. As ruas estreitas acabam sendo um teste de paciência para realizar manobras com veículos grandes ou compridos. Desta forma, abortamos esse passeio interno e seguimos até o ferry boat, em Pargua, Ruta 5, onde em poucos minutos fizemos a travessia para a Isla Chiloé. Pagamos $ 12000. 

Navio transatlântico, em Puerto Montt

Os viajantes: Marcos e Mari; Sérgio e Neide; Mario e Marlise; Amândio e Joselle

Entrando no ferry, para Isla Chiloé

No ferry, deixando o continente
Ancud ("lugar de cerros ventrudos"- terras férteis) tem pouco mais de 40 mil habitantes e foi fundada em 1767, como fortaleza para resguardar o tráfico no Cabo de Hornos. 
A ilha de Chiloé foi conquistada em 1567 pelos espanhóis e sua população indígena é composta basicamente por descendentes de mapuches (97%). Sua história é muito interessante e cheia de rebeliões e disputas, mas apenas em janeiro de 1926 ela passou definitivamente a ser território chileno, a partir do Tratado de Tantauco.




Ancud era capital da Isla de Chiloé até 1982, quando este título passou para Castro. Charles Darwin esteve em Ancud durante sua 2ª viagem com o Beagle, em 1834. 




Outra curiosidade é que a catedral, a Intendência, os edifícios públicos do centro cívico e 500 casas foram destruídas pelo fogo em 1879. A nova catedral, construída em concreto, foi consagrada em 1º de janeiro de 1900 e dinamitada em 1960, após um terremoto seguido de tsunami ter causado danos significativos à cidade e à estrutura da igreja. 

Como estava anoitecendo, buscamos um camping e encontramos um em Caulín, próximo do canal Chacao, chamado Camping Gaviota. Fomos atendidos pelo Javier, muito solícito. Antes que ficasse completamente escuro, fomos até a praia que ficava perto de uma falésia bem grande. No jantar teve carreteiro (o que havia sobrado do churrasco de ontem foi um excelente jantar hoje). O sinal de wi-fi era precário e só pegava perto da casa do zelador, na entrada. Assim, levamos cadeirinhas para lá e ficamos conversando com nossos parentes e amigos no meio do quintal. 

Falésia da praia próxima de Caulín

Preparando o carreteiro

Anoitecer
Havíamos sido informados de que havia uma pinguineira próxima do local onde estávamos e na manhã seguinte seguimos para lá, não sem antes tomarmos nosso café na companhia de um gatinho muito lindo e folgado. 

Sempre arrumávamos um amiguinho filão de boia!!! 
Ancud fica a 25 km do camping, sempre pela Ruta 5, e de lá seguimos até a Pinguinera Islotes de Puñihuil. O passeio foi top! Avistamos pinguins de Humbold e de Magalhães, cormorões e uma outra ave muito rara com seus filhotinhos, além de um casal de lobos marinhos com filhote. 

Subindo num carrinho que irá nos levar até o barco

Todos ajeitados... lá vamos nós!
Nosso guia, Andriel, foi show! Extremamente animado e comunicativo, passava as informações e brincava com todos no barco, deixando-nos à vontade!


Pinguins de Humbold

Pinguins de Magalhães

Lontra - menor mamífero marinho do mundo

Família indo pra água

Família de lobos marinhos com bebê

Cormorão Lile


O Monumento Natural Islotes de Puñihuil foi criado em 28 de setembro de 1999 e possui uma área de 8,64 ha. Ele está localizado na comuna de Ancud, província de Chiloé, região de Los Lagos. As 3 ilhotas que o compõem localizam-se na costa noroeste da Ilha Grande de Chiloé, em frente à enseada dos pescadores de Puñihuil.



Pedra do Urso

Pinguins 

Vista da praia

Dezenas de fotos depois, voltamos à terra firme, de onde seguimos até um lugar que havíamos visto a placa anteriormente: as maiores empanadas do Chile!! Resolvemos conferir!



Restaurante Madero's


De fato, as empanadas são gigantes... Uma pra cada casal é suficiente! (iguais aos nossos pasteis de vento)

Jardins de Van Gogh no Chile... Vista pra lá de linda!
Barriga cheia e saciados, retornamos até Ancud, no Mercado Municipal, para comprar frutos do mar para o jantar de hoje! Que experiência única! Além dos produtos oferecidos serem de ótima qualidade e preços bem razoáveis, a lindeza do lugar é incrível! Limpo e organizado, ficamos lá dentro por horas...

Mercado Público de Ancud

Batatas multicoloridas e alhos enormes!

Compras feitas... peixe, camarões, vieiras e mariscos
Isla Chiloé é conhecida por suas construções típicas: casas com tabuinhas de madeira diferentes, casas em palafitas e igrejas feitas de madeira. Assim, fomos até Dalcahue - 66 km distante de Ancud -  encontrar uma dessas igrejas famosas! 
Para nossos amigos de trailer, novamente foi um desafio, pois as ruas da cidadezinha são estreitas e tornam as manobras ou estacionamento um desafio constante. Assim, Mario e Marlise e Sérgio e Neide resolveram seguir adiante, buscando local para dormirmos, enquanto os outros dois casais, nós e Amândio e Joselle, aproveitávamos um pouco mais as belezas do lugar e depois seguimos a Castro para verificarmos e comprarmos nossas passagens de navio para que pudessemos embarcar com os carros para a cidade de Chaitén, porém sem sucesso! 

Nossa ideia era embarcar num navio aqui em Castro e seguir via marítima até Chaitén, cidade que foi destruída por uma erupção vulcânica em maio de 2008. O vulcão Chaitén provocou a evacuação total desta pequena cidade. A destruição não se deu somente pelas cinzas que cobriram todo o local, mas também porque as lavas provocaram o deslocamento de um rio, que acabou dividindo a cidade em dois.

Aos poucos, alguns moradores foram voltando ao local, e as atividades na cidade voltaram a funcionar novamente. Daí nosso desejo em conhecê-la. E de lá, continuar descendo a Ruta 7, mais conhecida como Carretera Austral! 

Sem passagens, nada de travessia... Plano B entrando em ação: teríamos de retornar até Osorno, e atravessar o paso Cardenal Antonio Samoré, entrando na Argentina em Villa La Angostura, contornando o lago Nahuel Huapi e descendo até o paso Futaleufu, aumentando o trajeto em 500 km, pelo menos!!! Ficamos chateados com esse empecilho, mas tivemos de nos conformar, pois foram inúmeras tentativas infrutíferas de comprar nossas passagens!! O site da empresa não terminava a operação! Desta forma...



Igreja de São João - Dalcahue
As Igrejas de Chiloé são templos de madeira construídos no arquipélago de Chiloé, na zona Sul do Chile, de acordo com um esquema tradicional que se considera pertencente a uma escola de arquitetura. As igrejas foram construídas entre o século XVIII e o século XIX, tendo a UNESCO declarado 16 das igrejas Patrimônio Mundial, devido a estas serem dos poucos exemplos de construção em madeira do século XVIII nas Américas.

Igreja de Dalcahue

Interior da igreja de Dalcahue

Casas típicas com tabuinhas
... reencontramos nossos amigos na estrada e enquanto decidíamos o que fazer e para onde ir, um sujeito nos pediu ajuda para rebocar o seu carro que havia estragado a poucos quilômetros dali. Amândio fez a boa ação e durante o rebocamento eu aproveitei para perguntar ao rapaz se ele conhecia algum camping por ali. Ele sugeriu um em Huillinco, distante pouco mais de 20 km. 


Despedimo-nos do amigo chileno e seguimos até a tal cidadezinha. O camping era show!!! Sra. Maria Inês e Sr. Jaime nos receberam muito bem e ainda por cima fizeram a gentileza de esquentar água para um bom e quente banho!!! A estrutura do camping era ótima, com cozinha e churrasqueira grandes, refeitório amplo e banheiros limpíssimos! Bom preço e bom serviço é tudo!

Os cozinheiros e seus preparativos

Jantar fantástico, com frutos do mar


Muelle (molhe) em Huillinco
A ilha de Chiloé possui 56 bacias hidrográficas, das quais 5 drenam em direção à baía de Ancud e ao canal de Chacao. Dentro desses, encontra-se o Rio Pudeto - um curso de água pluvial navegável, que tem 12 afluentes, entre eles, o rio Huillinco.

Marcos e eu temos interesse na parte histórica e queríamos conhecer mais algumas igrejas históricas de Chiloé antes de partirmos, além de querermos tentar novamente nossas passagens para Chaitén. Desta forma, cedo pela manhã, saímos mais rápido e começamos a retornar via cidadezinhas, entrando e saindo para visitarmos mais algumas igrejas e tentar entender o porquê de não termos conseguido nossas passagens... as informações eram controversas!  O combinado era encontrar o restante do grupo no ferry de retorno para o continente!

Casal Sra. Maria Inês e Sr. Jaime, simpaticíssimos proprietários do Camping Huillinco

Vista do lago Huillinco

Em Chonchi, fomos conhecer a Iglesia de San  Carlos de Borromeu, além de ver o braço de mar que há ali. 








Dali, seguimos retornando até a Iglesia de Nuestra Señora de Gracias de Nercón, um pouco antes de Castro.


Fomos ver de perto as casas em palafitas, de Castro. 

Maré mais cheia - palafitas de Castro

Maré baixa: casas em palafitas - Castro

Finalmente chegamos ao centro de Castro e visitamos sua Catedral: 

Igreja de São Francisco
Estávamos muito perto da empresa Naviera Austral, a única que fornece as passagens para Chaitén e outros lugares. Havíamos estado lá no dia anterior, porém a funcionária recusou-se a atender-nos, pois havia passado do horário (5 minutos). Hoje retornamos e buscamos as informações do porquê não termos conseguido embarcar hoje cedo... aí a moça nos atendeu, meio desconsertada e acabou sendo muito gentil! Explicou-nos que essa compra deve ser feita com antecedência, visto que só há rotas navegáveis alguns dias da semana e dependendo das condições climáticas! Outro fator a ser levado em consideração é que há alguns dias ocorreu uma tempestade de lama nas imediações de Villa Santa Lucia, deixando a ruta 7 interrompida. Desta forma, mesmo que quiséssemos seguir de navio até Chaitén, não poderíamos usar a ruta e deveríamos esperar 2 dias pelo navio que faria o transbordo para Puerto Raúl Marín Balmaceda... Assim, o errado deu certo!!! E fomos embora com a certeza de que o plano B foi a melhor escolha!



Mais algumas casas pitorescas da região...










 Reencontrando o Amândio e a Joselle no ferry... os outros já atravessaram! Agora é a nossa vez!


Hoje é dia de despedida. Ficamos poucos dias juntos, mas é como se nos conhecêssemos a vida toda! Turma nota 10!! Foi muito divertido fazer parte dessa história!


Despedindo-nos dos casais Mário e Marlise e Neide e Sérgio! Até a próxima! (Posto Copec próximo de Osorno)



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