Viagem Família______________________________________

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sábado, 1 de junho de 2019

EUA 1 - Dicas e nossas experiências no Texas, Novo México e Utah!!!!


Rest Area no Texas, em Laredo
                A chegada aos Estados Unidos da América é como entrar num outro planeta!!!


TEXAS: Laredo, San Antonio, Houston, NASA, Vernon, Amarillo 


Fila em cima da ponte que separa México dos EUA!!
- ADUANA
Ao atravessarmos a ponte da divisa com o México, em Nueva Laredo, entramos numa fila quilométrica que mesmo tendo tantos carros foi relativamente rápida! Já no guichê, apresentamos nossos passaportes com os vistos e fomos direcionados a um dos boxes onde os policiais fazem a revista da viatura
Tudo muito organizado e profissional, olharam o carro todo, abrindo aqui e ali, vistoriando e checando cantinhos... Estavam em dois e ficavam rindo de nossas tralhas e bagunça! Nesse ínterim estávamos atrás de uma muretinha observando tudo e conversando com outros dois policiais que estavam muito curiosos com nossa viagem!
O policial aduaneiro que nos acompanhou até o guichê tentou negociar nossa permanência para mais de os 6 meses normais, porém sem sucesso! Desta forma, nossa entrada pessoal foi paga, U$ 12, e estávamos livres para seguir! Não existe nenhuma exigência de papel especial ou taxa para o carro, a única preocupação na aduana americana (e canadense) é com a pessoa!Todos os procedimentos não duraram mais que 1 hora! Caso você compre ou alugue um carro por aqui, aí terá de pagar as taxas e seguro obrigatório!

Chegando à cidade de Laredo, encontramos uma cidade limpa e organizada, com ruas amplas e trânsito tranquilo, sem buzinas. Paramos num posto de combustíveis para comprar um mapa rodoviário e achamos apenas um atlas rodoviário bem completo, mas muito grande, por U$ 5! Compramos, pois nossa internet saiu do ar (o chip que havíamos comprado no México com a promessa de funcionar nos EUA não funcionou) e precisamos nos localizar.  Fomos até o Walmart e ficamos chocados!!! Aquilo é uma loucura!!! Tem tudo!!! Diferentemente do Brasil, trata-de de um hipermercado que realmente tem tudo!!! Os preços são bem interessantes e há coisas muito baratas!! 
Fomos até a loja AT&T e compramos um chip com plano mensal por U$ 50, que se pago com cartão de crédito ficava em U$ 40 mensais, com internet free (16 M) e direito à ligações. Mais tarde descobrimos que o valor pago dependia do uso (ficava com bônus) e houve meses em que pagamos só U$ 10!!

Nosso primeiro pernoite foi em uma rest area maravilhosa, em estilo marroquino, com azulejos pintados, arco cheio de detalhes, contando com banheiros limpos, máquinas de refrigerante e lanches rápidos, mesas e bancos, acesso à internet, ponto de luz, além de vastas informações turísticas do estado, com mapas e revistas detalhadas sobre TUDO que se encontra no Texas, free!!! Nossos amigos viajantes já haviam nos dito que havia essa opção ótima e sem custo para acamparmos nos EUA, mas sermos recebidos em nosso primeiro pernoite desta forma foi realmente um excelente cartão de visitas, que se repetiu dezenas de vezes (pra não dizer centena) nos meses de estadia nos USA!
Rest area no Texas, próximo de Laredo

As rest areas são áreas comuns onde caminhoneiros, viajantes e motoristas em geral encontram local para descanso, banheiro,  picnic, informações turísticas (quando estão na divisa dos estados) e até pequenos museus! A única coisa de que sentimos falta nestes locais foi de ducha!! Para tomarmos banho, ou utilizávamos nossa ducha do carro (fria) ou então tínhamos que pagar pelo banho quente em postos de combustível (a rede Lowe's é famosa) e não é barato, pois eles fornecem toalhas, sabonete, shampoo, creme de barbear, ... mas isso têm custo: U$ 10, em média, por banho!


Nosso caminho passava por San Antonio, distante 250 km de Laredo, cidade famosa e importante na história dos EUA, pois aqui aconteceram muitas disputas na separação com o México. Fundada em 1718 como missão espanhola, é a cidade mais antiga do Texas e tem patrimônios tombados pela UNESCO: Missões de San Antonio e Alamo. O local foi Império Espanhol entre 1769 e 1821, Império Mexicano entre 1821 e 1823, Estados Unidos Mexicanos até 1836, depois República do Texas até 1846 e só depois disso passou a ser americano, ainda assim passando por 3 estágios diferentes!!!
O Alamo - igreja construída por missionários, funcionou como tal apenas por 60 anos! Depois disso, passou a ser quartel por sua posição estratégica ótima. Foi também cadeia, armazém,... enfim, um lugar cheio de histórias!

Carvalho transplantado aos 40 anos em 1912, por Walter Wall

O Alamo com o Hotel The Emily Morgan - A DoubleTree by Hilton -  ao fundo
A Batalha do Alamo aconteceu no início de 1836 e foi sangrenta, onde o exército mexicano arrasou a força texana formada por europeus americanos que eram moradores da região e queriam a independência do estado.  No mês seguinte, muitos outros americanos, incentivados pelo combate e revoltados com o que havia acontecido se alistaram e lutaram contra os mexicanos, na Batalha chamada San Jacinto, derrotando as forças mexicanas e instituindo a República do Texas.




San Antonio parecia uma cidade fantasma. Com exceção do setor histórico, cheio de gente, as ruas do centro estavam às moscas, mesmo sendo segunda-feira perto das 14h!! Aproveitamos para andar no calçadão (boulevard) às margens do rio San Antonio.


Rio San Antonio de 240 km de extensão e que atravessa 5 condados


Dali seguimos para Houston, para visitar a NASA!!! Paramos em outra rest area maravilhosa para o pernoite, com direito à mini museu.


Houston é uma cidade imensa, cheia de viadutos e highways com 5 pistas!!! Sem MapsMe ou Google Maps dá pra se perder ou então perder alguma entrada... Seguimos o GPS e pegamos a saída certa para Galveston. Chegamos à NASA - National Aeronautics and Space Administration - no começo da tarde e depois de estacionarmos pagando U$ 5, fomos pagar o ingresso: U$ 29,90 por pessoa!!!



O lugar é incrível e já na entrada conhecemos um brasileiro de Joinville, Rafael, que iniciou seu  trabalho voluntário ali neste dia. Ficamos passeando pelos galpões, tirando fotos das naves e acessórios originais usados nas missões aeroespaciais, além de entrarmos na Independence!! Assistimos a apresentação sobre o Projeto Marte e saímos de lá depois das 17h, quando o museu e exposição fecham.













Tentamos pernoitar no estacionamento da NASA, mas não foi permitido... rsrsrsrs
Buscamos outro local e achamos uma Marina Pública na divisa entre Galveston e Pasadena, a uns 15 km da NASA, já no litoral. Lá fizemos nossa comida e batemos papo com Jeff, americano que trabalha num setor na NASA e costuma acampar usando seu carro adaptado.
Com Jeff e sua caminhonete adaptada para camping
Como não havia nenhuma placa indicando que no local não era permitido o pernoite, quando anoiteceu, lá pelas 20h30min, abrimos nossa barraca e dormimos o sono dos justos!


Peixes saltando na água do braço de mar
Fomos acordados na manhã seguinte, às 6h da manhã, por um policial que nos disse "não é permitido dormir aqui"! Argumentamos que não havia nenhuma sinalização neste sentido e ele concordou, porém estava respondendo a uma denúncia feita por morador! Pedimos apenas para podermos fazer nosso café antes de sairmos e ele concordou. No meio de nosso breakfast apareceu outra viatura da polícia e desta vez, o sheriff McCoulogh veio conversar conosco, quase tomando café junto e tirando foto conosco. Uma simpatia em pessoa!



Iniciamos nosso caminho para o Oeste, em direção a Amarillo e à Route 66, no norte do Texas, parando em rest areas pelo caminho e aproveitamos para conhecer o modo de vida texano e suas cidadezinhas.
Bombas de extração de petróleo nos campos, em meio às torres de energia eólica, no Texas

Fazendas às margens das highways. Detalhe: sonorizador nas rodovias!
Homenagem a Sam Houston, mediador em conflitos com indígenas e visionário,
 foi governador do estado do Texas em 1861!
Parque municipal Lucy Park, em Wichita Falls

Local onde deveria estar a cachoeira (que foi construída, não é natural)!! O curso foi desviado para manutenção!

Rio Wichita, após temporada de chuvas
Próximo de Amarillo, já no pedacinho norte do estado do Texas, fica o Palo Duro State Park, com seu famoso e extenso cânion. Sendo o segundo maior cânion dos Estados Unidos em extensão, com 190 km de comprimento e uma largura média de 10 km, atingindo até 32 km em alguns lugares, o Palo Duro State Park fica próximo da cidade de Canyon e tem uma profundidade média de 250 m.

Palo Duro State Park - ingresso: U$ 8 por pessoa


O lugar é lindo e tem uma boa infra-estrutura. É permitido acampar nos lugares próprios para isso, onde há banheiros e pontos de água e luz, para isto bastando apenas pagar a diária (isso pode ser feito pela internet) já na entrada. O destaque deste envelope com os dados é afixado no sítio onde você irá acampar e o $$$ colocado dentro do envelope fica numa caixa, na entrada do parque! Tudo self service!! O Ranger só vem conferir, uma vez por dia, pra ver se está tudo certo! Honestidade é esperada e normal!




Rio Vermelho, dentro do parque
O desfiladeiro formado pelo rio Red Fork há milhares de anos possui muitas trilhas, muitas das quais podem ser feitas a cavalo ou de bike, sendo a mais famosa a trilha do Lightning House Rock, que dá nome ao lugar. Trata-se de uma caminhada de aproximadamente 10 km (ida e volta), mista (pode ser feita a pé, a cavalo ou de bike) e como chegamos ao local meio tarde e não iríamos acampar dentro do parque, pois o custo de camping era meio alto (em torno de U$24 o sítio), acabamos não fazendo a caminhada, apenas tirando fotos da formação rochosa!


Local onde foi filmado o filme com Adam Sandler, "The Ridiculous Six"!


Os americanos chamam essa formação rochosa de Lighthning House Rock, mas o nome original é Palo Duro:
nome bem sugestivo!!! rsrsrsr
Sempre pernoitando em rest areas, seguimos pela Route 66 (um pedacinho) passando por Amarillo, onde além de visitarmos uma feira de Motorhomes (aqui chamados de RV's - Rest Vehicles) fomos conhecer a obra/instalação feita com Cadillacs, chamada de Cadillac Ranch, localizada na Route 66.

Cadillac Ranch - foi criada em 1974, por Chip Lord, Hudson Marquez e Doug Michels, que foram membros do grupo de arte Ant Farm. A escultura é constituída de dez modelos de automóveis da marca Cadillac



Dando nossa contribuição à obra!!
Visitando e "babando" numa feira de motorhomes... Preços realmente interessantes! 
E assim chegamos ao Novo México!!! 

NEW MEXICO - Santa Fé, White Rock, Bandelier National Monument, Route 66

Aqui muda o fuso horário! Uma hora a menos!!!
O estado do Novo México é o quinto maior dos Estados Unidos em área, ficando atrás apenas do Alaska, Texas, Califórnia e Montana, mesmo assim, possui baixa densidade demográfica, com 6,5 hab/km², em média!
42% de sua população é hispânica (daí o nome), pois esta região foi colonizada pelos espanhóis, passando ao domínio mexicano em 1821. Só em 1848 passou a ser anexado aos Estados Unidos, após a Guerra Mexicana-Americana.

Em Tucumcari, às margens da Route 66!


Álvar Nunes Cabeza de Vaca (famoso por ser o desbravador de Barra Velha, SC, onde moramos no Brasil) foi o desbravador que buscou ouro e riquezas em 1528, adentrando o Texas e chegando ao Novo México em 1536!

Santa Fé é a capital do estado do Novo México!
Igreja de São Miguel (1610) - a mais antiga dos EUA

A casa mais antiga dos EUA

Do lado esquerdo, muro da Igreja São Miguel e do outro lado, construções antigas ao lado da casa mais antiga

Dentro da casa mais antiga, a réplica do caixão de Juan Martinez de Montoya, morador antigo que foi decapitado por duas bruxas que ali viviam! Conta a lenda que elas o ludibriaram com um poção do amor que não funcionou e quando ele foi "tirar satisfação" foi atacado por uma delas, que o decapitou. Sua cabeça nunca foi encontrada! 

Feira de artesanato com produtos indígenas

Apresentação cultural na praça central


Arquitetura de Santa Fé

Capela de Loretto, construída entre os anos de 1873 a 1878

Escada milagrosa de Santa Fé - muitos casais tiram suas fotos de casamento no .local!
Passear pelas ruas de Santa Fé,a segunda cidade mais antiga dos EUA, é deslumbrar-se com sua arquitetura particular e bem preservada. Como estivemos na cidade no fim de semana, aproveitamos para ver apresentações culturais na praça central, onde também estava acontecendo uma exposição de carros antigos e tunnados! Entramos na San Miguel Church, igreja mais antiga dos EUA, construída originalmente pelo povo Tlaxcalan, sob a supervisão dos padres franciscanos, em 1610! Ao lado desta igreja está localizada a casa mais antiga da cidade, hoje uma loja de souvenires com um pequeno museu! Muitas histórias interessantes permeiam a cidade e região, palco de filmes de faroeste, onde as diligências eram assaltadas e os mexicanos encontravam abrigo!




Catedral de São Francisco de Assis (1850)
Porém antes da invasão espanhola e mexicana, os habitantes dessa região eram os anasazi, pueblo e navajos. Fomos visitar o Bandelier National Monument no dia seguinte e nos deslumbramos com a beleza e riqueza histórica deste povo que aqui viveu! Os anasazi ("povo antigo", na língua navajo) eram, na verdade, muitas tribos indígenas cujos restos arqueológicos indicam que viveram por volta do séc XIII a.C., em cavernas escavadas na rocha, próximo de rios. Cultivavam a terra, faziam canais de irrigação e possuíam grande conhecimento de cerâmica e tecelagem, com elaboradas tramas e desenhos. Atualmente os descendentes deste povo são os índios pueblo (Zuni e Hopis).




Indo ao interior do parque usando o serviço de shuttle, ônibus de transporte gratuito dentro de parques nacionais 






National Annual Pass: passe anual para TODOS os parques e monumentos nacionais, a um custo de U$ 80 -
válido para todos os ocupantes de um carro/van (até 14 pessoas) 
O Bob, voluntário do Bandelier National Monument, nos informou que o Annual Pass, cujo custo é de U$ 80 anuais, vale para todos os ocupantes de uma van, até 14 pessoas. No nosso caso, pagamos um ingresso para todos os parques nacionais do país, por um ano, para nós dois!!! Além disso, utilizamos pela primeira vez o serviço gratuito de transporte público dentro dos parques, chamado de shuttle, que nos levou até dentro da área do parque. Os horários são regulares e existem pontos onde se pode subir/descer ao longo de toda a trilha.
Importante destacar que em toda terra indígena há cassinos, cuja renda ou aluguel da área é revertido para as áreas de reserva e o sustento deles! É permitido dormir nos estacionamentos destes cassinos, bastando apenas fazer o registro junto à segurança do local! Desta forma, pode-se utilizar todas as facilidades (banheiros, lojas, restaurantes, etc) e contar com segurança a noite toda - não que existam problemas de roubo por aqui!




À caminho de Utah, passamos por região de montanha e pegamos neve pela primeira vez nos EUA - e estamos no fim de maio!!!

COLORADO - passagem rápida por UTE Mountains, Cortez, Dove Creek


Paisagem de filme!


Neste dia aconteceu uma coisa bem bacana conosco! Já no estado do Colorado, na cidade de Cortez, paramos ao lado de um Motel e estávamos acessando o IOverlander (aplicativo usado e atualizado por viajantes) para buscar local de pernoite, quando dois rapazes bateram no vidro e perguntaram se precisávamos de ajuda! Explicamos que estávamos procurando um local para dormir/acampar gratuitamente e eles nos sugeriram ficarmos no Motel Tomahawk, ali ao lado. Explicamos que não tínhamos $$$ para isso e eles nos disseram para ficarmos no estacionamento que havia ao lado. Porém também havia custo: U$20! Novamente dissemos que era caro e que não tínhamos $$ para isso. Daí eles se entreolharam e disseram para entrarmos, pois iriam pagar para a gente! Antes que pudéssemos perguntar seus nomes e agradecer novamente, já tinham saído e entramos na área de estacionamento fechado, onde escolhemos um lugarzinho protegido do vento para colocarmos o carro. Como saiu um solzinho, aproveitamos para fazer nossa comidinha e acabamos conhecendo um rapaz, meio bicho-grilo, chamado Mike, que veio bater papo e falar sobre seus experimentos... segundo ele, é ator estava fazendo uma espécie de laboratório para seu próximo trabalho! Descobrimos que aqui se planta maconha e cogumelos e o chá de cogumelo era seu experimento!! Ah! Tá!!! No dia seguinte, após o café, Mike veio novamente conversar e nos deu um presente: dois patinhos canadenses em madeira, lindos!!!

Área de estacionamento que ganhamos de presente de dois desconhecidos!

Com Mike e os patinhos canadenses de presente! 
Despedimo-nos do Mike e seguimos em direção a Moab (já em Utah) pela road 491... no caminho, um trailler começou a sinalizar atrás da gente, piscando as luzes e acenando!! Qual não foi nossa surpresa de descobrir que nossos amigos, Neide e Sérgio, de Curitiba, estavam atrás da gente!!! Vieram aos Estados Unidos para participar da Overlander Expo que aconteceu dias antes em Flagstaff, Arizona, e estavam aproveitando para fazer um pouco de turismo, antes de devolverem o RV e voltarem pra casa!!  
Com os amigos curitibanos, Sérgio e Neide

Encontros inesperados e maravilhosos durante a viagem!
Foi uma felicidade só bater papo com os amigos brasileiros viajantes que conhecemos no ano anterior, na Patagônia!!! Aproveitamos para fazer um lanche juntos e depois de um bom bate papo, cada casal seguiu seu caminho!! 

UTAH - Moab, Richfield, Bicknell, Torrey, Arches National Park, Capitol Reef National Park, Bryce Canyon National Park, Zion National Park, Kanab
Chegando ao Utah, estado com muitos parques nacionais e formações rochosas lindíssimas!
Um pouco antes de Moab fomos atraídos por uma formação rochosa lindíssima e resolvemos conferir! O Wilson Arch ou Wilson's Arch é um arco de arenito de 91 pés (28 m) de extensão e 46 pés (14 m) de altura, localizado a 39 km de Moab. Seu nome foi dado em homenagem ao pioneiro Joe Wilson que possuía uma cabana próximo da Entrada Sandstone - nome da formação rochosa. 


Dentro do Wilson Arch!!

Looking Glass Road, próximo do Wilson Arch
Decidimos dormir numa outra formação próxima, na Looking Glass Road, um pouco distante da estrada e aproveitamos para fazer uma trilha, contornando todo o monolito. 



No dia seguinte chegamos a Moab, debaixo de chuva fina e muito frio... resolvemos passear pela cidade, fazer compras e passar numa Likor Store para comprar algo alcoólico. Diferentemente de outros estados, aqui em Utah bebidas alcoólicas não são vendidas em supermercados e sim em lojas especializadas, com autorização para tal. As taxas normalmente são mais altas nesses casos e há um controle na venda destes produtos, exigindo-se carteira de identidade (neste caso, de motorista ou passaporte). Cada estado dos USA possui legislação específica! 

Na rua principal de Moab, aproveitando o intervalo da chuva para passear
Como a chuva não deu trégua, aproveitamos para conhecer a cidade nos intervalos em que não caía água, pegamos informações turísticas da região e lavamos roupa com direito a ducha, umas 4 milhas antes de Moab, por U$ 1,75: lavar, U$1: secar e U$3: banho de 5 minutos! Detalhe: não coloquei os 3 dólares na máquina, pois achei 5 minutos muito tempo! Pus U$ 2 e deu pra mim e pro Marcos tomarmos um banho quentinho e bem gostoso... acho que a máquina gostou da gente!!! rsrsrsr

Laundry numa área de camping, fora de Moab, onde aproveitamos para cozinhar enquanto nossa roupa lavava e secava
Buscar lugar para acampar em cidades sempre é complicado, e na área de camping onde lavamos nossa roupa o pernoite seria de U$ 20... inviável! Portanto, voltamos à cidade e encontramos um lugar top atrás de uma lavanderia abandonada, ao lado do cinema da cidade! A noite foi estrelada e indicou que o tempo seria bom no dia seguinte! Obaaaaaa!!!
Rio Colorado


Seguimos para o Arches National Park parando inicialmente na ponte sobre o rio Colorado. A fila para entrar no parque estava grande, pois hoje é segunda-feira de feriado e todos resolveram passear. Rapidamente apresentamos nosso National Pass e entramos, iniciando a subida que leva às formações rochosas, parando na Balanced Rock onde fizemos a trilhazinha. 




O parque possui mais de 2000 arcos em pedra natural, ocupando uma área de 310 km². Em 1929 foi proclamado Monumento Nacional e em 1971 passou a ser Parque Nacional. 






Depois fomos até a Windows - Double Arch, North e South Windows e Turret Arch, onde fizemos algumas trilhas e tiramos muitas fotos. Mais adiante, Upper e Lower Delicate Viewpoint, Sand Dune Arch e no Devil's Garden, optamos pela trilha curta, onde vimos o Pine Tree Arch e Tunnel Arch. O dia foi intenso e cansativo, mas lindo e proveitoso! Acho que andamos uns 10 km subindo e descendo pelas trilhas dentro do parque. 




Sem dúvida, este parque é TOP 10!! 

Voltamos pro mesmo local da noite anterior (atrás da lavanderia abandonada) em Moab para passar a noite. No dia seguinte terá mais! 
Com David, prefeito de Richfield e seu amigo, Greg

Cemitério enfeitado em homenagem aos ex-combatentes - Memorial Day
Fomos à Richfield e na Informação Turística fomos atendidos nada mais, nada menos, que pelo Prefeito, David, da cidade. Visitamos o cemitério todo enfeitado, em virtude do Memorial Day, e continuamos em direção a Bicknell, onde tivemos nosso primeiro contato com a polícia local!!
Marcos entrou na cidade a 36 mph quando a velocidade permitida era de 30 mph!! Uma viatura de polícia estava na rua principal do lugarejo e o sheriff nos abordou, chamando a  atenção: "Você estava muito rápido!" Pegou os documentos e deu as orientações: "não saia do veículo!" Quando ele retornou, evolveu os documentos e deu as orientações: "Boa viagem. Não dirija tão rápido da próxima vez!" Ufa!!!
"Tatankas" - fazenda de bisões perto de Bicknell
Acampamento do lado de fora do Capitol Reef  National Park - Torrey

Capitol Reef National Park tem aproximadamente 97 km de comprimento e 10 km de largura e foi declarado Monumento Nacional em 1937 pelo presidente Franklin Roosevelt. O parque tem o nome devido às falésias de arenito e paredões altíssimos coloridos, torres, cúpulas e arcos.





Rio Fremont
O Capitol Reef abrange o Waterpocket Fold, uma urdidura na crosta terrestre com 65 milhões de ano. Nesta dobra, camadas mais novas e mais antigas de terra se dobravam em forma de S. Essa deformação, provavelmente causada pelas mesmas placas continentais em colisão que criaram as Montanhas Rochosas, resistiu e corroeu ao longo de milênios para expor camadas de rochas e fósseis. 


Seguimos pela Scenic Drive até Grand Wash Road, onde fizemos a trilha de, aproximadamente, 7,2 km por dentro do cânion. Depois fomos até Capitol Gorge Rd, onde havia os tanques naturais onde os mórmons e outros viajantes utilizavam a água para seu sustento. Essa trilha é mais curta, de 1,4 milhas ida e volta.


Piscinas naturais que serviam de reservatório de água para viajantes e moradores


Os nativos americanos da cultura Fremont viviam nessa região por volta do ano 1000 e ali cultivavam milho, abóbora e grãos até que, após um período de estiagem prolongado acabaram a abandonando. A partir de 1870 os mórmons passaram a colonizar o local, extraindo a cal do calcário e cultivando o solo.
Inscrições feitas pelos primeiros colonos e viajantes que passavam pelo cânion entre os paredões 
Este foi mais um dia de caminhada... pelo menos 10 km! Acabamos acampando no mesmo lugar da noite anterior, aproveitando o fim do solzinho para tomar banho (frio) e fazer nossa comida. 

Na manhã seguinte acordamos com o tempo virando e a neve apareceu novamente, nos acompanhando durante o dia todo, inclusive na visita para o Bryce Canyon National Park.


Antes de chegarmos ao Bryce Canyon, fizemos uma pequena trilha no Mossy Cave Trail, aproveitando que não estava chovendo e nevando! Numa caminhada leve de 15 ou 20 minutos  tem-se a visão da cachoeira cuja represa foi construída pelos mórmons escavando as rochas, servindo como reservatório de água para o período de estiagem. Também conhecemos a caverna.

Mossy Cave Trail



Ainda aproveitamos para tomar um café e visitar o Museu do Anasazi State Park, que conta um pouco sobre a forma de vida e cultura deste povo indígena antigo que habitou toda esta região há milhares de anos. 

Hora do café... Com a neve logo cedo, tivemos de sair sem breakfast!


Modelo de casa construída pelos povos antigos



Chegamos ao Bryce Canyon debaixo de muita neve... Resolvemos fazer o passeio assim mesmo - nós e centenas de outros turistas que encontramos pelo caminho!!! O lugar é lindo e as paisagens também!!! 

Natural Bridge 
Apesar do nome, o Bryce Canyon na verdade não é um cânion e sim um imenso anfiteatro natural provocado pela erosão, durante milhares de anos. Com uma área de 145 km², a estrada parque tem 30 km de extensão, que vai subindo as montanhas, passando pelos diversos pontos de observação e trilhas: Bryce Point, Inspiration Point, Sunset Point e Sunrise Point.



O lugar é incrível e o visual, em função da neve, foi mais incrível ainda!!! Mesmo não tendo conseguido fazer a trilha por baixo e apenas vislumbrando as vistas de cima valeu a pena conhecer este parque! 





Nosso acampamento, já na área externa do parque! Foi uma noite ge-la-da!!!
Depois de uma noite fria, amanheceu com solzinho fraco, o que já melhorou tudo! Paramos em Tropic para fazer compras e de lá, seguimos passando por túneis na R12 e depois R89, passando por Mt. Carmel e pegando a R9 para a entrada do Zion Nation Park, onde havia uma fila de mais ou menos 15 minutos de espera para entrar!!! 


Encontrar um lugar para estacionar não foi fácil, pois com feriado TODOS resolveram passear e não havia vagas no estacionamento. Ficamos rodando até que, depois de quase uma hora conseguimos estacionar. 


O nome do parque, Zion (Sião, em português), faz referência à Terra Prometida, pois quando os primeiros colonos (chamados de pilgrins e que eram mórmons) aqui chegaram, se encantaram com o que viram. Com 593 km² de extensão, possui o cânion de Sião com 24 km de extensão e 800 m de altura.


Virgin River


Pegamos o shuttle e fomos passear, indo até o ponto final: Temple of Sinawava. Em pouco mais de 15 minutos de caminhada chegamos ao ponto máximo do cânion do Virgin River, cercado de centenas de turistas e esquilos. Havia placas sinalizando que é proibido alimentar os animais e a multa é alta para quem for pego pelos rangers. No retorno, voltamos serpenteando o rio e tivemos a companhia de dois veadinhos. Retornamos ao shuttle e descemos na parada The Grotto, indo pela beira do rio até Lion Lodge, onde subimos novamente no busão, descendo no Museu. 


O Grande Trono Branco



Dezenas de esquilos esfomeados perto dos "humanos" esperando alguma migalhinha!

Companheiros de trilha: dois veadinhos comendo tranquilamente!




Deixamos o parque com gosto de quero mais, pois as opções de trilhas são inúmeras e conhecemos muito pouco deste parque, o mais famoso e antigo de Utah, e que completará seu centenário neste ano, em julho!

Antigo hotel na cidade de Kanab, onde atores e atrizes famosos ficaram hospedados
Nosso acampamento foi em Mt. Carmel, próximo do rio. Nosso último destino em Utah era a cidade de Kanab, famosa por ter sido palco de filmes de faroeste e por ter tido como hóspedes, famosos atores e atrizes de Hollywood, principalmente entre os anos  1950 e 1970!! No Centro de Informação Turística fomos atendidos pela Lupe, mexicana de Aguas Calientes que mora há muitos anos nos EUA! Ela nos deu preciosas dicas e seguimos para Dinasour Track, onde fizemos a trilha e descobrimos pegadas fossilizadas de dinossauros que viveram nessa região há milhares de anos!! Incrível! 


Placas com destaques para os atores e atrizes que ficaram trabalharam na cidade



Pegadas de dinossauros fossilizadas no Dinosaur Track

Queríamos conhecer o lindo cânion em Pecka Boo, mas lá chegando, verificamos que seria impossível com nosso Garça, pois a trilha era de areia fofa e muito longa, com mais de 5 km! Conversando com um casal que acabava de voltar da trilha, com seu ATV (All Trrain Vehicle), Cony and Tony, ele nos ofereceram uma carona e tivemos um passeio legal e emocionante, com direito a subidas e descidas de dunas... 



Com o ATV do casal Tony e Cony







Despedimo-nos de nossos novos amigos, agradecendo profundamente pelo belo passeio e seguimos em direção ao Johnson Canyon Driving Tour, onde percorremos uma estrada que passa por diversos pontos onde forma gravados filmes, tirando inúmeras fotos nestes cenários!! 






Safira (Australian Cadle Dog) nos fazendo companhia! Rest Area no Johnson Canyon Driving Tour
Utah foi um estado surpreendente, com muitos Parques Nacionais e belezas naturais que nos acompanharam ao longo de muitas aventuras! 

Assim, fechamos esta primeira etapa nos EUA!!! 


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