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Pôr do Sol na cidade de Cerro Azul - litoral central do Peru |
Deixar a capital peruana Lima para trás é necessário pois apesar de não termos tido tempo para conhecê-la melhor precisamos seguir em frente pois quando se viaja com um espaço de tempo previamente determinado é preciso seguir um cronograma básico. É claro que mesmo que se fique um mês inteiro numa cidade recheada de atrações como Lima seria impossível desbravar todas as opções oferecidas, mas desde já sabemos que voltaremos para cá algum dia.
Hoje no nosso 17° dia de viagem ainda pretendemos chegar até a Península de Paracas localizada a 265 km ao sul pela Carretera Panamericana Sur - 1S. Ainda estamos saindo de Lima perto das 16h pois acabamos nos distraindo com as belezas do Museu de Arqueologia e Antropologia e perdemos a hora. Por esse motivo nosso planejamento furou e como no Peru não existe horário de verão, o sol se põe ao redor das 19h fazendo com que buscássemos um local para pernoite antes de Paracas já no Departamento de Ica.
Nossa escolha acabou acontecendo pelo distrito de Cerro Azul, uma praia quase na metade do caminho para a Península de Paracas. Cerro Azul é um distrito da cidade de San Vicente de Cañete, e possui uma população de pouco mais de 6.500 habitantes. Tem poucos e tímidos hotéis e pousadas, bem como pequenos restaurantes e petiscarias, mas para descansar bem nada melhor do que um lugar pequeno e tranquilo. Tão tranquilo que ficamos hospedados no Hostal Alex que nem tinha placa na frente, hóspedes exclusivos, bem de frente para o mar ao custo de $ 130,00 soles para nós quatro. Amizade feita com o Alex dono do lugar ainda aproveitamos para tomar um revigorante banho noturno nas geladas águas do Oceano Pacífico, já quase 20h. antes de um gostoso jantar com frutos do mar no restaurante Puerto Azul.
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Garagem do Hostal Alex |
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Tomando café da manhã na pracinha da cidade de Cerro Azul-Peru |
Belo anoitecer de ontem e ainda mais bonito dia se apresenta para nossa ida para conhecer a Reserva e Península de Paracas.
Claro que na pousada não tinha café da manhã, mas nada que uma panaderia (padaria) logo ali na esquina não resolvesse. Comer onde? Na pracinha central da cidadezinha e ainda dando bom-dia para todos que passavam naquela hora cedinho de manhã.
Passamos rapidamente pela cidade de Pisco poucos quilômetros ao sul antes de Paracas, pois sabíamos que ali havia um Museu Hidrobiológico que gostaríamos de visitar. Acabamos não entrando no tal museu pois o atendente era um velhinho muito mal humorado que não tinha troco para o dinheiro dos ingressos e disse que só entraríamos com dinheiro trocado!! Vai saber o que passava na cabeça do homem?!?!
Mas aproveitamos para conhecer o porto pesqueiro da cidade com seus inúmeros barcos e muitos pelicanos em todos os lugares. Aliás, pelicanos não faltam nessa região e são bastante simpáticos e dóceis.
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Museu do "Velhinho Estressado". |
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Vejam quantos pelicanos no cais à esquerda |
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Pelicanos |
A Península de Paracas é famosa em todo o Peru e conhecida por muitos viajantes pelas suas belezas naturais e recantos de vida selvagem. Está situada numa região marítima muito rica em plancton, nutriente natural que atrai e alimenta inúmeros peixes, moluscos e crustáceos contribuindo para que se apresente uma enorme diversidade de vida animal marinha. Paracas é uma palavra de origem quéchua que significa: para>chuva e aco/acca>areia = Chuva de Areia. Ocupa uma área de 335 hectares e como o próprio nome já indica é sujeita a fortes e constantes ventos com médias de 40 a 60 km/h. Em 7 de setembro de 1820 foi local de desembarque da frota do General San Martin, vindos do Chile, com o objetivo da Expedição Libertadora do Peru que culminou com a libertação de Lima e toda a região do domínio espanhol.
A Península de Paracas também é ponto de partida para a visitação das Ilhas Ballestas e Chincha também santuários de vida animal selvagem todas situadas dentro da Reserva Nacional de Paracas. A região possui boa infraestrutura hoteleira e de alimentação, bem como inúmeras operadoras de turismo que levam os visitantes para passeios náuticos de observação e contemplação de golfinhos, pinguins de Humboldt, lobos marinhos e grande diversidade de pássaros. Também existe lá um porto destinado à atividade pesqueira sendo um dos mais ativos da costa peruana para pequenas embarcações.
O ingresso na Reserva de Paracas custa $ 10,00 soles por pessoa e vale cada centavo, visto que dá direito ao Centro de Interpretação bem como a toda a península, ficando de fora o Museu Júlio C. Tello que é cobrado a parte. Acabamos não visitando-o pois já tínhamos visitado o Museu de Antropologia em Lima sobre a cultura Paracas. Lamentavelmente acabamos não fazendo o passeio de barco pelas ilhas da região motivado pelos fortes ventos, e por isso também não pudemos avistar o famoso petrogrifo de Paracas conhecido como "O Candelabro" .
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Museu e Centro Interpretativo de Paracas |
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Mari com um flamingo |
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Caminho para uma Lagunilla onde podem ser avistados pássaros |
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Vejam o voo da gaivota passando na frente do Doug |
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Centenas de ninhos de pássaros na falésia da Praia da Calleta-Lagunillas |
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Porto pesqueiro de Paracas |
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Pelicanos sociáveis |
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Mirante da praia de Yumaque na península de Paracas |
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Flamingos |
Para nós que adoramos observar a vida selvagem foi um dia repleto de surpresas para todos os gostos. Existe um circuito que se pode percorrer visitando as principais praias de Paracas, e é difícil escolher qual a mais bonita ou interessante.
São dezenas à disposição. Umas para apenas relaxar e aproveitar o sol. Outras para poder literalmente interagir com a curiosa vida selvagem que se aproxima dos humanos. Outras ainda para explorar e descobrir como vivem os pássaros nas encostas e falésias da península. O turista tem a disposição algumas passarelas e caminhos construídos para o conforto de uma caminhada, bem como também mirantes em locais mais elevados onde se pode avistar boa parte da costa.
O Centro de Interpretação da Reserva Nacional de Paracas é ponto obrigatório a ser visitado antes de se aventurar pela península e ilhas ao redor. Auto guiado é explicativo/interpretativo e mostra todas as fases da formação geológica e evolutiva do lugar. Também expõe esqueletos e réplicas de aves, peixes, crustáceos e mamíferos dos mais variados colocando-os no seu habitat de forma lúdica e de fácil entendimento.
Já é meio da tarde e hoje queremos chegar a Nazca mais uns 220 km ao sul. O difícil é ir embora de lugares tão bonitos e ainda mais difícil é colocar algumas das dezenas de fotografias que tiramos desse lugar magnífico. Paracas é sim um dos lugares mais bonitos do Peru!
Já estou a dias postergando a troca do óleo lubrificante do nosso companheiro Garça, visto que mais de 8.000 km rodamos desde a última troca. Não dá para facilitar nessas horas e melhor fazer a manutenção preventiva do que mais tarde amargar algum dano no motor que sempre é muito exigido numa viagem desse porte. Então agora é voltar à Panamericana Sur e achar um lugar para abastecer e outro para fazer o " câmbio de aceite"!
Mais alguns kms ao sul e a tão necessária troca do óleo realizamos na cidade de Ica. Agora é só chegar em Nazca para almoçar, jantar e dormir. Almoçar e jantar junto pois hoje não tivemos tempo a perder com a alimentação, só umas frutas e sucos a bordo.
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Mais um belo por do sol no litoral do Peru |
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Chegando a Nazca |
Viajar por esse país é muito bom. As paisagens são lindas e a cada final de dia poder ver um belo por de sol não tem preço. Chegando a Nazca mais uma vez fomos presenteados com esse espetáculo, e melhor ainda chegando a mítica cidade das misteriosas linhas de Nazca.
Amanhã tem mais!
VEJAM o VÍDEO DOS PELICANOS!!
Olá pessoal!!,
ResponderExcluirparabéns pelo blog, ótimas dica
certamente o punto turístico mais importante do Peru é Machu Picchu mas não é o único temos muitos puntos turísticos das cuais você ficaria apaixonado algumas de eles são: Cusco, lago Titicaca, Nazca, Paracas, Lima, Arequipa, Ancash, Trujillo, Choqueqirao, montanha colorida ou montanha sete cores e muitos outros lugaras onde pode ficar suas próximas ferias
Boa tarde Vitor Ricardo:
ExcluirNa verdade Machu Picchu talvez não seja o "mais importante", mas com certeza é o mais divulgado pela mídia.
Temos por hábito explorar tudo e já conhecemos estes outros pontos que você citou. O importante é você sempre buscar novas atrações e não se deixar levar apenas pena propaganda evitando assim repetir sempre os famosos "arroz de festa", já tão manjados.
Obrigado pela tua visita e estamos a disposição para esclarecer quaisquer dúvidas.
Grande abraço de todos do Viagem Família
Marcos