Torres del Paine (Chile) a Ushuaia (Argentina) - janeiro de 2018
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Vista da cadeia de montanhas do Parque Nacional Torres del Paine |
Acordamos cedo em Esperanza, Argentina, e seguimos rumo a aduana chilena para entrarmos no Parque Nacional Torres del Paine. Os trâmites foram relativamente rápidos e reencontramos na fila aquele grupo de americanos com quem havíamos subido o Ventisqueiro Colgante, há alguns dias. Batemos papo com o Sean e nos despedimos, marcando o próximo encontro dentro do parque, o que acabou não acontecendo!
Chegamos ao Parque e desta vez, diferentemente de 8 aos atrás, o clima estava bom... Não perfeito, mas bom! Pudemos ver a cadeia de montanhas e percorrer as estradinhas que ficam dentro do parque, que foi fundado em 1959 e declarado Reserva da Biosfera, pela UNESCO, em 1978.
É um dos locais mais visitados pelos turistas na Patagônia Chilena, recebendo mais de 160 mil viajantes anuais. Possui trilhas que podem durar muitos dias e locais próprios para acampar. O ingresso custa P$ 21.000 (pesos chilenos), o que dá mais ou menos R$ 118,00. Não é barato, mas vale cada centavo!
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Parada para o lanche, entre árvores. Muito vento aqui também! |
Paramos entre arbustos para podermos fazer nosso lanche e decidir o que faríamos a seguir. A ideia era fazermos a trilha do Lago Grey, mas quando chegamos lá, descobrimos que a trilha estava interrompida e só pudemos fazer uma pequena parte... Como houve muito degelo, o nível das águas aumentou muito, interrompendo não só esta como outras trilhas do parque. Desta forma, fizemos um pequeno trekking, avistamos uns icebergs e voltamos até a última portaria, nos despedindo deste lugar incrível!
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Lago Grey |
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Iceberg no Lago Grey |
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Despedida do Parque |
Resolvemos seguir até Puerto Natales, onde dormimos num posto novamente, pois não havia lugar no camping. Apesar do barulho, foi uma noite tranquila, onde os frentistas foram extremamente atenciosos e nos foi permitido usar o chuveiro quentinho!!! Delícia!!
Na manhã seguinte, após um pequeno rolê pela cidade, seguimos até Punta Arenas, onde nosso objetivo era fazer compras, pois aqui existe uma das maiores Zonas Francas do Chile. Nós precisávamos trocar dois pneus do Garça e queríamos comprar uma máquina fotográfica Canon, pois nossa velhinha deu BO.
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Puerto Natales |
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Las Manos... alguém me explica o que faz aquele poste ali? |
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Coletando sementes de lupínias multicoloridas... |
As lupínias são flores lindíssimas que nesta época do ano florescem às margens de todas as rodovias da Patagônia, tanto chilena quanto argentina. Minha ideia era trazer sementes dessa belezura pro Brasil e tentar cultivá-las em locais que tivessem condições climáticas parecidas. Infelizmente, não deu certo! Mas valeu a tentativa!!
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Lanchando dentro do Mall, na Zona Franca |
Esta Zona Franca de Punta Arenas é imensa, contando com muitos barracões e lojas. Em cada quarteirão, existe uma especialidade, por exemplo, há uma quadra onde só se vendem acessórios para carro. Outra tem só eletrônicos, e assim sucessivamente! No primeiro dia havia muitas lojas fechadas, pois o horário de funcionamento é diferente. Assim, acabamos trocando os pneus do Garça e comprando alguns acessórios apenas.
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Trocando os pneus do Garça |
Dormimos num parque linear que fica na entrada da cidade, muito seguro e com pequenos quiosques onde há mesas e bancos disponíveis. O lugar está um pouco decadente e sujo, mas achamos uma barraquinha que estava razoável e armamos nosso acampamento ali mesmo. Na manhã seguinte, enquanto Joselle e Amândio arrumavam as coisas, voltamos à Zona Franca para procurar a nossa máquina fotográfica. Encontramos a Canon que queríamos pelo terço do preço que no Brasil!!
Saímos felizes com nossas compras bem sucedidas e retornamos pela mesma rodovia, reencontrando nossos companheiros de viagem e seguindo rumo ao Estreito de Magalhães.
No meio do caminho há uma fazenda abandonada, Estancia San Gregorio. Fundada em 1876, foi a maior fazenda de criação de ovinos e bovinos no século XIX e era conhecida em todo o Chile e região. Seus galpões enormes impressionam. A história do lugar é interessante e o abandono em que se encontram suas ruínas é triste. Já havíamos parado aqui quando nossos filhos eram pequenos... eles curtiram muito e brincaram bastante. Há, no local, um navio abandonado, com as correntes imensas largadas na areia.
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Estancia San Gregorio |
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Esperando na fila do ferry |
Passeamos um tempo por ali e seguimos até o Estreito de Magalhães, onde pegamos o ferry para a Tierra del Fuego.
A travessia é feita em pouco mais de 20 minutos e hoje o mar estava calmo, permitindo subirmos até o segundo andar do navio para observar a paisagem. O nome deste estreito é uma homenagem ao primeiro navegador a cruzar por essas águas, Fernão de Magalhães, em 1520! Durante centenas de anos, essa foi a passagem utilizada pelos navegadores para atravessar de um lado para o outro dos oceanos. Só depois da construção do canal do Panamá é que as distâncias foram encurtadas.
Hoje nosso destino era a cidade de Rio Grande, já na porção argentina da Tierra del Fuego, que nada mais é que uma ilha, separada do continente sul-americano pelo estreito, que possui pouco mais de 5km. Chegamos à cidade de Rio Grande depois de fazermos os trâmites aduaneiros dos dois países. Dormimos num posto YPF ao lado da concessionária Chevrolet onde o Amândio tinha revisão geral de sua S10 no dia seguinte.
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Rumo à Ushuaia |
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Estação de esqui |
Logo depois de passearmos pelo Cerro Castor, estação de esqui que agora está fechada, é claro, pois é verão, seguimos mais alguns quilômetros e encontramos um restaurante típico com café tropeiro à moda fueguina. Eles até colocam no cartaz os ingredientes, o sabor é especial e o local idem! Lá encontramos um grupo de viajantes de moto, brasileiros, que acabam de fazer sua visita à Tierra del Fin del Mundo! Batemos um papo com eles e nos despedimos.
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Paradinha pro café mais que especial |
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Viajantes motociclistas brasileiros |
A próxima parada é obrigatória: no portal de entrada da cidade!!! Tiramos muitas fotos e ficamos felizes em retornar à Ushuaia,uma cidade linda, onde fizemos grandes e bons amigos: Mabel e Roberto, que conhecemos há 8 anos e onde vamos ficar novamente!
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Voltando ao fim do mundo!!! |
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Comemorando com os amigos! |
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Melhores anfitriões: Mabel e Roberto! Amigos pra sempre! |
Eles já estavam nos esperando... Os "meninos" saíram pra comprar frutos do mar frescos e as "meninas" ficaram tomando água saborisada e conversando!!
O jantar foi top! Mil conversas até tarde da noite! Nós acabamos dormindo na churrasqueira, com aquecimento e todo o conforto e Amândio e Joselle ficaram na camper, no quintal da casa.
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Anoitecer em Ushuaia |
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