Dia 23 de julho de 2015
São Miguel Arcanjo a Jundiaí (SP)
Acordamos pelas 8 da manhã e tentamos
atualizar o blog, porém a internet estava vai-não-vai!
Desta forma, fomos tomar o café da manhã e aproveitamos para conhecer e
conversar com o proprietário da pousada, Claudinei, que também é romeiro. Ele
nos contou algumas particularidades sobre a romaria e sobre a cidade de São
Miguel.
Saímos da pousada e seguimos rumo ao
Parque Carlos Botelho, agora no Núcleo São Miguel.
O Parque Carlos Botelho
(pe.carlosbotelho@fflorestal.sp.gov.br) ocupa uma área de 37644,36 ha de
Mata Atlântica, abrangendo os municípios de São Miguel Arcanjo, Capão Bonito,
Tapiraí e Sete Barras e foi criado em 1982. O ingresso ao parque custa R$ 6,00
por pessoa, porém estudantes e professores da rede pública não pagam! Em seu
interior há cachoeiras e belos rios, além de rica diversidade de animais e
plantas. O Parque abriga a maior população do muriqui - mono carvoeiro - o
maior primata das Américas, sendo assim, ele é um importante refúgio de vida
selvagem, fazendo parte de um corredor contínuo ecológico formado pelos Parques
Estaduais Intervales, PETAR, Carlos Botelho e Estação Ecológica Xitué. Pelo seu
grande valor ecológico, recebeu o título de Sítio do Patrimônio Mundial da
Humanidade, pela UNESCO, em 1998. A trilha das Bromélias é adaptada para
deficientes físicos e apresenta caráter recreativo e educativo, podendo ser
percorrida em alguns minutos (10 min, aproximadamente).
|
Tucano anão |
|
Mari e Andressa, nossa guia pela trilha do Parque |
|
|
Após uns 25 km, chegamos à entrada do
Parque - também interditada - e o segurança nos indicou a entrada da sede. Lá
fomos atendidos pela Andressa, estagiária de Engenharia Florestal, que gentilmente nos
acompanhou na Trilha dos Fornos e Represa. As trilhas são tranquilas e seguras, sendo bem demarcadas, mas apesar disso são feitas com a monitoria de um guia do próprio parque.
No trajeto pudemos observar inúmeras espécies de árvores, plantas em geral e arbustos, sendo que diversos deles são acompanhados de uma plaqueta com informações sobre o espécime.
A região anteriormente devastada pela ação dos madeireiros e carvoeiros está bem recuperada e conta com rios e cursos d'água límpida que aproveitamos para matar a nossa sede.
Também se avistam pássaros diversos, e com sorte pode se avistar mamíferos como roedores e macacos. Nossa sugestão é para melhor sorte de avistamento, percorrer as trilhas bem cedo pela manhã e em bastante silêncio.
Essa região é o berço natural do Mono Carvoeiro ou Muriqui (Brachyteles arachnoides), mas não tivemos a sorte de avistar nenhum pelo adiantado da hora.
|
Rios de água límpida e pura |
|
Matando a sede com a água pura do rio. |
|
Forno nº 1, o mais preservado |
|
Cipó todo retorcido
|
Mono Carvoeiro ou Muriqui. |
Conversamos bastante com a guia Andressa e descobrimos
que essa região fora uma propriedade particular cuja atividade econômica era
produção de carvão! Ou seja, toda a área havia sido desmatada e foi feito o
replantio e reflorestamento da mesma. Há poucos espécimes de mata primária,
sendo a maioria composta por mata secundária. Caminhamos por cerca de uma hora
e chegamos aos fornos, onde era produzido o carvão. O primeiro está bastante preservado,
porém os demais (são 5, no total) estão bastante danificados pela ação do tempo
e da natureza, que tem ocupado os espaços.
|
|
Represa |
|
Jacutinga |
|
Trilha das bromélias |
Observamos passarinhos, algumas pegadas
(inclusive de anta) e diversos espécimes de árvores. Muitas fotos depois,
chegamos à represa que fornecia energia elétrica para o parque e que hoje está
desativada. Retornamos à sede e lanchamos os sushis que havíamos comprado no dia anterior,
acompanhados das batatas que sobraram do jantar.
|
Pegadas de anta encontradas numa trilha. |
|
Almoçando sushis adquiridos no dia anterior. |
Depois, retornamos à cidade para tentar
encontrar um imã de geladeira para a nossa coleção. Acabamos comprando um vinho
branco de uva Itália, pois não havia nem um simples ímã de geladeira para comprar!!! Seguimos então até Jundiaí,
distante uns 190 km, onde nos hospedamos na casa do casal maravilhoso de primos,
Adriana e do José Roberto.
Muita conversa antes e depois da pizza,
fomos nos recolher, repensando e readequando nosso roteiro para os próximos
dias.
Boa noite!
Poxa que legal, adoraria conhecer esse parque é realmente muito bonito.
ResponderExcluirMarcia: aproveite o tempo de verão, pois poderá curtir as cachoeiras e rios para um bom e belo banho.
Excluir