Dizer que ficamos emocionados em retornar para nosso país, é pouco!!! Atravessamos a ponte que liga Iñapari a Assis Brasil em silêncio!!! Paramos quando vimos as bandeiras de nosso país e do estado do Acre. Ali tiramos fotos e fizemos um feed back de tudo o que estávamos sentindo nos últimos dias!
Tínhamos que carimbar nosso passaporte de reentrada em Terra Brasilis!! Penso que a única divisa onde eles carimbam a tua saída do Brasil é aqui!!! rsrsrsr
Nosso retorno ao Brasil implicava em diversas obrigações: refazer documentos já vencidos (minha CNH venceu em novembro/2021) e a do Marcos está pra vencer daqui a um mês! Além disso, tínhamos de regularizar questões bancárias e outras pendências! Afinal... foram quase 4 anos fora e muitas coisas mudaram nesse interim, inclusive nós!!!
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Balneário Jarinal, do Armando |
Imaginávamos que em Brasiléia, 110 km distante de Assis Brasil, haveria banco Itaú ou um caixa eletrônico para sacar uns reais, mas fomos surpreendidos: só há agência física de Bradesco e Banco do Brasil e não havia caixa eletrônico na cidade!!! Hoje a cidade está dependente da vizinha boliviana Cobija, parceira comercial para onde os brasileiros correm para adquirir produtos mais baratos, por ser uma Zona Franca!
A origem de Brasiléia remota a um antigo seringal - Seringal Carmem, explorado em 1910, sob o nome Brasília. Em 1943 o nome da cidade foi mudado para não haver confusão com a nova capital federal do país, e Brasil + Hileia (floresta) passou a ser Brasiléia!
Como precisávamos adquirir um chip para nos ligar ao mundo, fomos a uma farmácia que vendia chip da Claro com promoção (é claro!!!) e aproveitamos para comprar uns medicamentos também rsrsrs O atendente, Alex, muito simpático e solícito, nos devolveu troco para que tivéssemos uns reais em papel para alguma emergência e também sugeriu um balneário para passarmos o resto da tarde e acamparmos.
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Primeiro churras em Terra Brasilis |
Retornamos uns 5 km até o entroncamento para o Balneário Jarinal, cujo proprietário se chama Armando. Conversamos inicialmente com seu filho, Giovani, que permitiu que acampássemos ali e apenas nos cobrou o ingresso para o day use (normal). Havíamos comprado umas carnes e fizemos um delicioso churrasco depois de curtirmos um banho relaxante no igarapé.
Armando veio bater papo e contar as histórias do local... acabamos ficando horas conversando e trocando ideias!! Ele jocosamente chama sua esposa de "dona Encrenca" e ela também veio bater papo antes deles irem embora, retornarem à cidade onde possuem uma casa... o sítio/balneário ficou para nós!
Na manhã seguinte a agitação já começou cedo... era fim de semana e haveria um Carnaval fora de época, super famoso em todo o estado do Acre. Despedimo-nos deles antes do povo chegar e seguimos para Rio Branco, onde temos um amigo que irá nos receber por uns dias... era o que pensávamos!!! Já em Rio Branco, buscamos a agência de nosso banco, sacamos uns reais e fomos ao supermercado nos abastecer, pois os próximos dias serão de trabalhos no Garça e na regularização de nossos documentos.
Bruno, que havíamos conhecido quando passamos aqui pelo Acre em nosso caminho de ida para o Alaska há 3,5 anos, nos recebeu alegremente e estacionamos nosso Garça debaixo de umas árvores e por lá ele ficou... Acabamos verificando que havia muito trabalho ali - no sítio onde estávamos acampados - para ser feito e nos propusemos a auxiliar Bruno nesta organização! Ele aceitou nosso oferecimento (com um pouco de receio) e nossa permanência em Rio Branco, que deveria ser de 10/15 dias, acabou se transformando em 2 meses!
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Primeiro jantar comunitário, com nossos anfitriões Bruno e Diva |
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Almoço em família, com Beto (filho do Bruno), Diva e Bruno |
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Momentos especiais com os amigos... desta vez, Bruno Txai junto conosco |
Bruno e Diva foram nossos anfitriões e vizinhos maravilhosos! Nos finais de semana sempre fazíamos um almoço comunitário e durante a semana estávamos todos envolvidos em nossos afazeres.
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Festa de despedida do Beto (filho do Bruno): chef Lucas preparou um delicioso Yakissoba (metemos a mão na massa também!) |
FICA A DICA: refaça sua CNH em qualquer Detran da federação onde esteja...
No Detran-AC conseguimos regularizar nossas CNH (Carteira Nacional de Trânsito) de maneira muito rápida. Mesmo não sendo moradores fixos aqui, usamos o endereço onde estávamos hospedados para preencher a documentação. No momento em que chegamos ao prédio público já fomos direcionados aos guichês para fazer os encaminhamentos e todo o processo (inclusive de tirar foto, fazer o "exame médico", pagar as taxas) foi feito em menos de 4 horas. Detalhe: nossos documentos eram de SC e a minha CNH estava vencida desde nov/2021!!! Isto não foi impedimento para que tudo fosse organizado rapidamente!
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Agora somos cidadãos acreanos |
Em 10 dias estávamos com nossos documentos em mãos!!! Tudo muito rápido e desburocratizado! Os atendentes são super gentis e atenciosos... foi um excelente cartão de visitas para nosso retorno ao nosso país!
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Rio Acre no período da seca e ao fundo, a bandeira do Estado hasteada na gameleira |
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Casario antigo |
A capital mais ocidental do Brasil possui uma população aproximada de 450 mil habitantes. Rio Branco é a 4ª capital mais antiga da região Norte, só ficando atrás de Belém, Manaus e Macapá, e seu povoamento se deu por volta do fim do séc. XIX, com a chegada dos nordestinos que se envolveram na coleta da borracha, dando início ao Ciclo da Borracha - o período áureo da cidade e região!
Além dos nordestinos (brancos, de ascendência portuguesa) também vieram para contribuir no desenvolvimento da área os turcos, libaneses, italianos e espanhóis, que se miscigenaram com os indígenas e afro-brasileiros criando uma diversidade cultural e culinária super interessante!
Alternamos nosso trabalho de organização do sítio com o conserto do Garça (troca de cubos de tração, manutenção preventiva da suspensão, conserto das buzinas,...) e passeios para conhecer a cidade, sua história e região. Ainda tivemos o prazer de conhecer muitos viajantes que também se hospedaram lá no sítio, visto que o Bruno oferece o CoachSurfing e também está no IOverlander! Estas trocas de ideias e experiências são super importantes e ricas... são muitas verdades e pontos de vistas diferentes sobre assuntos em comum.
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Com as @Bem Rodadas (Célia e Cris) com sua Toyota Hilouca e Bruno Txai: queridos amigos viajantes |
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Marvin (Mar), da Costa Rica, viajante de moto descendo para Ushuaia |
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O casal curitibano Bruno (também) e Tamisa com o Bruno Txai (RS) |
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Reunião de viajantes e amigos: Lucenira e Carlos Artur, Célia e Cris, Bruno e Diva e nós |
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Viajante de bicicleta, Leonardo, de Minas Gerais, que está percorrendo todos os estados do país de bicicleta |
Rio Branco recebeu este nome em homenagem a José Maria da Silva Paranhos Júnior, mais conhecido como Barão do Rio Branco. Em 1912, Vila Penápolis (como era chamada antes, em homenagem ao então presidente Afonso Pena) passou a chamar-se Rio Branco. O Barão teve muita importância como diplomata/chanceler na Questão do Acre, que culminou com a assinatura do Tratado de Petrópolis, onde se pôs fim a um conflito existente entre o Brasil e a Bolívia na disputa pelas terras do território do Acre, mediante compensação econômica.
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No açude da propriedade do Bruno |
*ACRIANO X ACREANO: pela reforma ortográfica a terminologia correta para este gentílico seria "acriano", porém os cidadãos do Acre se manifestaram contra e a revolta foi tão grande, que em 2016 a Assembleia Legislativa do Acre, atendendo uma manifestação coletiva popular, restabeleceu através de lei o termo "acreano", entendendo que a língua se tratava de uma conexão com cultura e patrimônio histórico e não simplesmente um amontoado de regras gramaticais. Então fica o dilema: seguimos a regra gramatical ou a lei??
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Abacaxi do tipo Tarauacá: chega a 5 kg!!! |
A capital do estado do Acre foi fundada a partir de um seringal fundado em 1882, pelo cearense Neutel Maia, na área ainda hoje conhecida como Gameleira. Esta mesma gameleira foi palco dos inúmeros conflitos e combates entre as tropas acreanas e os bolivianas - Revolução Acreana (1899 - 1903), que disputavam o território e sua riqueza: a borracha!
Este imbróglio começou em 1494, com a partilha de terras estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas, onde este território pertencia à Espanha. Muitos anos mais tarde, o Tratado de Santo Ildefonso (1777) reafirmou a possessão e em 1867 as fronteiras entre Brasil e Bolívia foram definidas. A província do Acre (com uma área do tamanho do Nepal) pertencia à Bolívia, que pela dificuldade de acesso e desinteresse econômico, deixou a terra abandonada na mão de uns poucos bolivianos e brasileiros que lá viviam, junto com os indígenas arawaks.
Com a descoberta do processo de vulcanização da borracha, o crescente aumento da indústria automobilística nos EUA e a valorização do preço da borracha, a partir de 1860 o aumento populacional da região explodiu e em 20 anos já havia cerca de 60 mil brasileiros (na maioria, nordestinos) ocupando a área.
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As serrarias ainda são atividades produtivas... a madeira vem de cada vez mais longe! |
Aí as medidas adotadas pelo governo boliviano (criado alfândega na região, entre outras) acabaram desagradando os moradores e trabalhadores da região, gerando os conflitos que se estenderam por muitos anos. Tanto bolivianos quanto brasileiros fundaram a República do Acre colocando-se como independentes da Bolívia (a quem pertenciam legalmente). Para retomar o controle da região, tropas bolivianas foram enviadas e muitos foram os conflitos armados na região pela disputa das terras e suas riquezas.
Até o rei da Bélgica e parentes do então presidente estadunidense Willian McKinley tinham interesse econômico e envolvimento nos empreendimentos que ocorriam na região, sendo acionistas da Bolivian Trading Company, cuja sede estava em Nova Jérsei, nos EUA.
A riqueza trazida no Ciclo da Borracha era tanta que os estrangeiros consideravam a Bacia Amazônica como águas internacionais!!! Finalmente o Tratado de Petrópolis trouxe a legalidade à região que passou a ser território brasileiro, mediante o empréstimo de 2 milhões de libras esterlinas que foram usadas para a construção da ferrovia Madeira-Mamoré, importante ligação para escoamento da produção nacional e uma indenização para a Bolivian Trading Company no valor de 110 mil libras esterlinas. Este volume de dinheiro "se pagou" em 30 anos, com o movimento de bens, riquezas e produção escoada pela ferrovia e vias fluviais.
A rua surgida na região da gameleira, localizada na margem direita do rio Acre, passou a ser o centro econômico e social da cidade, com bares, cafés, cassinos, casas aviadoras nacionais e estrangeiras, além de ser o reduto das famílias de posse da elite (funcionários públicos e profissionais liberais) da região. Ainda hoje o local é turístico e do lado oposto ao rio (na margem esquerda) está o Mercado Velho, com restaurantes populares com bons preços e comida regional.
Fomos visitar a ExpoAcre que é uma feira de indústria e comércio do Acre, promovida pelo Governo do Estado. Além de shows e elementos da cultura local (culinária, artesanato,...) há exposição nas barracas de empresas e seus produtos, a Universidade e o Instituto Tecnológico também estão presentes, expondo os cursos que oferecem e curiosidades. Os rodeios de touros movimentam milhares de pessoas para lá, sendo o maior festival country do Norte do país, ficando apenas atrás de Barretos, em SP. É muito curioso observar as pessoas na feira, trajando roupas de couro (ou similares), chapéus, fivelas e botas naquele calor!!!
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Stand da Ufac e do Instituto Tecnológico |
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Vendo Saturno pela primeira vez... que lindo! |
Visitamos, também, o Museu da Borracha que tem um acervo histórico e documentos manuscritos referentes à história do Acre e ao ciclo da borracha. Foi fundado em 1978, por ocasião do 1º centenário da migração nordestina no estado e vale a visita. Fomos ciceroneados pela Yana que nos explicou a cronologia da história do ciclo da borracha, além de outras curiosidades.
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Museu da Borracha |
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Painel cronológico que conta a história do Ciclo da Borracha |
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Yana contando fatos pitorescos de uma história brasileira que não conhecemos |
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Modelo de casa do seringueiro |
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Reconhecendo uma seringueira |
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Espécie de maloca onde se processava o látex |
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Agradecimentos à estudante e guia Yana pela excelente explanação! |
A Universidade Federal do Acre (Ufac) iniciou suas atividades a partir do decreto assinado em 1964, com o Curso de Direito; em 1968 passa a ter o curso de Ciências Econômicas e posteriormente, as licenciaturas plenas em Letras, Pedagogia e Matemática. Na Ufac fomos visitar o Laboratório de Pesquisas Paleontológicas (LPP) que possui uma coleção de aproximadamente 5000 peças sendo os vertebrados (peixes, répteis, aves e mamíferos) os mais abundantes.
Na paleofauna destacam-se os mastodontes, as preguiças gigantes e o gigantesco Purussaurus, com 15 m de comprimento. Os fósseis coletados no Acre são de diferentes idades, sendo os mais antigos com 70 milhões de anos, mas a maioria é do Mioceno superior - Plioceno, de 8 a 5 milhões de anos e os mais recentes, de 2 milhões de anos (Pleistoceno).
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Esqueleto do Purussaurus: 15 m |
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Tartaruga gigante |
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Não dá pra perder a piada... |
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Com Isabela, estudante e guia... grata pelas explicações e atenção |
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Lago das Capivaras (e cheio de jacarés): dentro do Campus da Ufac |
A Isabela, estudante de Biologia, nos acompanhou na visita e foi super didática, explicando que o Acre não existia na época dos grandes dinossauros, pois aqui era um banhado, onde viviam os jacarés gigantes (Purussaurus) e depois passou a ser uma savana. Ela também nos mostrou outras peças guardadas nos armários e espécimes bem interessantes. A visita a este centro/laboratório tem de ser agendada e o Bruno gentilmente fez isto pra gente, além de estabelecer nosso contato com o especialista em águas, prof. Osmar, que além de analisar a qualidade da água que o Bruno consome, há anos (de poço) nos mostrou o laboratório de análise que efetua trabalhos em parceria para empresas da cidade. Osmar ainda fez um link para que pudéssemos verificar, junto com a Defesa Civil da cidade e estudantes e o professor Alex de hidrologia, como está sendo feita a distribuição de água para comunidades próximas da cidade e que não tem abastecimento regular.
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Com prof. Osmar, do laboratório de análise da água da Ufac |
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Exposição de materiais antigos |
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Com uma estudante, no laboratório, fazendo análise de coliformes totais e fecais |
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Osmar explicando como se faz a análise de coliformes totais e fecais |
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Com outra estudante, analisando o Ph e presença de metais e outras partículas na água |
Isto é um fato curioso (e triste): a cidade de Rio Branco não consegue fornecer água tratada para seus habitantes. Apenas um pequeno percentual de seus moradores são atendidos pelo sistema de abastecimento de água, sendo que a maioria possui poço ou ponteira. Na época da seca (agora) os açudes vão secando e os igarapés também diminuem muito o volume de suas águas, causando este problema: a Defesa Civil tem de fornecer água em caminhões pipa (de água comprada de minas de água mineral) e distribuí-las em caixas d'água de 5000 litros para as comunidades carentes e distantes... duas vezes na semana! A água que chega não é suficiente para todos... e enquanto uns fazem uso adequado e racional (trazendo garrafões e envases de todo tipo para levar a água para sua casa), outros fazem ligações clandestinas com mangueiras direto para suas casas, onde tem caixas d'água menores para guarnecer apenas sua casa.
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Efetuando o monitoramento das caixas d'água de abastecimento da comunidade |
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Troca de ideias com a comunidade |
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Parada pro lanche, com o prof Alex e a equipe da Defesa Civil |
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O Rio Acre passa nos fundos da propriedade do Gerardo |
Uma curiosidade: o nível das águas do rio Acre é diretamente proporcional ao degelo dos Andes. Na época da seca, os rios e igarapés, e também os açudes, secam ou diminuem em muito seu nível, coisa que não se observa no rio Amazonas, por exemplo. Por isso a estação de seca por estas bandas se torna um problema social!
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Comunidade localizada nos arredores da cidade |
O Palácio Rio Branco foi construído em 1930, em estilo art déco. Infelizmente não pudemos visitá-lo, pois estava sem energia elétrica no dia em que estivemos lá... houve o roubo dos cabos elétricos no dia anterior e estavam trabalhando no restabelecimento da energia!
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Palácio Rio Branco |
A Catedral de Rio Branco, dedicada à Nossa Senhora de Nazaré, foi construída em 1948 e possui lindos vitrais.
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Catedral de Rio Branco |
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Dedicada à Nossa Senhora de Nazaré |
O Mercado Velho foi o primeiro prédio do Acre a ser construído em alvenaria, em 1929. Importante cartão postal da cidade, foi restaurado em 2006, e esta revitalização beneficiou os lojistas/comerciantes mais antigos, que já atuam na área há 40 anos, com lojas de ervas medicinais, artesanato, produtos religiosos e restaurantes com comida popular, local, a um excelente custo x benefício.
O Parque Chico Mendes foi inaugurado em 1996 e nomeado em homenagem ao seringueiro e líder sindicalista Chico Mendes (1944-1988). Sua área de 57 ha abriga 200 espécies de animais silvestres e 33 espécies amazônicas e flora abundante. As trilhas têm 1300m de extensão e vão passando por espaços temáticos. Uma pena que alguns espaços estão abandonados... mesmo assim, o local é frequentado pelos cidadãos da cidade que vem com suas redes e fazem picnics debaixo das árvores frondosas da Floresta Amazônica.
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Memorial sobre a vida de Chico Mendes: abandonado há anos! |
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Seringueira |
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Catetos, pacas, cotias e afins |
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Casal de harpias |
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Oca indígena |
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Espaço interno d oca, super fresco |
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Indígenas fazendo uma apresentação |
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Centro folclórico do parque |
Nossos dias de trabalho no sítio acabaram e nosso tempo em Rio Branco também! Conseguimos realizar tudo o que havíamos nos proposto e era hora de partir...
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Jacaré "invasor" do açude do Bruno: virou ensopado!!! |
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Naldo ensinando como efetuar a limpeza do bichinho, com a ajuda do Chiquinho! |
As manutenções do Garça terminaram, acabamos trocando os pneus dianteiros e conseguimos fazer um ótimo negócio com o Júnior, do Rei dos Pneus.
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Júnior, do Rei dos Pneus: ótimo serviço e preço |
Outras manutenções e serviços realizados ao longo destes 2 meses...
ANTES E DEPOIS
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Nossos agradecimentos ao grande amigo Bruno que nos acolheu e aguentou todo este tempo... 2 meses é bastante tempo!!!! Mas isto também é muito relativo!!! rsrsrsr
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Abraço grande nos amigos que moram em nosso coração, Bruno e Diva!! |
Agradecimento também ao amigo e ajudante para toda obra, Naldo!
E finalmente, agradecimento às lindas companheiras que tornavam nossos dias cheios de alegria e emoção...
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Pantera, a Alfa |
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Luna, a Beta |
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Bibi, a aspirante a líder |
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Hope, a maluquinha |
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Zoe, a rebelde sem causa |
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E a doce Frida! |
E assim acaba nossa epopeia no Acre...
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