Viagem Família______________________________________

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sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

La Dolce e Bella Italia!!! Conhecendo o Centro-Norte do país!

Veneza e suas gôndolas!
Entramos na Itália atravessando a divisa da Áustria (em Villach) com a pequena cidade de Tarvisio e, por não termos entrado nesta cidadezinha (de onde poderíamos pegar uma estrada vicinal), acabamos "caindo" na autoestrada italiana. Por ser região de Alpes, com muitas curvas e algumas subidas fortes, acabamos optando por pagar o pedágio (!) e percorrer o trecho pela autoestrada atravessando inúmeros túneis que nos pouparam tempo e esforço desnecessário pro Garça! 


RODANDO PELA ITÁLIA

Ao contrário da Áustria, onde as autoestradas (autobahn) exigem que se use a Vignette (espécie de selo pedágio) que se paga por período de uso (10 dias, 2 meses ou um ano), aqui na Itália as autoestradas têm pedágios por trecho, com cobrança nas cancelas, assim como no Brasil! Já tínhamos essa informação e também sabíamos que o custo destes pedágios era bastante alto!! Assim, sempre que possível percorríamos os trechos por estradas vicinais, menores, paralelas às autoestradas e onde não há cobrança de pedágio! Para informações sobre a cobrança dos trechos e condições das autoestradas, consultamos sempre o site: http://www.autostrade.it/autostrade-gis/gis.do? que além de calcular o trecho a ser percorrido, ainda traz outras informações! 
Vista parcial das Dolomitas

Inúmeros túneis que cortam caminho pelo meio das montanhas... nada de sobe-desce desnecessário!!
Quando digo que os valores dos pedágios são caríssimos, isso realmente é verdade! Por exemplo, pagamos o valor de € 15,90 (aproximadamente R$ 90,00) para percorrer 210 km entre Valbrona (na divisa com a Áustria) e Veneza!!!! 
Para tomar essas estradas vicinais (sempre na cor amarela, ou vermelha), não pedagiadas, é necessário entrar nas cidades e "fugir" das placas que indicam as A's (autostrade, sempre em verde)!

Nosso primeiro acampamento na Itália, em Rest Area de posto de combustível... será que estava frio???

Artigos à venda na loja de conveniência... olhe que lindinhas as massas, personalizadas!!!


Aqui se vende Toblerone em metro!!!
TRENS BONS E BARATOS

Para se visitar os grandes centros, como Roma, Florença (Firenze), Nápoles (Napoli),... a sugestão é usar os trens ou metrôs de superfície. Combinados com os ônibus, são uma maneira rápida e econômica de se deslocar de um local para outro, sem estresse, pois o trânsito nas cidades é maluco e não é permitido trafegar em algumas vias/ruas nas cidades não sendo morador, além de que achar vaga de estacionamento é coisa rara!!! O custo da hora de estacionamento P é de, aproximadamente, € 4 por hora!!!! 

Pegando o trem em Viterbo, em direção à Roma


Estação San Pietro, em Roma, bem próxima do Vaticano!!

Muito confortáveis e rápidos!

Coisa que se vê muito por aqui: o povo aproveita as viagens de trem para ler!!! Poucos usam os celulares!
Ouvimos de uma brasileira que está morando há alguns anos na Itália que "aqui é o Brasil que deu mais ou menos certo!" e isso se deve ao fato de que os italianos, por serem latinos, têm aquela malemolência bem brasileira, tentando dar um jeitinho e contornando os problemas ou situações que acontecem (bem diferente dos vizinhos tedescos - alemães)!! O trânsito é uma loucura!!! rsrsrsr Eles estacionam em fila dupla, tripla, onde não é permitido,... andam em excesso de velocidade e falam alto, gesticulam pra tudo!! Enfim... são um povo adorável!!! Realmente, nos sentimos "em casa"! rsrsrsr

JESOLO
Muito frio na praia em Jesolo, às margens do Mar Adriático

Obras de contenção e reurbanização das praias... aqui também o oceano está se elevando!
Antes de chegarmos a Veneza fomos conhecer o Mar Adriático!! Por sugestão de viajantes alemães, conhecemos Jesolo, pequena cidade balneário às margens do Adriático... como é baixa temporada (inverno) estava tudo fechado e meio abandonado! A praia vem sofrendo com o aumento do nível dos oceanos e a prefeitura tem realizado obras de contenção e recuperação das praias!! 


VENEZA (VENEZIA)

Veneza, capital da região de Veneto, no norte da Itália, é formada por mais de 100 ilhas numa lagoa do Mar Adriático. No lugar de ruas ela possui canais, que são percorridos por barcos, gôndolas, lanchas,... que realizam todo o transporte de pessoas e bens de consumo para os moradores da cidade. 
Ponte rodoferroviária della Libertà
Desnecessário dizer que a cidade é linda... Para acessá-la, cruzamos a Ponte della Libertà, rodoferroviária, com 4 km de extensão e construída em 1933, ligando Mestre (no continente) à Piazzale Roma (na cidade histórica de Veneza). Existe também a opção de visitá-la de trem, saindo de Treviso. Acho que a nossa próxima visita à cidade será desta forma, pois o estacionamento é realmente caro e difícil de encontrar vaga na Piazzale Roma (ou arredores).



Os vaporetto fazendo o transporte público de um lado para o outro da cidade
Dizer que a gente se perdeu em Veneza não é brincadeira... Realmente, depois de tantas vielas e pontes, nos perdemos literalmente... a beleza das construções e detalhes na arquitetura ocuparam nosso tempo de tal maneira que quando percebemos, já havia passado a hora do estacionamento!!! Na busca pela saída da cidade, o GPS do celular não funcionou (o de ninguém funciona) e tivemos que apelar para o PPP (primeiro pedestre passante) para pedir informações de como sair de onde estávamos e voltarmos para onde o carro estava!!! Foi engraçado e divertido!!! 




O nome da cidade é originado do antigo povo veneti que habitou a região até o séc. X a.C. Na cidade histórica vivem cerca de 60 mil pessoas. Durante a Idade Média e Renascimento, Veneza se tornou uma potência marítima e entreposto de produtos e especiarias que vinham do Oriente para o Ocidente. 



Um pouco de história

A influência política de Veneza na história foi marcante. Sempre aproveitando de maneira inteligente a situação vigente, aliou-se aos francos contra os longobardos; aliou-se ao Império Bizantino contra os normandos e foi benevolente com os Islão, o que auxiliou no comércio mesmo em época de conflito contra o Oriente. Sendo assim, os navios venezianos eram os únicos que estabeleciam comércio com Alexandria, Beirute e Java.    
A Queda de Constantinopla  (1453) foi o início da decadência do grande poder de Veneza no comércio e na política. Com a descoberta do caminho para as Índias por Vasco da Gama (1498) e a descoberta da América por Cristóvão Colombo (1492), as rotas comerciais que sempre passavam por Veneza se deslocaram e  as constantes disputas contra os turcos otomanos e depois, a invasão de Napoleão, o território acabou sendo dividido entre os francos e os Habsburgo, encerrando assim o período de glória e riqueza. 

Praça de São Marcos (Piazza San Marco) e a torre, construção mais alta de Veneza


A Basílica de São Marcos é a construção mais famosa de Veneza e é sede da Arquidiocese da igreja católica desde 1807. A primeira igreja construída no local foi em 828, quando foi tomada Alexandria e se trouxeram as supostas relíquias de São Marcos Evangelista. Em 832 foi construída nova igreja, porém destruída pelo fogo, foi reconstruída em 978 e novamente em 1063, com a base do atual edifício. 




Basílica de São Marcos

Basílica de São Jorge Maior do outro lado do canal

A arquitetura bizantina marca presença em muitos edifícios da cidade



Perdidos em meio às vielas de Veneza
Entre os filhos ilustres da cidade, podemos citar: o compositor barroco Antonio Vivaldi (1678- 1741), o pintor Tiziano (1487- 1576), o pintor Veronese (1528- 1588) entre outros. 
No fim de 2019 (novembro) houve uma grande inundação em Veneza, com a elevação de 187 cm, alagando os prédios e casas do centro histórico da cidade, porém quando chegamos, passadas algumas semanas (janeiro/2020) não havia mais nada que lembrasse o visual desolador anterior. 


Deixamos Veneza após duas horas de muita caminhada pelas principais atrações da cidade, com desejo de voltar e revê-la com mais calma! Chegamos à área de estacionamento P já com nosso ticket vencido... sem nenhuma notificação, saímos rapidinho e seguimos pela E309 até um local próximo de Ravenna, onde pernoitamos. 

Às 10h da manhã, ainda estavam - 3°C!!!

Encontramos esse gazebo nos fundos de um posto de combustível para fazer nossas refeições abrigados


Neste dia tivemos a noite mais fria de toda a viagem até aqui... as roupas que estavam dentro de nossa barraca congelaram e havia estalagtites dentro da barraca!! Com certeza, a umidade vinda do mar e as baixas temperaturas acabaram nos empurrando pra uma região mais quente, ao sul!

TUSCANIA

Largo Marinozzi
Assim, fomos até Tuscania, na província de Viterbo, já na região do Lácio, onde encontramos nosso amigo Eraldo (ou Addo, para os íntimos)! A cidadezinha, anterior à Roma, de menos de 10 mil habitantes e localizada a 90 km a noroeste de Roma é conhecida pelas suas tumbas etruscas e igrejas românicas (da Idade Média).





Muralha do ano 1200, aproximadamente
Não tínhamos ideia da beleza e riqueza do local antes de chegarmos... o lugar é encantador!!! Estacionamos o Garça num parcheggio pubblico (estacionamento público) e seguimos a pé pelas vielas da cidade antiga, dentro de uma muralha construída há quase mil anos!! Addo foi o guia perfeito, pois além de morador da cidade, também é apaixonado pelo lugar e assim nos levou aos lugares mais encantadores da vila, contando as histórias do lugar!!!

Conhecendo a linda Tuscania com o Addo, amigo e guia


Primeiro fomos ao Museu Nacional Antropológico, onde descobrimos que esta região já estava povoada na Idade do Bronze e no séc. VIII a.C, os etruscos organizaram-se em vilas nas sete colinas existentes na região (Tarquinia). Em 285 a.C. os romanos conquistaram a cidade, incorporando-a ao seu território.




Tumbas etruscas encontradas na região da Tuscania 



Foi construída a Via Clodia, por volta de 225 a.C., "rua" esta que unia a Tuscania à Roma, por via pavimentada e que ainda hoje pode ser vista e visitada!


Via Clodia
No séc. VI a Tuscania passou ao domínio dos lombardos e 2 séculos mais tarde (ano 778), foi doada por Carlos Magno, aos Estados Papais, passando a chamar-se Toscanella.
Os etruscos haviam construído uma acrópole no cume de uma das colinas e em 852 foi construída a Igreja San Pietro sobre as ruínas do templo da antiga acrópole, tendo sua construção com formato atual sido erguida em 1080.

Ao fundo, na colina, Igreja San Pietro. Em primeiro plano, Arcada da Torre di Lavello


A roseta do portal com seus detalhes e cheia de significados: os 4 evangelistas sendo representados ao seu redor. Os animais nas extremidades representam Agnus Dei (esquerda)  e a decapitação do demônio (à direita). 


Pinturas em afresco 

O complexo da Basílica de San Pietro, hoje numa colina fora da cidade, tem três torres e a fachada foi reconstruída entre o final do séc. XII e o início do séc. XIII, com obras em mosaico e o frontão com uma roseta feita em mármore (que caiu durante o terremoto e foi reconstruída posteriormente). O interior é riquíssimo, com piso em mosaico e colunas sustentadas por arcadas romanas! Há sarcófagos etruscos em todos os lugares! O ingresso é gratuito e percorremos seu interior admirando cada detalhe.



Parte inferior da igreja, debaixo do altar


Mosaicos originais no chão da Basílica

Ouvindo as histórias antigas...
Vista da cidade ao fundo



Em 1494, a praga dizimou a população da cidade e um ano mais tarde, sob o comando do rei Carlos VIII, da França, a cidade foi invadida e pilhada, tendo sido bastante destruída e nunca mais conseguindo voltar à supremacia e importância de tempos antigos!
Somente em 1911 a cidade voltou a ter seu nome original: Tuscania!


Fontana di Poggio

Fontana di Poggio e Duomo 

Largo Torre di Lavello

Usando o relógio de sol da cidade

Instruções de uso do relógio de sol

Prefeitura da cidade na Piazza Basile
De Barra Velha SC, Brasil, direto para Tuscania, na Itália

Troca de presentes com o prefeito/síndaco de Tuscania, Fábio, e nosso amigo Addo

Em frente à prefeitura, ao lado do Síndaco (prefeito) Fábio e de Juliano e Addo, amigos especiais

Vista da cidade a partir da Piazza Basile

Piazza Basile - Chiesa dei SS Martini
Em 1971 a cidade foi atingida por um terremoto que ceifou 31 vidas e danificou 70% das edificações, incluindo igrejas. A reconstrução cuidadosa e precisa foi feita de modo a manter a originalidade da cidade e 700 m² de afrescos  foram restaurados nas igrejas ao longo dos anos.

Basílica de Santa Maria Maggiore (a mais antiga da cidade). Novamente a presença da roseta com os 4 evangelistas ao seu redor. Também a Virgem Maria esculpida em mármore abaixo, com os pés dependurados em uma posição atípica

A igreja mais antiga da cidade foi construída em 852 e é a Basílica de Santa Maria Maggiore, localizada no sopé da colina da igreja de San Pietro. Dizem que foi construída sobre os restos do templo de Janus, romano, possuindo uma fachada riquíssima em detalhes, onde se destacam os símbolos dos 4 evangelistas, a Madonna e a Criança,  além das figuras de Pedro e Paulo. Não conseguimos chegar a tempo de visitá-la por dentro, mas em outra oportunidade que estivermos na Tuscania, com certeza iremos conhecê-la por dentro.

Fundos da igreja 


A Tuscania nos envolveu e nos encantou, tanto que após nossa ida ao sul da Itália, retornamos por aqui para rever nosso amigo Addo e sentirmo-nos em casa, afinal, aqui foi nosso lar por muitos dias!

VITERBO 
Andando pela Via Corso e Via Roma, passando pela Piazza del Plebiscito
Situada na região do Lácio, a 77 km ao norte de Roma, Viterbo é a capital administrativa da província de Viterbo. A origem desta cidade também está relacionada aos etruscos que a chamavam de Surrena (mas isso é incerto!).

Cúpula do Santuário de Santa Rosa ao fundo
Alcançamos a cidade de carro, vindo da Tuscania (e também de ônibus), pois é daqui que pegamos o trem para irmos a Roma, nas duas oportunidades que visitamos a capital italiana.
As muralhas etruscas localizadas próximas da Catedral atestam a presença dessa colonização pré-romana e em 310 a.C. os romanos a conquistaram, tornando-a um importante local por fazer parte da Via Cassia (outra "rua" que levava à Roma). Em 852 Viterbo passou a fazer parte dos Estados Papais (assim como a Tuscania) e em 1092 foi construída a primeira muralha da cidade, depois ampliada nos anos de 1187, 1215 e 1268.

Muralha de entrada na cidade antiga



Muralha que circunda a cidade antiga e um dos portões, próximo da estação de trem

Curiosidade

A cidade tornou-se famosa e importante, pois muitos papas tinham aqui sua residência de verão e passavam mais tempo em Viterbo do que no Vaticano. Oito papas residiram em Viterbo quase sem interrupção no séc XIII e por isso, tornou-se a "Cidade dos Papas". Houve, inclusive, um conclave nesta cidade e que se tornou o mais longo da história.

Palazzo dei Papi di Viterbo - Palácio dos Papas, durante o séc XIII, hoje residência do Bispo de Viterbo

Murada do Palácio dos Papas
No ano 1268, com a morte do papa Clemente IV, começou o conclave que acabou se tornando o mais longo conclave da história: 1005 dias!! De tão longo, alguns cardeais morreram durante a votação, obrigando o conselho de Bonaventura a trancar os cardeais e mantê-los a pão e água até que votassem no novo Papa. Este foi eleito mesmo não sendo padre!!! Tebaldo Visconti tornou-se Papa Gregório X em 1272, sendo ordenado padre e bispo 10 dias antes.

Torre da Chiesa/ Cattedrale di San Lorenzo

Chiesa/ Cattedrale di San Lorenzo
Segundo a lenda, a catedral foi construída sobre o templo etrusco de Hércules. Na Piazza di San Lorenzo pode-se observar fundações de construções romanas e etruscas em diversos edifícios. Anexo à igreja está o Palácio dos Papas.

Interior da Catedral de São Lorenzo, com seus ricos mosaicos


Na Catedral de San Lorenzo estão enterrados alguns papas e o local foi bastante atingido durante os bombardeios da 2ª Guerra Mundial. Anexo à catedral, fica o Palácio dos Papas, hoje residência do Bispo de Viterbo.


Túmulo do Papa João XXI, único papa português até hoje

Igreja da Santíssima Trindade - também em reformas. Pudemos olhar rapidamente seu interior! 

Torre da Igreja de São Francisco - esta igreja foi construída sobre o antigo castelo de Sto Ângelo e doada por Gregório X para a ordem franciscana, que construiu seu templo no local. Foi duramente atingida durante bombardeios da 2ª Guerra Mundial, tendo sido "restaurada"! Estava fechada quando passamos.

Santuário de Santa Rosa, onde está o "corpo seco" dela, que aqui viveu! Estava fechada para a siesta!!!
Todos os anos, no dia 3 de setembro, ocorre a procissão em homenagem à Santa Rosa de Viterbo. Nessa ocasião, a Macchina di Santa Rosa - uma torre cerimonial de 30 m de altura e 5 toneladas - é transportada pelas vielas da cidade antiga por mais de 100 pessoas.


Durante nosso passeio pela cidade, próximo da Piazza della Morte, aproveitamos para conhecer um sistema de túneis escavados pelos etruscos e utilizados pelos povos que os sucederam, inclusive como abrigo antiaéreo durante a 2ª Guerra Mundial,... foram mais de 800 bombardeios que atingiram a cidade entre os anos de 1943-1944.


Passeio pelos subterrâneos etruscos - com auto guia, a um custo de € 4 por pessoa

Fragmentos de cerâmica encontrados no sistema de túneis

Espécie de capela no interior da terra

Restos de cerâmicas e outros apetrechos localizados durante as escavações
ROMA + VATICANO

Todos os caminhos levam à Roma... e assim fomos à capital italiana em duas ocasiões! Na primeira tivemos a companhia de nosso amigo Addo, que nos mostrou as principais atrações turísticas da cidade.


Chegamos à Roma lá pelo meio dia (pegamos o ônibus em Tuscania às 8h30min e descemos em Viterbo (40 min), andando a pé por vielas da parte antiga da cidade, chegando à estação e após alguns minutos, embarcamos para Roma, distante 1h40min), desembarcando na Estação San Pietro, a poucas quadras do Vaticano.
Janela do papa: a 2ª da direita para a esquerda



A alegria e deslumbramento ao se chegar à Praça São Pedro são indescritíveis!!! O lugar é lindo e exatamente como aparece nos filmes...
Por ser baixa temporada (janeiro é inverno!) a fila para visitar a Basílica estava pequena, porém combinamos de fazê-la juntamente com o Museu do Vaticano e a Capela Sistina em outra oportunidade.
Rio Tibre e o Castel Sant'Angelo à esquerda
Assim, seguimos caminhando pela maior cidade italiana e a 4ª mais populosa da EU, admirando a arquitetura e beleza deste Patrimônio Mundial da Humanidade (UNESCO). A influência sem igual no desenvolvimento da história e cultura dos europeus por milênios tem como berço Roma, sem dúvida, uma das cidades mais importantes na história da humanidade.

Piazza Navona: onde fica a Embaixada do Brasil


Segundo o mito, o nome da cidade deve-se ao seu fundador, Rômulo. A palavra etrusca "ruma" fazia referência à loba que adotou e amamentou os gêmeos Rômulo e Remo!!
Evidências arqueológicas atestam que havia ocupação humana na região há 14 mil anos, porém cerâmicas e outros objetos atestam 10 mil anos da presença do homem. De qualquer maneira, o nascimento da cidade está relacionado à atividades comerciais e pastoris que fizeram com que se fixasse população na região, por volta do séc. VIII a.C.
Panteão de Roma: Catedral mais antiga de Roma, do ano 200
Descrição do Pantheon: uma planta circular, com um pórtico de grandes colunas de granito suportando o frontão.
Entrando com Addo
O Pantheon foi o edifício encomendado por Marco Vipsânio Agripa durante o reinado do imperador Augusto (27a.C - 14d.C) e reconstruído por Adriano (117 - 138) por volta de 126. É uma das mais bem preservadas obras romanas.
Cúpula do Pantheon: a maior cúpula de concreto não reforçado do mundo


Roma tornou-se república em 509 a.C. e passou a ser capital de um vasto império atingindo seu auge no séc. II d.C. quando sua população era de 1,6 milhão de habitantes e os seus aquedutos transportavam mais de um milhão de m³ de água, mais do que chega à cidade moderna de hoje. Com o fortalecimento do cristianismo no séc III, o Bispo de Roma (posteriormente chamado de Papa) passou a ser a autoridade religiosa da Europa Ocidental.

Igreja de Jesus (1568) - Santíssimo Nome di Gesù all'Argentina, próximo da Fontana di Trevi - em estilo barroco

Concebida inicialmente por Santo Inácio de Loyola, em 1551, Gesù foi também sede da ordem da Companhia de Jesus

Interior da Igreja Jesuítica
Após a queda do Império Romano sua população diminuiu drasticamente para menos de 50 mil pessoas, só voltando a florescer novamente no Renascimento, quando os papas investiram grandes somas em dinheiro na construção de basílicas, palácios, praças e edifícios públicos. Sua arquitetura é barroca e Roma foi o lar de muitos artistas/arquitetos consagrados, como Bernini, Caravaggio, Borromini, Carracci, Michelangelo, entre outros.

Fontana di Trevi, encostada do Palazzo Poli
Fontana di Trevi, de 1762,  é a maior e mais ambiciosa construção de fonte barroca na Itália, com 26 m de altura e 20 m de largura. Está encostada na fachada do Palazzo Poli. Mas essa construção não é a original... a fonte situava-se no cruzamento de três vias (tre vi), marcando o final de um aqueduto antigo que abastecida Roma. Quando os godos invadiram Roma, aí pelo ano 550, as fontes foram destruídas, obrigando o povo a abastecer-se na água suja do rio Tibre, que recebia os esgotos da cidade. Após o Renascimento o antigo costume de erguer belas fontes foi reavivado e em 1629 o Papa Urbano VIII solicitou uma nova fonte no local, obra que levou alguns anos para ser concluída.



Netuno e seu séquito

Experimentando um sorvetinho delicioso do Addo
A tradição de jogar-se uma moeda e fazer um pedido continua viva (indicando o desejo das pessoas em retornar à Roma) e são centenas/milhares de moedinhas no fundo da fonte, que são recolhidas periodicamente e usados em obras de beneficência. Em 2016 foram recolhidos 1,5 milhão de euros!!!!
Em frente à Fontana... centenas de pessoas esperando para tirar a foto exclusiva... impossível!
Nosso passeio pela cidade continuou em direção ao Vittoriano e ao Monumento ao Soldado Desconhecido, de onde seguimos até o Coliseu, passando ainda pelo Fórum Romano e suas ruínas.


Monumento a Vitor Emanuel II da Itália


O Monumento Nacional a Vitor Emanuel II é um monumento em honra a Vitor Emanuel II da Itália unificada e considerado o Pai da Pátria Italiana.  Situado entre a Piazza Venezia e o Monte Capitolino, foi projetado em 1885. Inaugurado em 1911, feito em puro mármore branco de Botticino, apresenta majestosa escadaria e colunas coríntias, além de fontes e uma enorme estátua equestre de Vitor Emanuel que ultrapassa 81 m de altura.
Coluna de Trajano, à direita
Monte Capitolino, é uma das 7 colinas sobre as quais a cidade de Roma foi fundada

Ruínas do Fórum Romano
O Fórum Romano, localizado entre o Monte Palatino e o Monte Capitolino é o berço de Roma, onde aconteciam os discursos públicos, os processos criminais,... enfim, era um ponto de encontro mais conhecido no mundo. As estruturas arquitetônicas e o sítio de escavações arqueológicas  atraem milhares de turistas todos os anos. Esse local, com certeza, merece uma visita (que ficará pra próxima!).


Finalmente chegamos ao Coliseu!!! O ingresso do Coliseu custa € 16 e mesmo sendo fim da tarde (passava das 15h), havia muitas pessoas esperando na fila para poderem visitá-lo por dentro. Optamos por não fazer este passeio, pelo menos desta vez!



O lugar é lindo e a visão de fora já é espetacular!! Infelizmente há alguns tapumes e ferragens do lado de fora, que acabam atrapalhando um pouco as fotos, mas tudo bem!!!!

O Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano, foi construído durante o governo de Vespasiano, em 72 d.C. e concluído 8 anos mais tarde, já sob o governo de Tito. Ele podia abrigar entre 50 e 80 mil espectadores e era utilizado para espetáculos públicos, tais como caças de animais selvagens, execuções, combates entre gladiadores,... deixou de ser usado para entretenimento na Idade Média.

Vista da estação de trem: cúpula de San Pedro ao fundo!!
Dali, retornamos para a estação de trem e voltamos pra casa, já planejando nossa segunda vinda à Roma, esta para conhecer o Vaticano!!!

Vista superior da Praça de São Pedro e Roma, ao fundo. Bem do lado esquerdo, pedacinho do telhado da Capela Sistina
VATICANO: desta vez viemos sozinhos, deixando o Garça em Viterbo e seguindo de trem, mais cedo desta vez, chegando à Roma às 10h30min!!! Seguimos direto para a Praça de São Pedro e já entramos na fila para visitar a Basílica. Como no outro dia, a fila estava pequena e em pouco menos de 15 minutos já havíamos passado pela segurança e estávamos nos maravilhando com a riqueza e beleza do interior da igreja! Este passeio é gratuito e vale muito a pena...

Na fila encontramos um casal, Vanessa  (mãe) e o filho cariocas com quem batemos papo
A Basílica é um edifício em estilo renascentista, cujas dimensões são descomunais!! Ela tem formato cruciforme, com três naves totalmente abobadadas, ricamente ornamentadas. Onde se olha, há esculturas e quadros, tornando a basílica uma enorme galeria de arte. O uso de mármores, relevos e ornamentos com acabamento em ouro estão por toda parte.

O corredor central fica isolado e permite a observação dos detalhes do piso, todo em mosaico
A Basílica possui 218 m de comprimento e 136 m de altura, incluindo a cúpula/duomo, tendo uma área total de 23000 m². Seu interior abriga 45 capelas e 11 altares. A fachada principal possui 115 m de largura e 46 m de altura.



O local onde hoje se encontra a Basílica, em tempos de império romano, era ocupado pelo Circo de Nero, onde muitos cristãos foram mortos durante o reinado de Nero (54-68). O martírio e execução de Pedro aconteceu durante seu reinado. Os seus restos mortais foram enterrados fora do circo onde, acredita-se, mais tarde foi construída a primeira basílica a mando de Constantino, entre os anos 326 e 333, da qual nada sobrou.
A Pietà, de Michelângelo, protegida por vidro... fica-se a uns 10m de distância!!



A construção desta Basílica iniciou-se no ano 1506 e foi sendo alterado conforme os arquitetos e papas foram se sucedendo. Rafael Sanzio, Giovanni Giocondo e Antonio Cordiani foram sucedidos por Baldassare Peruzzi. Quando este morreu, Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni, ou simplesmente, Michelangelo assumiu a construção, sendo considerado um principal autor da basílica tal qual a conhecemos e o principal arquiteto com o qual o projeto foi concluído. A obra foi paga com o uso de indulgências, muito comuns na época!
O Baldaquino foi criado por Bernini e supostamente está acima do túmulo de São Pedro

Estátua de Santo André
No subsolo da Basílica estão enterrados muitos papas e personalidades importantes. Não é permitido tirar fotos no local, mas além de papas e reis, há também túmulos de rainhas de outras nacionalidades no local, o que foi bastante interessante. O túmulo de João Paulo II também está neste setor e havia muitas pessoas prestando homenagem a ele.
A cúpula sobre o túmulo de Pedro, onde fica o Baldaquino
Para se subir à cúpula da Basílica - duomo - pode-se usar o elevador em parte do trajeto ou simplesmente subir todo o caminho pelas escadarias. Optamos por subir pela escada seus 551 degraus e o custo foi de € 8 por pessoa (caso se opte pelo elevador, esse custo sobe para  € 12)! A subida é um pouco cansativa e o último pedaço é bastante estreito, causando certa claustrofobia... mas a vista lá de cima apaga qualquer cansaço e pode-se ver Roma em 360°.



A escadaria para subir à cúpula é bastante estreita no final... a subida e a descida são feitas por caminhos diferentes!
Num estágio intermediário há a possibilidade de se comprar algo (souvenir e lanches) e utilizar os banheiros antes de continuar o caminho. Aqui batemos um papo com um casal alemão que está fugindo do frio e aproveitando para conhecer a capital italiana (Roma) e o menor país do mundo (Vaticano)!!!
Essa é a vista de Roma, à esquerda da Praça de São Pedro

As cúpulas são inspiradas no projeto de Brunelleschi, na catedral de Florença/Firenze



O Vaticano ou Cidade do Vaticano é o menor país (Cidade-Estado) do mundo, ocupando uma área de aproximadamente 44 ha (0,44 km²), localizada dentro da capital italiana, Roma. Ela existe desde 1929 - criado pelo Tratado de Latrão, durante o governo de Bento Mussolini - e o seu chefe maior é o Papa, eleito em conclave por cardeais.

Obelisco do Vaticano ao fundo: foi originalmente trazido do Egito por Calígula (37- 41 d.C.) para decorar a coluna de seu Circo - o último vestígio visível daquele período. Neste circo, segundo a história, Pedro foi crucificado de ponta cabeça! Curiosidade: Nero era sobrinho de Calígula!!! Loucura hereditária!!!
Depois de passearmos pela Basílica e o duomo, seguimos até o Museu do Vaticano, distante uns 2 km dali, contornando a muralha em direção norte. Os Museus Vaticanos são um conglomerado de renomadas instituições culturais que abrigam extensas e valiosas coleções de arte e antiguidades colecionadas ao longo dos séculos pelos diversos pontífices romanos.
Dentro da área dos Museus do Vaticano têm-se: 7 Museus (Etrusco, Egípcio, Chiaramonti, Pio-Clementino, Missionário Etnológico, Gregoriano Profano e Pio-Cristão), 1 Pinacoteca, 5 espaços/salas separadas (a Capela Sistina, a Sala Rafael, a Sala da Biga, Galeria dos Mapas, Galeria dos Candelabros) e mais uma Coleção de Arte Religiosa Moderna e Contemporânea.
É impossível ver tudo num dia (ou num mês)!!

Apolo Belvedere, a primeira obra incorporada aos Museus Vaticanos
Como é baixa temporada, novamente fomos surpreendidos pela falta de filas e nosso atendimento foi instantâneo: compramos nosso ingresso na hora, a um custo de  € 17 por pessoa. Normalmente os ingressos são vendidos pela internet, já com combos, incluindo outras atrações e a opção "fura fila"!!

Jardim/Pátio da Pinha
O Pátio da Pinha (Cortile della Pigna) é um dos pátios externos dos Museus Vaticanos. A enorme pinha, escultura do séc. I-II d.C., originalmente usada como chafariz e exposta nos Museus desde 1608 foi ofuscada pela escultura de Arnaldo Pomodoro,  cuja "esfera de bronze" chama a atenção de todos.












Mosaicos pelo chão, tapeçarias e quadros expostos nas paredes, esculturas em mármore por todos os lados... assim é o Museu do Vaticano! Riqueza, soberba e beleza em todos os lugares!!!
Sala da Biga


Contando a história da carochinha... rsrsrsr


São milhares de esculturas e obras de arte, pinturas e tapeçarias, salas alusivas à história e à geografia (há um salão só com mapas antigos de cada continente em tamanho e-nor-me!!! - Galeria dos Mapas). Tudo grandioso e riquíssimo... chega uma hora que você não dá mais nem bola pra tanta coisa bonita!!! Depois de 2h30min passeando e percorrendo corredores, sempre em direção à Capela Sistina (optamos pelo trajeto mais longo), finalmente chegamos a ela... lá não é permitido tirar fotos!!!
Foto proibida: dentro da Capela Sistina. Bem no centro, "A Criação de Adão", de Michelangelo
A Capela Sistina foi erguida entre 1475 e 1483, durante o pontificado de Sisto IV. A riqueza nos afrescos no teto e na parede do altar executados por Michelangelo e os afrescos realizados por outros mestres (Botticelli, Perugino, Rafael,...) nas paredes da capela representando cenas bíblicas é um marco da arte maneirista e na pintura ocidental. De arquitetura inspirada no Templo de Salomão do Antigo Testamento, a Capela Sistina é o local onde ocorrem os conclaves. Com 40,93 m de comprimento, 13,41 m de largura e 20,7 m de altura a Capela recebe anualmente mais de 3 milhões de visitantes!!!





Local onde a Igreja guarda seus segredos!!

Escadaria de saída, em espiral: por si só uma obra de arte!!
Muro (muralha) lateral do Vaticano


Contornamos todo o Vaticano, perfazendo uns 
Na saída do Museu do Vaticano, resolvemos dar a volta pelo outro lado e, depois de mais uns 2,5 km, chegamos próximos da estação de trem, de onde retornamos cansados (mas felizes e embevecidos com tanta beleza) para Viterbo onde pegamos nosso Garça, e de lá para Tuscania, onde estávamos hospedados.

MARTA, BUONCONVENTO, SAN GIMIGNANO, SANTA SEVERA

Lago Bolsena, em Marta
Marta é uma pequena cidade às margens do Lago Bolsena. Próxima de Tuscania e Viterbo, é local escolhido por muitos para relaxar e passear, pois o lago é muito bonito e no verão, com certeza, convidativo para um banho e a prática de atividades náuticas. Sua origem é etrusca (como toda a região) e ao longo de sua história a área foi disputada por muitos. No séc. XIII foi construída a Fortaleza a mando do Papa Urbano IV.  Desta construção ainda existe a Torre do Relógio que visitamos. Não tivemos sorte com o clima, pois havia muita névoa e pouco (ou quase nada) vimos do lago.


Torre do Relógio, do séc. XIII

Ruas da cidade de Marta
Vista do lago Bolsena, em meio à névoa. Destaque para uma das ilhas, que só aparece o montículo superior

O Lago Bolsena é o quinto maior da Itália e está a uma altitude de 305 msnm. Possui uma profundidade máxima de 151 m e em média, tem 81 m de profundidade.

Vista da muralha e torre da igreja em Buonconvento
Buonconvento foi uma surpresa boa em nosso trajeto para San Gimignano!! Aliás, no trajeto escolhido por nós, passamos por muitas cidades lindas e charmosas (Acquapendente, Siena, Colle di Val d'Elsa, como exemplos).


No portão de entrada da linda Buonconvento

Buonconvento já pertence à província de Siena, na região da Toscana e faz parte da Rota de Peregrinação da Via Francigena na histórica estrada romana Via Cassia. A construção das muralhas da cidade iniciou em 1371, tendo sido concluída em 1388.



A cidade velha, do séc. XIV, está bem preservada e vale a pena perambular pelas ruas deste burgo medieval, visitando o portão da cidade (Porta Senese) e as igrejas e construções típicas do lugar, todas em tijolos. Seu nome deriva do latim "bonus conventus" que significa lugar feliz, comunidade afortunada.
Torre em San Gimignano
San Gimignano, também na Toscana, é hoje conhecida como a Cidade das 14 Torres, porém quando foi construída, por volta dos séc. X - XI, sobre um monte de 334 msnm, tinha 72 torres-casas (algumas com 50 m de altura) onde famílias de patrícios poderosos controlavam a cidade e tinham uma bela vista dos vales da Toscana. Por este motivo, também é conhecida por San Gimignano delle belle Torri

No portal de entrada da cidade de San Gimignano, com Garça


Caminhando e admirando a linda cidadezinha
A cidade medieval também faz parte da Via Francigena de peregrinação e toda a região possui vinhedos a perder de vista. Passear pelas vias da cidadezinha é um deleite. Há dezenas de opções de lojas onde se pode encontrar produtos "nativos", como queijos e salames produzidos na vizinhança.


Torre Grossa, com 54 m de altura: uma das poucas que se pode visitar e subir!

A cidade recebeu o título de Patrimônio da Humanidade pela UNESCO

Praça da cidade medieval, chamada de Piazza della Cisterna


Javalis de produção "caseira" e local! Uma iguaria!
Não resistimos e também acabamos comprando alguns gramas de salame defumado de javali (porco selvagem)!! O preço do quilo é assustador (cerca de € 70), mas o sabor é simplesmente indescritível!!! Outro presunto "mais simples" estava € 30 e também acabamos nos esbaldando com chocolates especiais da Nino & friends (www.ninoandfriends.it), onde gastamos € 18 depois de termos tido atendimento e degustação V.I.P!!!

Nos deliciando com presunto de javali


Acabamos não provando o "melhor sorvete do mundo". A Gelateria Dondoli recebeu o título por três anos seguidos e conta com sabores bem inusitados: gorgonzola com nozes, creme de ervas e azeitonas pretas,...
Lojas de souvenir na cidade de San Gimignano... muita cor e beleza!!


Santa Severa fica ao norte de Roma, no litoral de frente para o Tirreno (Mediterrâneo) a 50 km da capital. Trata-se de um pequeno resort na Via Aurelia (outro caminho que leva à Roma).

Castelo de Santa Severa

Ingresso para visitar o Museu/Castelo: € 8 (ou  € 12, na alta temporada)

Santa Severa possui um castelo medieval, do séc. IX, com pequena cidade dentro da muralha e o nome faz referência à mártir/santa que sofreu seu martírio aqui, em 298 d.C. Neste local estava localizado o porto etrusco de Pyrgi. Pyrgi foi fundada no séc. III a.C. e foi importante entreposto comercial.

Praia e balneário de Santa Severa




PISA

Piazza dei Miracoli ou Praça do Duomo, em Pisa
A cidade de Pisa, famosa pela sua torre inclinada (aqui conhecida como Torre Pendente) possui uma história interessante e muitas outras atrações! Durante o período romano era chamada de Colonia Obsequens lulia Pisana, e em escavações arqueológicas realizadas no local, descobriu-se que a cidade era um grande porto fluvial: foram descobertas 30 embarcações de vários modelos (alguns intactos) inclusive com a mercadoria que transportavam. A conservação se deu pelo depósito de sedimentos ao longo do tempo pelo Rio Arno. Há 20 séculos o estuário encontrava-se a 4 km do mar o que fazia deste porto o maior porto romano, de onde eles conquistaram o Tirreno (Mediterrâneo) dominando toda a região. Atualmente a cidade está a 17 km do mar e acredita-se que a inclinação da torre ocorreu justamente pelo fato do subsolo ser muito mole, uma vez que a região era portuária e de estuário do rio. Separamos um dia para visitá-la e ficamos com vontade de voltar...

Curiosidade: dizem que foi desta torre que Galileu Galilei provou que "a velocidade de descida de dois corpos é a mesma independente de sua massa", deixando cair duas balas de canhão com massas diferentes!

Outra curiosidade: dizem que foi a partir do porto de Pisa que São Pedro iniciou sua peregrinação e
 evangelização antes de seguir para Roma
A Praça do Duomo, também chamada de Praça dos Milagres (Piazza dei Miracoli), construída entre os séculos XI e XIII reúne 4 monumentos de grande importância e que são reconhecidos pela UNESCO como Patrimônios da Humanidade desde 1987. Nela você encontra a Catedral de Santa Maria Assunta, do Batistério de San Giovanni, o Camposanto e, é claro, a Torre Pendente! Caso queria conhecer as atrações o preço é único: € 18 por pessoa, para todas. Não é possível comprar ingresso apenas para a Torre, por exemplo. Normalmente, pelo alto fluxo de turistas pelo local, é mais cômodo comprar o ingresso via internet, mas como estamos em baixa temporada, mesmo havendo muitas pessoas, as filas estavam pequenas e o atendimento rápido, com a possibilidade de comprar o ingresso na hora.
Para acessar o local é necessário estacionar o veículo na zona de estacionamento P, que fica relativamente longe do local e tolerar os "flanelinhas" que insistem em vender coisas ou oferecer cuidados ao carro... Como o Marcos detesta estes caras, acabamos parando mais longe, a 1 km de distância, aproximadamente, e seguimos a pé. Cuidado: a área próxima do Duomo é particular/oficial e não é permitida a circulação/parada de veículos não autorizados, sob pena de multa (há placas informativas).

Catedral de Pisa, cuja construção iniciou no séc XI

Vista da Catedral, do Duomo e da Torre Inclinada
A Catedral de Pisa (Duomo di Pisa) é o maior exemplo do estilo Românico Toscano, na Itália. A catedral foi idealizada pelo arquiteto grego Buscheto, em 1064, porém o orçamento previsto foi esgotado parando as obras em 1095. Houve a doação de verbas pelo governo bizantino e as obras continuaram, tendo a catedral sido consagrada em 1118, pelo Papa Gelásio II. Nova fachada foi incluída ao templo após alguns anos e em 1595, após um incêndio, houve nova reforma e inclusão dos portões em bronze. Em 1700 foram incluídas esculturas em mármore e redecoração em relevo (pagas pela associação dos moradores de Pisa) e estas obras foram substituídas posteriormente por réplicas, sendo os originais removidos para o Museu dell'Opera del Duomo. Durante a 2ª Guerra Mundial, a Força Expedicionária Brasileira esteve no local e participou de uma missa em louvor à Nossa Senhora Aparecida. Conta a história que durante a execução do hino nacional iniciou um forte bombardeio pelas forças do Eixo, porém os pracinhas continuaram a cantar o hino, não interrompendo sua execução.
Encostando pra não cair! rsrs

Olhe que pequenininha! rsrsr



A Torre Inclinada era, na verdade, uma torre sineira/campanário. Com 55,8 m de altura, 14700 toneladas e composta por 8 andares, possui 3 lances de escadas em espiral para subi-la, num total de 296 degraus. Construída em mármore branco ao longo de um período de 177 anos - iniciou em 1173 e após 5 anos já começou a inclinar-se. Os sinos (7 ao todo, cada um com o tom da escala musical) foram incluídos ao projeto até 1655.
Entre os anos de 1990 e 2001 esteve fechada ao público, recebendo obras de infra-estrutura promovendo a reconstrução corretiva e em 2008, após a remoção de mais terra de seu subsolo, os engenheiros declaram que ela estará estabilizada pelos próximos 200 anos! Sua inclinação atual é de 3,97° ou 3,9 m da vertical.



O Batistério é o maior da Itália, com 107,25 m de circunferência (diâmetro de 34,13 m) e 54,86 m de altura, dedicado a São João Batista (San Giovanni). Sua construção, iniciada em 1152 ( e concluída em 1363), toda em mármore, faz a transição entre o românico e o gótico. Seu portal possui decorações em relevo, porém o interior é simples, desprovido de ornamentos.

O Camposanto Monumentale ou Camposanto Vecchio foi a última das construções da Praça do Duomo (1278-1464), tendo sido construída sobre a terra que foi trazida do monte Gólgota. A construção deste claustro também foi feita em etapas e foi utilizada como igreja, além de cemitério. A maior parte dos túmulos está localizada sob os arcos, embora haja alguns na praça/jardim central. Há sarcófagos romanos e etruscos no local, bem como outras relíquias antigas colecionadas por Carlo Lasinio durante seu mandato de curador, tornando o lugar um museu arqueológico.

Assim concluímos essa postagem!

Nossa próxima postagem irá contar nossas aventuras e descobertas neste lindo país destacando a porção sul: Campania, Basilicata, Puglia, Calabria e Sicília.

Região do Tirol italiano, com seus vinhedos, próximo de Bolzano




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