Viagem Família______________________________________

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segunda-feira, 18 de setembro de 2023

E chegamos ao coração do Brasil: Goiás e a Capital Federal!

Salto do Itiquira - Formosa (queda de 168m)

Retornamos ao coração do Brasil após 8 anos!! Pela BR 020, finalmente deixamos o município de Correntina, na Bahia, para trás e após uma parada estratégica num posto de combustíveis em Juscelino Kubitschek estabelecemos nossa primeira parada no Planalto Central: Salto do Itiquira, pertencente ao município de Formosa.

Como chegamos de tardezinha, o Parque onde fica o salto já estava fechado e a rodovia que leva à atração estava interrompida por cones! Em conversa com um segurança, ele nos explicou que a rodovia fica fechada para o trânsito entre às 17h e às 7h, por haver casas particulares e o parque estar fechado!

Balneário do Tião Borba

Nossa ideia de pernoitar no parque ou seu estacionamento foi por água abaixo... havíamos visto um local/balneário – Balneário Tião Borba - uns 3 km antes e voltamos para lá, conversando com o Tiãozinho, filho do proprietário, que nos recebeu cobrando uma taxa de R$ 20,00 por pessoa (aproximadamente U$ 4), com direito à wi-fi, banheiro, energia e banho de rio.

Como era sábado, havia algumas pessoas tomando banho de rio e aproveitando o restaurante local, mas assim que anoiteceu o local ficou todo para nós! O céu estrelado e o barulhinho da água do rio foram nossos companheiros esta noite.

O Parque Municipal do Itiquira possui boa infraestrutura e cobra ingresso de seus visitantes. Como somos aposentado + professora, pagamos meio ingresso (R$10,00 cada, aproximadamente U$2 cada).



Há 2 trilhas de acesso ao Salto e fomos primeiro ao acesso da Parte Alta. Lá o Gustavo nos deu as informações sobre as condições da trilha, suas regras e também tivemos de preencher um documento (termo de responsabilidade). A trilha tem subida forte em meio a mata, com trechos bem pedregosos onde há cordas para auxiliar a subida (e descida) de 1,6km. O percurso é autoguiado e lá em cima há poços d’águas conhecidos como Garganta do Itiquira. No caminho se passa pelos Mirante da Serra e Mirante do Salto, de onde se têm vistas lindas e aproveitamos para tirar muitas fotos.

Há cordas na subida para facilitar

Escadas e corda para facilitar a subida/descida



Poços da Garganta do Itiquira

Sequência de pequenas cascatas antes do salto



Queda d'água

Já na trilha da Parte Baixa, percorre-se um caminho bem estruturado (em calçamento) de 450m até a queda d’água, considerada a mais alta do Brasil acessível. Havia muita gente no local, afinal estávamos num domingo!

A queda d’água tem 168m de altura e é de rara beleza. A gente "toma banho" pra tirar a foto!!

Y – TYKYRA vem da língua bororos e significa “água vertente, água em abundância, o minadouro”

Em conversa com amigos do Maranhão (Carlão e Diane), descobrimos que estavam em Sobradinho, arredores de Brasília, para um casamento. Eles nos convidaram para nos encontrarmos e acabamos ficando 3 noites na casa da irmã de Diane, Tilma, num condomínio muito bom. De quebra conhecemos mais uma parte da família, tudo gente muito boa!!

Agradecimento aos amigos! Da esquerda pra direita: a recém casada Esther, Carlão, Diane, Tilma (sua irmã) e Thomáz, o noivo (com suspeita de Covid)!
Da esquerda pra direita: Zélia e Correia, Diane e Carlão e Cacau e Mirtes - novos e bons amigos!!

Aproveitamos para visitar Brasília junto com os amigos, desta vez indo até a Concha Acústica, onde há um local de acolhimento para MotorHomes (parecido com aquele que ficamos em Aracaju). Havia muitos viajantes por lá e já conversamos e trocamos ideias com os “colegas” da estrada.

Condomínio em frente ao Lago Paranoá

Deck no Lago Paranoá

Vista noturna de Brasília na Concha Acústica

Turma animada de viajantes

No dia seguinte, levantamos acampamento (desta vez dormimos com nossos colchonetes dentro de casa) e fomos encontrar/conhecer a Márcia e sua família. Ela “nos segue” já faz tempo e era nossa amiga virtual.

Para chegar ao seu sítio no Tororó, contornamos Brasília pela parte alta (não passamos pela cidade, pois era feriado de 7 de setembro e havia desfile cívico em toda a Esplanada dos Ministérios), passando pela torre de comunicações e pelo Santuário de Schoenstadt, de onde se tem uma linda vista da cidade. Passamos em frente à Papuda (!) e chegamos ao Tororó, antiga Fazenda Santa Bárbara, no Condomínio São Francisco II onde a Márcia, seu marido Guillermo e filha Sofia nos esperavam!! Como era aniversário de Guillermo, outras pessoas também compareceram e o evento foi maravilhoso, com muita conversa, troca de ideias, comidinhas mil e banho de piscina. Mesmo Brasília sendo tão quente, à noite o frescor acabou nos obrigando a dormir de edredon...

Agradecimento especial à família Márcia, Guillermo e Sofia pela acolhida!

Turma reunida para o aniversário de Guillermo


Aproveitamos para conhecer a Cachoeira do Tororó em companhia dos novos amigos (desta vez “ao vivo e em cores”). Na área do estacionamento, próximo de uma lanchonete, paga-se uma taxa de visita de R$ 10,00 por carro (U$2).

Tororó, em tupi guarani, significa “enxurrada” ou “pequena cachoeira”. Com 18m de altura, é acessível por trilha média de 1km de extensão.


CURIOSIDADE

A Cachoeira do Tororó foi descoberta em 1892 pela Missão Cruls, que tinha por objetivo descobrir um local adequado no Planalto Central para abrigar a nova capital (previsto na Constituição de 1891). O sonho dos Inconfidentes, projeto de D. Pedro II, executado durante o governo de Floriano Peixoto só criou asas após Juscelino Kubitschek levá-lo adiante, contrariando toda uma classe política da época (mas isto já é outra história!).

Trilha já na descida pra cachoeira

Trilha no cerrado

Um brinde à amizade!

Próxima parada... GOIÂNIA, capital do estado de Goiás, onde encontramos nossos amigos queridos, Amândio e Joselle.


Nossos dias em companhia de nossos amigos viajantes foram intensos. Além de reorganizarmos e efetuarmos alguns consertos no Garça (rotina), trocamos muitas ideias, rimos muito, conhecemos parte da família, tudo gente boa! 

Lindo e imponente Chico dormindo conosco

Curiosa Pipoca verificando se o serviço foi bem feito!

Tivemos a companhia de Chico e Pipoca, o casal de gatos lindos e folgados de Joselle e Amândio. Além de nos acompanharem nos consertos do Garça, verificando os trabalhos realizados e dando sua opinião, ainda dormiam em nossa cama...

Junto de nossos amigos aproveitamos para conhecer alguns pontos turísticos próximos de Goiânia. O primeiro foi a cidade de Trindade, local de romaria de devoção ao Divino Pai Eterno, que remota a 1840.

TRINDADE – um pouco de história

Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, com Joselle e Amândio



A região era povoada inicialmente pelos indígenas de diversas etnias, a destacar os goyazes. Com a colonização portuguesa, o local passou a fazer parte da Capitania de São Paulo. Em consequência das bandeiras e da procura de metais preciosos, criou-se a Capitania de Goiás, na qual Trindade estava localizada. O começo do povoamento se deu em meados do séc. XIX, quando um casal de garimpeiros mineiros – Ana Rosa e Constantino Xavier - encontrou um medalhão com a ilustração da Santíssima Trindade coroando a Virgem Maria às margens do córrego Barro Preto. Foi construída uma capela onde foi exposta uma réplica do tal medalhão e o local acabou virando lugar de peregrinação, atraindo garimpeiros e outras pessoas. Padres vindos da região da Baviera (Alemanha) acabaram se instalando no Distrito do barro Preto a fim e “organizar a romaria”, construindo a Igreja Matriz de Campinas na cidade vizinha. Pouco tempo depois a romaria voltaria ao seu local de origem e seria construída a Igreja Matriz de Trindade (1912, em estilo barroco).

Modelo de carroça usado pelos romeiros

O Santuário Basílica do Divino Pai Eterno (em estilo neoclássico) foi construído entre os anos de 1957 e 1974. Durante os festejos, que acontecem no fim de junho e finalizam no primeiro domingo de julho a presença dos carros de boi é atração – Romaria dos Carreiros.




Produtos coloniais à venda e para degustação!

A festividade é considerada a maior festa religiosa da Região centro-Oeste e a segunda maior do Brasil.

Outro local que conhecemos foi PIRENÓPOLIS.

Apelidada carinhosamente de PIRI, Pirenópolis é famosa pela tradicional e popular Cavalhada, realizada durante os festejos da Festa do Divino Espírito Santo. Fundada em 1727, foi o local onde os bandeirantes encontraram jazidas de ouro nas proximidades do Rio das Almas.




Paramos no Centro de Informação ao Turista na entrada da cidade e lá decidimos ir até Cachoeiras do Bom Sucesso, localizadas numa fazenda de mesmo nome e onde o day use é de R$ 50,00* por pessoa (U$ 10). A trilha que leva às cachoeiras é bem tranquila, sombreada, e conta com 6 cachoeiras no ribeirão Soberbo, afluente do Rio das Almas (pertencente à Bacia do Tocantins), das quais entramos em 3. *meio ingresso para idoso


Cerrado da região

Com o personagem típico - Cavalhadas


Cachoeira do Palmito (ou seria a Landi?)



Cachoeira do Bom Sucesso (que dá nome à fazenda)

Após as 13h resolvemos voltar pra cidade e explorá-la um pouco. Inicialmente chamada de Minas de Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte, Piri teve sua primeira Capela de Nossa Senhora do Rosário construída em 1728 e elevada à Matriz em 1736.

Igreja N. Sra. do Rosário (1728), padroeira dos pirenopolinos

Com o esgotamento das minas auríferas ainda no séc. XVIII, o incremento da agricultura passou a ser a principal fonte de renda da região, até os anos 1830, quando houve o declínio e falência da cidade (em consequência da morte do Comendador Oliveira, mão de ferro da região). Apenas em meados de 1930 é que a agora Pirenópolis voltou a ter um aquecimento na economia, quando foram encontradas jazidas de quartzito-micáceo ou pedra de Pirenópolis, usadas tanto na construção da capital, Goiânia, como também na futura capital federal, Brasília.

Casario e calçamento típicos de Piri



O nome é uma homenagem a Serra dos Pireneus (alguém achou alguma semelhança com os Pireneus, na divisa da França com a Espanha) e o conjunto arquitetônico da cidade é tombado pelo IPHAN desde 1989.




No seu Centro Histórico ornado pelos casarões e igrejas do século XVIII passeamos e nos deliciamos com a beleza do lugar. Visitamos muitos cantinhos da cidade, acabamos almoçando no Restaurante Beco da Lua, na Rua do Lazer e tomamos uma gostosa cerveja artesanal na Cervejaria Casarão, de conhecidos de Amândio e Joselle.


Prost!

Ficamos perambulando pela cidade até a noite. Um charme à parte é a cidade à noite. Foi um dia delicioso e bem turístico!!



O "fofoqueiro" na melhor casa de empadão goiano

Os "fofoqueiros" rsrsrs


Obrigada pela excelente companhia!

Voltando à Goiânia, em algum lugar, em um dia...

Reunião de negócios!

"Se um dia fui pobre, não lembro!" rsrsrsr

Depois de 16 dias em companhia de nossos amigos, deixamos Goiânia e Goiás para trás. Agora nossa aventura será nas Minas Gerais. Mas esta já é outra história...

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