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Salto do Itiquira - Formosa (queda de 168m) |
Retornamos ao coração do Brasil
após 8 anos!! Pela BR 020, finalmente deixamos o município de Correntina, na
Bahia, para trás e após uma parada estratégica num posto de combustíveis em
Juscelino Kubitschek estabelecemos nossa primeira parada no Planalto Central: Salto do Itiquira,
pertencente ao município de Formosa.
Como chegamos de tardezinha, o
Parque onde fica o salto já estava fechado e a rodovia que leva à atração
estava interrompida por cones! Em conversa com um segurança, ele nos explicou
que a rodovia fica fechada para o trânsito entre às 17h e às 7h, por haver
casas particulares e o parque estar fechado!
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Balneário do Tião Borba |
Nossa ideia de pernoitar no
parque ou seu estacionamento foi por água abaixo... havíamos visto um
local/balneário – Balneário Tião Borba - uns 3 km antes e voltamos para lá,
conversando com o Tiãozinho, filho do proprietário, que nos recebeu cobrando
uma taxa de R$ 20,00 por pessoa (aproximadamente U$ 4), com direito à wi-fi,
banheiro, energia e banho de rio.
Como era sábado, havia algumas
pessoas tomando banho de rio e aproveitando o restaurante local, mas assim que
anoiteceu o local ficou todo para nós! O céu estrelado e o barulhinho da água
do rio foram nossos companheiros esta noite.
O Parque Municipal do Itiquira
possui boa infraestrutura e cobra ingresso de seus visitantes. Como somos
aposentado + professora, pagamos meio ingresso (R$10,00 cada, aproximadamente
U$2 cada).
Há 2 trilhas de acesso ao Salto e
fomos primeiro ao acesso da Parte Alta. Lá o Gustavo nos deu as informações
sobre as condições da trilha, suas regras e também tivemos de preencher um
documento (termo de responsabilidade). A trilha tem subida forte em meio a
mata, com trechos bem pedregosos onde há cordas para auxiliar a subida (e
descida) de 1,6km. O percurso é autoguiado e lá em cima há poços d’águas
conhecidos como Garganta do Itiquira. No caminho se passa pelos Mirante da
Serra e Mirante do Salto, de onde se têm vistas lindas e aproveitamos para
tirar muitas fotos.
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Há cordas na subida para facilitar |
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Escadas e corda para facilitar a subida/descida |
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Poços da Garganta do Itiquira |
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Sequência de pequenas cascatas antes do salto |
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Queda d'água |
Já na trilha da Parte Baixa,
percorre-se um caminho bem estruturado (em calçamento) de 450m até a queda
d’água, considerada a mais alta do Brasil acessível. Havia muita gente no
local, afinal estávamos num domingo!
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A queda d’água tem 168m de altura e é de rara beleza. A gente "toma banho" pra tirar a foto!! |
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Y – TYKYRA vem da língua bororos e significa “água vertente, água em abundância, o minadouro” |
Em conversa com amigos do
Maranhão (Carlão e Diane), descobrimos que estavam em Sobradinho, arredores de
Brasília, para um casamento. Eles nos convidaram para nos encontrarmos e
acabamos ficando 3 noites na casa da irmã de Diane, Tilma, num condomínio muito
bom. De quebra conhecemos mais uma parte da família, tudo gente muito boa!!
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Agradecimento aos amigos! Da esquerda pra direita: a recém casada Esther, Carlão, Diane, Tilma (sua irmã) e Thomáz, o noivo (com suspeita de Covid)! |
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Da esquerda pra direita: Zélia e Correia, Diane e Carlão e Cacau e Mirtes - novos e bons amigos!! |
Aproveitamos para visitar
Brasília junto com os amigos, desta vez indo até a Concha Acústica, onde há um
local de acolhimento para MotorHomes (parecido com aquele que ficamos em
Aracaju). Havia muitos viajantes por lá e já conversamos e trocamos ideias com
os “colegas” da estrada.
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Condomínio em frente ao Lago Paranoá |
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Deck no Lago Paranoá |
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Vista noturna de Brasília na Concha Acústica |
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Turma animada de viajantes |
No dia seguinte, levantamos
acampamento (desta vez dormimos com nossos colchonetes dentro de casa) e fomos
encontrar/conhecer a Márcia e sua família. Ela “nos segue” já faz tempo e era
nossa amiga virtual.
Para chegar ao seu sítio no
Tororó, contornamos Brasília pela parte alta (não passamos pela cidade, pois
era feriado de 7 de setembro e havia desfile cívico em toda a Esplanada dos
Ministérios), passando pela torre de comunicações e pelo Santuário de
Schoenstadt, de onde se tem uma linda vista da cidade. Passamos em frente à
Papuda (!) e chegamos ao Tororó, antiga Fazenda Santa Bárbara, no Condomínio
São Francisco II onde a Márcia, seu marido Guillermo e filha Sofia nos
esperavam!! Como era aniversário de Guillermo, outras pessoas também
compareceram e o evento foi maravilhoso, com muita conversa, troca de ideias,
comidinhas mil e banho de piscina. Mesmo Brasília sendo tão quente, à noite o
frescor acabou nos obrigando a dormir de edredon...
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Agradecimento especial à família Márcia, Guillermo e Sofia pela acolhida! |
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Turma reunida para o aniversário de Guillermo |
Aproveitamos para conhecer a Cachoeira
do Tororó em companhia dos novos amigos (desta vez “ao vivo e em cores”).
Na área do estacionamento, próximo de uma lanchonete, paga-se uma taxa de
visita de R$ 10,00 por carro (U$2).
Tororó, em tupi guarani,
significa “enxurrada” ou “pequena cachoeira”. Com 18m de altura, é acessível
por trilha média de 1km de extensão.
CURIOSIDADE
A Cachoeira do Tororó foi
descoberta em 1892 pela Missão Cruls, que tinha por objetivo descobrir um local
adequado no Planalto Central para abrigar a nova capital (previsto na
Constituição de 1891). O sonho dos Inconfidentes, projeto de D. Pedro II,
executado durante o governo de Floriano Peixoto só criou asas após Juscelino
Kubitschek levá-lo adiante, contrariando toda uma classe política da época (mas
isto já é outra história!).
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Trilha já na descida pra cachoeira |
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Trilha no cerrado |
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Um brinde à amizade! |
Próxima parada... GOIÂNIA,
capital do estado de Goiás, onde encontramos nossos amigos queridos, Amândio e
Joselle.
Nossos dias em companhia de
nossos amigos viajantes foram intensos. Além de reorganizarmos e efetuarmos
alguns consertos no Garça (rotina), trocamos muitas ideias, rimos muito,
conhecemos parte da família, tudo gente boa!
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Lindo e imponente Chico dormindo conosco |
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Curiosa Pipoca verificando se o serviço foi bem feito! |
Tivemos a companhia de Chico e
Pipoca, o casal de gatos lindos e folgados de Joselle e Amândio. Além de nos
acompanharem nos consertos do Garça, verificando os trabalhos realizados e
dando sua opinião, ainda dormiam em nossa cama...
Junto de nossos amigos
aproveitamos para conhecer alguns pontos turísticos próximos de Goiânia. O
primeiro foi a cidade de Trindade, local de romaria de devoção ao Divino Pai
Eterno, que remota a 1840.
TRINDADE – um pouco de história
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Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, com Joselle e Amândio |
A região era povoada inicialmente pelos
indígenas de diversas etnias, a destacar os goyazes. Com a colonização
portuguesa, o local passou a fazer parte da Capitania de São Paulo. Em
consequência das bandeiras e da procura de metais preciosos, criou-se a
Capitania de Goiás, na qual Trindade estava localizada. O começo do povoamento
se deu em meados do séc. XIX, quando um casal de garimpeiros mineiros – Ana
Rosa e Constantino Xavier - encontrou um medalhão com a ilustração da
Santíssima Trindade coroando a Virgem Maria às margens do córrego Barro Preto. Foi
construída uma capela onde foi exposta uma réplica do tal medalhão e o local
acabou virando lugar de peregrinação, atraindo garimpeiros e outras pessoas.
Padres vindos da região da Baviera (Alemanha) acabaram se instalando no
Distrito do barro Preto a fim e “organizar a romaria”, construindo a Igreja
Matriz de Campinas na cidade vizinha. Pouco tempo depois a romaria voltaria ao
seu local de origem e seria construída a Igreja Matriz de Trindade (1912, em
estilo barroco).
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Modelo de carroça usado pelos romeiros |
O Santuário Basílica do Divino
Pai Eterno (em estilo neoclássico) foi construído entre os anos de 1957 e 1974.
Durante os festejos, que acontecem no fim de junho e finalizam no primeiro
domingo de julho a presença dos carros de boi é atração – Romaria dos
Carreiros.
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Produtos coloniais à venda e para degustação! |
A festividade é considerada a
maior festa religiosa da Região centro-Oeste e a segunda maior do Brasil.
Outro local que conhecemos foi
PIRENÓPOLIS.
Apelidada carinhosamente de PIRI,
Pirenópolis é famosa pela tradicional e popular Cavalhada, realizada durante os
festejos da Festa do Divino Espírito Santo. Fundada em 1727, foi o local onde
os bandeirantes encontraram jazidas de ouro nas proximidades do Rio das Almas.
Paramos no Centro de Informação
ao Turista na entrada da cidade e lá decidimos ir até Cachoeiras do Bom
Sucesso, localizadas numa fazenda de mesmo nome e onde o day use é de R$
50,00* por pessoa (U$ 10). A trilha que leva às cachoeiras é bem tranquila,
sombreada, e conta com 6 cachoeiras no ribeirão Soberbo, afluente do Rio das
Almas (pertencente à Bacia do Tocantins), das quais entramos em 3. *meio ingresso para idoso
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Cerrado da região |
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Com o personagem típico - Cavalhadas |
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Cachoeira do Palmito (ou seria a Landi?) |
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Cachoeira do Bom Sucesso (que dá nome à fazenda) |
Após as 13h resolvemos voltar pra cidade e explorá-la um pouco. Inicialmente chamada de Minas de
Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte, Piri teve sua primeira Capela de Nossa
Senhora do Rosário construída em 1728 e elevada à Matriz em 1736.
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Igreja N. Sra. do Rosário (1728), padroeira dos pirenopolinos |
Com o esgotamento das minas
auríferas ainda no séc. XVIII, o incremento da agricultura passou a ser a
principal fonte de renda da região, até os anos 1830, quando houve o declínio e
falência da cidade (em consequência da morte do Comendador Oliveira, mão de
ferro da região). Apenas em meados de 1930 é que a agora Pirenópolis voltou a
ter um aquecimento na economia, quando foram encontradas jazidas de
quartzito-micáceo ou pedra de Pirenópolis, usadas tanto na construção da
capital, Goiânia, como também na futura capital federal, Brasília.
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Casario e calçamento típicos de Piri |
O nome é uma homenagem a Serra
dos Pireneus (alguém achou alguma semelhança com os Pireneus, na divisa da
França com a Espanha) e o conjunto arquitetônico da cidade é tombado pelo IPHAN
desde 1989.
No seu Centro Histórico ornado
pelos casarões e igrejas do século XVIII passeamos e nos deliciamos com a
beleza do lugar. Visitamos muitos cantinhos da cidade, acabamos almoçando no Restaurante
Beco da Lua, na Rua do Lazer e tomamos uma gostosa cerveja artesanal na
Cervejaria Casarão, de conhecidos de Amândio e Joselle.
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Prost! |
Ficamos perambulando pela cidade
até a noite. Um charme à parte é a cidade à noite. Foi um dia delicioso e bem
turístico!!
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O "fofoqueiro" na melhor casa de empadão goiano |
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Os "fofoqueiros" rsrsrs |
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Obrigada pela excelente companhia! |
Voltando à Goiânia, em algum lugar, em um dia...
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Reunião de negócios! |
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"Se um dia fui pobre, não lembro!" rsrsrsr |
Depois de 16 dias em companhia de nossos amigos, deixamos Goiânia e Goiás para trás. Agora nossa aventura será nas Minas Gerais. Mas esta já é outra história...
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