Viagem Família______________________________________

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domingo, 14 de agosto de 2016

De Ubatuba para a Serra da Mantiqueira (São Luiz do Paraitinga e Santo Antônio do Pinhal)

   
 
           Acordamos mais cedo aí pelas 6 h da manhã para ver o nascer do sol. Frio de mais ou menos 12°C , mas apesar de muito bonito visual  não vimos o nascer do sol pelas nuvens que haviam no horizonte.
            Então após um tempo de contemplação vamos tomar aquele café da manhã reforçado, arrumar a barraca e seguir em frente. A grande vantagem desse tipo de barraca é a praticidade e rapidez na montagem e desmontagem. Em menos de 3 minutos ela está pronta para viajarmos.
O Garça e nosso acampamento em Ubatuba
Café da manhã no capricho
          Nosso plano inicial era mesmo conhecer a Serra da Mantiqueira, dessa forma agora vamos subir a serra do mar pela Rodovia Oswaldo Cruz (SP 125), e optamos pelo caminho mais longo seguindo pela costa para poder apreciar as belezas existentes no litoral paulista.
          A distância até o nosso próximo destino, a cidade de São Luiz do Paraitinga é de aproximadamente 54 km mas pela sua grande quantidade de curvas muito fechadas e inclinação, além da beleza natural do percurso, levamos uma hora para percorrê-la. Essa rodovia foi utilizada na época do Brasil império como um desvio da Estrada Real sendo que seu leito fora anteriormente elaborado a partir de antigas trilhas indígenas. Também foi rota de tropeiros vindos de Guaratinguetá que utilizavam a cidade de São Luiz do Paraitinga como pouso antes de iniciarem a descida íngreme até o litoral.
Painel reproduzindo São Luiz do Paraitinga na época do Brasil Império
            São Luiz do Paraitinga fundada em 1769 por bandeirantes vindos de Taubaté e Guaratinguetá, hoje tem uma população de aproximadamente 11.000 habitantes e sua economia gira em torno das festas de Carnaval  da Festa do Divino e da festa do Saci, também privilegiando a agricultura familiar e produção agropecuária em pequena escala. Em 1873 recebeu o título de Imperial Cidade conferido pelo então imperador D. Pedro II. Outras importantes atividades existentes são o turismo de aventura e ecológico propiciando trilhas, cachoeiras e rafting no Rio Paraibuna.
            A cidade é considerada estância turística e tem um patrimônio de mais de 450 imóveis num conjunto arquitetônico histórico declarado como patrimônio cultural nacional pelo IPHAN. No começo de janeiro de 2010 a cidade foi gravemente atingida por inundação causada por ocasião de enchente do Rio Paraitinga, quando suas águas chegaram a subir mais de 12 metros destruindo oito de seus principais edifícios históricos incluindo a Igreja Matriz do século XVII. São Luiz do Paraitinga tem entre seus filhos mais famosos o famoso médico sanitarista Oswaldo Cruz (1872-1917) e a casa onde nasceu está muito bem preservada e aberta a visitação como um museu.
Ruas históricas de São Luiz do Paraitinga



            Estacionamos o Garça na praça central e iniciamos nosso reconhecimento pela simpática cidade a pé. Primeiro, claro buscar informações turísticas sobre a cidade e fomos até um Centro Cultural chamado Instituto Elpídio dos Santos (músico 1909-1970) onde o Francisco nos recebeu muito cordialmente e explicou tudo sobre esta bela cidade. O próprio Centro Cultural é um casarão histórico que foi todo reformado e abriga obras de arte popular como bonecos gigantes e também outras manifestações artísticas.
Centro de São Luiz do Paraitinga
Artesanato local diversificado
           Caminhar pelas calmas ruas do centro da cidade apreciando a paisagem e construções históricas é uma boa pedida e existe a disposição dos turistas um roteiro cultural demarcado para ser percorrido a pé passando pelas principais atrações da cidade. Não apenas belas igrejas mas também casas de doces, cachaçarias, mercado municipal, casa de Oswaldo Cruz, casario histórico, cruzeiro no alto do morro com bela vista da cidade entre outras atrações, fazem de São Luiz do Paraitinga uma gostosa surpresa por oferecer ótimas opções de turismo contemplativo e cultural além de boa infraestrutura e simpatia dos seus moradores para atender o viajantes.
Manifestações culturais da cidade

Igreja de N. Sra. das Mercês (1814 - Mais antiga edificação da cidade)

Casario histórico 
Casa onde nasceu Oswaldo Cruz (1834)
Cachaçaria Pimba

São Luiz do Paraitinga vista do alto
           Seguir pela rodovia e passar por Taubaté e Tremembé consumiu mais duas horas percorrendo 100 km agora pela BR 393 até chegarmos em Santo Antônio do Pinhal. Nosso objetivo é dormirmos aqui em algum lugar já que a cidade não possui camping segundo informações que obtivemos na Secretaria Municipal de Turismo e Cultura (turismo@pmsap.sp.gov.br)
       

           Chegando perto de Santo Antônio do Pinhal bateu aquela fome e já quase 3 da tarde vimos a beira da estrada um convidativo local para um lanche. Deliciosas tortas salgadas caseiras com suco já respirando o ar da serra foi um momento perfeito antes de seguirmos mais 10 km até o centro de Santo Antônio.
       
          Santo Antônio do Pinhal tem seu nome em homenagem ao santo casamenteiro Santo Antônio de Pádua cuja capela foi construída em 1811. Com a doação de terras para o santo de devoção o Sr. Antônio José de Oliveira em 1861 foi o responsável pela fundação da freguesia de Santo Antônio e apenas em 1960 aconteceu a emancipação política de São Bento de Sapucaí. Hoje a população moradora é de aproximadamente 6.700 habitantes e a economia local gira em torno do artesanato local, gastronomia e turismo ecológico e de aventura. 
Não deixe de conhecer e experimentar a gastronomia local a base de trutas e pinhão. Os principais pontos turísticos locais são: Estação Eugênio Lefèvre com mirante de Nsa. Sra. Auxiliadora, Pico Agudo, Cachoeira do Lageado (R$ 5,00 apenas para visita), Praça do Artesão e mirante do Cruzeiro. Inúmeras trilhas existentes podem ser percorridas para observação da linda serra, pássaros e fauna em geral.
 Para melhores informações e contratar guias e passeios vá a Praça Central e fale com as simpáticas Rita e May (www.rotadasaraucarias.com)  no quiosque de atendimento ao turista.

Restaurante Peixe na Pista (Rubens)(12-99601-4499 ou 12-9805-7002)

Praça do Artesão-Centro da cidade de Santo Antônio do Pinhal
         Ao chegar recomendamos bastante atenção no confuso trevo rodoviário na entrada da cidade que dá acesso a Campos do Jordão, Rodovia Pres, Dutra ou a própria Santo Antônio. Superado esse trevo logo a frente passamos rapidamente pela Estação Ferroviária Eugênio Lefèvre e para aproveitar o tempo decidimos logo subir ao Pico Agudo (1700 m de altitude) situado 8 km de distância do centro.
Vista da Pedra do Baú - São Bento do Sapucaí

Vista do alto do Pico Agudo em Santo Antônio do Pinhal

Rampa de decolagem do Pico Agudo (1700m)


Nós com a galera do voo livre
        Subindo a montanha por uma sinuosa e íngreme estradinha de terra com um pouco de asfalto no começo chegamos ao alto em 15 ou 20 min. e nos deparamos com uma linda vista em 360°. É claro que no local já conhecido por praticantes do voo livre, diversos praticantes da modalidade lá estavam em preparativos e decolando e acabamos fazendo amizade com o Romero (Drenados do Ar Romero/facebook) e galera, o que além de ótimas histórias acabou nos propiciando um contato via rádio com o Rubens. O Rubens por coincidência tem um restaurante ( Peixe na Pista) na entrada da cidade onde anteriormente tínhamos parado para informações, e ele gentilmente aceitou nos acomodar no sítio dele onde poderíamos estacionar e armar a barraca para passarmos a noite.
Sítio do Rubens e local de pouso do voo livre
   
Acampando no sítio do amigo Rubens
           Tudo acertado via rádio, já tendo onde dormir agora é passar em algum mercadinho e comprar nossos ingredientes para o jantar e café da manhã e voltar para a entrada da cidade e nos acomodarmos no sítio do pai do Rubens que também é Rubens e nos recebeu com muita amizade juntamente com a sua esposa e gentilmente abriu uma casa no local para usarmos a cozinha e banheiro com chuveiro quentinho. Acompanhados da dupla de dogs  Bull Terrier Pandora e Mística e da VLCP Malagueta que nos recebeu com muitos latidos,  jantamos gostosamente e um belo banho e cama para aguardar novo dia de aventuras.

Nati com a companhia da Pandora uma simpática Bull Terrier
Nossa amiga Mística

2 comentários:

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